339 resultados para Assistência a menores Legislação Brasil
Resumo:
A deteriorao da qualidade da gua pode ser causada tanto por resultado da presso antrpica sobre os ambientes aquticos em maiores escalas, como por fatores naturais em menores escalas, tal como ocorre em parte da bacia hidrogrfica do Rio Arari (Ilha de Maraj, Par). Este artigo teve como objetivo a avaliao da qualidade das guas superficiais e o estado trfico do Rio Arari, no trecho entre Santana e Cachoeira do Arari, considerando as variaes temporais e espaciais de variveis fsicas, qumicas e biolgicas da gua em dois perodos hidrolgicos distintos de 2009: descarga mxima (abril e maio) e descarga mnima (setembro e novembro). Os ndices de Qualidade da gua (IQA) e Estado Trfico (IET) foram determinados simultaneamente em amostras de gua superficial durante 12 horas consecutivas nas trs estaes de coleta ao longo do Rio Arari. Os valores do IQA variaram entre "Ruim" e "Regular", e esto provavelmente relacionadas aos elevados nveis de coliformes fecais, baixas concentraes de oxignio dissolvido e pH cido do Rio Arari. Conforme o IET, o rio pode ser classificado como supereutrfico e hipereutrfico, reflexo da grande disponibilidade de nutrientes (e.g. fsforo) e elevada biomassa fitoplanctnica em termos de clorofila a. O Rio Arari est sob um processo de eutrofizao natural, visto que as fontes de contaminao antrpica ainda so incipientes, mas elas podem contribuir para um processo de longo prazo de eutrofizao artificial.
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OBJETIVOS: Alcoolismo uma doena heterognea, com apresentaes clnicas, resultados teraputicos e recadas variveis, indicando vulnerabilidades biolgicas diferentes. A Tipologia de Lesch distingue quatro categorias de alcoolismo: Tipo I - graves sintomas de abstinncia; Tipo II - lcool como soluo para conflitos; Tipo III - lcool para "tratamento" de desordens psiquitricas; Tipo IV - alteraes neurolgicas antes do uso de lcool. Este estudo verificou a aplicabilidade de uma classificao do tipo clnico de alcoolismo pela Tipologia de Lesch em um ambulatrio pblico brasileiro de atendimento especializado de alta demanda. MTODO: Estudo seccional descritivo, que classificou pacientes do ambulatrio de alcoolismo do Hospital Universitrio da Universidade Federal do Esprito Santo de acordo com a Tipologia de Lesch. RESULTADOS: A diferenciao pela Tipologia de Lesch foi facilmente conduzida em um servio ambulatorial pblico de alta demanda. De 170 pacientes, 21,2% foram classificados como Tipo I; 29,4%, Tipo II; 28,8%, Tipo III e 20,6%, Tipo IV. Embora os diferentes tipos de alcoolismo tenham diferentes apresentaes clnicas, o padro de ingesto alcolica, idade da primeira ingesto e tempo de abstinncia no diferiram entre os tipos de alcoolismo. CONCLUSO: A distino do tipo clnico de alcoolismo de acordo com a Tipologia de Lesch foi considerada aplicvel em um ambulatrio pblico brasileiro de grande demanda, sendo os dados encontrados semelhantes aos relatados em estudos realizados em diferentes pases. A aplicao dessa classificao poder definir mudanas nas estratgias de enfrentamento individualizadas do alcoolismo, sendo, entretanto, necessrios estudos de seguimento para avaliar os resultados teraputicos das mesmas.
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Objetivos Identificar as causas e o perfil das vítimas, analisar a mortalidade nos últimos 13 anos e mapear mudanças assistenciais e socioeconômicas. Métodos Utilizaram-se dados do SIM e Datasus. Calcularam-se as proporções das causas de suicídio segundo as categorias do CID10, X60-X84, estratificando-se por lesões (X70-X84) e autointoxicações (X60-X69). Analisaram-se as incidências por raça/cor, escolaridade e faixa etária, de 2000 a 2012. Compararam-se variações na mortalidade por suicídio com mudanças regionais nos indicadores de cobertura, características socioeconômicas e demográficas. Resultados As maiores causas de suicídio foram enforcamento, lesão por armas de fogo e autointoxicação por pesticidas. Os mais acometidos foram os menos escolarizados, indígenas (132% superior à população geral) ou maiores de 59 anos (29% superior). As taxas entre homens são três vezes maiores em todas as regiões, embora tenha maior crescimento entre as mulheres (35%). A mortalidade mais elevada se encontra na região Sul (9,8/100.000) e o maior crescimento percentual, no Nordeste (72,4%). Conclusão A mortalidade por suicídio continua a crescer no país, com importantes variações regionais. A assistência à saúde também apresenta inequidades regionais, com importantes lacunas nos serviços de saúde. O Brasil ainda carece de programas governamentais que trabalhem efetivamente na prevenção do suicídio. Considera-se necessário estabelecer uma estratégia nacional de prevenção focalizando as populações de maior risco identificadas: índios, pessoas com menor escolaridade, homens e maiores de 60 anos, além da necessidade de ampliar a vigilância na comercialização ilegal de pesticidas.
