333 resultados para Avaliação periódica de saúde
Resumo:
OBJETIVO: Verificar a adequao de recursos hospitalares no atendimento s gestantes/neonatos, no ano de 1996. MTODOS: Trata-se de um estudo transversal abrangendo 28 hospitais-maternidade em funcionamento no municpio de Belo Horizonte, MG. Utilizou-se um modelo de avaliação denominado "nveis de complexidade e segurana em potencial de unidades perinatais de hospitais-maternidade", elaborado a partir da avaliação de trs grandes reas hospitalares: infra-estrutura geral, infra-estrutura clnica-perinatal e recursos das unidades perinatais. Foram desenvolvidos dois escores de pontos envolvendo essas reas hospitalares, totalizando 1.000 pontos quando considerada a assistncia perinatal de risco habitual e 2.000 pontos para assistncia perinatal de mdio/alto risco. A partir de 500 pontos, os hospitais foram classificados em dois nveis: I-A e I-B (para risco habitual) e seis nveis de I-A a III-B (para mdio/alto risco). RESULTADOS: Na avaliação com o escore proposto para risco habitual, cinco hospitais foram considerados inadequados para realizarem atendimento a qualquer tipo de parto, classificados como nvel zero; esse nmero aumentou para sete, quando se utilizou o escore para parto de mdio/alto risco. CONCLUSO: O modelo de avaliação utilizado mostrou-se adequado para classificar os hospitais de acordo com a infra-estrutura disponvel para assistncia perinatal.
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OBJETIVO: Descrever a prtica teraputica de mdicos alopatas e avaliar a assistncia ambulatorial prestada a pacientes de unidades de saúde. MTODOS: O estudo foi realizado em Ribeiro Preto, SP, utilizando como base metodolgica os indicadores de uso de medicamentos da Organizao Mundial da Saúde. Nos de prescrio, trabalhou-se com 10 unidades de saúde e 6.692 receitas de clnicos e pediatras. Nos indicadores de assistncia ao paciente a amostra foi composta por 30 pacientes em cada unidade, sendo o nmero de unidades varivel para cada indicador. Foi utilizado o teste de comparao de propores. RESULTADOS: O nmero mdio de medicamentos por receita foi de 2,2 compatvel com o observado na literatura. Das prescries, 30,6% foram feitas pela denominao genrica, valor considerado baixo. A prescrio de antibiticos ocorreu em 21,3% das receitas, com maior percentual entre os pediatras (28,9%). Em 8,3% das receitas houve prescrio de injetvel, sendo o maior percentual observado entre os clnicos (13,1%). Em 83,4% das prescries, os medicamentos constavam da Lista de Medicamentos Padronizados, indicativo de sua aceitao entre os profissionais. O tempo mdio de consulta foi de 9,2 minutos e o de dispensao de 18,4 segundos, ambos insuficientes para uma efetiva ateno ao paciente. Do total de medicamentos prescritos, 60,3% foram fornecidos. Em 70% das entrevistas os pacientes tinham conhecimento da forma correta de tomar o medicamento. CONCLUSES: A assistncia prestada ao paciente insuficiente. Estudos qualitativos so necessrios para uma avaliação dos diversos fatores envolvidos, e futuras intervenes.
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OBJETIVO: Face expanso do Programa de Alimentao do Trabalhador no Pas e sua atualizao na normatizao dos aspectos nutricionais, foi avaliado o consumo alimentar de trabalhadores participantes do programa, por meio da anlise nutricional do almoo servido e do estado nutricional da populao atendida. MTODOS: Realizou-se estudo transversal com amostra representativa dos trabalhadores participantes do Programa de Alimentao do Trabalhador no Distrito Federal (n=1.044) que almoam em 52 Unidades de Alimentao e Nutrio. Foram avaliadas variveis socioeconmicas e sociodemogrficas, medidas antropomtricas para o clculo do ndice de Massa Corporal e o consumo alimentar obtido pelo mtodo da pesagem e pela observao direta da montagem dos pratos. RESULTADOS: Observou-se que 43% da populao estudada apresentam excesso de peso, sendo 33,7% com sobrepeso e 9,3% com obesidade, com maiores percentuais no sexo masculino. A mediana do valor energtico do almoo foi de 515 Kcal para as mulheres e de 736 Kcal para os homens. O consumo mediano de fibras foi de 6,0 g para o sexo feminino e de 8,3 g para o sexo masculino, e o consumo mediano de colesterol foi acima de 90 mg nos indivduos com excesso de peso. CONCLUSES: Os resultados indicam risco nutricional nessa populao, tradicionalmente considerada sadia, devendo a mesma ser alvo de estratgias com foco na promoo da saúde, salientado-se, assim, a atribuio de educador do nutricionista.
