238 resultados para dejetos de suínos


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Actinobacilose é uma doença infecciosa, não contagiosa, geralmente crônica, caracterizada por reação inflamatória piogranulomatosa que ocorre em bovinos e, menos comumente, em ovinos, suínos e equinos. Tecidos moles de cabeça, pescoço e linfonodos regionais são afetados. Neste estudo foram compilados e avaliados 18 casos de bovinos dos livros de registro de janeiro de 1997 a maio de 2011 com diagnóstico de actinobacilose. As lesões foram caracterizadas histologicamente, avaliadas por técnicas de histoquímica e imuno-histoquímica. No exame histológico foram evidenciados piogranulomas típicos de actinobacilose contendo clavas eosinofílicas radiadas, circundadas por neutrófilos, macrófagos, linfócitos e abundante tecido conjuntivo fibroso. Todas as lesões apresentaram cocobacilos Gram negativos na coloração de Gram histológico. Abundantes macrófagos tiveram marcação positiva para CD68, especialmente células epitelioides e células gigantes multinucleadas. Foi observada marcação positiva para CD3 (Linfócitos T) em cerca de 1:3 das células do infiltrado inflamatório linfocitário, e marcação positiva para CD79αcy (Linfócitos B) em 2:3 dos linfócitos, indicando que estes correspondem à maioria dos linfócitos nas áreas inflamatórias das lesões de actinobacilose.

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O presente trabalho teve por objetivos investigar o número de capturas e o controle do morcego hematófago Desmodus rotundus, em pequenas propriedades localizadas no município de Cedral no estado do Maranhão, que foi escolhido por ter sido efetuado o maior número de capturas do estado, sendo todas ao redor de currais. O controle oficial é realizado pela aplicação de pasta vampiricida de uso tópico a base de warfarina a 2%. Para o estudo foram utilizadas fichas de controle de morcegos hematófagos capturados em currais, como também, foi aplicado um questionário a campo para identificação dos locais com maior número de capturas. No período de 2005 a 2010 foram estudados os resultados de 223 buscas ativas por D. rotundus, em 101 propriedades. Foi capturado um total de 408 morcegos hematófagos, distribuídos em 190 das 223 buscas. Em todos os espécimes de D. rotundus capturados foi realizado o tratamento, que consistiu na aplicação da pasta vampiricida, no dorso do animal. Nas propriedades estudadas, verificou-se que dos 754 animais expostos, 344 foram agredidos. Destes, os bovinos foram a maior oferta de alimento aos Desmodus (49%), seguidos dos equídeos (18%), aves (15%), suínos (9%) e caprinos (8%). Apesar dos bovinos terem sido os mais atacados, em função do efetivo disponível, verificou-se uma preferência dos morcegos hematófagos por eqüídeos. As falhas nas capturas ocorreram onde havia poucos animais agredidos. Após análise de seis anos de realização do programa de controle com pasta vampiricida, verificou-se que a proporção de macho e fêmeas de D. rotundus capturados foi 1,08 machos para cada fêmea, o que demonstra que o tratamento foi mais efetivo nas fêmeas, uma vez que no primeiro ano do estudo, a proporção era de 1,21 fêmeas para cada macho. Verificou-se ainda que o controle foi realizado com sucesso em 95% das propriedades trabalhadas, com uma média de tempo de três anos de trabalho com até seis capturas por propriedade. Ao exame dos animais agredidos verificou-se que a área do pescoço dos grandes animais e dos caprinos são as mais atingidas, sugerindo o pouso direto dos morcegos sobre o animal. Uma representação pequena dos proprietários entrevistados vacinavam seus animais (57%), e destes apenas um fazia o reforço de vacinação. Concluiu-se que nas regiões de mangue e/ou matas, o controle foi efetivo nas capturas em currais, sendo prudente verificar a ocorrência de novas agressões, dentro de 15 dias e nos primeiros três meses. No planejamento de controle de D. rotundus em curral, deve ser considerado que o número de morcegos capturados é semelhante ao número de mordidas recentes. Em relação às criações domésticas de subsistências, D. rotundus se alimenta de fontes distintas, com uma menor predileção pelas aves.

