315 resultados para Entomologia florestal
Resumo:
Foram medidos o pH, a matéria orgânica, o fósforo assimilável, o potássio, o magnésio, o cálcio e o alumínio trocáveis no solo de uma área de manejo florestal em floresta de terra firme localizada a 80 km ao norte de Manaus. O solo é um Latossolo Amarelo álico de textura muito argilosa. O experimento constou de duas parcelas controle e duas que sofreram manejo em tempos distintos (uma em 1987 e a outra em 1993). Os resultados mostraram que esses solos são muito ácidos e que os teores de fósforo assimilável, potássio, magnésio, cálcio, e alumínio trocáveis são mais altos no período chuvoso do que no período seco. Nos perfis do solo da floresta remanescente e do centro de clareira do manejo de 1987, as concentrações dos elementos estudados seguiram a ordem Al > Ca > Κ > Mg no período chuvoso e Al > Κ > Mg > Ca no início do período seco. Há evidências de que os resíduos de madeira deixados pela extração seletiva aumentaram a concentração de nutrientes no solo, pela sua decomposição, especialmente na estação chuvosa.
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Foram investigados cinco igarapés de terra-firme com substrato arenoso localizados em área de reserva florestal nas proximidades da Rodovia BR-174 (Manaus - Boa Vista), Estado do Amazonas (02° 19-02°27'S, 59°45'-60°05'W). Os igarapés foram visitados entre julho de 1996 e setembro de 1997, e cada um foi percorrido em duas ocasiões, uma no período de menor precipitação ("seco") e outra no de maior precipitação ("chuvoso"). As variáveis ambientais analisadas foram: temperatura da água, concentração de oxigênio dissolvido, saturação de oxigênio, velocidade superficial da correnteza, cobertura do dossel, largura do igarapé, profundidade do igarapé, pH, condutividade elétrica e turbidez. Espécimes de B. cayennense foram encontrados apenas no período "seco" em um dos igarapés e em ambos os períodos nos demais. Os resultados obtidos para os parâmetros físicos e químicos foram, em linhas gerais, condizentes com aqueles registrados anteriormente para a região.
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Na Amazônia, a regeneração natural da floresta em pastos e cultivos abandonados pode ser afetada pelas saúvas, pois estas são importantes predadoras das plântulas e das sementes das espécies arbóreas que eventualmente ali se estabelecem. Entretanto, pouco se sabe sobre como as chances de uma dada planta ser atacada ou de uma semente ser removida pelas saúvas varia no tempo e no espaço. Com este intuito, estabeleci uma parcela de 80 χ 120 m, subdividida em quadrantes de 10 χ 10m, em um campo abandonado próximo a Manaus. Na periferia desta parcela haviam 3 ninhos da saúva Atta laevigata. Ao longo de 1 ano, determinei quais plantas (das espécies arbóreas somente) foram atacadas pelas formigas. Determinei também como variou a atividade de coleta de sementes por A. laevigata. Para isto utilizei grãos de feijão (Phaseolus vulgaris). Iscas, com cerca de 20 feijões cada, foram distribuídas pela parcela ao longo do ano. Finalmente, determinei se plantas (mudas de Bellucia imperialis) estabelecidas em solo desnudo tinham uma maior chance de serem atacadas do que aquelas estabelecidas em solo com cobertura de gramíneas. Os resultados mostram que a atividade de coleta de sementes foi espacialmente agregada. A maior atividade foi observada nas regiões sudeste e noroeste da parcela, em geral, próximo aos ninhos. Forte variação temporal na coleta de sementes também foi observada. O pico máximo de atividade ocorreu em meados de julho e o de menor atividade em meados de janeiro. A atividade de corte seguiu um padrão similar. Houve uma clara diminuição no número de plantas atacadas entre novembro e janeiro. A proporção de plantas atacadas por parcela variou entre 6 e 89%. A incidência de ataques por saúvas sobre mudas de B. imperialis não variou em função da cobertura vegetal (com ou sem gramíneas). Isto possivelmente em função da forte heterogeneidade espacial na atividade de A. laevigata, que encobriu qualquer efeito devido a cobertura vegetal.
