339 resultados para Avaliação de serviços de saúde


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OBJETIVO: Analisar a mortalidade intra-hospitalar dos recm-nascidos de muito baixo peso, considerando a evoluo clnica e os fatores associados mortalidade. MTODOS: Estudo longitudinal que incluiu 360 recm-nascidos com peso entre 500 e 1.500g, em Londrina, Paran, de 1/1/2002 a 30/6/2004. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com as mes, anlise dos pronturios e acompanhamento dos recm-nascidos. Para determinao de associao entre as variveis utilizou-se o teste do qui-quadrado e anlise de regresso logstica com modelo hierarquizado, com nvel de significncia de 5%. RESULTADOS: A taxa de mortalidade foi de 32,5%. Na anlise bivariada, as variveis associadas ao bito oram: no uso de corticosteride antenatal, ausncia de hipertenso arterial/pr-eclampsia, presena de trabalho de parto, parto normal, apresentao no ceflica, Apgar < 3 no primeiro e quinto minutos, Clinical Risk Index for Babies > 5, reanimao na sala de parto, sexo masculino, idade gestacional < 28 semanas, peso < 750g, sndrome do desconforto respiratrio, pneumotrax, hemorragia intracraniana e ventilao mecnica. Aps regresso logstica, permaneceram como fatores de risco: baixa renda per capita, no uso de corticosteride antenatal e no uso de presso positiva contnua de vias areas. CONCLUSES: Mesmo com o uso de tecnologias, a mortalidade observada nos recm-nascidos de muito baixo peso foi alta quando comparada com os pases desenvolvidos. A maior utilizao do corticosteride antenatal poder diminuir a morbidade e mortalidade de recm-nascidos de muito baixo peso.

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OBJETIVO: Descrever a influncia das concepes dos profissionais de saúde sobre o cuidado prestado a pacientes usurios de drogas vivendo com HIV/Aids. MTODOS: Estudo qualitativo baseado em entrevistas semi-estruturadas com 22 profissionais de diferentes categorias, pertencentes a dois serviços especializados em DST/Aids da rede municipal de So Paulo, em 2002. As entrevistas foram gravadas e submetidas anlise temtica. RESULTADOS: Os profissionais relataram dificuldades em identificar usurios de drogas entre seus pacientes, indicando a invisibilidade da questo. Acham os usurios de drogas pacientes mais difceis de tratar, por tumultuarem o servio e/ou no aderirem ao tratamento. Embora reconheam necessidades especiais dos pacientes usurios e que lidar com o uso de drogas seja importante, os profissionais de saúde acreditam que essas questes fogem de suas atribuies. Os profissionais mostraram limites pessoais e tcnicos para o manejo desses casos, indicando sua falta de capacitao especfica como importante. Assim, recomendam a criao de serviços especializados para esse atendimento, reconhecendo os serviços em que atuam como inadequados e, embora conhecessem o projeto de reduo de danos, pouco participavam dele. CONCLUSES: Elementos tcnicos, ideolgicos e pessoais, tais como crenas, valores e dimenses afetivo-emocionais, mostraram-se relevantes para ampliar ou recusar vnculos mais especficos com o paciente usurio de drogas. As concepes sobre o uso de drogas podem interferir no desenvolvimento de uma assistncia melhor e da eqidade no cuidado em saúde.

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O artigo objetivou atualizar as informaes sobre a produo cientfica referente aos efeitos da queima da cana-de-acar saúde respiratria, em vista da expanso das plantaes de cana no Brasil e no estado de So Paulo. So comentados estudos publicados no perodo de 1996-2006 que tratam de efeitos saúde da queima da cana e/ou de poluentes atmosfricos produzidos pela queima. Os estudos sugerem que uma parcela da populao - sobretudo de idosos, crianas e asmticos - tem sua saúde agravada pela queima da cana-de-acar, demandando atendimento dos serviços de saúde e assim onerando os serviços de saúde e suas famlias.