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O diagnóstico de infecção do trato urinário (ITU) em porcas geralmente é feito com o auxílio de tiras reagentes, por ser um método rápido, prático e passível de ser realizado na própria granja. O exame microscópico da urina raramente é utilizado em granjas por ser uma técnica mais demorada e trabalhosa. No entanto, não existem estudos sobre a precisão destas duas técnicas no diagnóstico de ITU nesta espécie. O objetivo deste estudo foi avaliar a precisão da tira reagente e do exame microscópico da urina no diagnóstico de ITU em porcas, comparando-os com o exame bacteriológico da urina. Para selecionar as porcas que iriam compor o estudo foi realizado um exame químico prévio com tira reagente, do qual foram selecionadas 139 porcas, 66 positivas para nitrito na tira reagente e 73 negativas. No dia seguinte foi realizada uma nova coleta de urina destas 139 porcas para realização da urinálise completa, que incluiu os exames físico, químico, microscópico e microbiológico destas amostras de urina. Os resultados demonstraram que a prova de nitrito da tira reagente apresentou 100% de especificidade e 93% de sensibilidade. A especificidade do exame microscópico para bacteriúria foi de 82% e a sensibilidade de 100%. O diagnóstico de ITU com o uso de tiras reagentes e/ou com exame microscópico da urina é confiável, quando comparado com o exame bacteriológico da urina, o que torna possível o diagnóstico rápido de ITU em porcas na granja.

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Foi realizada uma revisão dos quadros clínico-patológicos causados pelos venenos de Crotalus durissus terrificus e Bothrops spp. em bovinos, búfalos, ovinos equinos e suínos. Foram compilados os dados obtidos pela experimentação em animais de produção encontrados na literatura e os obtidos através de experimentação realizada por nossa equipe. Também foram revisados os casos naturais de envenenamento ofídico comunicados. Em dois Quadros foram lançados os mais importantes dados dessas revisões, que revelou diversos aspectos interessantes: 1) em nossos experimentos, o veneno de Crotalus durissus terrificus, quando injetado por via subcutânea em cavalos, causou um edema acentuado no local da aplicação, ao contrário do que tem sido observado em todas as outras espécies animais, aspecto não relatado na literatura; 2) em nossos experimentos, o veneno de diversas espécies de Bothrops, quando injetado por via subcutânea em bovinos, ovinos e equinos, não causou edema como em geral é relatado na literatura, e sim hemorragias subcutâneas acentuadas no local da aplicação. Nos casos não fatais este sangue era reabsorvido em poucos dias sem deixar sequelas. Exceção foi a reação ao veneno de Bothrops jararacussu, que causou edema nos ovinos experimentais, e tumefação acentuada que resultou em fístula com eliminação de líquido seroso nos equinos experimentais. O objetivo do presente estudo visa contribuir para o aperfeiçoamento do diagnóstico de acidentes ofídicos em animais de produção.

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Os objetivos do trabalho foram avaliar o perfil de sensibilidade a antimicrobianos e a eficácia de três sanitizantes frente a isolados de Salmonella spp. oriundos de carcaças na tecnologia de abate de suínos. Avaliaram-se 120 amostras, das quais 39 foram positivas para Salmonella spp. Os princípios ativos testados foram penicilina G 10 U, amoxicilina + ácido clavulânico 30mcg, ampicilina 10mcg, cloranfenicol 30mcg, tetraciclina 30mcg, estreptomicina 10mcg, neomicina 30mcg, gentamicina 10mcg, enrofloxacina 5mcg, sulfazotrim 25mcg, sulfonamida 300mcg e trimetropima 5mcg. Nos testes com sanitizantes utilizaram-se clorexidina, amônia quaternária e ácido peracético com tempos de contato de um, cinco, 10 e 15 minutos. Os índices de resistência aos antimicrobianos foram de 100% para penicilina, 94,9% para tetraciclina, 89,7% para trimetropima e 87,2% para ampicilina. Nenhum dos princípios ativos foi 100% eficaz frente aos isolados testados, observando-se melhor ação para amoxicilina+ácido clavulânico (86,7%), neomicina (86,7%) e cloranfenicol (64,1%). Nos testes de eficácia dos sanitizantes, o ácido peracético a 0.5% foi efetivo a partir de 10 minutos (94,6%) e 15 minutos (97,3%) de contato; amônia quaternária a 1% por 10 minutos (89,2%) e 15 minutos (97,3%) e clorexidina a 0.5% por 10 minutos (70,3%) e 15 minutos de contato (72,8%). Todas as amostras testadas apresentaram multirresistência e seis (15,3%) apresentaram resistência à ampicilina, cloranfenicol, estreptomicina, sulfonamida e tetraciclina (denominado grupo ACSSuT), indicando a necessidade de monitorar a propagação da resistência aos antimicrobianos em Salmonella spp. oriundas de suínos. O sanitizante mais efetivo frente aos isolados testados foi o ácido peracético a 0.5% por 15 minutos, reforçando a necessidade de monitorar também a efetividade de produtos sanitizantes frente aos isolados de Salmonella spp.

