416 resultados para Dengue, prevenção
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a efetividade do metoprolol na prevenção de fibrilao e flutter atrial clinicamente detectveis aps cirurgia de revascularizao miocrdica. MTODOS: Ensaio clnico, randomizado e aberto, para tratar 200 pacientes submetidos cirurgia de revascularizao miocrdica isolada com circulao extracorprea, randomizados para receber metoprolol, por via oral, ou para no receber a medicao no ps-operatrio. Os desfechos de interesse eram a deteco de fibrilao e flutter atrial sustentados, sintomticos ou que requeressem tratamento. Excludos do estudo os pacientes com frao de ejeo basal do ventrculo esquerdo < 35%, fibrilao atrial prvia, histria de broncoespasmo, bloqueios atrioventriculares de 2 e 3 grau, baixo dbito cardaco e insuficincia cardaca. RESULTADOS: Arritmias ocorreram em 11 de 100 pacientes do grupo metoprolol e em 24 de 100 pacientes do grupo controle (p=0,02). O risco relativo (RR) foi 0,46 (IC de 95%= 0,24-0,88) e o nmero necessrio para tratar (NNT) e evitar o desfecho foi de 8 pacientes. A fibrilao atrial foi a arritmia mais freqentemente observada (30/35). Em 38 pacientes com idade > 70 anos, as arritmias ocorreram em 2 de 19 pacientes do grupo metoprolol e em 10 de 19 do grupo controle (c2 Yates: p=0,01). O risco relativo foi 0,20 (IC de 95%= 0,05-0,79) e o nmero necessrio para tratar foi de 2 pacientes. CONCLUSO: O metoprolol efetivo na prevenção de fibrilao e flutter atrial no PO de cirurgia de revascularizao miocrdica, sendo esse efeito mais marcante no grupo de pacientes idosos.
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OBJETIVO: Comparar o manejo dos pacientes com cardiopatia isqumica, atendidos por cardiologistas em ambulatrio geral de cardiologia, com aquele realizado em ambulatrio especfico de cardiopatia isqumica, dando nfase solicitao do perfil lipdico e ao tratamento farmacolgico prescrito. MTODOS: Dados obtidos de pronturio mdico de 52 pacientes consecutivos atendidos no ambulatrio de cardiopatia isqumica (grupo I) e de 43 acompanhados no ambulatrio de cardiologia geral (grupo II), sendo o diagnstico anatmico de cardiopatia isqumica, condio bsica para sua incluso. Considerou-se critrio para dislipidemia, colesterol total > 200mg/dl e/ou LDL colesterol > 100 mg/dl em pacientes em uso ou no de hipolipemiantes e o uso de drogas hipolipemiantes, mesmo quando os nveis de colesterol total e/ou LDL colesterol eram < a 200 mg/dl e 100 mg/dl, respectivamente. Usou-se teste exato de Fischer para comparao de variveis, aceitando como significativo p bicaudal < 0,05. RESULTADOS: Caractersticas demogrficas, fatores de risco observados para cardiopatia isqumica, prevalncia de infarto do miocrdio prvio e procedimentos de revascularizao prvios no apresentaram diferenas significativas entre os pacientes do grupo I e II. Observou-se que os pacientes do grupo I receberam aspirina em 98% dos casos, enquanto que no grupo II, sua prescrio foi de 83% (p=0,02). Em relao a drogas hipolipemiantes, as prevalncias foram de 60% no grupo I e de 19% no grupo II (p=0,001). Exames de perfil lipdico foram solicitados para 98% dos indivduos do grupo I e 79% do grupo II (p=0,003). CONCLUSO: Houve maior fidedignidade de condutas no ambulatrio especfico de cardiopatia isqumica em relao s novas evidncias mdicas, principalmente no que tange prescrio de aspirina e de drogas hipolipemiantes.