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OBJETIVO: Relatar os resultados das intervenes coronrias percutneas, no Brasil, no binio 1996-97, comparando-os com os do binio 1992-93. MTODOS: Foram coletados dados relativos a angioplastia com balo (ATC), aterectomia direcionada (AD), aterectomia rotacional (AR), angioplastia com laser (L) e stents coronrios (ST). Estes dados foram comparados aos equivalentes, do Registro 1992-93. RESULTADOS: Participaram do registro atual 79% dos scios titulares da SBHCI, de 127 hospitais, em 1996-97. Foram includos 22.025 pacientes, sendo 60,67% submetidos ATC; 36,57% a ST; 2,3% a AR; 0,06% AD e 0,4% ao L. A ATC foi o procedimento mais executado, observando-se um aumento relativo do implante de ST, de 1996 para 1997 de 35% (31,1 para 42,1%, p= 0,0001), com concomitante queda na utilizao do balo (65,7% para 55,8%, p= 0,0001). A despeito da populao de coronarianos tratados, em 1996-97 ser de maior complexidade clnica e anatmica, que a de 1992-93, verificaram-se maiores ndices de sucesso do procedimento (89,7% x 92,8%, p= 0,000001), com menor leso residual (22% x 19%, p= 0,001). Alm disto, houve menores ndices de complicaes maiores: infarto agudo (2,5% x 1,2%, p<0,01), cirurgia de emergncia (0,8% x 0,5%, p= 0,002) e bito (1,8% x 1,4%, p= 0,0003). CONCLUSO: Os procedimentos mais executados no ltimo binio foram: o balo (60,67%) e os stents coronrios (36,57%); verificam-se elevados ndices de sucesso (92,3%) e baixas taxas de complicaes maiores, confirmando o desempenho de excelncia da Cardiologia Intervencionista brasileira.
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OBJETIVO: Avaliar comparativamente a evoluo das mortalidades por doenas do aparelho circulatrio (DAC), doenas isqumicas do corao (DIC) e cerebrovasculares (DCBV), no estados do Rio de Janeiro (RJ), So Paulo (SP) e Rio Grande do Sul (RS), e suas capitais, no perodo 1980-1999. MTODOS: Os dados relativos a bitos por DAC provieram do Datasus, e os das populaes, do IBGE. Calcularam-se taxas de mortalidade brutas e ajustadas, por sexo e idade, pelo mtodo direto (populao padro: maiores de vinte anos do Estado do RJ, em 2000). Em razo do crescimento relevante da mortalidade por causas mal definidas no municpio e no Estado do RJ, a partir de 1990, procedeu-se compensao dos bitos preliminares aos ajustamentos. As tendncias foram analisadas com regresses lineares. RESULTADOS: Os declnios anuais da mortalidade, compensados e ajustados, variaram de -11,3 bitos por DAC, por cem mil habitantes, no municpio e no Estado do RJ, at -7,4 no municpio de SP. As DIC foram semelhantes no Estado e municpio do RJ e em Porto Alegre, sendo menores no municpio de SP (-2,5 bitos por cem mil habitantes). Nas DCBV, a variao observada foi de -6,0 a -2,8 bitos por cem mil habitantes, no Estado do RJ e em Porto Alegre, respectivamente. CONCLUSO: Observaram-se declnios das taxas de mortalidade compensadas e ajustadas por DAC, DIC e DCBV, no perodo 1980-1999, nos trs estados e capitais. No RJ, Estado e municpio, os declnios das DIC foram ntidos a partir de 1990, enquanto as DCBV mostraram quedas em todo o perodo.