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OBJETIVO: Discutir o enfoque problematizador para formao de profissionais de saúde que possam atuar tanto na docncia como nas prticas educativas nos servios e comunidade. MTODOS: Descrio analtica de experincia formativa problematizadora em nvel de especializao desenvolvida em instituio de ensino superior no campo da saúde, focalizando-se trs perspectivas de anlise: a construo do curso, o aluno como centro do processo de aprendizagem e o papel docente. RESULTADO: O enfoque problematizador mobilizou os especializandos em seus processos de aprendizagem, estabelecendo-se movimentos de motivao, desenvolvimento de lideranas e trabalho em grupo, traduzidos em trabalhos escritos, seminrios e elaborao de portflio. O processo avaliativo dessas experincias pressupe prticas fundadas que articulem os olhares dos sujeitos envolvidos: auto-avaliação e heteroavaliação. O impacto dessa metodologia, no que se refere s prticas docentes, demanda aprofundamento sobre teorias educacionais que respaldem os princpios da aprendizagem significativa, da funo docente mediadora e da pesquisa como princpio educativo. CONCLUSES: O enfoque problematizador apresenta-se como resposta inovadora frente a desafios presentes na formao de profissionais da saúde. Seu potencial reconhecido, ressaltando que inovaes educacionais se caracterizam por provocar rupturas com o consolidado e instauram modos distintos de responder s demandas que se apresentam num determinado momento. Foram identificados os ns crticos, destacando-se o risco de tom-las como instrumentos tcnicos, desvinculados de um projeto poltico-pedaggico. Experincias e anlises inspiradas nos pressupostos problematizadores precisam ser partilhadas, viabilizando a produo de um conhecimento que fortalea a transformao das prticas educativas em saúde.
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OBJETIVO: Analisar a utilizao de dois ndices simplificados "CPO em 6 Dentes" e "CPO em 2 Hemiarcos" em levantamentos epidemiolgicos em saúde bucal, segundo a distribuio da crie dental. MTODOS: A amostra foi proveniente de dados epidemiolgicos de 29 municpios, totalizando 2.378 exames em escolares de 12 anos de idade. Considerando a mdia CPOD em cada localidade, obtiveram-se trs grupos de prevalncia (baixa, moderada e alta), para os quais foram estimados os ndices simplificados. A anlise estatstica foi realizada utilizando o Coeficiente de Correlao Intraclasse, o Teste de Wilcoxon e o qui-quadrado, com significncia de 5%. RESULTADOS: A correlao entre o ndice CPOD e os ndices simplificados variou de 0,82 a 0,95 (p<0,05). No foram observadas diferenas significantes (p>0,05) entre as mdias do ndice CPOD com o ndice simplificado "CPO em 2 Hemiarcos" nas prevalncias estudadas, o que no ocorreu com o "CPO em 6 dentes". A proporo de dentes cariados, perdidos e obturados tambm foi semelhante entre o "CPO em 2 hemiarcos" e o CPOD (p>0,05). CONCLUSES: O ndice simplificado "CPO em 2 Hemiarcos" pode ser utilizado em levantamentos epidemiolgicos em baixa, moderada e alta prevalncia de crie dentria. Porm, o "CPO em 6 Dentes" deve ser melhor avaliado.