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A presente pesquisa teve como objetivo determinar a prevalência da brucelose e seus fatores de risco no rebanho suíno de Mossoró/RN. Compreendeu um estudo epidemiológico transversal e de abordagem quantitativa, no qual foram coletadas 412 amostras sanguíneas de suínos provenientes dos principais produtores do município e realizada inspeção das criações com entrevistas aos produtores. Anticorpos anti-Brucella spp. foram detectados pelo teste do antígeno acidificado tamponado (AAT) e confirmados pela reação de fixação de complemento (RFC). A prevalência da brucelose nos suínos foi de 27,0% no teste de AAT e 17,5% na RFC. Em 55% das propriedades pesquisadas havia pelo menos um animal positivo, e a prevalência nestas variou de 6,7% a 80,0%. Os fatores de risco que estavam influenciando a ocorrência da doença foram: a presença de ratos nas criações, o contato com bovinos e a faixa etária jovem dos animais. Os resultados do estudo permitiram concluir que o agente etiológico da brucelose estava circulando em suínos do município de Mossoró-RN, com elevada prevalência no rebanho e nas propriedades, evidenciando o risco de transmissão desta zoonose para o homem.

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Resumo:A Estomatite Vesicular (EV) é uma doença infecciosa que acomete equinos, bovinos, suínos, mamíferos silvestres e humanos. Por apresentar sinais clínicos semelhantes a outras doenças vesiculares, principalmente, febre aftosa, sua presença em determinadas regiões pode interferir no intercâmbio comercial internacional dos animais, seus produtos e subprodutos. Apesar de sua importância, a epidemiologia e a manutenção do vírus no ambiente não estão totalmente esclarecidas dificultando a aplicação de medidas de controle efetivas. A doença já foi diagnosticada em todas as regiões brasileiras. Bovinos com sialorréia, perda do epitélio lingual, lesões abertas com bordas amareladas nas gengivas, lábios, língua e mucosa oral e equinos com sialorréia e lesões abertas na mucosa oral e lábios foram observados e notificados ao Serviço Veterinário Oficial do Estado do Maranhão, Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (AGRD/MA). Amostras de soro de equinos e bovinos com sintomas de EV foram coletadas para investigação por ELISA e por neutralização viral, além do diagnóstico diferencial para Febre Aftosa (FA). Fragmentos epiteliais de bovinos com lesões na língua foram coletados para identificação molecular do agente. Todos os animais foram negativos para FA. Todos os bovinos e equinos foram reativos para EV nos testes sorológicos. A partir dos fragmentos epiteliais de bovinos enviados ao Instituto Biológico de São Paulo para PCR, foi possível caracterizar o agente como VesiculovirusIndiana III (Alagoas/VSAV).

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Resumo:A fumonisina B1 (FB1) é um metabólito secundário produzido principalmente por Fusarium verticilioides em diversos tipos de alimentos, principalmente o milho, o qual constitui a base para composição de rações para várias espécies de animais domésticos. A FB1é particularmente tóxica para suínos, cujas manifestações clínicas são evidentes em animais expostos a altas concentrações de FB1 na ração (em geral, acima de 30mg/kg). No entanto, são escassos os estudos sobre os efeitos da FB1em suínos alimentados com rações contendo baixas concentrações de fumonisinas, as quais são mais prováveis de serem encontradas em condições de campo. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da exposição de leitões a baixos níveis de FB1 na ração, durante 28 dias, sobre o ganho de peso, consumo de ração, peso relativo de órgãos e aspectos histológicos do baço, fígado, pulmões, rins e coração. Vinte e quatro leitões foram distribuídos em 4 grupos experimentais e alimentados com rações contendo 0mg (controle), 3,0mg, 6,0mg ou 9,0mg FB1/kg de ração. As diferentes dietas não afetaram (P>0,05) o ganho de peso e nem o peso relativo dos órgãos analisados. Não foram constatadas lesões macroscópicas ou histopatológicas no baço, fígado, rins e coração. No entanto, foram observadas lesões histopatológicas nos pulmões de todos os suínos alimentados com rações contaminadas com fumonisinas, indicando que nenhum dos níveis de FB1 usados no experimento poderia ser considerado como seguro para suínos. São necessários novos estudos sobre os mecanismos de ação tóxica da FB1 em suínos, sobretudo em condições de exposição prolongada a baixos níveis de contaminação na ração.

