353 resultados para Tumores benignos e malignos da mama
Resumo:
Objetivo: avaliar alguns aspectos epidemiológicos, do diagnóstico e do prognóstico em mulheres com tumores epiteliais ovarianos borderline e francamente invasores. Métodos: foram revisados os prontuários de 198 pacientes tratadas no CAISM/UNICAMP de 1986 a 1996. Para análise estatística foram utilizados os testes chi², exato de Fisher, t de Student e curvas de sobrevida pelo método de Kaplan-Meyer comparadas pelo teste log-rank. O seguimento médio das pacientes foi de 50 meses (de 11 a 168). Dos 198 casos, 24 eram tumores borderline (12%) e 174 (88%) carcinomas francamente invasores. Resultados: a média de idade das pacientes com tumores borderline foi significativamente menor que a das mulheres com carcinoma francamente invasor: 43 ± 14,8 anos vs 52 ± 12,6 anos (p<0,002). Os tipos histológicos mais freqüentes foram serosos (81 casos - 41%) e mucinosos (46 casos - 23%). As mulheres com tumores borderline tiveram sua doença diagnosticada em estádios mais precoces (p<0,0001). A biópsia de congelação, realizada em 77 pacientes, mostrou uma boa concordância com a biópsia de parafina nos casos de carcinoma francamente invasor. Entretanto, nos tumores borderline a taxa de erro foi alta (13%), sendo que a maioria das falhas diagnósticas da congelação ocorreu entre os tumores mucosos. Em relação ao prognóstico, a taxa de sobrevida foi significativamente maior nas pacientes com tumores borderline (p<0,001). Conclusões: as pacientes com tumores epiteliais ovarianos borderline foram mais jovens que aquelas com tumores francamente invasores, apresentaram a doença em estádios iniciais e tiveram melhor prognóstico quando comparadas àquelas com carcinoma francamente invasor.
Resumo:
Objetivo: verificar se existem diferenças nas taxas de sobrevida para as portadoras de carcinoma de mama, em função da fase do ciclo menstrual vivida pela paciente na data da cirurgia. Pacientes e Métodos: pesquisa retrospectiva de 451 mulheres com câncer de mama, em pré-menopausa, das quais foram selecionados 130 casos com idade entre 26 e 52 anos e acompanhados em seguimento mínimo de 60 meses. Foram operadas 68 na fase folicular e 62 na fase lútea. Foram também analisados os dados referentes ao estádio clínico das neoplasias, ao eventual comprometimento axilar e às determinações quantitativas dos receptores hormonais de estrógenos e de progesterona. Resultados: o seguimento das 130 pacientes demonstrou que 64,6% tiveram sobrevida assintomática após cinco anos e 43% superaram os dez anos. Dividindo os casos em dois subgrupos, segundo o dia da cirurgia executada, as taxas de sobrevida foram diferentes, caindo para 58,8% aos cinco e 36,7% aos dez anos, quando operadas na fase folicular e subindo para 70,9% e 50%, aos 5 e 10 anos respectivamente, durante a fase lútea. Conclusões: neste estudo, as pacientes operadas durante a fase lútea mostraram taxas mais altas de sobrevida do que aquelas operadas na fase folicular. Todavia, os índices foram inferiores aos proporcionados pelos fatores prognósticos clássicos de estado axilar e diâmetro tumoral.
Resumo:
RESUMO Objetivos: avaliar o grau de satisfação das pacientes submetidas a exérese de mamas acessórias, considerando a estética e a taxa de complicações. Pacientes e Métodos: foram avaliadas 23 pacientes submetidas a tratamento cirúrgico para remoção de tecido mamário axilar, no Serviço de Mastologia do HC-UFG, entre julho de 1994 e setembro de 1997. A idade variou entre 20 e 49 anos (média de 35 anos). As queixas das pacientes eram: dor local, desconforto e as referentes à estética corporal. A satisfação das pacientes foi avaliada por meio de entrevista, na qual elas se diziam muito satisfeitas, satisfeitas, insatisfeitas ou arrependidas da cirurgia. A equipe do HC-UFG também fez sua avaliação de cada uma das pacientes, na qual o resultado cosmético foi classificado como muito bom, bom ou ruim. Resultados: de acordo com a avaliação das pacientes, 61% estavam muito satisfeitas e nenhuma estava arrependida da cirurgia; a avaliação da equipe médica foi mais rigorosa, uma vez que apenas 26% dos casos foram considerados como muito bom pelos examinadores. Com relação às complicações, houve ocorrência de seroma em 22% e de infecção em 13% dos casos. Conclusão: a divergência entre os resultados das pacientes e dos médicos parece mostrar que o grau de satisfação das primeiras é muito maior do que inicialmente podíamos imaginar, incentivando-nos a continuar a oferecer este tratamento àquelas que assim o desejarem.
Resumo:
A polimastia é uma ocorrência comum nos ambulatórios de Mastologia e a possibilidade de malignização deve ser considerada, assim como em qualquer tecido mamário. Neste trabalho é relatado o caso de uma paciente de 48 anos que foi submetida à exérese da mama axilar acessória esquerda por motivos estéticos, tendo sido encontrado, no exame histopatológico, um carcinoma ductal invasor, associado a um componente intraductal extenso, com margens livres. A paciente foi submetida à excisão ampla com esvaziamento axilar à esquerda e radioterapia. Neste trabalho são discutidos aspectos referentes à freqüência da ocorrência de câncer em mama acessória, às dificuldades diagnósticas, ao prognóstico e às estratégias terapêuticas.