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Objetivou-se neste trabalho avaliar a dinâmica florestal, sobretudo da regeneração natural, em um fragmento de floresta tropical primária, entre 1998 c 1999, em Peixe-Boi (PA). Foram demarcadas três parcelas permanentes (1 ha cada) onde todos os indivíduos com DAP ≥ 10 cm foram registrados; os indivíduos com 10cm ≥ DAP ≥ 5cm foram amostrados em 6.000 m2, aqueles entre 5cm ≥ DAP ≥ 2cm em 2.400 m2 e com DAP ≤ 2cm em 240 m2. Foram estimados 143.000 indivíduos, desde plântulas até árvores pertencentes a 337 espécies e 76 famílias. Mimosaceae foi a família de maior riqueza (44 espécies); 14 famílias ocorreram com uma única espécie sendo que metade delas apresentaram também um único indivíduo. Independentemente da classe diamétrica verificou-se o egresso de 56 espécies versus o ingresso de 68, gerando um ganho líquido de 12 espécies. A dinâmica da composição e da abundância da regeneração natural foi muito intensa. Observou-se a saída de uma família face ao ingresso de outras 14, aumentando cm quase 30% o número de espécies. A maior mortalidade foi verificada em Bauhinia cf. rutilans e Mabea aff. speciosa (300 e 21 indivíduos). Rinorea negleta e Leçythis idatimon recrutaram 171 e 89 espécimes. A razão recrutamento/ mortalidade foi, em quaisquer das classes diamétricas, sempre superior a unidade. O estoque de mudas para se obter uma árvore, uma arvoreta e uma vara foi, respectivamente de 297, 160 e 48 mudas. O número de espécies e a abundância aumentaram no período, assim como a área basal e a biomassa.
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A durabilidade da madeira de Bactris gasipaes Kunth (pupunha) face aos fungos foi avaliada em ambiente florestal e urbano e em condições de laboratório. Foram utilizadas, cinco árvores com espinhos e cinco sem espinhos da população Tabatinga, raças Putumayo, sendo retirados discos de 25-30cm da base, meio e do topo de cada pupunheira e colocados em uma área florestal próxima ao Banco Ativo de Germoplama de B. gasipaes (2°38'S, 60°03'W). Os discos foram inspecionados trimestralmente, para acompanhar o processo de biodeterioração da madeira causado por fungos durante dezoito meses. No ensaio em ambiente urbano, as amostras do estipe foram distribuídas, uma na posição côncava e outra na convexa, sobre uma estrutura de madeira localizada em uma área próxima da CPPF do Campus do INPA, Manaus e inspecionadas bimestralmente por um ano. Em ambiente florestal, o revestimento dos discos mostrou-se suscetível aos fungos Hymenogramme javanensis Mont. & Berk. e Hypoxylon rubiginosum (Pers.: Fr.) Fr.. Em ambiente urbano, a madeira apresentou alta susceptibilidade a Lenzites striata (Swart.: Fr.) Fr. e a Lenzites sp. e o revestimento a Porostereum amethysteum Hjortst. & Ryv. e a Stereum strigoso-zonatum (Sch.) G. H. Cunn.. Em condições de laboratório, a madeira da pupunheira demonstrou alta resistência aos fungos Lenzites trabea Pers.:Fr., Polyporus fumosus Pers.:Fr. e Pycnoporus sanguineus (L.:Fr.) Murr.
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Este trabalho tem como objetivo analisar padrões de crescimento individual de diversas árvores que ocorrem em duas toposseqüências (direções Norte-Sul e Leste-Oeste), de uma amostra representativa da floresta de terra-firme na Amazônia Central. Foram selecionados de forma aleatória, aproximadamente, 300 indivíduos, sendo 150 em cada toposseqüência, distribuídos em mesmas proporções nas três classes topográficas (platô, encosta e baixio) e nas três classes de diâmetro (10 ≤ DAP < 30 cm; 30 ≤ DAP< 50 cm e DAP≥ 50 cm). Em cada uma dessas árvores foi instalada uma fita metálica, com extremidades parcialmente sobrepostas e ligadas por uma mola; o avanço de uma das pontas, dentro de uma abertura, representa o crescimento em circunferência, que foi medido com um paquímetro digital. As medições foram realizadas mensalmente ao longo de 19 meses, de junho/1999 a dezembro/2000; neste estudo foram considerados apenas os 12 meses do ano 2000. O padrão individual de crescimento em diâmetro varia muito com o passar dos meses (p = 0,00) e apenas razoavelmente quando os meses são interagidos com as classes de diâmetro (p 0,08); por outro lado, há fraca uma evidência (p = 0,25) quando as classes topográficas são acrescentadas na interação anterior e praticamente nenhuma evidência (p = 0,89) quando é analisada a interação meses e classes topográficas. Dentre todas as árvores selecionadas (300 indivíduos), foram mantidas na análise 272 indivíduos. A média do incremento anual em diâmetro, considerando as 272 árvores monitoradas, foi de 1,64 ± 0,21 mm (p = 0,05), ficando dentro do intervalo dos incrementos obtidos no BIONTE e FLONA Tapajós, que é de 1,5 a 2 mm por ano.