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OBJETIVO: A reestenose intra-stent a maior limitao das intervenes coronrias percutneas. O carbeto de silcio amorfo (SiC-a), substncia antitrombtica e antiinflamatria capaz de reduzir a deposio de fibrina, plaquetas e leuccitos sobre o stent, apresenta potencial de prevenir a hiperplasia neo-intimal e a reestenose. MTODOS: Estudo prospectivo, randomizado e tipo rtulo aberto comparando pacientes com doena coronariana tratados com e sem stents revestidos com o SiC-a, utilizando a angiografia quantitativa e o ultra-som intracoronrio. Foram includos 100 pacientes (50 em cada grupo) a fim de mensurar o volume de hiperplasia neo-intimal intra-stent/extremidades. Como os stents comparados apresentavam extenses diferentes, o volume de hiperplasia foi analisado em valores absolutos (por paciente) e relativos (por milmetro de extenso do stent). Avaliaram-se ainda os eventos cardacos maiores e os resultados da angiografia quantitativa. RESULTADOS: Os grupos apresentaram caractersticas de base semelhantes. Todos os pacientes foram tratados com sucesso. No 6° ms de evoluo foram reestudados 94% dos casos dos dois grupos, obtendo-se ultra-som em 92%. O volume de hiperplasia neo-intimal absoluto foi significativamente maior nos tratados com os stents revestidos (51.2 DP 18.8 mm vs 41.9 DP 16.4 mm; p=0.014), porm o relativo foi semelhante (2.9 DP 1.0 mm/mm stent vs 2.5 DP 0.9 mm/mm stent; p=0.108). A obstruo volumtrica da luz tambm foi similar (36.4 DP 11.1% vs 37.9 DP 10.9%; p=0.505). O dimetro mnimo da luz (1.9 DP 0.7 mm vs 1.8 DO 0.6 mm; p=0.552), a reestenose (19.1% vs 17%; p>0.999) e a revascularizao do vaso-alvo (16% vs 14%; p>0.999) no diferiram. CONCLUSO: Os stents revestidos apresentaram resultados clnicos, angiogrficos e ultra-sonogrficos similares aos controles.
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OBJETIVO: Avaliar os efeitos da estimulao atrial otimizada (EAO) (estimulao duplo-stio atrial, freqncia acima da intrnseca e algoritmo funcional especfico) e uso de atenolol, na prevenção da fibrilao atrial (FA) recorrente. Desfecho primrio: quantificar a taxa de episdios de FA. Desfechos secundrios: qualidade de vida, avaliao de sintomas especficos cardiovasculares, taxa de internaes hospitalares, taxa de cardioverses eltricas e farmacolgicas e eventos cardacos adversos. MTODOS: Vinte e sete pacientes com FA paroxstica recorrente e doena do n sinusal foram submetidos ao implante de marcapasso duplo-stio atrial e ventricular e iniciaram com atenolol 100 mg/dia, a seguir foram randomizados em dois grupos, grupo I (3 meses iniciais com EAO e algoritmo especifico ligado e mais 3 com o mesmo desligado) e grupo II (seqncia inversa do grupo I). O modo de estimulao foi DDDR e aps 3 meses, foram submetidos avaliao clnica e eletrnica do sistema de estimulao - mudana automtica de modo (AMS), Holter de 24 horas, ecocardiograma e questionrio SF-36. Em seguida, foram cruzados e aps 6 meses, nova avaliao. RESULTADOS: Pacientes com EAO, quando comparados ao grupo com algoritmo desligado, apresentaram menores taxas de: FA/semana (p<0,001), ativaes do AMS (p<0,01), hospitalizaes (p<0,001), cardioverses (p<0,001), alm de melhores ndices dos componentes fsico e mental da qualidade de vida. CONCLUSO: A teraputica hbrida, EAO associada ao uso de atenolol, reduziu a taxa de recorrncia de FA e proporcionou melhora clnico funcional de pacientes com bradiarritmias sintomticas.