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OBJETIVO: Analisar aspectos da cobertura da populao idosa pelos planos de assistncia mdica na saúde suplementar e a caracterizao sociodemogrfica desses beneficirios. MTODOS: Estudo descritivo da populao idosa do Brasil e dos estados de So Paulo e Rio de Janeiro, no ano de 2006. Foram utilizados dados do Sistema de Informaes sobre Beneficirios da Agncia Nacional de Saúde Suplementar e dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios. A anlise foi conduzida considerando-se as variveis: sexo, idade, distribuio por unidade federada, modalidade da operadora, tipo de contratao e segmentao do plano. RESULTADOS: As maiores coberturas na populao geral foram observadas nas faixas etrias de 70 a 79 anos (26,7%) e 80 anos e mais (30,2%). Entre as mulheres na faixa de 80 anos e mais, 33% possuam plano privado de assistncia mdica, e entre os homens, esse percentual foi de 25,9%. Cerca de 80% dos beneficirios de planos de saúde encontravam-se nas regies Sudeste e Sul, dos quais 55% no eixo Rio-So Paulo. As cooperativas mdicas tiveram maior cobertura nas faixas mais jovens do que entre os idosos (39% e 34,5% respectivamente) e os planos de autogesto tiveram participao mais significativa na cobertura de idosos no Pas (22,8% e 13,8%, respectivamente). CONCLUSES: A cobertura da populao idosa pelos planos de assistncia mdica foi significativa e as faixas etrias iniciadas em 70 anos representaram o percentual de cobertura mais elevado entre a populao brasileira, especialmente entre as mulheres.

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OBJETIVO: Estimar a contribuio das doenas relacionadas ao trabalho nos afastamentos por problemas de saúde em geral e ocupacionais. MTODOS: Foram analisados dados sociodemogrficos, ocupacionais e de saúde referentes a 29.658 registros dos benefcios por incapacidade temporria concedidos por agravos saúde pelo Instituto Nacional do Seguro Social, no Estado da Bahia, em 2000. Foram considerados casos todos os diagnsticos clnicos constantes da CID-10, com exceo das causas externas e fatores que influenciam o contato com os serviços de saúde. A vinculao do diagnstico com a ocupao baseou-se no cdigo CID-10 e se a espcie do benefcio era "acidentria". RESULTADOS: Dentre os benefcios, 3,1% foram concedidos para doenas do trabalho: 70% eram doenas do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo e 14,5% do sistema nervoso. No geral, benefcios concedidos numa freqncia maior que o dobro da esperada foram: para tenossinovites na indstria da transformao (Razo de Proporo-RP=2,70), sndrome do tnel do carpo na intermediao financeira (RP=2,43) e transtornos do disco lombar no ramo de transporte, correio e telecomunicaes (RP=2,17). Entretanto, no foi estabelecido nexo causal para estas doenas, nesses ramos de atividade, em percentual significativo de benefcios. CONCLUSES: Os resultados sugerem a existncia de possveis fatores de risco ocupacionais para enfermidades nesses ramos de atividade, como tambm o sub-registro da vinculao das patologias com o trabalho, camuflando a responsabilidade das empresas e a perspectiva de preveno pela reorganizao do trabalho.

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OBJETIVO: Analisar os fatores associados continuidade do cuidado em saúde mental de pacientes encaminhados a centros de saúde. MTODOS: Foi conduzido um estudo de seguimento de 98 pacientes encaminhados a oito centros de saúde com equipe de saúde mental da rea de abrangncia de um centro de referncia saúde mental, em Belo Horizonte, MG, atendidos entre 2003 e 2004. Variveis sociodemogrficas, clnicas e referentes continuidade foram descritas e em seguida comparadas, utilizando o teste do qui-quadrado. RESULTADOS: Aps o encaminhamento, 35 pacientes no compareceram para o primeiro atendimento nos centros de saúde. Dos que o fizeram, 38 continuaram em tratamento. Retornar ao centro de referncia para nova consulta aps o encaminhamento e ter tido mais de dois encaminhamentos foram fatores facilitadores da continuidade do cuidado. Nenhuma caracterstica individual esteve associada continuidade. CONCLUSES: Os achados sugerem haver uma falha na proposta da linha de cuidado. A continuidade do tratamento parece estar mais relacionada a fatores referentes ao servio do que a caractersticas do paciente.