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Estimou-se a eficiência de diferentes métodos da seleção precoce em progênies de meios irmãos de taxi-branco (Sclerolobium paniculatum Vogel, Leguminosae), espécie florestal originária da região amazônica, com ampla adaptação a diferentes condições ecológicas, e produtora de madeira de boa qualidade para produção de carvão. O experimento foi instalado em 1989 no Campo Experimental do Cerrado em Macapá-AP (0° 22'N, 51°04'W e 50 m de altitude) com as 21 progênies de meios-irmãos delineadas em blocos ao acaso, com dez repetições e parcelas em fileiras de cinco plantas no espaçamento de 3 x 3 m. Aos 48 e 96 meses de idade foram avaliados: a altura da planta, o diâmetro à altura do peito (DAP) e a biomassa. Na estimativa da eficiência da seleção precoce, foram utilizadas as seguintes metodologias: flutuação das estimativas dos parâmetros genéticos nas diferentes idades; estimativa e decomposição da interação genótipo x ambiente; resposta correlacionada com a seleção; e seleção na idade juvenil e correspondente na idade adulta. As famílias avaliadas apresentaram variabilidade genética para os três caracteres, sendo a estimativa da herdabilidade no sentido restrito em nível de famílias superior a 84% nas duas idades, indicando ser essa população promissora para a continuidade do programa de melhoramento. Todas as metodologias empregadas na avaliação da eficiência da seleção precoce foram concordantes em recomendar que essa estratégia deve ser utilizada em futuros trabalhos de melhoramento genético do taxi-branco.
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Visando conhecer a diversidade e a incidência de fungos emboloradores e manchadores de madeira da região Amazônica, foi realizado um levantamento em 12 espécies florestais, estocadas em quatro indústrias madeireiras de Manaus. De cada espécie florestal selecionaram-se cinco toras, das quais retiraram-se amostras de onde procedeu-se isolamento dos fungos. Foram isolados 106 fungos associados às essências florestais, representados por nove gêneros e por dezesseis espécies. Paecilomyces variotii e Lasiodiplodia theobromae foram as espécies fúngicas mais freqüentemente associadas às espécies florestais. Ceiba pentandra e Hura crepitans foram as essências florestais que apresentaram maior diversidade de fungos, com sete espécies cada uma. Hymeneae courbaril foi a que apresentou menor diversidade de fungo, com apenas uma espécie.
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O objetivo deste trabalho foi estudar a sucessão florestal pela análise florística e estrutural de floresta em três estágios sucessionais (4, 8 e 12 anos), localizadas no município de Castanhal-PA. Consideraram-se duas classes de DAP: Classe I (DAP>1cm) e classe II (DAP<1cm). Para a classe I, foram utilizadas 12 parcelas de 10m x 10m, na floresta sucessional de 12 anos e 4 parcelas de 10m x 10m nas de 4 e 8 anos. Para a classe II, foram utilizadas 48 subparcelas de 1m x 1m na floresta de 12 anos e 16 subparcelas de 1m x 1m nas de 4 e 8 anos. Na classe I, foram identificadas 18, 30 e 73 espécies e 12, 18 e 21 indivíduos/ha, respectivamente, nas florestas de 4, 8 e 12. Na classe II, foram identificadas 17, 21 e 62 espécies; e 50, 26 e 47 indivíduos/m², também, respectivamente, nas florestas de 4, 8 e 12 anos. Na classe I, Lacistema pubescens, Vismia guianensis e Myrcia silvatica apresentaram maiores abundâncias e dominâncias relativas. Na classe II, Lacistema pubescens, Vismia guianensis, Miconia ciliata, Myrcia bracteatae Banara guianensis também apresentaram elevado número de indivíduos. Myrcia silvatica apresentou maior abundância nos três estágios. A similaridade entre as floresttas na classe I foi de aproximadamente 60% e na classe II, 42%. Os resultados sugerem que as florestas apresentaram características de três fases de desenvolvimento da floresta: fase de iniciação (4 anos), fase de exclusão (8 anos) e o início da fase de reiniciação do sub-bosque (12 anos).
