331 resultados para Trabalho e lazer
Resumo:
O perfil dos indivíduos, a situação vacinal e as vacinas recomendadas aos viajantes que procuram o serviço médico de orientação pré-viagem do Ambulatório dos Viajantes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo foram analisados no presente estudo. Dos 445 viajantes estudados, 51% eram mulheres; a mediana de idade foi de 33,5 anos; 51% viajavam a trabalho e 39,5% por lazer. Destinos mais procurados: África (47%); Ásia (31,7%); América do Sul (21,4%). Trezentos e oitenta e cinco (86,5%) viajantes tiveram indicação de vacinação para viagem. Principais vacinas recomendadas: febre tifóide (55,7%), difteria-tétano (54,1%), hepatite A (46,1%), hepatite B (44,2%), febre amarela (24,7%). A orientação pré-viagem mostrou-se importante não só para indicar as vacinas recomendadas para a viagem, mas também como oportunidade para atualização das vacinas de rotina.
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O presente trabalho apresenta o perfil epidemiológico dos acidentes ofídicos notificados junto à Secretaria do Estado de Saúde do Estado do Amapá. Para isso, foram analisadas 909 fichas durante o período de 2003 a 2006. A maior freqüência de picadas foi no ano de 2004 com registro de 255 casos, seguido pelo ano de 2006 com 246 casos. Os números mais expressivos de pacientes encontram-se nas faixas etárias compreendidas entre 20 e 34 anos (30%). Os gêneros Bothrops e Crotalus foram responsáveis por 67,5% e 0,7% dos acidentes, respectivamente. Serpentes consideradas não peçonhentas causaram 0,2% dos acidentes e em 31,2% dos casos não foi possível a identificação da espécie. Indivíduos do sexo masculino (80,6%) foram os mais atingidos. A maior incidência de picadas foi nos membros inferiores (68%). Os acidentes ocorreram, em sua maioria, na área rural (62,7%), em circunstâncias equilibradas de trabalho (60%) e lazer (15,6%). O tempo decorrido entre a picada e o atendimento ao paciente foi de 12 horas (29%). Dos acidentes ofídicos, 263 foram classificados como leves, 193 graves e 187 moderados.
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O Parque Natural Municipal Ilto Ferreira Coutinho, localizado em Tangará da Serra-MT, possui uma vegetação de transição entre Cerrado e Floresta Amazônica e apresenta três diferentes áreas denominadas: área de lazer, área alterada e reserva natural, conforme o seu estado de degradação e de utilização. Os objetivos deste trabalho foram: estudar algumas propriedades físico-químicas e microbiológicas (bactérias e fungos) do solo; analisar a influência dos períodos seco e chuvoso nestas propriedades do solo e estimar os índices de diversidade, uniformidade e riqueza bacteriana do solo das áreas estudadas. As amostras de solo foram coletadas nos meses de agosto de 2005 e março de 2006 e as análises físico-químicas foram realizadas em um laboratório especializado. As análises de pH, umidade e contagem total de fungos e bactérias foram realizadas no Laboratório de Microbiologia da UNEMAT. A diversidade bacteriana foi calculada através do índice de Shannon-Wiener e a riqueza e uniformidade pelo índice de Pielou. Houveram diferenças nos valores da comunidade microbiana (fungos e actinomicetos), de pH, de matéria orgânica, de carbono orgânico e de umidade, entre as áreas e os períodos estudados. No período chuvoso, observamos a inibição do crescimento de actinomicetos provavelmente causado pela alta umidade. Os índices de diversidade, uniformidade e riqueza foram baixos, possivelmente devido à constante ação antrópica no parque.
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Quintais são espaços de fácil acesso e cômodos para os moradores cultivarem uma diversidade de espécies que desempenham funções de estética, lazer, alimentação e medicinal, dentre outras. O objetivo deste trabalho foi o de descrever a composição florística e a respectiva utilização em quintais urbanos de Mirassol D'Oeste, MT, (15º 45'30"S e 058º16'36"W), com a coleta de dados envolvendo: entrevistas estruturadas e semi-estruturadas aplicadas a 29 moradores; coleta simultânea do material botânico das espécies indicadas, incorporação destas no Laboratório de Botânica da UNEMAT, Cáceres e análise da freqüência absoluta e relativa das espécies mais citadas e encontradas nos quintais. Foram registradas 397 denominações locais de plantas (etnoespécies), 275 taxa reunidos em 79 famílias destacando-se com maior número de espécies: Solanaceae (23), Asteraceae (17), Lamiaceae (14), Rosaceae (12) e Verbenaceae (9). Os atributos alimentar e ornamental representam, individualmente, 35% das espécies e o medicinal, 29%. Algumas plantas detêm até quatro potencialidades. Do universo vegetal conhecido e utilizado localmente as espécies nativas correspondem a 8%, resultado considerado baixo comparando-se aos obtidos em populações mato-grossenses radicadas no Cerrado e Pantanal. Essa população manifesta por meio de suas práticas uma tradição agrícola em interface às características de uma sociedade urbano - industrial coabitando em espaços comuns, o quintal.