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OBJETIVO: Descrever a atividade docente assistencial, cujo objetivo proporcionar experincia de promoo da saúde bucal coletiva a estudantes concluintes do curso de odontologia. MTODOS: Tal experincia fundamenta-se na avaliação do desempenho do aluno, como educador em saúde bucal, medida que ele tem, entre outras tarefas, a de motivar pacientes internados e seus acompanhantes, na gerao de hbitos saudveis, visando assistncia integral e mais humanizada do paciente hospitalizado. RESULTADOS: Os resultados mostraram que as metas desejadas foram atingidas, visto que a higiene bucal dos pacientes j se tornou uma tarefa incorporada rotina hospitalar, considerando-se os ndices de biofilme dentrio: inicial, 1,72; e final, 1,17, respectivamente. Essa diferena, de acordo com a estatstica U-Mann-Whitney, mostrou-se significativa, pois o valor de p<0,0001 traduz o alto nvel de motivao, alcanado pelo binmio me-criana, no que se refere higiene oral. CONCLUSES: Conclui-se que as experincias de ensino-aprendizagem, oriundas das atividades interdisciplinares e multiprofissionais, tm permitido melhor entendimento do processo saúde-doena, por parte do aluno de odontologia. Servem ainda como oportunidade para o seu aprendizado sobre o planejamento e execuo de atividades educativo-preventivas, que complementam sua vivncia tcnico-profissional e despertam a sensibilidade social, to necessria sua formao acadmica.
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OBJETIVO: Investigar a relao entre consumo de lcool e problemas emocionais em gestantes, verificando se as gestantes com consumo problemtico de lcool (uso nocivo ou dependncia) tiveram mais problemas emocionais quando comparadas quelas cujo consumo no era problemtico. MTODOS: Estudo transversal, observacional, sobre uma amostra clnica de um servio obsttrico pblico de Ribeiro Preto, SP. A amostra foi no probabilstica, de convenincia, do tipo consecutiva, composta por 450 gestantes. Foram aplicados trs questionrios: para dados sociodemogrficos, o Questionrio de Morbidade Psiquitrica (QMPA) e um questionrio padronizado como parte da anamnese para avaliação de problemas relacionados ao uso de lcool (uso nocivo ou sndrome de dependncia) de acordo com os critrios da CID-10. Foram utilizados testes univariados (ANOVA) para o exame comparativo entre grupos utilizando medidas de distribuio central e intervalo de confiana de 95%. RESULTADOS: Foram encontradas 172 gestantes (38,2%) problemticas (escore >7) pelo QMPA. Detectaram-se conforme critrios da CID-10, 41 (9,1%) gestantes com consumo problemtico de lcool, sendo 27 (6,0%) com diagnstico de uso nocivo e 14 (3,1%) com dependncia ao lcool. A presena de diagnstico de uso nocivo ou sndrome de dependncia ao lcool relacionou-se maior intensidade de sofrimento emocional das gestantes, ou seja, maior mdia de pontuao nas subescalas ansiedade, depresso e lcool do QMPA. CONCLUSES: Considerando a prevalncia de problemas emocionais, o consumo de lcool durante a gestao e os riscos de problemas saúde materno-infantil sugere-se que sejam realizadas avaliaes mais criteriosas pelos profissionais de saúde.
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OBJETIVO: Discutir as potencialidades do sistema de informao geogrfico na anlise do perfil epidemiolgico, sociodemogrfico e da organizao dos servios de saúde dirigidos aos povos indgenas. MTODOS: Foi efetuada a anlise georreferenciada das notificaes de tuberculose, malria e da mortalidade de 374.123 indgenas distribudos em 36 Distritos Sanitrios Especiais Indgenas em todo o Brasil. Definiu-se um gradiente da intensidade do risco de adoecimento indgena por tuberculose, malria e mortalidade infantil nos anos de 2000 a 2002, comparando-os com os coeficientes encontrados na populao no indgena no mesmo perodo. RESULTADOS: O estudo mostrou que os dados previamente disponveis so fragmentrios, no possibilitando uma viso de conjunto das condies de vida e da situao de saúde dos grupos tnicos. A construo de gradientes de risco evidenciou coeficientes de incidncia de tuberculose superiores em mais de 1.000 vezes queles encontrados para a populao geral brasileira. O ndice Parasitrio Anual mdio de malria na populao indgena superou em at 10 vezes os valores mdios encontrados para a populao no-indgena e o Coeficiente de Mortalidade Infantil variou entre 74,7/1.000 nascidos vivos em 2000 e 56,5/1.000 em 2001, superando em mais de 100% a mdia nacional para o perodo. CONCLUSES: O Sistema de Informao Geogrfica se revela uma ferramenta til para a gesto, possibilitando anlises de situaes sanitrias, avaliação de risco populacional, construo de cenrios que viabilizem o planejamento de estratgias de interveno nos diversos nveis, transitando com rapidez e eficincia entre macro e micro realidades.
