247 resultados para Anemometria de Fio Quente
Resumo:
Estresse pode ser definido como um fator externo, que exerce influência desvantajosa sobre a planta. Em regiões tropicais, as culturas agrícolas sofrem estresse abiótico principalmente por períodos de deficiência de água e altas temperaturas. A tolerância cruzada permite as plantas se aclimatarem a uma gama de diferentes estresses após exposição a um estresse específico. O objetivo neste trabalho foi avaliar a tolerância ao estresse hídrico durante a germinação das sementes de feijão sob influência da tolerância cruzada induzida por choque térmico. As sementes de feijão cultivar 'IAPAR 81' foram submetidas ao processo de embebição, em substrato papel umedecido com água pura sob temperatura de 20ºC por 24 horas. A seguir, parte foi mantida nessa temperatura e parte transferida para o choque frio por 24horas a 7ºC no ensaio 1 e 13ºC no ensaio 2 e outra parte para o choque quente por 24 horas a 38oC no ensaio 1 e 33oC no ensaio 2, sem troca do substrato. Tanto as sementes que passaram pelo choque como as que não passaram (controle) foram transferidas para substrato papel simulando diferentes potenciais hídricos, 0; -0,6; -0,9 e -1,2MPa, no ensaio 1 e 0;-0,3; -0,6; -0,9 e 1,2MPa no ensaio 2, induzidos por manitol nas seguintes concentrações: 0; 22,29; 44,58; 66,87 e 89,17 g.L-1. Os tratamentos foram avaliados através da porcentagem de germinação, plântulas anormais, sementes mortas e avaliações do desenvolvimento (massa seca da parte aérea, massa seca de raiz, massa seca total e relação raiz/parte aérea). O melhor desempenho das sementes que passaram por choque, de 7oC por 24h ou de 33oC por 24h, à restrição hídrica no início do desenvolvimento, permite afirmar que ocorre indução de tolerância cruzada e que esta pode ser induzida no início do processo de embebição em sementes de feijão.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi de analisar o efeito combinado das temperaturas e dos tratamentos pré-germinativos na germinação das sementes de farinha seca (Albizia hasslerii (Chod.) Burkart.). Foram realizados 2 experimentos. No primeiro as sementes receberam os seguintes tratamentos pré-germinativos: imersão em H2SO4 PA por 10 minutos, H2SO4 20 minutos, GA3 150 mg.L-1 por 24 horas, água quente 5 minutos, água natural por 24 horas, e a testemunha, sem tratamento. No segundo experimento, as sementes foram divididas em dois lotes, um lote foi semeado logo após a colheita e o outro foi embalado em papel Kraft e armazenado por 90, 180 e 270 dias em condições de câmara fria e em temperatura ambiente. As sementes receberam os seguintes tratamentos pré-germinativos: imersão em H2SO4 PA por 20 minutos, em água natural por 24 horas, e a testemunha. A incubação ocorreu nas temperaturas de 18, 25 e 30ºC, 20-30ºC, e em casa de vegetação. Os experimentos foram realizados em DIC, sendo o primeiro em esquema fatorial de 6 x 5 e o segundo em fatorial de 3 x 5 x 4, ambos com 4 repetições de 20 sementes. O tratamento de imersão em H2SO4 por 20 minutos apresentou os maiores valores para todas as características avaliadas. As sementes armazenadas por 90 dias em câmara fria apresentaram germinação superior a 50% sem nenhum tratamento pré-germinativo e em qualquer temperatura de incubação. As plântulas provenientes de sementes armazenadas em câmara fria são mais vigorosas.
Resumo:
Embora o tratamento térmico apresente grande potencial no controle alternativo de patógenos de sementes, são poucos os estudos sobre essa tecnologia e, principalmente, sobre o seu efeito no desempenho das sementes, sobretudo de hortaliças. Desse modo, objetivou-se estudar a relação do tratamento térmico com o potencial fisiológico e sanidade de sementes de tomate, identificando combinações eficientes de temperatura e período de exposição por meio dos testes de sanidade e vigor. No experimento I, sementes de 2 lotes do cultivar UC-82 foram submetidas ao tratamento com água quente (52, 53, 54, 55 e 60 °C por 30 e 60 min.) e secadas por 72 horas e, juntamente com mais duas testemunhas, sementes tratadas com produto químico e sementes não tratadas, avaliadas em duas épocas pelos testes de sanidade, germinação e vigor. No experimento II, sementes tratadas com água quente a 55 °C por 30 min. e 60 °C por 60 min. e secadas por 12 horas, mais as mesmas testemunhas utilizadas no experimento I, foram avaliadas por meio dos testes de sanidade, germinação e vigor. Com base nos resultados, concluiu-se que o tratamento com água quente (55 °C por 30 min.) é uma opção consistente para o controle dos fungos Rhyzopus sp., Aspergillus sp. e Cladosporium sp., sem prejudicar o potencial fisiológico das sementes de tomate. Os tratamentos 52 a 54 °C por 30 ou 60 min. não causam prejuízo ao potencial fisiológico de sementes de tomate. Os tratamentos a 60 °C por 30 ou 60 min. são eficientes para o controle de fungos, mas letais às sementes de tomate.
