239 resultados para Quimioterapia do câncer por perfusão regional
Resumo:
A proposta deste estudo é desvelar o sentido de Ser-criança com câncer em tratamento ambulatorial, utilizando a brinquedo-teca como possibilidade de favorecer a expressão, pela criança, de seu mundo cotidiano. Participaram sete crianças entre três e nove anos, com diagnóstico de algum tipo de câncer infantil. A fim de desvelar o sentido das vivências das crianças com câncer, foi realizada uma análise à luz da fenomenologia existencial de Martin Heidegger. A criança-com-câncer configurou-se como um ir e vir permeado ora pela autenticidade, quando a criança assumia sua doença e seu ser-para-a-morte, ora pela inautenticidade, quando se deixava levar pelo modo de ser da decadência dos familiares e da equipe de saúde. O brincar pôde favorecer um rico acesso às vivências da criança gravemente doente.
Resumo:
Esta pesquisa teve como objetivos identificar as representações sociais de mulheres sobre o câncer do colo do útero, e descrever a relação dessas representações sociais para o cuidado preventivo. A abordagem utilizada foi do tipo qualitativo-exploratório, adotando a teoria das representações sociais como suporte teórico-conceitual. Duas técnicas de coleta foram utilizadas para obtenção dos dados: a livre associação de palavras e a entrevista semidirigida com perguntas abertas. Para a interpretação dos dados foi utilizada a técnica de análise temática. A pesquisa teve como resultado duas unidades temáticas: câncer cérvico-uterino - uma ferida tratável e o preventivo - o fazer por temer. Observou-se que as mulheres temem muito o câncer cérvico-uterino e, por esse motivo, admitem a importância da realização do exame preventivo, considerando-o como um ato de cuidado com a própria saúde.
Resumo:
O presente estudo objetivou caracterizar a população acometida por meningites por Hib em relação às variáveis demográficas e relativas ao processo saúde-doença, no período de 1992 a 2001, na DIR de Piracicaba, SP, Brasil. Os dados foram coletados a partir de fichas de notificação compulsória, sendo sistematizados através do Programa SINAN. Observou-se que ocorreu um pico de incidência da doença em 1994, e um pico de óbitos em 1999, anteriores à introdução da vacina. Os mais acometidos foram crianças menores de 5 anos, do sexo masculino, confirmando dados de literatura. A maioria dos pacientes foi atendida em unidades hospitalares públicas de Piracicaba e Limeira, referências para as comunidades desses municípios, concretizando um dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS): a regionalização. A introdução da vacina promoveu redução dos casos em cerca de 73%, o que corrobora a sua importância e impele à necessidade de estimular a adesão à vacinação.
Resumo:
A preocupação com a segurança do paciente em centro cirúrgico (CC) tem sido crescente, devido à elevada frequência de erros e eventos adversos, que muitas vezes poderiam ser prevenidos. A Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations (JCAHO) propôs o Protocolo Universal (PU) para a prevenção do lado, procedimento e paciente errado. No Brasil foram poucas as instituições que o implantaram, sendo necessária a divulgação e avaliação da sua efetividade. O objetivo foi relatar a experiência do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) na implantação do PU-JCAHO. O protocolo inclui três etapas: verificação pré-operatória, marcação do sitio cirúrgico (lateralidade) e TIME OUT. O CC do ICESP está em funcionamento desde novembro de 2008. O PU-JCAHO é aplicado integralmente a todas as cirurgias. Até junho de 2009 foram realizadas 1019 cirurgias, sem registro de erro ou evento adverso. A implantação do PU-JCAHO é simples, sendo ferramenta útil para prevenir erros e eventos adversos em CC.
Resumo:
Este estudo objetivou avaliar a associação entre fatores de risco para câncer de colo do útero e lesões cervicais por HPV comparando-se os resultados da inspeção visual com o ácido acético (IVA), a citologia e a cervicografia. Realizou-se pesquisa de prevalência com 157 mulheres de um centro de saúde de Fortaleza, no período de junho a setembro de 2006. Utilizou-se o SPSS para codificar os dados. Realizaram-se inferências por meio de testes estatísticos (χ2= quiquadrado e RV= razão de verossimilhança). IVA, cervicografia e citologia obtiveram 43,3%, 10,19% e 3,2% de resultados alterados, respectivamente. As variáveis com importante associação às lesões cervicais na IVA foram: idade menor de 20 anos (p= 0,0001); um ou mais parceiros nos últimos três meses (p= 0,015); uso de contraceptivos (p= 0,0008); presença de corrimento vaginal (p= 0,0001); e processo inflamatório moderado ou acentuado (p= 0,0001). Na citologia: baixa escolaridade (p= 0,0001) e elevado pH (p= 0,001). Não se encontrou associação significante na cervicografia.
