415 resultados para intoxicação por organofosforado
Resumo:
A abundância e o potencial inseticida de Derris amazonica e a necessidade de controle de Cerotoma arcuatus Olivier (Coleoptera: Chrysomelidae) na cultura do feijão-caupi (Vigna unguiculata L. Walp) estimularam a realização desta pesquisa, que objetivou avaliar a ação inseticida do extrato de D. amazonica a adultos de C. arcuatus em condições de laboratório. Os bioensaios testaram as vias de intoxicação por ingestão de folhas contaminadas, contato com superfície contaminada e aplicação tópica, com delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os valores de mortalidade e consumo foliar dos insetos foram submetidos à análise de regressão, sendo utilizada a análise de Probit para determinação das CL50, da DL50 e dos TL50. O extrato de D. amazonica, contendo 3,7% de rotenona, foi tóxico para adultos de C. arcuatus via ingestão de folhas contaminadas (CL50=15,14 µL do extrato.mL-1 de água), superfície contaminada (CL50=0,45 µL do extrato.cm-2) e aplicação tópica (DL50=1,44 µL do extrato.g-1 do inseto). Mortalidades de adultos de C. arcuatus superiores a 80% e os menores tempos letais médios foram obtidos na concentração de 5% (v v-1) do extrato em todos os bioensaios. O consumo foliar de adultos de C. arcuatus foi inversamente proporcional a concentração do extrato quando expostos por via de ingestão foliar ou aplicação tópica, sendo inclusive observada inibição da alimentação dos indivíduos. O extrato de D. amazonica é tóxico para C. arcuatus e inibe a alimentação dos insetos a partir da concentração de 1% (v v-1).
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia da formalina e sulfato de cobre no controle de monogenéticos em juvenis de Hemigrammus sp e seu efeito na contagem diferencial de leucócitos. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado com 5 tratamentos e 3 repetições. Todos os tratamentos tiveram duração de três dias e corresponderam a: T1, controle; T2 e T3 banho por imersão de uma hora em formalina, em duas concentrações uma de 0,25 ml e outra 0,1 ml formalina L-1; o T4, banho de 24 horas com 0,025 ml de formalina L-1; e o T5, banho de 24 horas com sulfato de cobre (0,3 mg L-1). Após o período experimental observou-se que em T2 ocorreu 100% de mortalidade. O T3 e T5 proporcionaram eficácia de 100%, porém os peixes apresentaram intoxicação e mortalidades de 66 e 80%, respectivamente. T4 apresentou eficácia de 77,7% e diminuição dos índices parasitológicos: número total de parasitos de 11,3± 9, intensidade média de infecção de 3,2± 2 e prevalência de 47,1%. Quanto aos leucócitos observou-se que no T3, T4 e T5 ocorreram diferenças na proporção de linfócitos, monócitos e neutrófilos em relação ao controle. O CuSO4 e a formalina reduzem a carga parasitária, mas apresentaram-se tóxicos nas maiores concentrações.
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RESUMO Objetivo Considerando o envenenamento como o método mais utilizado para a tentativa de suicídio e a escassez de evidências nacionais sobre o tema, investigamos alguns possíveis indicadores de risco nesse tipo de tentativa. Métodos Estudo do tipo caso-controle em uma emergência geral de um hospital público, na cidade do Recife com 220 indivíduos, distribuídos em dois grupos de 110 pacientes cada, que estavam em tratamento, sendo o grupo casos os sobreviventes de tentativa de suicídio por envenenamento e os controles, sem história de intoxicação/envenenamento nem tentativa de suicídio, pareados por gênero e idade. Resultados O gênero feminino predominou na amostra (70,9%), com idade média de 29 anos; 73% declararam etnia branca ou morena; menos da metade vivia em convívio marital; a maioria tinha religião; ambos tinham poucos anos de estudo. Houve diferença significativa (p = 0,003) para dependência financeira entre os grupos, com chance 2,25 vezes maior para tentar suicídio entre os casos. Ter sofrido fatos traumáticos e abuso sexual na infância revelou diferença significativa. Conclusões Foram considerados indicadores de risco no grupo caso: estar em dependência financeira de terceiros, ter sofrido abuso sexual na infância, ideação suicida, histórico de transtorno mental na família, possuir algum transtorno mental e, principalmente, comorbidade(s) psiquiátrica(s). No modelo de regressão, foi possível estimar uma chance de tentativa de suicídio por envenenamento de até 94,0% na presença conjunta de quatro fatores. A pesquisa representa uma das primeiras iniciativas para ampliação das discussões sobre os fatores de risco para tentativa de suicídio em âmbito nacional.