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As espcies foram coletadas em quatro trechos ao longo de um gradiente formado pelo reservatrio UHE Escola Engenharia Mackenzie (Capivara). A diversidade de espcies foi analisada pela constncia, ndice de Shannon-Wiener e similaridade da composio entre trechos atravs do coeficiente de Jaccard. O reservatrio tem uma riqueza de peixes composta por 67 espcies includas em 5 ordens; 47% das espcies so constantes, 15 % so acessrias e 28% so acidentais. Os maiores ndices de diversidade de Shannon-Wiener e similaridade de Jaccard foram obtidos em Cinzas e Tibagi, que so os trechos mais distantes da barragem e que apresentam grandes tributrios. Os menores ndices foram encontrados em Cruzlia e Porecatu, os quais correspondem aos trechos com caractersticas, respectivamente, de ambientes ltico e semi-ltico. Este trabalho demonstra a extrema importncia da presena dos tributrios para a manuteno da diversidade das espcies em um reservatrio, em funo da preservao das caractersticas originais do sistema ltico naqueles trechos e conseqente reduo do impacto do represamento.
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Os rotferos do reservatrio de Tapacur, Pernambuco, Brasil foram estudados quanto distribuio horizontal nas zonas limntica e litornea, nos perodos chuvoso (agosto de 2003) e seco (janeiro de 2004). Amostras quali-quantitativas foram obtidas atravs de coletas em ritmo nictimeral nas distintas zonas do reservatrio, com intervalo de seis horas, em duas profundidades. Os parmetros biticos riqueza, densidade, diversidade e equitabilidade foram avaliados. Anlises de similaridade e varincia (ANOVA) tambm foram utilizadas. Vinte e oito espcies e duas subespcies de Rotifera foram encontradas, das quais cinco espcies so novas ocorrncias para Pernambuco. A zona litornea apresentou maior riqueza que a limntica em ambos ao perodo sazonais, com nove espcies exclusivas. As diferenas de densidade e equitabilidade entre as zonas do reservatrio no foram significativas, ao contrrio da diversidade, que apresentou-se mais elevada na zona litornea no perodo seco (p<0,01). A anlise de similaridade revelou homogeneidade horizontal da comunidade de Rotifera no perodo chuvoso, caracterizado por menores temperaturas e maior velocidade do vento, e tendncia estratificao horizontal no perodo seco, caracterizado por temperaturas mais elevadas e menor intensidade dos ventos. A presena de macrfitas propiciou caractersticas peculiares na zona litornea.
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Foi investigada a dieta de Pachyurus bonariensis Steindachner, 1879 associando-a variaes espaciais, temporais e ontogenticas. Os peixes foram coletados mensalmente de maro/2000 a fevereiro/2001 e de agosto/2002 a fevereiro/2003 em duas baas do Pantanal, Chacoror e Sinh Mariana. Contedos estomacais de 359 exemplares foram analisados atravs dos mtodos de freqncia de ocorrncia e volumtrico. A dieta foi composta essencialmente por larvas bentnicas de Chironomidae e Ephemeroptera, independente do local e perodo (seca e cheia) analisados. Entretanto, nota-se marcante diferena na composio alimentar de acordo com o tamanho do peixe. Os menores exemplares (comprimento padro = 1,6 a 7,2 cm) consumiram preferencialmente Chironomidae e os maiores (comprimento padro = 13,0 a 18,6 cm) Ephemeroptera. Conclui-se que P. bonariensis tem hbito alimentar bentvoro e especializado, devido principalmente ao restrito espectro alimentar aliado posio e forma da boca adaptada a explorar o substrato.
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Neste estudo, descrevemos aspectos da biologia reprodutiva de H. albopunctatus. Coletamos os dados no municpio de Uberlndia (MG), Brasil. Eventos comportamentais foram observados focalmente. Determinamos o padro de distribuio espacial dos girinos. Comparamos a abundncia de girinos em lagos e brejos, correlacionando-a com profundidade, quantidade de substrato vegetal e nmero de artrpodes atravs de uma Anlise de Componentes Principais. Testamos a palatabilidade de ovos e girinos para duas espcies de telesteos. A atividade de vocalizao ocorria em praticamente todos os meses do ano. Os machos eram menores que as fmeas e tinham um espinho em cada prepolex. O amplexo foi alternado entre os tipos axilar e timpnico. As desovas (mdia de 769 ovos) foram postas superfcie da gua em uma monocamada. Girinos recentes eram pretos, porm tornavam-se acobreados ao longo do desenvolvimento. Diferentemente dos girinos, os ovos foram impalatveis para os telesteos testados. Os girinos eram mais abundantes nos brejos e se distribuam de forma agregada no ambiente. Somente nos lagos houve correlao positiva entre a abundncia de girinos e profundidade, nmero de artrpodes e quantidade de substrato vegetal. A reproduo da espcie quase continua ao longo do ano um comportamento raro entre anuros do sudeste do Brasil. A abundncia maior de girinos nos brejos pode ser devido ausncia de telesteos predadores. A impalatabilidade dos ovos e o uso de micro-hbitat de refgio pelos girinos provavelmente so os mecanismos que possibilitam a coocorrncia de H. albopunctatus com telesteos.