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OBJETIVO: Comparar o cotidiano de trabalho e a prevalência dos transtornos mentais comuns (TMC) dos médicos que exerciam suas atividades profissionais no serviço de emergência com os da UTI e enfermarias de um hospital geral da rede estadual em Recife, em 2004. MÉTODOS:Estudo de prevalência tendo utilizado como instrumentos um questionário sobre o Cotidiano de Trabalho Médico e o Self Reporting Questionnaire (SRQ-20), para identificar os TMC. Foram descritas características demográficas, socioeconômicas e do cotidiano de trabalho dos médicos do hospital. Calculou-se a prevalência global dos TMC e por setor de trabalho. RESULTADOS: Comparando os médicos da emergência com os da UTI e enfermarias, aqueles tinham vínculo empregatício com o Estado (p < 0,0001), múltiplos empregos (p = 0,004), maior carga horária semanal de trabalho (> 71 horas) (p = 0,007), maior sensação de sobrecarga de trabalho (95,74%, p = 0,015) e recebiam no hospital até 5 salários mínimos (p < 0,0001). Embora a diferença não tenha sido estatisticamente significante, a prevalência de TMC foi maior nos médicos da emergência (32,00%), comparando-se aos da UTI (17,65%) e enfermarias (17,54%). CONCLUSÃO: Identificou-se a emergência como setor de maior prevalência de TMC e com médicos vivenciando piores condições de trabalho.
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OBJETIVOS: Comparar a percepção da depressão, incluindo a percepção dos sintomas e dos tratamentos considerados apropriados, pelos membros de três grupos étnicos (descendentes de açorianos, italianos e alemães residentes em Santa Catarina, Estado da Região Sul do Brasil), assim como a expressão de depressão por meio do Inventário Beck de Depressão nestes grupos. METÓDO: Em um estudo transversal, com uma parte quantitativa e uma qualitativa, foram avaliados 60 indivíduos, sendo 20 de cada uma das comunidades étnicas escolhidas: açoriana, italiana e alemã. Realizou-se uma entrevista semi-aberta, tendo como questões orientadoras: Para você, o que é depressão?; O que pessoas deprimidas devem fazer?; e Qual atividade de lazer você mais gosta de fazer? Depois, foi aplicado o Inventário Beck de Depressão (BDI). Os escores do BDI (subescalas: cognitiva-afetiva e somática) foram comparados entre os diferentes grupos por meio do método ANOVA. No estudo qualitativo, verificaram-se as percepções compartilhadas no discurso dos indivíduos de cada grupo, quanto à depressão e seu tratamento. RESULTADOS: Os principais sintomas relatados por descendência foram: irritabilidade (açorianos), autopunição (italianos) e falta de energia (alemães). Não houve diferença estatisticamente significativa quanto à freqüência de sintomas cognitivos e somáticos nas diferentes comunidades. O padrão de percepção da depressão caracterizou-se nos descendentes de açorianos por isolamento ("... a gente não quer ver ninguém"). Nos italianos, a depressão esteve relacionada a afastamento da família ("Depressão é vontade até de deixar o filho, o marido"), sendo esta vista como a responsável por ajudar na melhora. Já entre os alemães, a depressão esteve relacionada à dificuldade no trabalho ("Depressão é... não ter mais vontade de trabalhar") e este foi relatado como a solução. CONCLUSÃO: De acordo com o grupo étnico, a expressão, a percepção e a busca de tratamento para a depressão relacionou-se: à comunidade (açoriana), à família (italiana) e ao trabalho (alemã).