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Este trabalho apresenta uma estimativa da biomassa seca (BS) acima do solo e estoque de carbono (EC) de sistemas agroflorestais (SAF) estudados nas várzeas do rio Juba, Cametá, Pará. A BS foi estimada pelo método indireto a partir dos dados de um inventário florestal realizado em sete parcelas de 0,25 ha (50 m x 50 m). Foram inventariados em média 2594 indivíduos/ha com DAP >5 cm. Euterpe oleracea Mart.(açaí) e Theobroma cacao L. (cacau), foram as espécies mais importantes e representaram 80 % dos indivíduos (54 % e 26 %, respectivamente) e as outras espécies (árvores) 20 %. Em média a BS dos SAF foi de 298,44 t/ha. O açaí apresentou BS de 4,47 t/ha (43 % nas folhas e 57 % nos estipes), o cacau 1,45 t/ha (18 % nas folhas e 82 % na madeira) e as árvores 292,52 t/ha (1 % nas folhas e 99 % na madeira). O EC contido na BS total média foi de 134,30 t/ha; as árvores estocaram 131,63 t/ha (98 %), o açaí 2,01 t/ha (1,5 %) e o cacau 0,65 t/ha (0,5 %). O EC médio dos SAF estudados (idade média de 12 anos) representou, em média, cerca de 96 % do carbono que é estocado numa floresta primária de terra firme; cerca de 62 % a mais do estocado em florestas secundárias enriquecidas (idade média de 26 meses) e 23 % a mais do estocado em florestas de várzeas na Amazônia brasileira.
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Uma das espécies potenciais para a diversificação da produção florestal não-madeireira é Euterpe precatoria Mart., cujo manejo de seus frutos para produção de polpa engloba aspectos sociais, econômicos e ecológicos concernentes à floresta. No presente estudo analisamos a densidade, estrutura, dinâmica e a estabilidade populacional desta espécie em florestas inundadas e de terra firme para avaliar o potencial ecológico de manejo. A densidade média de adultos na floresta de baixio foi de 60 indivíduos ha-1 e na terra firme de 23 indivíduos ha-1. A estrutura populacional apresentou-se em forma de J invertido. Houve uma alta produção de frutos e a sua produção por indivíduo não foi diferente entre os tipos florestais. A estabilidade populacional apresentou-se variável entre os tipos florestais e os sítios amostrados. Este estudo sugere que de modo geral Euterpe precatoria possui características ecológicas favoráveis para seu manejo sustentável, tais como alta densidade e freqüência, regeneração abundante e grande produção de frutos. Um maior potencial de manejo apresentou-se na floresta de baixio comparado ao da terra firme.
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Este estudo apresenta a estrutura de florestas em Gaúcha do Norte-MT (13° 10'S e 53° 15' O), na borda sul-amazônica. Para o levantamento fitossociológico, três áreas amostrais de 1ha foram subdivididas em 50 parcelas de 10x20m, nas quais foram amostrados todos os indivíduos com perímetro à altura do peito (PAP) >15 cm. Para verificar a similaridade estrutural entre as áreas utilizou-se a Análise de Correspondência. As espécies indicadoras dos ambientes de interflúvio e das áreas sujeitas à inundação foram obtidas através do TWINSPAN e de um sistema de pesos. Concluiu-se que as florestas presentes na bacia do rio Pacuneiro pertencem à mesma unidade fitogeográfica, mas com subtipos florísticos e estruturais de acordo com a posição no relevo, a proximidade dos cursos d'água e o estrato analisado, apresentando predominância de algumas espécies, ou até mesmo possíveis endemismos, em determinados trechos ou estratos. A formação apresentou baixa diversidade alfa (2,91 a 3,50) e beta (3,62 a 3,86), o que não é comum em florestas amazônicas. Várias hipóteses podem explicar essa baixa diversidade, entre elas a baixa precipitação e a alta sazonalidade, o ambiente físico regional aparentemente homogêneo e favorável às espécies competidoras, ou os eventos históricos, relacionados à possível exploração por tribos indígenas ou à recente expansão dessas florestas sobre as áreas savânicas.