Resumo:
O objetivo desta pesquisa é identificar a freqüência com que é realizado o diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo uterino no município de Guarapuava, Paraná. Realizou-se estudo transversal de base populacional, incluindo 885 mulheres com idade mínima de 18 anos, no período de outubro a dezembro de 2006. Considerou-se nível de confiança de 95% e margem de erro de 3% para cálculo amostral. Utilizou-se o software Statistica versão 7.1 para a análise dos dados, considerando nível de significância de 5%. O auto-exame das mamas foi realizado por 63% das entrevistadas e o exame clínico em 49%. A mamografia foi realizada por menos de um quarto da amostra. A prevenção do câncer de colo uterino foi praticada pela maioria das mulheres (80%). Conclui-se que as mulheres da amostra estudada realizam exames preventivos de câncer de mama com menos freqüência, se comparado ao exame preventivo de colo de útero.
Resumo:
Cânceres de testículo e pênis são doenças que acometem pequena parcela da população, mas geralmente são agressivas principalmente pelo impacto psicológico que exercem sobre os pacientes. Este estudo buscou identificar evidências de estratégias preventivas para tais cânceres. Foi realizada revisão integrativa de literatura, nas bases de dados Biblioteca COCHRANE, PubMed/MEDLINE, LILACS, BDENF e CINAHL, utilizando os descritores controlados: promoção da saúde, fatores de risco, prevenção primária e neoplasias urogenitais; e os não controlados: prevenção, câncer de pênis, câncer de testículo. Os estudos foram unânimes ao identificar, para o câncer de testículo, o autoexame do órgão; para o câncer de pênis, evidenciou-se a circuncisão como fator protetor, a prevenção de infecção sexualmente transmissível e a adequada higiene íntima. Os enfermeiros devem assumir a função de promotor da saúde, tendo em vista a importância dessa atitude frente à prevenção de doenças.
Resumo:
O estudo analisou a prevalência e a comorbidade de dor e fadiga em mulheres com câncer de mama. Trata-se de estudo transversal, com amostra, não probabilística de 182 mulheres em tratamento ambulatorial para câncer de mama, entrevistadas no período de julho 2006 a março de 2007. Fadiga, avaliada pela Escala de Fadiga de Piper, foi dividida em duas categorias (escore 0,1-4,9 e >5-10). Dor, avaliada pela escala de 0-10, foi categorizada do mesmo modo que fadiga. Fadiga ocorreu em 94 mulheres (51,6%), sendo >5 em 44 (46,8%) delas. Dor ocorreu em 86 mulheres (47,2%), sendo >5 em 50 (58,1%). Fadiga e dor correlacionaram-se (r=0,38, p=0,003) e a comorbidade fadiga e dor foi de 38,3%. Dor intensa acentuou a fadiga (p=0,089) e fadiga intensa acentuou a dor (p=0,016). Tais dados são inéditos em nosso meio, confirmam a existência de um cluster de sintoma e dos prejuízos decorrentes dessa comorbidade.
Resumo:
Uma das estratégias metodológicas para realizar a prática baseada em evidências é a revisão integrativa, que neste estudo teve como objetivo buscar e sintetizar as evidências disponíveis na literatura científica sobre os fatores de riscos alimentares para o câncer colorretal relacionado ao consumo de carnes. As bases de dados LILACS, MEDLINE, CINAHL e COCHRANE Library foram consultadas e os estudos pertinentes ao consumo de carnes somaram seis. As metanálises demonstraram que a ingestão de carne vermelha está relacionada com o aumento do risco para câncer colorretal em 28% a 35%, enquanto a carne processada está associada ao risco elevado de 20% a 49%. As evidências apontam a carne vermelha, a carne processada e o total de carne consumida como fatores de risco para o desenvolvimento de pólipos e câncer colorretal. Não foi identificado estudo que indicasse a ingestão de frango e peixe como fatores de risco.
Resumo:
O presente estudo teve como objetivo relatar a experiência de atividades educativas e assistenciais desenvolvidas numa coletividade, sobre câncer ginecológico e de mama e com mulheres portadoras de câncer ginecológico e de mama em tratamento quimioterápico e em pós-operatório e seus familiares/cuidadores, por meio de um projeto de extensão universitária. As atividades foram organizadas de duas formas: ações de prevenção, desenvolvidas com mulheres em unidades básicas de saúde, escolas de ensino médio e praças públicas e ações assistenciais realizadas em enfermarias de um hospital do interior de Minas Gerais e em domicílio. No conjunto das atividades, foram abordados aproximadamente 800 beneficiários. Os temas trabalhados foram: promoção da saúde e fatores de risco para o câncer ginecológico e de mama. A assistência/cuidados de enfermagem focaram o pós-operatório e o tratamento quimioterápico, estendendo-se ao domicílio e aos familiares/cuidadores. Conclui-se que atividades como estas promovem assistência integral e facilitam o aprendizado acadêmico.