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OBJETIVO: Avaliar o impacto da carga de trabalho sobre a satisfação profissional, a qualidade de vida e a prevalência de transtornos psiquiátricos menores em profissionais de saúde mental. MÉTODO: Estudo transversal com amostra de 203 profissionais de saúde mental. Foram aplicados os instrumentos: IMPACTO-BR, SATIS-BR, SRQ-20 e um questionário sociodemográfico ocupacional. RESULTADOS: 75,4% dos participantes eram do sexo feminino, com idade média de 33,7 anos (DP = 9); 15,8% dos participantes apresentaram transtornos psiquiátricos menores. Em relação ao trabalho, obteve-se nível de satisfação global mediano (escore 3,59; DP = 0,485). O impacto global foi avaliado como pequeno (escore 1,85; DP = 0,536). Sobre a qualidade de vida, houve prejuízo nos subitens dor, estado geral de saúde e vitalidade. CONCLUSÃO: Os dados obtidos com esta pesquisa demonstram que os profissionais que atuam na área da saúde mental sentem-se mais satisfeitos em relação à qualidade dos serviços oferecidos e ao trabalho realizado em equipe. O fator que gerou menor satisfação está relacionado às condições de trabalho oferecidas. Foram observados escores mais elevados na subescala referente ao impacto emocional, assim como maior presença de transtornos psiquiátricos menores nos profissionais de terapia ocupacional e serviço social. Profissionais que trabalham mais de 20 horas semanais apresentam prejuízos na qualidade de vida.
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OBJETIVO: Este trabalho visa a verificar se de fato existe relação entre o risco de demência e a falta de estímulo físico ou mental em idosos. MÉTODOS: Trezentos e três idosos, com idade de 80 anos ou mais, foram estudados por meio de questionários específicos e distribuídos em três grupos de acordo com a prática de atividade física ou mental. Todos foram submetidos ao Miniexame do Estado Mental (MEEM) e, a partir da pontuação obtida, considerando diferentes pontos de corte, de acordo com a escolaridade, foi comparado o risco de desenvolvimento de demência entre os grupos. RESULTADOS: Não houve diferença da pontuação entre sexos. Comparando as incidências de risco aumentado de demência, os indivíduos que não praticavam atividade alguma tiveram risco relativo de 4,27, quando comparados com os indivíduos que praticavam atividade mental, e de 2,21, quando comparados aos praticantes de atividade física. Esses últimos tiveram risco relativo de 1,93, em relação aos praticantes de atividade mental. CONCLUSÃO: A prática regular de atividades físicas e mentais retarda o declínio cognitivo, reduzindo o risco de demência. Entre essas atividades, as mentais foram mais eficazes.
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OBJETIVO: Analisar a associação entre atividade física no lazer e a prevalência de transtornos mentais comuns entre idosos. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra constituída de 562 indivíduos residentes no município de Feira de Santana, 69,6% do sexo feminino e 30,4% do sexo masculino, com média de idade de 68,93 ± 7,05 anos. Foi utilizado um formulário com informações sociodemográficas, doenças referidas, triagem para transtornos mentais comuns (TMC) utilizando o Self-Reporting Questionnaire (SRQ-20). Participação em atividade física no lazer foi avaliada segundo autopercepção do tipo e da intensidade da atividade (leve, moderada ou pesada). Para análise estatística, foi utilizada a técnica de regressão logística, com o cálculo das razões de prevalência, intervalo de confiança (95%) e nível de significância p < 0,05. RESULTADOS: Dentre os indivíduos estudados, 18,3% foram classificados como ativos no lazer. A prevalência de TMC foi de 32,1%, sendo menor entre os indivíduos ativos no lazer (RP = 0,49; IC = 0,29-0,84), após ajuste por faixa etária e renda. CONCLUSÃO: Há elevada proporção de inativos no lazer, e essa condição está associada à maior prevalência de TMC. Sugere-se que ações direcionadas à saúde mental priorizem programas que favoreçam o incentivo à prática de atividade física entre os idosos residentes no município, tendo em vista a contribuição desse comportamento no tratamento e na prevenção de morbidades psíquicas.
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Objetivo O início do consumo de drogas ocorre, geralmente, na adolescência. Entre os fatores associados a esse comportamento, está o trabalho. Este artigo analisa a associação entre a inserção no mercado de trabalho e o uso no ano de álcool, tabaco, maconha e cocaína, em uma amostra de 1.961 escolares de dois municípios de médio porte do Rio Grande do Sul. Métodos Foram estimadas razões de prevalência brutas e ajustadas, primeiramente, para sexo e idade e, posteriormente, para sexo, idade e supervisão do uso de internet no domicílio. Resultados Na análise bruta, a associação com a inserção no mercado de trabalho foi significativa para uso no ano de álcool, tabaco, maconha e cocaína. Na estimativa de razões de prevalência ajustadas para sexo e idade, apenas a associação com uso no ano de tabaco se manteve e desapareceu ao ajustar também para a variável de supervisão parental do uso da internet. Conclusões O fato de a associação não se manter após a análise ajustada indica que, entre escolares, portanto, adolescentes ainda vinculados à escola, inserção no mercado de trabalho e uso no ano daquelas substâncias se expandem de modo semelhante, mas muito mais influenciados pelo avanço da idade, por especificidades de gênero e de acordo com modelos de cuidado no ambiente doméstico.