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OBJETIVO: A qualidade da assistncia ao trabalho de parto tem sido reconhecida na preveno de complicaes obsttricas que podem levar morbi-mortalidade materna, perinatal e neonatal. O objetivo do estudo foi analisar a qualidade da assistncia ao trabalho de parto segundo o risco gestacional e tipo de prestador. MTODOS: Estudo transversal de observao da assistncia ao trabalho de parto de 574 mulheres, selecionadas por amostra estratificada em 20 maternidades do Sistema nico de Saúde do Rio de Janeiro (RJ), entre 1999 e 2001. A qualidade da assistncia foi analisada segundo o risco gestacional e o tipo de prestador. Utilizaram-se procedimentos estatsticos de anlise de varincia e de diferena de propores. RESULTADOS: Do total da amostra, 29,6% das gestantes foram classificadas como de risco. Apesar da hipertenso ser a causa mais importante de morte materna no Brasil, a presso arterial no foi aferida em 71,6% das gestantes durante a observao no pr-parto. Em mdia foram feitas cinco aferies por parturiente, sendo o menor nmero nos hospitais conveniados privados (mdia de 2,9). Quanto humanizao da assistncia, observou-se que apenas 21,4% das parturientes tiveram a presena de acompanhante no pr-parto, 75,7% foram submetidas hidratao venosa e 24,3% amniotomia. O nico tipo de cuidado que variou segundo o risco obsttrico foi a freqncia da aferio da presso arterial, em que as gestantes de risco foram monitoradas o dobro de vezes em relao s demais (mdia de 0,36 x 0,18 aferies/h respectivamente, p=0,006). CONCLUSES: De modo geral, as gestantes de baixo risco so submetidas a intervenes desnecessrias e as de alto risco no recebem cuidado adequado. Como conseqncia, os resultados perinatais so desfavorveis e as taxas de cesariana e de mortalidade materna so incompatveis com os investimentos e a tecnologia disponvel.

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A medicalizao social transforma a cultura, diminui o manejo autnomo de parte dos problemas de saúde e gera excessiva demanda ao Sistema nico de Saúde. Uma alternativa medicalizao social no mbito da ateno saúde a pluralizao teraputica das instituies de saúde, ou seja, a valorizao e o oferecimento de prticas e medicinas alternativas e complementares. O objetivo do artigo foi analisar potencialidades e dificuldades de prticas e medicinas alternativas e complementares a partir de experincias clnico-institucionais e da literatura especializada. Conclui-se que tal estratgia tem um limitado potencial "desmedicalizante" e deve ser assumida pelo Sistema nico de Saúde. Ressalta-se ainda que devem ser observadas a hegemonia poltico-epistemolgica da Biocincia e a disputa mercadolgica atual no campo da saúde, cuja tendncia transformar qualquer saber/prtica estruturado do processo saúde-doena em mercadorias ou procedimentos a serem consumidos, reforando a heteronomia e a medicalizao.

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OBJETIVO: Condies sensveis ateno primria (CSAP) so problemas de saúde atendidos por aes do primeiro nvel de ateno. A necessidade de hospitalizao por essas causas deve ser evitada por uma ateno primria oportuna e efetiva. O objetivo do estudo foi estimar a probabilidade do diagnstico de CSAP em pacientes hospitalizados pelo Sistema nico de Saúde. MTODOS: Estudo transversal com 1.200 pacientes internados entre setembro/2006 e janeiro/2007 em Bag (RS). Os pacientes responderam a questionrio aplicado por entrevistadoras, sendo classificados segundo o modelo de ateno utilizado previamente hospitalizao. As CSAP foram definidas em oficina promovida pelo Ministrio da Saúde. Analisaram-se variveis demogrficas, socioeconmicas, de situao de saúde e relativas aos serviços de saúde utilizados. A anlise multivarivel foi realizada por modelo de Poisson, seguindo modelo terico hierrquico de determinao da hospitalizao segundo sexo e modelo de ateno. RESULTADOS: O total de 42,6% das internaes foi por condies sensveis ateno primria. A probabilidade de que o diagnstico principal de internao seja por uma dessas condies aumenta com as caractersticas: ser do sexo feminino, ter idade menor de cinco anos, ter escolaridade menor de cinco anos, ter sido hospitalizado no ano anterior entrevista, ter consulta mdica na emergncia, estar internado no hospital universitrio. Associaram-se probabilidade de CSAP: (a) mulheres: faixa etria, escolaridade, tempo de funcionamento da unidade de saúde, residir em rea de saúde da famlia, ser usuria do Programa Saúde da Famlia, consulta mdica na emergncia no ms anterior pesquisa e hospital de internao; (b) homens: faixa etria, ter sofrido outra internao no ano anterior entrevista e o hospital de internao. CONCLUSES: As condies sensveis ateno primria permitem identificar grupos carentes de ateno saúde adequada. Embora o estudo no permita inferncias sobre o risco de internao, as anlises por sexo e modelo de ateno sugerem que o Programa Saúde da Famlia mais eqitativo que a ateno bsica tradicional.