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OBJETIVO: Avaliar a capacidade funcional dos trabalhadores de enfermagem de um complexo hospitalar e sua relao com caractersticas individuais e de trabalho. MTODOS: Estudo epidemiolgico transversal com 885 indivduos. Foi utilizado um questionrio auto-aplicvel padronizado para o clculo do ndice de capacidade para o trabalho, baseado em informaes ocupacionais, de morbidade, dados demogrficos e socioeconmicos. Obtiveram-se valores de odds ratio e seus respectivos intervalos de confiana de 95% pelo teste de qui-quadrado. As associaes foram testadas por modelo de regresso logstica mltipla obtendo-se medidas de odds ratio ajustadas. RESULTADOS: A populao estudada foi composta principalmente por mulheres (87,3%), com idade entre 35 e 68 anos (mdia 43±6,3), exercendo as funes de auxiliares, tcnicos e enfermeiros, distribudos em sete hospitais que compem o complexo hospitalar. A capacidade para o trabalho foi considerada boa em mais de 80% dos trabalhadores. As anlises estatsticas mostraram que aqueles trabalhadores com maior escolaridade (OR: 0,4; IC: 0,2-1,0; p=0,05 e ORaj: 0,4; IC: 0,2-1,0; p=0,04) e que praticam algum tipo de esporte ou atividade fsica (OR: 0,5; IC: 0,3-0,9; p=0,02 e ORaj: 0,5; IC: 0,3-0,9, p=0,02) tm maiores chances de apresentar boa capacidade para o trabalho. No grupo com reduzida capacidade para o trabalho verificou-se alta prevalncia de doenas msculo-esquelticas. CONCLUSES: O programa de saúde do trabalhador da empresa dever incluir orientao e acompanhamento do profissional de enfermagem em atividades fsicas e de lazer visando a manter a boa capacidade para o trabalho, bem como implementar a adoo de medidas preventivas relacionadas s doenas msculo-esquelticas.
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OBJETIVO: Analisar o atendimento ao pr-natal em unidades de saúde, com o intuito de obter uma linha de base que subsidie futuros estudos avaliativos. MTODOS: Realizou-se estudo exploratrio para avaliação da ateno do Sistema nico de Saúde saúde de mulheres grvidas, por meio de inqurito auto-aplicado em gestores municipais de saúde sobre amostra probabilstica do tipo aleatria estratificada de 627 municpios que, submetida tcnica de expanso, permitiu anlises para 5.507 municpios. O perodo de coleta de dados foi de outubro de 2003 a abril de 2004. O questionrio captou informaes sobre a prioridade s distintas modalidades de ateno, alm de dados sobre a oferta de ateno e estimativa declarada de atendimento de demanda. Foram realizados os testes de qui-quadrado e t de Student para verificao de independncia entre variveis qualitativas e a igualdade entre mdias, respectivamente. RESULTADOS: Dos municpios analisados, 43,8% (n=2.317) no atendiam ao risco gestacional; 81% (n=4.277) e 30,1% (n=1.592) referiram atender acima de 75% da demanda do pr-natal de baixo e alto risco, respectivamente; 30,1% (n=1.592) atendiam acima de 75% da demanda de alto risco. Ateno ao baixo risco (chi2=282,080; P<0,001 n=4.277) e ao alto risco (chi2=267,924; P<0,001 n=5.280) estiveram associadas regio geogrfica, tamanho do municpio e modalidade de gesto no Sistema nico de Saúde. A garantia de vaga para o parto tambm esteve associada modalidade de gesto. CONCLUSES: Houve lacunas relacionadas oferta e qualidade da ateno ao pr-natal no Sistema nico de Saúde. A municipalizao amplia a oferta de pr-natal, mas h desigualdades entre regies e entre municpios de diferentes dimenses populacionais.