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O objetivo do trabalho é avaliar o potencial de sustentabilidade agroambiental de unidades produtivas agroflorestais ribeirinhas. A metodologia empregou técnicas de inventário florestal, coleta e análise laboratorial de solo, questionários, observações de campo e orçamentos unitários. As variáveis-indicadores são relativas ao clima, ao solo, a estrutura fitossociológica, ao potencial produtivo da agrofloresta e a geração de renda. Os resultados revelaram que o clima e o solo não são fatores limitantes. Cerca de 27 % da composição florística são espécies comerciais e somam mais de 92 % da população total com baixo potencial para a extração de madeiras e uma diversidade de produtos não-madeireiros. A renda bruta estimada atingiu valores de R$ 2.000,00/ha/ano. O potencial de sustentabilidade agroambiental das unidades produtivas é mediano, obtido pela avaliação das variáveis-indicadores por meio de um sistema de pontuação e inserção em um nível de sustentabilidade previamente proposto.
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Este trabalho descreve a composição florística na área do reservatório da futura Hidrelétrica de Cachoeira Porteira - PA (localizada na margem esquerda do rio Trombetas), e a caracterização da vegetação. São apresentados dados sobre a abundância, dominância, freqüência e os Índices de Valor de Importância das espécies (IVIE) e o Índice de Valor de Importância das Famílias (IVIF) e a análise da estrutura horizontal da floresta. Os estudos desenvolvidos neste trabalho mostram as espécies e famílias mais importantes da área com relação a sua influência, na definição do perfil estrutural da floresta, além da identificação dos diferentes tipos de vegetação. Os 13 hectares de floresta inventariados sustentam 4.583 indivíduos, abrangendo árvores, palmeiras e cipós com DAP > 10cm, distribuídos em 359 espécies, 217 gêneros e 55 famílias (três medidas de importância ecológica; abundância, dominância e freqüência, expressas como três porcentagens, foram somadas para obter um Índice de Valor de Importância (IVIE) das espécies). As duas espécies com os maiores IVIE, em toda a área estudada pesquisada, foram Eschweilera coriacea (DC) S. A . Mori, com 15,24% e Micropholis guyanensis (A . DC.) Pierre com 10,87%. As famílias que apresentaram os maiores Índices de Valor de Importância (IVIF) nos 13 hectares, foram Caesalpiniaceae (31,45%) e Sapotaceae (30,34%).
Resumo:
Neste trabalho estão apresentados os resultados da durabilidade natural do estipe (madeira) de Bactris gasipaes Kunth (pupunha), quando submetido ao ataque de insetos xilófagos, em ensaios em ambiente florestal e urbano. Foram utilizados dez palmeiras, cinco com espinhos e cinco sem espinhos, de plantios da Fazenda Experimental da Universidade Federal do Amazonas, localizada no km 40 da rodovia Manaus-Boa Vista (BR 174). De cada uma das palmeiras foram cortados três discos de aproximadamente 30 cm de espessura, retirados da base, do meio e do topo. No ambiente florestal, os discos foram distribuídos aleatoriamente, em área próxima ao plantio, no espaçamento de 0,5m, permanecendo durante 18 meses, período no qual foram efetuadas seis inspeções trimestrais para avaliar o grau de deterioração e coleta de insetos. Para o ensaio em condição urbana, os discos foram secionados axialmente para a retirada da medula e distribuídos aleatoriamente, nas posições côncava e convexa, sobre uma estrutura de madeira, localizada no Campus do INPA em Manaus, e inspecionados bimestralmente por um ano. Os resultados do ensaio no ambiente florestal indicaram que a maioria dos discos foi deteriorada por térmitas e a vida útil da base foi em torno de 18 meses, a do meio e do topo em torno de 15. As principais espécies de cupins foram: Heterotermes tenuis (Hagen) (Rhinotermitidae) responsável pela deterioração da parte basal, mediana e o topo; Nasutitermes similis Emerson (Termitidae) que infestou a região da base e do meio; Anoplotermes sp.(Termitidae) e Nasutitermes tatarandae (Holmgren) (Termitidae) responsáveis pela infestação da parte mediana do estipe. No ambiente urbano, o principal responsável pela deterioração das amostras foi o besouro Dinoderus bifoveolatus Wollston (Bostrichidae), e em seguida, o térmita N. similis.