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OBJETIVO: Compreender a percepo de profissionais de saúde sobre a violncia fsica cometida contra a mulher por parceiro ntimo. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Trata-se de estudo qualitativo com 30 profissionais de trs unidades de saúde vinculadas ao Sistema nico de Saúde no municpio de Natal (RN), realizado em 2006. Foram conduzidas entrevistas semi-estruturadas em trs ncleos temticos: idias associadas violncia fsica sofrida pela mulher, atuao dos profissionais de saúde e papel dos serviços de saúde. O roteiro das entrevistas incluiu questes referentes percepo dos profissionais sobre relaes de gnero, violncia fsica, atuao como profissional de saúde e papel dos serviços de saúde. Foram extradas categorias desses ncleos pela tcnica de anlise de contedo temtica categorial. RESULTADOS: Os profissionais de saúde indicaram vrios fatores que influenciam situaes de violncia domstica, dentre os quais machismo, baixas condies econmicas, alcoolismo e experincias anteriores de violncia no mbito familiar. Foram relatadas falta de capacitao para discutir a temtica com a populao e a necessidade de os serviços de saúde desenvolverem atividades educativas com essa finalidade. CONCLUSES: Os resultados indicam a necessidade de sistematizao e efetivao de aes voltadas para humanizao da assistncia s mulheres em situao de violncia.

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OBJETIVO: O enfoque dmarche estratgica problematiza a dissociao entre direo estratgica da instituio e nvel operacional, em busca do planejamento contnuo e flexvel de projetos. O objetivo do trabalho foi descrever a aplicao deste enfoque na avaliação de unidade hospitalar. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Foi realizada aplicao adaptada do enfoque na unidade materno-infantil de hospital pblico estadual, localizado no municpio da Serra, ES, como anlise da gesto hospitalar, com envolvimento indireto dos atores institucionais que se constituram nos informantes-chave no perodo de abril a julho de 2006. Alm de reunies com atores-chave, os dados foram obtidos nas fontes: livros de registros de internaes do centro obsttrico, da maternidade e do berrio, faturamento do hospital, relatrio estatsitico dos resultados perinatais da unidade materno infantil; livros de atendimento do ambulatrio de aleitamento materno, considerando o ano de 2005. RESULTADOS: Os segmentos mais valorizados foram: unidade intensiva neonatal, centro cirrgico obsttrico e centro obsttrico. Tambm obteve alta valorizao o Programa de Ateno Humanizada Me e ao Recm-nascido. Os principais pontos fracos evidenciados foram: baixa articulao com a rede (parceria com a rede municipal); insuficincia de leitos e de investimento tecnolgico necessrios para atender a demanda; rotatividade profissional devido aos vnculos temporrios; e deficiente implementao da humanizao comprometendo os fatores estratgicos de xito dos segmentos. CONCLUSES: Os resultados mostram o potencial do mtodo para problematizar a misso e para a anlise da gesto hospitalar apontando estratgias para melhoria da qualidade e competitividade dos segmentos e para maior insero e integrao na rede de serviços.

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OBJETIVO: Descrever um ndice para reconhecimento das desigualdades de condies de vida e saúde e sua relao com o planejamento em saúde. MTODOS: Foram selecionadas variveis e indicadores que refletissem os processos demogrficos, econmicos, ambientais e de educao, bem como oferta e produo de serviços de saúde. Esses indicadores foram utilizados no escalonamento adimensional dos indicadores e agrupamento dos 5.507 municpios brasileiros. As fontes de dados foram o censo de 2000 e os sistemas de informaes do Ministrio da Saúde. Para anlise dos dados foram aplicados os testes z-score e cluster analysis. Com base nesses testes foram definidos quatro grupos de municpios segundo condies de vida. RESULTADOS: Existe uma polarizao entre o grupo de melhores condies de vida e saúde (grupo 1) e o de piores condies (grupo 4). O grupo 1 caracterizado pelos municpios de maior porte populacional e no grupo 4 esto principalmente os menores municpios. Quanto macrorregio do Pas, os municpios do grupo 1 concentram-se no Sul e Sudeste e no grupo 4 esto os municpios do Nordeste. CONCLUSES: Por incorporar dimenses da realidade como habitao, meio ambiente e saúde, o ndice de condies de vida e saúde permitiu identificar municpios mais vulnerveis, embasando a definio de prioridades, critrios para financiamento e repasse de recursos de forma mais eqitativa.