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Resumo: Amaranthus spp. são plantas nefrotóxicas popularmente conhecidas como "caruru". Em casos de intoxicação por estas plantas, a principal alteração histopatológica está presente no rim, sob forma de nefrose tubular tóxica, porém em alguns casos pode haver alterações cardíacas. Alterações no eletrocardiograma, compatíveis com quadros de hipercalemia, foram descritas em suínos intoxicados por Amaranthus retroflexus e lesões como degeneração e necrose de miócitos cardíacos descritas em suínos intoxicados por A. caudatus e ovinos intoxicados por A. spinosus. Há dúvidas com relação às alterações cardíacas, que, na maioria dos casos, são incipientes, o que pode levar a erros de interpretação. Para a realização do trabalho foram utilizados blocos parafinados oriundos de um surto natural de intoxicação por A. spinosus no sudeste do Brasil. Esse estudo teve como objetivo detectar a presença de alterações regressivas incipientes no miocárdio de ovinos intoxicados por A. spinosus, através da utilização imuno-histoquímica do anticorpo anti-troponina C. Foram utilizados fragmentos de coração de 8 ovinos adultos e 2 fetos, intoxicados naturalmente por A. spinosus. Estes fragmentos foram submetidos à técnica de imuno-histoquímica com a utilização do anticorpo anti-troponina C. Pela avaliação imuno-histoquímica do coração dos oito ovinos adultos observaram-se diversos grupos de miócitos com diminuição significativa ou ausência de imunorreatividade para o anticorpo anti-troponina C; essas áreas correspondiam, em grande parte, aos mesmos grupos de miócitos que apresentavam, pela coloração de Hematoxilina e Eosina (H.E.) alterações que variavam de leve tumefação celular a aumento da eosinofilia, perda de estriação, lise celular e cariólise, ou mais raramente, acompanhadas de infiltrado inflamatório. Em quatro casos foi possível notar que diversos pequenos grupos de miócitos que tinham marcada diminuição de imunorreatividade, correspondiam a células com alterações imperceptíveis ou muito discretas no H.E. Nos corações dos dois fetos não houve áreas com perda ou diminuição de imunorreatividade para o anticorpo anti-troponina C. Os resultados da avaliação imuno-histoquímica confirmaram a presença tanto de alterações regressivas incipientes, quanto ratificaram a ocorrência de lesões necróticas já bem instaladas no miocárdio de ovinos intoxicados por Amaranthus spinosus. Verificou-se correspondência entre as áreas com ausência de imunorreatividade à troponina com as áreas de lesões mais marcadas no H.E.. Adicionalmente, a técnica foi capaz de detectar lesões muito precoces (locais do miocárdio sem sinais morfológicos de agressão), e demonstrou que as áreas agredidas/lesadas eram maiores que o evidenciado no HE. Esse estudo demonstra a necessidade de melhor se investigar a possível participação da hipercalemia e de outras alterações metabólicas presentes na lesão renal aguda, na gênese das lesões cardíacas de rápida instalação, ou seja, aquelas não correlacionadas às lesões vasculares determinadas pela uremia de longa duração.

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O monitoramento de macrófitas da represa Alagados um reservatório artificial de água que abastece parcialmente a população do município de Ponta Grossa-PR se faz necessário, uma vez que resíduos urbanos, bem como dejetos de áreas rurais, são descartados direta ou indiretamente nesse ambiente. Os objetivos deste trabalho foram realizar o inventário de plantas aquáticas coletadas entre agosto de 2007 e julho de 2008 no entorno do lago, como medida de monitoramento da área; indicar a frequência das espécies e apresentar um diagnóstico sobre o crescimento populacional destas; e identificar áreas onde a colonização por macrófitas é intensa, podendo tornar-se problema ambiental. Para realizar esse inventário, foram efetuadas 10 coletas em 48 pontos de amostragem ao longo das margens do lago da represa. Exsicatas foram depositadas no Herbário da Universidade Estadual de Ponta Grossa (HUPG). Foram amostradas 54 espécies, distribuídas em 16 famílias de angiospermas, 8 monocotiledôneas e 8 dicotiledôneas, e outras duas famílias de pteridófitas.