Resumo:
OBJETIVO: Estudar a segurança e exeqüibilidade da ecocardiografia com estresse pela dobutamina associada à atropina (EEDA) em pacientes com doença arterial coronária (DAC) suspeita ou conhecida. MÉTODOS: Estudados 3000 testes consecutivos, pela EEDA, armazenados em formato de banco de dados. RESULTADOS: Observaram-se, como maiores complicações relacionadas ao teste, a ocorrência de 1 caso de infarto agudo do miocárdio, 4 de taquicardia ventricular sustentada e 5 de intoxicação atropínica. Um dos objetivos do teste foi atingido em 95% dos exames. CONCLUSÃO: A EEDA é um método seguro e exeqüível para o diagnóstico de DAC.
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OBJETVO: Detectar a freqüência da prescrição do digital, assim como as suas indicações, em idosos admitidos em unidade de geriatria de um hospital geral. MÉTODOS: Foram investigados, consecutivamente, 130 pacientes não selecionados, de ambos os sexos (100 mulheres e 30 homens), com idades > ou = 65 (média 80±9) anos. Os pacientes foram avaliados através de exame clínico completo, rotina básica de sangue, radiografia simples de tórax, eletrocardiograma e ecocardiograma Doppler. Baseados na avaliação clínica e exames complementares, o uso do digital foi considerado adequado, questionável ou inadequado. RESULTADOS: Estavam em uso de digital 27,6% dos pacientes. A indicação foi considerada adequada em 36,1%, questionável em 11,1% e inadequada em 52,7%. CONCLUSÃO: Uma alta prevalência de prescrição do digital foi detectada nos idosos admitidos, sendo que a maior parte a adotava por razões consideradas inadequadas ou questionáveis. Devido ao risco aumentado de intoxicação digitálica nessa faixa etária, a droga deveria ser prescrita sob indicações mais criteriosas.
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A intoxicação medicamentosa por dissulfiram é uma situação rara, mas, que pode se apresentar com manifestações cardiovasculares graves e potencialmente fatais, como choque cardiogênico. É apresentado o caso de uma paciente com choque refratário, após intoxicação voluntária por dissulfiram. A avaliação clínica e bioquímica, junto à avaliação ecocardiográfica e à monitorização invasiva, confirmaram tratar-se de um choque cardiogênico associado a esse fármaco. São discutidos os mecanismos de ação conhecidos do dissulfiram e descritos os principais efeitos colaterais, especialmente os cardiovasculares, alertando para a importância da suspeição diagnóstica e da abordagem terapêutica imediata mais adequada nesse contexto.
Resumo:
O Autor relata suas observações sôbre o comportamento de doze Gramíneas forrageiras consideradas agressivas na região de Piracicaba, Estado de S. Paulo, Brasil, admitindo que as mesmas podem ser confirmadas em condições tropicais ou subtropicais semelhantes. Estuda a agressividade como uma propriedade inerente à planta, mas dependente de condições edáfico-climático-bióticas para manifestar-se de uma ou outra maneira. Admite que a agressividade, que se verifica em consequência de uma competição pela luz, pelo alimento e pela reprodução, seja uma resultante da intensidade de duas principais condições endogenas: multiplicação e crescimento, debaixo de condições de adatação exógenas favoráveis. Condições favoráveis para certas espécies são desfavoráveis para outras dando margem à dominância ora de uma ora de outra espécie, o que deve ser levado em conta quer no manejo da pastagem quer no controle às pragas. Forrageiras importantes podem vir a constituir pragas tão sérias que venham a anular tôdas as vantagens de sua introdução pelas despezas que seu contrôle possa acarretar. Entretanto, como a agressividade é uma qualidade desejável numa forrageira, o estudo de seu comportamento em cada ambiente edáfico-climático-biótico típico e de seu controle deve preceder a sua recomendação aos fazendeiros. São discutidos os prejuízos decorrentes das plantas invasoras, assinalando-se muitas Gramíneas como tais. Sendo o assunto pouco estudado no Brasil, aventa a necessidade de se criarem organizações para tal fim, considerando a importância do problema. As seguintes espécies foram objeto da crítica do A: 1. Capim Colonião (Panicum maximum, var.). Altamente invasor por sementes e disseminável pela aração. Erradicação muito custosa em terras argilosas. Pode vir a constituir uma praga muito séria num futuro próximo. Dada a expansão de sua área cultivada, recomenda: a. limitar sua plantação, recomendando-se outras espécies produtivas e menos perigosas; b. pesquizar meios eficientes e baratos de seu contrôle, achando injustificável sua presença nas fazendas velhas colonizadas. 2. Capim Sempre-vêrde (Panicum maximum, var. gongyloides). Embora igualmente agressivo é de mais fácil contrôle por possuir touceiras mais fracas, podendo ser arrancadas com arado. E' menos perigoso que o Colonião. 