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OBJETIVO: Avaliar se a profilaxia com amiodarona em moderada dosagem, no ps-operatrio de cirurgia cardaca (revascularizao miocrdica e/ou cirurgia valvar), reduz a incidncia de fibrilao atrial em pacientes de alto risco para desenvolver essa arritmia. MTODOS: Estudo clnico, randomizado e prospectivo, realizado em 68 pacientes submetidos a cirurgia cardaca eletiva. A mdia de idade foi de 64 anos e 59% dos participantes eram do sexo masculino. Os pacientes com trs ou mais fatores de risco para fibrilao atrial, de acordo com a literatura, foram randomizados em dois grupos, para receber ou no profilaxia com amiodarona no primeiro dia de ps-operatrio. A dose administrada foi de 600 mg/dia a 900 mg/dia, por via intravenosa, no primeiro dia de ps-operatrio, seguida de 400 mg/dia por via oral at a alta hospitalar ou at completar sete dias. Os demais pacientes, com dois ou menos fatores de risco, foram seguidos at a alta hospitalar. Todos os pacientes foram observados por monitorizao cardaca e/ou eletrocardiografia. RESULTADOS: No grupo que recebeu amiodarona, 7% dos pacientes apresentaram fibrilao atrial, enquanto no grupo controle 70% desenvolveram a arritmia. Nos indivduos no-randomizados (com dois ou menos fatores de risco), apenas 24% apresentaram fibrilao atrial. CONCLUSO: O uso profiltico de amiodarona foi eficaz na prevenção de fibrilao atrial nos pacientes com trs ou mais fatores de risco para essa arritmia. Esse tratamento pode ser benfico na reduo da permanncia na Unidade de Terapia Intensiva e, conseqentemente, nas complicaes advindas do maior tempo de internao hospitalar.
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FUNDAMENTO: Hiponatremia e fenmenos congestivos indicam mau prognstico na insuficincia cardaca descompensada. A ocorrncia de insuficincia renal est associada a aumento do risco de morte. OBJETIVO: Avaliar a segurana e a eficcia da soluo hipertnica em pacientes com insuficincia cardaca descompensada para prevenção de insuficincia renal. MTODOS: Participaram do estudo pacientes com insuficincia cardaca descompensada, congesto e hiponatremia. Alm do tratamento padro, os pacientes receberam soluo salina hipertnica, e foram submetidos a avaliao tanto clnica como laboratorial. RESULTADOS: Foram includos 9 pacientes. A mdia das idades dos pacientes foi de 55 + 14,2 anos, sendo 5 (55,5%) do sexo masculino e 4 (44,5%), do feminino. Todos apresentavam classe funcional III-IV da New York Heart Association (NYHA), e 5 (55,5%) recebiam dobutamina. Todos apresentaram creatinina inicial acima de 1,4 mg/dl. A tonicidade mdia da soluo foi de 4,39% + 0,018% (2,5% a 7,5%) e a durao do tratamento foi de 4,9 dias + 4,1 dias (1 dia a 15 dias). No houve efeitos adversos graves; em nenhum caso houve piora clnica ou distrbios neurolgicos; hipocalemia ocorreu em 4 (44,5%) casos. A comparao das variveis pr- e ps-tratamento demonstrou queda da uria (105 mg/dl + 74,8 mg/dl vs. 88 mg/dl + 79,4 mg/dl; p = 0,03) e aumento do volume urinrio (1.183 ml/dia vs. 1.778 ml/dia; p = 0,03); houve tendncia a reduo da creatinina (2,0 mg/dl + 0,8 mg/dl vs. 1,7 mg/dl + 1,0 mg/dl; p = 0,08). Apesar da elevao do valor do sdio (131 mEq/l + 2,8 mEq/l vs. 134 mEq/l + 4,9 mEq/l) e da reduo do peso (69,5 kg + 18,6 kg vs. 68,2 kg + 17,1 kg), no houve diferena estatisticamente significante. CONCLUSO: O uso de soluo salina hipertnica em pacientes com insuficincia cardaca descompensada pode ser mtodo teraputico seguro e potencialmente relacionado a melhora clnica e de prevenção da insuficincia renal.