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Este trabalho é uma revisão integrativa, que objetiva analisar a produção científica dedicada à sexualidade da mulher com câncer de mama após a mastectomia, com foco na interferência dos desconfortos físicos decorrentes dos tratamentos sobre sua vida sexual. O estudo abrangeu trabalhos publicados no período de 2000 a 2009, utilizando as bases MEDLINE, LILACS e PsycINFO, por meio dos descritores mastectomy, breast neoplasms, sexuality, sexual behavior, amputation, psychossexual development, marital relations. Foram selecionados nove artigos, que abordavam as repercussões dos desconfortos físicos provenientes dos tratamentos oncológicos na vivência da sexualidade. Os achados evidenciaram que, mesmo quando existe intensa e satisfatória vida sexual no período prévio à doença, fatores como estresse, dor, fadiga, insulto à imagem corporal e baixa autoestima, decorrentes dos tratamentos, podem desorganizar o funcionamento sexual da mulher acometida. É necessário sensibilizar os profissionais para acolherem o tema em políticas e estratégias preventivas, diagnósticas e terapêuticas.
Resumo:
Objetivou-se com este estudo identificar os fatores de risco e a complicações associadas em usuários com hipertensão/diabetes, cadastrados no HIPERDIA da Secretaria Executiva Regional VI em Fortaleza, CE. O estudo documental analítico abordou 2.691 pessoas. Do total, 73,6% eram mulheres; 44,6% tinham 60-79 anos, com média de 60,8 anos; 87,4% eram brancos, amarelos ou pardos; 63,7% tinham até oito anos de estudo; 79,7% não eram fumantes; 56,6% sedentários; 59,6% apresentavam sobrepeso/obesidade; 48,4% possuíam antecedente familiar de doença cardiovascular. Verificou-se associação entre sedentarismo e sobrepeso/obesidade com diabéticos e diabéticos hipertensos; antecedente familiar de doença cardiovascular com os hipertensos e diabéticos hipertensos; acidente vascular encefálico, doença arterial coronariana e insuficiência renal crônica com hipertensos e diabéticos hipertensos; infarto e acidente vascular encefálico com diabéticos. O antecedente familiar cardiovascular associou-se com doença arterial coronariana e infarto. Evidenciou-se a presença relevante de fatores de risco e complicações, destacando a necessidade da educação em saúde com os usuários.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi identificar as práticas de cuidados das famílias rurais que vivenciam o cuidar da pessoa com câncer. Trata-se de estudo qualitativo, que utilizou como referencial teórico-metodológico o Modelo Bioecológico de Urie Bronfenbrenner e o método da inserção ecológica. Participaram três famílias da área rural, que tinham um de seus membros em tratamento quimioterápico no Serviço de Oncologia de um Hospital Escola da região Sul do Brasil. A coleta de dados ocorreu entre fevereiro e julho de 2009. Constatou-se que a família rural cuida a partir das práticas de cuidado que foram construídas com base nas interações entre as pessoas da família ao longo das gerações e em outras práticas da comunidade. O carinho, o amor, a proteção, a união familiar, a fé, o estar junto, a preocupação com a alimentação descrevem o cuidar e constituem-se como práticas de cuidado das famílias rurais à pessoa com câncer.
Resumo:
Esse estudo objetivou identificar a prevalência de lesões por fricção (LF) em pacientes hospitalizados com câncer e avaliar os fatores demográficos e clínicos associados ao seu desenvolvimento. Estudo epidemiológico, de corte transversal, realizado no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira. Todos os pacientes adultos, internados entre 10 e 18 de abril de 2010, foram avaliados por meio de entrevista e exame físico. Utilizou-se o teste Qui-Quadrado para comparação das variáveis demográficas e clínicas entre pacientes com e sem LF. Foram avaliados 157 pacientes: cinco apresentaram nove LF, acarretando prevalência de 3,3%. Quanto às variáveis demográficas, houve diferença estatisticamente significativa somente para o número de filhos (p=0,027). Clinicamente, pacientes com LF apresentaram menores escores na escala de Karnofsky (p=0,031) e na Escala de Braden (p=0,026), além de comportamento pouco colaborativo (p=0,042). Esse estudo contribui para um melhor conhecimento acerca das LF em pacientes com câncer.