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OBJETIVO: Caracterizar o perfil de indivduos que no obtiveram o procedimento de contracepo cirrgica e fatores associados. MTODOS: Estudo transversal realizado em Ribeiro Preto (SP), em 2004, com 230 indivduos que no obtiveram cirurgia de esterilizao no perodo de 1999 a 2004 pelo Sistema nico de Saúde. Foi aplicado um questionrio com informaes sociodemogrficas, uso de mtodos anticoncepcionais e aspectos da esterilizao e desejo de esterilizar-se no futuro. Foram comparadas as variveis sexo, idade, religio, renda per capita, estado marital e escolaridade do total dos que no obtiveram o procedimento com 297 indivduos esterilizados. RESULTADOS: Dos 230 entrevistados 21,3% eram homens e 78,7% mulheres. A maioria era casada, branca, catlica e tinha pelo menos quatro anos de estudo. A renda per capita mediana mensal foi R$ 140,00. Dos entrevistados, 23 (10%) tinham expectativa de fazer a cirurgia. Os restantes 207 foram classificados em dois grupos: 71% decidiram adiar cirurgia e 29% encontraram obstculos no acesso esterilizao. O segundo grupo foi associado a ser mulher, jovem e negra. Aps regresso logstica, ser negro foi o nico fator que se manteve associado no-obteno da esterilizao. Ao comparar com o grupo dos que obtiveram o procedimento, pertencer ao sexo feminino, ser de maior idade, ter como religio a evanglica e ser solteiro estiveram associados no obteno da esterilizao, enquanto maior renda e maior escolaridade favoreceram o acesso. CONCLUSES: Poucos indivduos estudados no tiveram acesso esterilizao, sobretudo por terem adiado esse procedimento e uma menor parcela teve obstculos institucionais. Os negros encontraram mais barreiras que os brancos.

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OBJETIVO: Analisar a associao entre indicadores socioeconmicos, de proviso de serviços pblicos odontolgicos e de alocao de recursos financeiros em saúde, e identificar se o sentido das associaes ocorre em favor da eqidade vertical. MTODOS: Foi realizado um estudo transversal de abordagem ecolgica, com dados do Ministrio da Saúde referentes a 399 municpios do estado do Paran, no perodo de 1998 a 2005. A condio socioeconmica foi aferida por meio do ndice de Desenvolvimento Humano dos municpios, alm de indicadores de renda, educao e saneamento bsico, os quais foram obtidos nas bases de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. Os dados foram submetidos a testes estatsticos no-paramtricos: coeficiente de correlao de Spearman, Friedman e Mann-Whitney. RESULTADOS: Houve tendncia redistributiva dos recursos federais transferidos aos municpios para o custeio da ateno bsica, intensificada a partir do lanamento da Estratgia Saúde da Famlia. Observou-se expanso das aes de saúde bucal no perodo analisado, bem como tendncia pr-eqidade na oferta e utilizao dos serviços odontolgicos em ateno bsica. CONCLUSES: Houve tendncia redistributiva, ou pr-eqidade, na proviso de serviços odontolgicos no estado do Paran, com maior proviso per capita de recursos ou serviços para municpios com piores indicadores socioeconmicos. Esta tendncia se mostrou compatvel com as diretrizes programticas recentes do Ministrio da Saúde.

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O estudo discute as conseqncias sociais e, particularmente, da saúde, decorrentes da ampliao do nmero de idosos no Brasil em um curto perodo. Foram utilizados dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios, de 1998 e 2003, que indicam melhoria das condies de saúde dos idosos e uma distribuio de doena crnica semelhante para todos os grupos de renda. Se, por um lado, os idosos apresentam maior carga de doenas e incapacidades, e usam mais os serviços de saúde, por outro, os modelos vigentes de ateno saúde do idoso se mostram ineficientes e de alto custo, reclamando estruturas criativas e inovadoras, como os centros de convivncia com avaliação e tratamento de saúde. A agenda prioritria da poltica pblica brasileira deveria priorizar a manuteno da capacidade funcional dos idosos, com monitoramento das condies de saúde, com aes preventivas e diferenciadas de saúde e de educao, com cuidados qualificados e ateno multidimensional e integral.