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A contaminação fúngica e por micotoxinas no milho pode ocorrer antes mesmo da colheita, resultando em grandes perdas econômicas. Fusarium spp. é o principal contaminante do milho no campo, e muitas espécies deste gênero são responsáveis pela produção de fumonisinas. As fumonisinas são tóxicas para animais e humanos, estando envolvidas na doença da leucoencefalomalácea eqüina e associadas à síndrome de edema pulmonar em suínos e câncer de esôfago em humanos. O objetivo deste trabalho foi identificar os pontos críticos de contaminação fúngica e a produção de fumonisinas durante o período pré-colheita do milho. Os resultados mostraram um crescimento fúngico já na fase de grão farináceo, com nenhuma diferença significativa nas fases seguintes: grão farináceo duro e maturação fisiológica. Fungos não esporulados foram predominantes na fase de florescimento (100%) e na fase de grão farináceo (95%). Espécies saprófitas foram identificadas na fase de grão farináceo duro (23,25%). Fusarium spp. já foi evidente na fase de grão farináceo (5%), aumentando consideravelmente nas fases de grão farináceo duro (62,5%) e maturação fisiológica (90%). Todas as cepas de Fusarium spp. testadas mostraram-se potencialmente toxigênicas. Fumonisinas foram evidentes nas fases finais de desenvolvimento, aumentando consideravelmente da fase de grão farináceo duro (0,2 ppm) para a maturação fisiológica (2,5 ppm). Os autores sugerem atenção especial e adoção de medidas preventivas na fase de grão farináceo, onde Fusarium spp. começa a ser evidente.

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A necessidade para uma maior produção de carne magra em suínos tem acarretado modificações nas características bioquímicas do músculo conduzindo ao desenvolvimento das anomalias nas suas cores, as denominadas carnes PSE e DFD. Estas carnes por apresentarem alterações de suas propriedades funcionais, resultam em grandes perdas econômicas. Nesse experimento, foram utilizadas 946 amostras de Longissimus dorsi m., lombos de suínos da linhagem Dalland, machos castrados e fêmeas, com 100 dias de idade, em um Frigorífico localizado na Região Sul do País. Os lombos foram classificados com base no valor de L*24 h e pH24 h. Foi constatada uma incidência de 22,8% de carnes PSE, 1,0% de DFD e 76,2% de normal. Esses valores relativamente altos de carnes PSE mostram a necessidade de se realizar controles no seu manejo pré e pós-abate para a manutenção da qualidade da carne e evitar o excessivo prejuízo econômico dos frigoríficos decorrentes dessas anormalidades.

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A Salmonella sp. é uma das principais causas mundiais de toxinfecção alimentar. Nos últimos anos, as preocupações têm se voltado para a carne e produtos suínos tanto no aspecto de saúde pública como na sua comercialização/exportação. O presente estudo tem como objetivos: 1) verificar a prevalência de sorovares de Salmonella sp. em lingüiças tipo frescal de matéria-prima suína comercializadas em Lages (SC), bem como o seu nível de contaminação; e 2) verificar o perfil de resistência aos antimicrobianos destes isolados. Para tanto, foram coletadas 200 amostras de nove marcas, em diferentes estabelecimentos comerciais. Foram isoladas Salmonella sp. em 27% (54), sendo o sorovar Derby o mais encontrado. Apenas uma amostra apresentou uma concentração de microorganismos maior que 1,100 NMP.g-1, valor normalmente tido como necessário para causar infecção por Salmonella do grupo não-tifóide. Posteriormente, os 60 isolados foram submetidos ao teste de susceptibilidade in vitro, frente a 14 antimicrobianos. Entre esses isolados, 56,67% apresentaram resistência a pelo menos um dos antimicrobianos testados e o perfil de multirresistência foi encontrado em 20%. A prevalência elevada de produtos positivos para Salmonella sp. pode representar um risco ao consumidor, principalmente considerando-se o alto número de isolados resistentes encontrado neste estudo.