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RESUMO Objetivo A satisfação com a vida é um julgamento cognitivo de alguns domínios específicos na vida e depende de uma comparação entre as circunstâncias de vida do indivíduo e um padrão por ele estabelecido. O objetivo deste estudo foi construir uma escala de satisfação com a vida por meio da Teoria da Resposta ao Item (TRI). Métodos Para a criação da escala, foi utilizado o questionário “Estilo de Vida e Hábitos de Lazer de Trabalhadores da Indústria” e a Teoria da Resposta ao Item com base no modelo de resposta gradual proposto por Samejima. Participaram do estudo 47.477 trabalhadores brasileiros da indústria. Resultados A escala contou com sete itens do bloco de perguntas “indicadores de saúde e comportamentos preventivos”, com assuntos relacionados ao estado de saúde, qualidade de sono, nível de estresse, sentimento de tristeza ou depressão e percepção de vida no lar, no trabalho e no lazer. Conclusão São poucos os estudos que tiveram seu foco direcionado à satisfação com a vida no Brasil, e aqueles que de alguma forma o abordaram incluíram somente uma questão específica sobre felicidade ou satisfação de vida, principalmente em estudos sobre o bem-estar subjetivo. Os resultados mostraram que a TRI foi eficiente para criar a escala, medindo principalmente aqueles indivíduos com valores intermediários de satisfação com a vida.
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FUNDAMENTO: Estudos que consideram apenas a atividade física de lazer encontraram que a inatividade física é maior entre os indivíduos com menor renda. Existe a possibilidade de que, ao se considerar as atividades de transporte, trabalho e domésticas ocorra modificações nessa associação. OBJETIVO:Determinar se há diferença entre as prevalências de inatividade física entre indivíduos de alto e baixo nível socioeconômico. MÉTODOS: A amostra foi constituída por indivíduos de ambos os sexos, com 18 anos ou mais, de dois grupos de diferentes níveis socioeconômicos. O Grupo de baixo nível socioeconômico (BNSE) foi composto por pais de alunos de uma escola pública. Os indivíduos de alto nível socioeconômico (ANSE) foram pais de uma escola de nível superior privada. Para determinação do nível de atividade física foi utilizado o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). RESULTADOS: Noventa e um indivíduos foram avaliados no grupo de BNSE e 59 no ANSE. No grupo de baixo NSE, 42,9% (39) dos indivíduos foram classificados como insuficientemente ativos, comparados a 57,6% (34) nos indivíduos de alto NSE. Tomando-se como parâmetro de inatividade física um tempo de atividade física semanal menor que 150 minutos houve redução da classificação de inatividade em ambos os grupos, porém com manutenção de maior inatividade nos indivíduos de alto NSE (49,2% vs 28,6%; p= 0,01). CONCLUSÃO:Os indivíduos de alto nível socioeconômico são mais sedentários que os indivíduos de baixo nível socioeconômico.
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FUNDAMENTO: A hipertensão arterial (HA) é um problema de saúde que atinge um grande número de hipertensos não diagnosticados ou não tratados adequadamente e que possui um alto índice de abandono ao tratamento. OBJETIVO: Estimar a prevalência da HA e sua correlação com alguns fatores de risco cardiovasculares na população adulta de Firminópolis-GO. MÉTODOS: Estudo descritivo, observacional e transversal com base populacional, amostra aleatória simples (> 18 anos): questionários padronizados com medidas de pressão arterial (critério de HA > 140 x 90 mmHg), peso, altura, índice de massa corporal (IMC) e circunferência da cintura (CC). Dados armazenados (Microsoft Acess) e analisados pelo Epi-info. RESULTADOS: Investigados 1.168 indivíduos, com predomínio de mulheres. Sexo feminino - 63,2% com média de idade entre 43,2 ± 14,9 anos. Prevalência de sobrepeso em 33,7% e obesidade em 16,0% dos indivíduos. Prevalência de CC alterada em 51,8% e de tabagismo em 23,2%. Sedentarismo no trabalho e no lazer presente em 67,6% e em 64,8% dos indivíduos, respectivamente, com proporção maior entre as mulheres. Etilismo em 33,3% da amostra. A prevalência de HA foi de 32,7%, em maior número entre os homens (35,8%) do que entre as mulheres (30,9%). Encontrada correlação positiva da HA com IMC, CC e faixa etária. Correlação negativa de HA e escolaridade, com 18,2% de hipertensos com nove anos ou mais de estudo. CONCLUSÃO: Encontrada alta prevalência de HA, excesso de peso e CC. O sexo feminino representou fator de proteção para o risco de HA. Encontradas correlação positiva da HA com IMC, CC, e faixa etária e correlação negativa com escolaridade.