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O objetivo deste trabalho foi caracterizar a dieta e a morfologia do trato digestrio do linguado, Catathyridium jenynsii (Gnther, 1862) (Achiridae), em seus estgios iniciais de vida. Para anlise do trato digestrio, foi utilizado um exemplar de cada estgio larval, de pr-flexo at ps-flexo, e juvenil. Um total de 256 larvas e 16 juvenis, pertencentes a cinco classes de comprimento padro, foi analisado quanto dieta. Os dados foram coletados no reservatrio de Itaipu, rio Paran, Brasil, de setembro/2001 a maro/2002 e setembro/2002 a fevereiro/2003. Para anlise dos dados, foram aplicados os mtodos de ocorrncia e numrico para a determinao da frequncia de ocorrncia e numrica de cada item alimentar nas diferentes classes de comprimento padro. A regio anterior do trato digestrio de C. jenynsii, comeou a diferenciar-se em estmago partir de 4,70 mm CP (no apresentou cecos pilricos). Desde o estgio de pr-flexo, verificou-se trs dobras intestinais e vrias estrias no trato digestrio. A anlise da dieta revelou que as larvas menores (classe 1) apresentaram uma dieta distinta, com dominncia de cladceros (especialmente Bosmina hagmanni e Bosminopsis deitersi). Para a classe 2, o coppodo Notodiaptomus sp. foi importante tanto em nmero quanto em ocorrncia, entretanto B. hagmanni, ainda teve participao significativa na dieta. J as larvas maiores (classes 3, 4) e juvenis (classe 5) apresentaram uma dieta similar, consumindo principalmente os coppodos (Notodiaptomus sp.). Portanto, neste estudo as larvas de C. jenynsii podem ser consideradas zooplanctvoras, j que em todos os estgios de desenvolvimento, cladceros e copdodos dominaram a dieta. As alteraes na dieta acompanharam as modificaes morfolgicas dos estgios iniciais de C. jenynsii.
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O presente estudo teve como objetivo investigar os padres local e regional de uso de habitat de Piabina argentea Reinhardt, 1867 em quatro diferentes rios da bacia do rio das Velhas. Os habitat amostrados foram caracterizados quanto velocidade da gua, profundidade e tipo de substrato. Para a anlise ecomorfolgica, foram calculados 17 atributos ecomorfolgicos de 40 exemplares de cada rio. Embora estas populaes tenham se sobreposto no espao ecomorfolgico, a Anlise Discriminante Cannica mostrou haver diferena significativa entre elas, principalmente da populao do rio das Velhas em relao s demais. A separao se deu em termos do ndice de compresso, altura relativa do corpo e ndice de achatamento ventral. Os padres locais de seleo de habitat no foram congruentes em todos os rios, mas em geral, houve predomnio do padro regional: habitat lnticos, profundidade entre 20 e 40 cm e 60 e 80 cm e substrato areia, silte+argila e banco de folhas. Considerando as caractersticas fsicas de cada rio e o padro regional da espcie, a maior parte dos seus requerimentos de habitat contemplada nos quatro rios. Entretanto, um corpo d'gua assoreado como o trecho do rio das Velhas, tende a ter maiores velocidades da gua, menores profundidades e substrato finos, o que atende em parte seleo de habitat da espcie estudada.