Resumo:
Objetivo: determinar a eficácia da linfadenectomia axilar conservadora (esvaziamento dos níveis I e II) no tratamento cirúrgico do câncer da mama estádio I. Métodos: foram avaliados os resultados de 142 cirurgias realizadas em pacientes portadoras de câncer mamário estádio I (T1NO) entre janeiro/93 e dezembro/98. Removidos os linfonodos axilares presentes nos níveis I e II com preservação dos músculos peitorais, os mesmos foram dissecados pelo próprio autor (LAGB), sendo posteriormente examinados histopatologicamente com a realização de apenas 1 corte por linfonodo. A quadrantectomia foi realizada em 138 casos e a mastectomia modificada segundo Patey em 4 casos. Houve predomínio dos casos T1c (130 casos). Resultados: foram removidos 3.282 linfonodos (2.456 presentes no nível I e 826 no nível II) com um número médio de 23,1 linfonodos por axila. Desse total, apenas 68 estavam comprometidos (2,1%). Skip metastasis estava presente em apenas um caso (0,7%). Foram observados 35 casos de falso-negativos clínicos (24,6%), estando o nível I comprometido em 34 casos (97,1%) e o nível II em apenas 2 casos (5,7%). A axila estava negativa nos 107 casos restantes (75,4%). Conclusão: a dissecção axilar dos níveis I e II é suficiente para tratar a axila no estádio I do câncer de mama. Se linfonodos suspeitos são identificados durante a cirurgia, os gânglios do nível III e o grupo interpeitoral de Rotter deverão ser retirados.
Resumo:
O angiossarcoma primário da mama é um tumor raro, que incide entre os 14 e 82 anos, com média aos 35 anos de idade. Seu aspecto clínico predominante é o de uma massa indolor, com aumento difuso na mama, que se apresenta com cor violácea ou enegrecida. Como ocorre com outros tipos de sarcoma, o tamanho médio da lesão é de aproximadamente 5 cm quando do diagnóstico. Histologicamente, o angiossarcoma caracteriza-se pela proliferação de células endoteliais que formam canais vasculares comunicantes entre si infiltrando estruturas glandulares e o tecido adiposo. Seu diagnóstico histológico é difícil e nem sempre é estabelecido de imediato, principalmente nos casos com baixo grau de malignidade, devido geralmente à escassez do material biopsiado. Pela dificuldade diagnóstica e pela agressividade, trata-se de neoplasia de prognóstico desfavorável pelas freqüentes metástases. Em nosso serviço, uma paciente de 18 anos procurou atendimento por apresentar nódulo doloroso de rápido crescimento, que foi biopsiado com diagnóstico de hemangioma, sendo indicada ressecção ampla. Três meses após, evoluiu com recidiva tumoral, que foi novamente biopsiada sendo indicada mastectomia, por tratar-se de angiossarcoma de baixo grau de malignidade. Após novas recidivas, indicou-se quimioterapia e, posteriormente, radioterapia. Em vigência desta, evoluiu com novas metástases, indo a óbito por metástase pulmonar.
Resumo:
Objetivo: estudar os efeitos do danazol sobre a mama da rata em estro permanente. Métodos: os animais foram divididos em três grupos: os do grupo A (n = 12) receberam água (placebo), como grupo controle; os do grupo B (n = 13) foram expostos a 20 mg/kg de danazol por dia; os do grupo C (n = 10) foram expostos a 80 mg/kg de danazol por dia. A droga foi administrada durante 35 dias consecutivos. O estudo microscópico dos cortes avaliou a distribuição ductal e acinar. A histometria da relação ducto/estroma foi feita baseada nos princípios da estereologia, com ocular k-10X da Zeiss, com retículo de integração (Integrationsplatte I-retículo de Weibel de 25 hits), com aumento final de 100 vezes. Para cada lâmina estudada, foram contados 10 campos aleatórios, num total de 250 pontos. O teste aplicado foi a análise de variância por postos de Kruskal-Wallis, para comparar os três grupos em relação ao número médio de alvéolos e ductos nas mamas (alfa = 0,05). Resultados: em todos os grupos, os lóbulos apresentaram ao estudo morfológico alvéolos revestidos com células cúbicas com núcleos na sua porção central ou basal. Pequenas quantidades de material eosinofílico foram observadas em alguns casos na sua luz. À morfometria (magnificação de 100X) encontraram-se em média 28,6 ductos/10 campos no grupo A, 28,4 no grupo B e 29,2 no grupo C (análise de Kruskal-Wallis: Hcrit = 0,1). As médias dos números de alvéolos /10 campos foram 5,9 (grupo A), 9,3 (grupo B) e 6,5 (grupo C) (Kruskal-Wallis Hcrit = 2.9), sem diferença significativa entre os grupos. Conclusão: o danazol não causou nenhuma alteração significante na morfologia e morfometria do epitélio das mamas das ratas em estro permanente.