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OBJETIVO: Analisar se diferentes instrumentos de avaliação de qualidade, aplicados a um grupo de estudos clnicos que se correlacionam e qual seu impacto no resultado na metanlise. MTODOS: Foram analisados 38 estudos clnicos randomizados e controlados, selecionados para a reviso sistemtica sobre a eficcia teraputica do Interferon Alfa no tratamento da hepatite crnica pelo vrus B. Utilizaram-se os seguintes instrumentos: Maastricht (M), Delphi (D) e Jadad (J) e o mtodo da Colaborao Cochrane (CC), considerado padro-ouro. Os resultados definidos pelos trs instrumentos foram comparados pelo teste de Correlao de Spearman. O teste de Kappa (K) avaliou a concordncia entre os revisores na aplicao dos instrumentos e o teste de Kappa ponderado analisou o ordenamento de qualidade definido pelos instrumentos. O clareamento do HBV-DNA e HbeAg foi o desfecho avaliado na metanlise. RESULTADOS: Os estudos foram de regular e baixa qualidade. A concordncia entre os revisores foi, de acordo com o instrumento: D=0.12, J=0.29 e M=0.33 e CC= 0,53. A correlao foi moderada e homognea (D/J=0,51; D/M=0,53 e J/M=0,52). Os resultados da metanlise (HBV-DNA), variaram de RR=0,71; IC 95%: 0,66-0,77 a RR=0,67; IC 95%: 0,58-0,79 e (HbeAg) de RR=0,85; IC 95%: 0,80-0,90 a RR=0,85; IC 95%:0,77-0,93, dependendo da qualidade dos estudos includos. CONCLUSES: Os instrumentos de avaliação de qualidade tm boa correlao. Nas revises sistemticas que apontem mesma direo do efeito, a avaliação pode no alterar significantemente seu resultado. O mtodo da Colaborao Cochrane o mais reprodutvel e de simples aplicao.
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OBJETIVO: Calcular e avaliar a cobertura dos registros de bitos da populao adulta das Unidades da Federao brasileira. MTODOS: Foram estudadas as estatsticas de bitos, captadas da Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica e do Ministrio da Saúde, de 1999 a 2000,comparadas por sexo. A cobertura dos bitos dos Estados foi estimada por meio de trs tcnicas de mensurao do sub-registro de bitos. A estimativa final seguiu critrios pr-determinados que resultaram na classificao dos Estados em quatro categorias de avaliação. RESULTADOS: Pela primeira vez, a Fundao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica captou menos bitos do que o Ministrio da Saúde. A cobertura dos bitos foi classificada no mnimo como "satisfatria" para todos os Estados do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e parte do Nordeste. Os demais Estados, a partir do Piau em direo ao Norte, foram classificados como "regular", exceto para Roraima. A cobertura dos bitos manteve-se mais completa para os homens. CONCLUSES: Houve aumento da cobertura dos bitos para todas as regies do Pas, particularmente para o Norte e o Nordeste. Mantendo-se esta tendncia, provvel que todos os Estados tero superado a marca dos 80% de cobertura at o ano 2010.
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OBJETIVO: Testar associaes entre indicadores de ateno bsica em saúde bucal e indicadores municipais socioeconmicos e de proviso de servios odontolgicos. MTODOS: Estudo ecolgico realizado nos 293 municpios do Estado de Santa Catarina, no perodo 2000 a 2003. Foram utilizados indicadores de ateno bsica a saúde bucal: (1) Cobertura; (2) Razo entre procedimentos odontolgicos coletivos e a populao de zero a 14 anos de idade; (3) razo entre exodontias de dentes permanentes e procedimentos odontolgicos individuais na ateno bsica. As variveis investigadas foram: razo entre o nmero total de dentistas por mil habitantes, razo entre o nmero total de dentistas cadastrados no Sistema nico de Saúde por mil habitantes, fluoretao da gua de abastecimento, ndice de desenvolvimento infantil, ndice de desenvolvimento humano municipal e a populao do municpio. Foram realizadas as anlises pelos testes de Kruskall-Wallis, qui-quadrado e o teste de Spearman para avaliar a correlao entre as variveis. RESULTADOS: A cobertura foi de 21,8%, a razo de procedimentos coletivos na populao entre zero a 14 anos foi de 0,37 e a proporo de exodontias em relao ao total de procedimentos odontolgicos individuais foi de 11,9%. Menores propores de exodontias foram associadas s maiores propores de dentistas no Sistema (p<0,01). Maiores propores de exodontias foram associadas aos menores ndices de desenvolvimento humano municipal (p<0,01). CONCLUSES: Maiores coberturas foram associadas ao aumento de dentistas no SUS. Municpios com piores condies socioeconmicas foram associados a maiores propores de exodontias. Polticas de saúde bucal devem priorizar municpios que apresentam piores indicadores socioeconmicos.