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Considerado um bioma ameaado, o Pampa possui um dos menores percentuais de rea legalmente protegida. Alm disso, o conhecimento sobre comunidades de anuros neste bioma ainda escasso. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi determinar a composio de anuros em uma rea de Pampa no sul do Brasil. Entre janeiro de 2009 e fevereiro de 2010 foi realizado um inventrio na Fundao Estadual de Pesquisa Agropecuria do municpio de So Gabriel, Rio Grande do Sul. A procura dos exemplares foi realizada em poas permanentes, semi-permanentes e temporrias pelo mtodo de levantamento em stio de reproduo. Foram registradas 21 espcies pertencentes a cinco famlias, o que corresponde a aproximadamente 20% das espcies do estado e 42% das espcies conhecidas para a ecorregio Savana Uruguaia. Dez espcies foram consideradas frequentes, sete comuns e quatro foram raras. Foram registrados trs modos reprodutivos, sendo que 57% das espcies utilizam o modo 1, que parece estar relacionado homogeneidade da rea. A anlise de agrupamento comparando a composio de anuros de quatro localidades distintas mostrou maior similaridade com o municpio de Candiota (regio da Campanha). As espcies presentes na rea de estudo so associadas a formaes campestres do estado e pases vizinhos e podem ser consideradas tpicas do bioma Pampa.
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RESUMO A urbanizao um processo globalmente estudado e considerado um dos distrbios mais drsticos sobre a biodiversidade. Este estudo teve como objetivo avaliar como diferentes intensidades de urbanizao atuam na estruturao da avifauna em uma cidade de tamanho mdio e inserida em regio de rea mida. Alm das mtricas tradicionais de riqueza, abundncia e composio taxonmica, verificou-se como a diversidade e redundncias funcionais das aves so influenciadas pelo gradiente urbano. A rea urbana estudada foi a cidade de Pelotas (3146'S, 5220'W), extremo sul do Brasil, que est inserida em uma rea mida do bioma Pampa. A amostragem das aves e a medida das variveis urbanas (nmero de rvores, nmero de construes de at dois andares ou de mais de dois andares, presena de ambiente aqutico e presena de ambiente aberto) foram realizadas em 216 pontos fixos de observao que foram marcados em diferentes intensidades de urbanizao. Os atributos funcionais utilizados para caracterizar as espcies foram os relacionados massa, dieta, substrato de forrageamento e substrato de nidificao. O aumento da intensidade de urbanizao diminuiu a riqueza, a abundncia e a diversidade funcional, sendo que a redundncia, diferente do esperado, no aumentou com a urbanizao. Foi possvel observar que os atributos relacionados a reas com urbanizao mais intensa (com contrues de at dois andares e de mais de dois andares) foram: preferncia por forrageamento no ar, onivoria e ninhos em cavidades. Os atributos relacionados a reas com menor intensidade de urbanizao e com reas midas foram: preferncia de forrageamento na gua e de ninhos sobre a gua; e aquele relacionados a menores intensidades de urbanizao (com maior nmero de rvores e maior presena de ambientes abertos) foram: preferncia por ninhos em vegetao, em locais baixos e no solo e carnivoria. O estudo mostrou a importncia da presena de habitats abertos e aquticos para a avifauna, paisagem tipicamente no citada em estudos urbanos, que destacam a necessidade de adequar as aes de mitigao para os esforos de conservao dentro de habitats urbanos de acordo com o pool regional de espcies.