Resumo:
O conhecimento dos processos germinativos de sementes com tegumentos resistentes, como ocorre em algumas espécies pertencentes à família Fabaceae, pode fornecer subsídios para a produção de mudas e recomposição de áreas degradadas. As sementes de Parkia apresentam germinação natural lenta e irregular, o que pode ser atribuído à impermeabilidade do tegumento. O trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar diferentes métodos de superação de dormência física das sementes de Parkia multijuga, P. velutina e P. panurensis. Foram utilizadas sementes coletadas na Base de Operações Geólogo Pedro de Moura (BOGPM), em Coari/AM, submetidas aos seguintes tratamentos: testemunha (T0), desponte (T1), desponte seguido da imersão em água por 8 horas (T2), escarificação mecânica do tegumento em esmeril elétrico (T3), escarificação mecânica do tegumento em esmeril elétrico seguido pela imersão em água por 8 horas (T4), punção com agulha quente (T5), punção com agulha quente seguido pela imersão em água por 8 horas (T6), imersão em ácido sulfúrico (H2SO4) por 30 minutos (T7), imersão em ácido sulfúrico (H2SO4) por 20 minutos (T8), imersão em ácido sulfúrico (H2SO4) por 15 minutos (T9). As sementes de cada tratamento foram submetidas ao teste de germinação, avaliando-se a porcentagem de germinação, tempo médio de emergência de plântulas, índice de velocidade de emergência de plântulas e índice de sincronização. Em geral, todos os tratamentos pré-germinativos aplicados às sementes das três espécies, foram eficientes para aumentar a porcentagem de germinação em relação à testemunha. Os tratamentos de escarificação mecânica com esmeril elétrico na lateral da semente foram mais eficientes na superação da dormência de sementes de P. panurensis e P. multijuga, enquanto a escarificação química com ácido sulfúrico em maior tempo de imersão foi mais eficiente para as sementes de P. panurensis e P. velutina tanto para emergência de plântulas quanto para a formação de plântulas normais.
Resumo:
Em algumas espécies de plantas, as sementes não germinam mesmo quando as condições ambientais são favoráveis. Desta forma, a pesquisa objetivou identificar tratamentos adequados para superação da dormência em sementes de Centrosema plumieri Benth., popularmente conhecida como centrosema. As sementes foram submetidas aos seguintes tratamentos para superação da dormência: testemunha (T1) - sementes intactas sem nenhum tratamento pré-germinativo; choque térmico em água aquecida a 50 °C (T2), 60 °C (T3) e 70 °C (T4); imersão em água quente a 50 °C (T5), 60 °C (T6) e 70 °C (T7); escarificação química com ácido sulfúrico concentrado durante 3 (T8), 6 (T9), 9 (T10), 12 (T11), 15 (T12), 20 (T13), 30 (T14), 40 (T15) e 50 minutos (T16); escarificação mecânica com lixa d´água (T17); escarificação mecânica com lixa d´água + imersão em água a 12 (T18) e 24 horas (T19). Adotou-se o delineamento inteiramente ao acaso, com 4 repetições de 25 sementes. A impermeabilidade do tegumento é a causa mais evidente para a dormência de sementes de C. plumieri; os tratamentos mais eficientes para superar a dormência de suas sementes foram: escarificação em ácido sulfúrico por 30, 40 e 50 minutos; escarificação com lixa d'água; escarificação com lixa d'água + imersão em água por 12 e 24 horas. Recomenda-se a imersão das sementes em ácido sulfúrico por 30 minutos ou a sua escarificação com lixa, pois, além de eficientes, dispensam menor tempo na superação da dormência.
Resumo:
Este artigo pretende avaliar a relação que Foucault estabelece com a modernidade, tendo como fio condutor seu vínculo com o pensamento de Kant. Aborda-se, num primeiro momento, a leitura que Foucault faz de Kant na época em que estava escrevendo As Palavras e as Coisas, observando uma tensão entre o projeto crítico e o antropologismo kantiano e, num segundo momento, interroga-se sua relação com Kant a partir de alguns de seus últimos textos, nos quais Foucault procura uma "ontologia do presente".
Resumo:
Este artigo propõe relacionar as filosofias da história de Kant e de Hegel às bases do pensamento de Foucault, em História da loucura na idade clássica. Buscamos reconhecer, não indícios de uma história cosmopolita ou universal, mas em que medida o pensamento crítico e a filosofia como ciência das essências puras comparecem na inteligibilidade histórica de Foucault. A reunião de uma diversidade de experiências sob o conceito de desatino (déraison, desrazão), fio condutor da obra, sugere uma proximidade com a tradição. Por outro lado, a falta de um critério intrínseco, o qual justifique a referência de tal multiplicidade à alcunha da loucura, faz com que o fio condutor se restrinja a um aspecto negativo e que, positivamente, Foucault estabeleça para seu trabalho um primado empírico, na forma de uma constelação de imagens. O procedimento de História da loucura, que, junto ao interesse pela desrazão, inaugura o privilégio dado pelo filósofo francês à análise das descontinuidades nos leva a reconhecer a razão com base nos casos que solapam aos seus limites, às essências por ela própria discernidas, e com base nas práticas por ela promovidas e justificadas.