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OBJETIVO: No contexto de acesso universal terapia antiretroviral, os resultados do Programa de Aids dependem da qualidade do cuidado prestado. O objetivo do estudo foi avaliar a qualidade do cuidado dos servios ambulatoriais que assistem pacientes de Aids. MTODOS: Estudo realizado em sete Estados brasileiros, em 2001 e 2002. Foi avaliada a qualidade do atendimento a pacientes com Aids quanto disponibilidade de recursos e a organizao do trabalho de assistncia. Um questionrio com 112 questes estruturadas abordando esses aspectos, foi enviado a 336 servios. RESULTADOS: A taxa de resposta foi de 95,8% (322). Os indicadores de disponibilidade de recursos mostram uma adequao maior do que os indicadores de organizao do trabalho. No faltam antiretrovirais em 95,5% dos servios, os exames de CD4 e Carga Viral esto disponveis em quantidade adequada em 59 e 41% dos servios, respectivamente. Em 90,4% dos servios h pelo menos um profissional no mdico (psiclogo, enfermeiro ou assistente social). Quanto organizao, 80% no agendavam consulta mdica com hora marcada; 40,4% agendavam mais que 10 consultas mdicas por perodo; 17% no possuam gerentes exclusivos na assistncia e 68,6% no realizavam reunies sistemticas de trabalho com a equipe. CONCLUSES: Os resultados apontam que alm de garantir a distribuio mais homognea de recursos, o programa precisa investir no treinamento e disseminao do manejo do cuidado, conforme evidenciado nos resultados da organizao de trabalho.
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OBJETIVO: Desenvolver um questionrio de atividade fsica para adolescentes brasileiros e verificar sua validade e reprodutibilidade. MTODOS: Participaram do estudo 94 adolescentes (30 meninos e 64 meninas) com idade entre 11 a 16 anos, em 2004. O questionrio foi composto por 17 questes sobre atividades habituais exercidas nos ltimos 12 meses (exerccios fsicos/esportes e atividades de locomoo) e foi padronizado para gerar escores semanal e anual. Como mtodo de referncia utilizou-se o teste de corrida vai-e-vem de 20 metros com as variveis tempo em minutos, velocidade mxima em km/h, consumo mximo de oxignio e freqncia cardaca mxima. Para a anlise de validao, foram utilizados o coeficiente de Spearman e correlao ajustada por idade. Para a anlise da reprodutibilidade, utilizou-se medida repetida com intervalo de 15 dias e coeficiente de correlao intraclasse. RESULTADOS: Para o escore semanal de atividade fsica, os maiores coeficientes de correlao foram obtidos com o tempo total para a anlise em conjunto (r=0,19), velocidade total para os meninos (r=0,20), e consumo mximo de oxignio e tempo total para as meninas (r=0,17). Para o escore anual de atividade fsica, os maiores coeficientes de correlao foram obtidos com o tempo total para a anlise em conjunto (r=0,30), freqncia cardaca final aps o ajuste pela idade para os meninos (r=0,22) e tempo total para as meninas (r=0,23). Nas anlises de reprodutibilidade, a correlao do escore semanal foi de 0,61 e a do escore anual foi de 0,68. CONCLUSES: O questionrio apresentou evidncias de validade e reprodutibilidade. Recomenda-se sua utilizao para avaliação da atividade fsica habitual em estudos epidemiolgicos com adolescentes.