Resumo:
Depois de relembrarem as condies da extensa regio, em que a peste endmica no Brasil, e que dificultam a aplicao, em sua plenitude, das medidas profilticas recomendadas para o combate doena, sumariam os A. A. a legislação brasileira em vigor e discriminam o que tem realizado com aquele fim o Servio Nacional de Peste. Aludindo aos benefcios do sro, das sulfas e possvelmente da estreptomicina para os doentes acentuam a precria possibilidade do seu isolamento, o que tem levado o Servio maior intensificao das prticas de anti-ratizao e das que visam a destruio de roedores e pulgas. Mostram, quanto s primeiras medidas, o que tem sido possvel fazer, intensa e progressivamente, no s para a proteo das habitaes rurais, a includas as praticas de desratizao, limpeza dos terrenos e cuidados com o lixo, como no tocante instalao de silos e giraus prova de ratos, e a outras providncias concernentes adequada disposio de gneros alimentcios e dos diversos materiais, que podem servir de alimento e ninho aos roedores. Detm-se mais no particular das medidas de desratizao, salientando o valor do cianogs, que veio, para aquela finalidade, tomando o passo ao envenenamento com iscas raticidas, tendo o arsnico por base, largamente empregadas pelo Servio ate 1942. Mostram como tem crescido, de ano para ano, o percentual de ratos, destrudos por elas e pelo cianogs, em relao ao total de ratos mortos; e apontam a decorrente limitao do uso de armadilhas. Quanto aos lana-chamas, tambm largamente empregados, reputam-nos mais perigosos e menos eficientes e econmicos que o cianogs, com idnticas indicaes, salientando porm a grande vantagem do uso do DDT, como agente despulizante, inclusive pela sua ao residual. Mostram o valor da utilizao, em larga escala, do DDT tambm para a defesa do homem so, que se limitava, at h pouco, prticamente soroterapia preventiva e imunizao ativa. Parece ter-se mostrado esta eficiente no Brasil, embora at agora, para tal fim, s tenham sido usadas vacinas mortas. Focalizando o maior xito das vacinas preparadas com germes vivos avirulentos, aludem os A.A. possvel vantagem do seu emprgo, de maneira sistematizada, nas pocas de maior incidncia da peste, para certos grupos de populao mais atingidos pela doena. Finalizam o trabalho, com uma reviso dos dados epidemiolgicos, que tinham sido objeto de contribuio anterior, e que agora se fazem mais completos, por englobarem um decnio (1936-1945). Do a ver a incidncia da peste, ano a ano, durante sse perodo, mostrando como nle tocaram 30 e 70% dos casos aos grupos etrios 10-19 anos e 0-29 anos. Os homens foram mais atingidos, tendo cabido 57, 36 e 7% do total de casos, respectivamente a pardos, brancos e negros. Na sua grande maioria (95.7%), foram os casos da forma bubnica, representando-se a pulmonar e a septicmica por 2.6 e 1.7% do total. Daqueles casos de peste ganglionar, 67.7, 17, 11.5 e 3.8% tiveram respectivamente localizao inguino-crural, axilar, cervical e mista. A letalidade no decenio foi de 29.5%, reduzida alis, a 17%, quando computados apenas os casos vistos em vida pelo Servio. De mais de 25'% abaixo dos 20 anos, baixou a letalidade a 22% dos 20 aos 30 anos, para ascender progressivamente da em diante, chegando a quase 50%, nos indivduos com mais de 50 anos. Foi maior no sexo feminino e entre pardos. Muito alta na forma pulmonar (85.0%) e na septicmica (80.7%), mostrou-se de 37, 34.3, 32.2 e 23.3%, consoante mista, cervical, axilar ou inguino-crural a localizao da forma bubnica.
Resumo:
apresentada uma rpida introduo emque o presente estudo situado dentro do programa de trabalho do Instituto de Malariologia, no litoral sul do Brasil. Em seguida, com o auxlio de uma srie de grficos, mostrada a distribuio dos valores da temperatura do ar, da umidade relativa e da evaporao, nas trs zonaes e entre os estratos da mata. Com o intuito de permitir a outros pesquisadores a correlaoentre os dados colhidos e observaes referentes ao comportamento dos mosquitos, so apresentados, alm das mdias e totais mensais, os valores obtidos de dia e de noite. Dsse conjunto de dados possvel tirar, entre outras, as seguintes concluses: 1. Temperatura do ar: De uma maneira geral, na mata, as mdias so mais baixas do que ao ar livre. Entretanto, no inverno, principalmente em meses de cu muito limpo, pode dar-se o contrrio. Os valores obtidos nas diversas zonaes, mesma altura, foram, no vero, quase iguais, com ligeira tendncia para a estratificao normal. J no inverno as mdias foram bastante influenciadas pela inverso noturna e se apresentaram com diferenas maiores. Numa mesma zonao as mdias foram sempre mais elevadas nos estratos superiores do que nos inferiores. 2. Umidade relativa: As mdias obtidas nos postos da mata, dependendo da sua localizao, foram mais altas ou mais baixas do que as tomadas ao ar livre. Entre os mesmos estratos de vegetao os valores foram sempre maiores no vale, menores no alto da elevao e intermedirios na encosta. Em cada zonao as mdias foram sempre mais baixas junto copa das rvores, do que sob os arbustos. A inverso de temperatura, que se verifica noite, afeta pouco a distribuio da mdias da umidade relativa. 3. Evaporao: A evaporao , durante o dia, mais elevada ao ar livre do que sob os arbustos da mata, o que nem sempre se verifica noite. Dentre as zonaes, o alto da elevao apresentou, sempre, totais maiores. No inverno os valores diurnos da encosta...