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FUNDAMENTO: A fibrilao atrial a mais comum complicao no ps-operatrio de revascularizao miocrdica, aumentando a incidncia de morbi-mortalidade. OBJETIVO: O propsito deste estudo prospectivo e randomizado foi testar a hiptese de que a estimulao cardaca temporria biatrial reduz a incidncia da fibrilao atrial no ps-operatrio de revascularizao miocrdica. MTODOS: Em uma casustica de 98 pacientes no-consecutivos, submetidos a revascularizao miocrdica sem circulao extracorprea, foram implantados respectivamente dois eletrodos temporrios em trio direito e em trio esquerdo e conectados a cada par de sada atrial do marcapasso, alm dos eletrodos implantados no ventrculo direito. Foram randomizados dois grupos (controle: 49 pacientes sem a estimulao biatrial; teraputico: 49 pacientes com a estimulao biatrial). As variveis de interesse foram: fibrilao atrial (presena ou no), tempo de hospitalizao. RESULTADOS: A incidncia de fibrilao atrial foi de 36,73% no grupo controle e 14,29% no grupo teraputico (p=0,0194). O tempo de hospitalizao foi de 7,002,82 dias nos pacientes sem fibrilao atrial (n=73), e de 9,202,87 dias nos pacientes com fibrilao atrial (n=25) (p=0,0001). A idade foi importante preditor da arritmia, variou de 62,349,00 anos no grupo sem fibrilao atrial, e de 67,207,42 anos no grupo com fibrilao atrial (p=0,0170). CONCLUSO: A estimulao temporria biatrial profiltica efetiva na prevenção da fibrilao atrial, quando comparada ao grupo controle. Permanncia hospitalar foi maior nos pacientes que apresentaram fibrilao atrial no ps-operatrio e a idade foi importante preditor para o desenvolvimento da arritmia.
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FUNDAMENTO: Os recentes estudos MADIT II e SCD-HeFT levaram a uma expanso das indicaes do uso profiltico de cardiodesfibrilador implantvel (CDI) em pacientes com grave disfuno ventricular esquerda. Essa terapia no foi totalmente adotada em nosso sistema de sade, sobretudo em virtude de seu alto custo. OBJETIVO: Avaliar a taxa de mortalidade global de pacientes da nossa prtica diria que tm o mesmo perfil dos participantes do estudo SCD-HeFT, esto recebendo tratamento clnico otimizado e no foram submetidos a implante de CDI, e comparar essa taxa com a do grupo de placebo do estudo SCD-HeFT. MTODOS: Foram includos neste estudo pacientes com o mesmo perfil dos participantes do estudo SCD-HeFT identificados a partir de pronturios mdicos. A taxa de mortalidade global foi avaliada por contato telefnico. A anlise estatstica foi realizada com o teste t de Student, teste de Mann-Whitney ou teste de qui-quadrado, dependendo do tipo de varivel. As taxas cumulativas de mortalidade foram calculadas de acordo com o mtodo de Kaplan-Meier. RESULTADOS: Este estudo englobou 102 pacientes, 74 dos quais do sexo masculino. A mediana da idade foi 64 anos e a mdia da frao de ejeo, 25%. No encontramos diferenas entre os nossos pacientes e os pacientes do estudo SCD-HeFT em relao a essas trs variveis. Durante o perodo de acompanhamento de 19,6 meses, 21 pacientes morreram (20,6%), contra 28,8% do estudo SCD-HeFT. Essa diferena no foi estatisticamente significante (p = 0,08). CONCLUSO: No houve diferena na taxa de mortalidade dos nossos pacientes e dos pacientes do grupo de placebo do estudo SCD-HeFT. Esses resultados indicam que a populao do SCD-HeFT representativa dos nossos pacientes.