3. Capim Gordura (Melinis minutiflora). Conquanto muito disseminado e tipicamente invasor é de contrôle relativamente fácil. 4. Capim Jaraguá (Hyparrhenia rufa). E' pouco menos invasor que o Gordura e facilmente erradicável, sobretudo porque dificilmente se propaga vegetativamente. 5. Capim do Pará (Panicum purpurascens). De uma agressividade extremamente alta, pode ser eliminado com mediana dificuldade. Mais difícil que ns. 3 e 4 e menos de que 1 e 2. 6. Capim da Bermuda (Cynodon dactylon). Compara-se em agressividade e facilidade de controle com a Gramínea anterior. 7. Capim de Kikuiu (Pennisetum clandestinum). De comportamento variável. Em boas condições supera o C. de Bermuda na agressividade e dificuldade de erradicação. E' praga mais séria que as Gramíneas de 2 a 6. 8. Capim da Bahia (Paspalum notatum). Extremamente agressivo, embora de formação lenta. Pode vir a tornar-se uma praga séria se não fôr controlado, pois tem tendência de dominar quase todas as espécies associadas. Seu contrôle merece ser estudado, parecendo não ser muito difícil de erradicar por métodos racionais. 9. Capim de Castela (Panicum repens). E' a Gramínea estudada que maior agressividade revelou. Seu emprego deve ser limitado a quem dela possa tirar partido. E' possível que possam desenvolver-se métodos de controle práticos e eficazes, devido ao seu pequeno porte. 10. Capim de Natal (Tricholaena rosea). Dissemina-se muito por sementes, praguejando fàcilmente as terras. Tem pequeno valor forrageiro. Deve ser desaconselhado e combatido como praga. 11. Capim de Rhodes (Chloris gayana). Muito disseminado à beira dos caminhos, não é praga da lavoura e é nesta lista é mais fácil de ser erradicado. 12. Capim de Johnson (Sorghum halepense). Conhecida praga, já introduzida no Brasil. Comporta-se mal, não tendo valor como forrageira, devendo todos seus focos serem eliminados. Em Piracicaba propaga-se mais comumente por rizomas durante a aração. Foram observados casos de intoxicação de animais.
Resumo:
O presente trabalho relata um experimento em que foram verificados os efeitos fitotóxicos do herbicida 2-cloro-2', 6'-dietil-N-(metoximetil) acetanilida (CP 50144) em plántulas de gergelim (Sesamun indicum L.) e feijão (Phaseolus vulgaris L.), cultivados em solução nutritiva 0,5-Hoagland. 0 herbicida foi aplicado às folhas, nas doses respectivas de lug/10l, 5ug/ 10l, 25yg/10l, 125ug/10l, 250yg/10l e 500ug/10l. Para o tratamento às raízes, ele foi adicionado à solução nutritiva, nas doses de 1 ppm, 5 ppm, 25 ppm, 125 ppm, 625 ppm e 3125 ppm, respectivamente. O tratamento foliar revelou penetração lenta, tanto nas fôlhas de gergelim como nas de feijão, com pequena translocação e forte ação de contato, especialmente nas concentrações mais elevadas, superiores à da saturação (148 ppm). A absorção pelas raízes e lenta, tanto para o gergelim como para o feijão. Entretanto, o gergelim mostrou-se altamente tolerante ao CP 50144, até a concentração de 125 ppm, inclusive, não tendo demonstrado nenhum sintoma de injuria. Acima dessa concentração, o gergelim foi fortemente injuriado, tendo mostrado fortes sintomas de ação de contato, nas raízes, e sintomas gerais de intoxicação, na parte aerea, que levaram as plantas a morte. O feijão mostrou-se bastante sensível à ação do CP 50144, tendo apresentado forte sintomatologia de intoxicação, tanto por contato como por translocação apoplástica. São descritos os sintomas de fitotoxicidade do herbicida, para as duas plantas. O herbicida CP 50144 e altamente seletivo para o gergelim, mostrando-se bastante promissor para essa cultura. O herbicida mostrou ação inibidora da distensão celular, nas folhas novas de feijão. É interessante que se realizem estudos fitoteratológicos e fitofisiológicos com este herbicida, cujo modo de ação ainda nao e bem conhecido.
Resumo:
O outor estuda os processos de combate aos acidentes pelas picadas dos escorpiões, visando: a) Profilaxia e b) Terapêutica. Refere-se à luta nos campos e nas cidades e aqui, dentro e fora dos domicílios. Assinala os diferentes métodos para o combate a êsses artrópodos peçonhentos. Fala na luta direta, indireta, na vacinação pelo anaveneno, na propaganda pela educação racional da população contra o perigo dos acidentes. Refere-se à "cata" dos escorpiões, à luta química, ao emprêgo de animais escorpiófagos, á feitura de casas e jardins anti-escorpiões. Na primeira parte do presente trabalho o autor trata da luta química pelo d. D. T. contra os tityus bahiensis e serrulatus, concluindo que êste corpo químico é um poderoso elemento de luta contra êstes escorpiões. Na segunda parte do trabalho, o autor trata da terapêutica dos acidentes. Mostra a necessidade do emprêgo convenientemente da única terapêutica racional e eficaz contra a intoxicação escorpiônica: a soroterapia específica. Assinala a necessidade da injeção de doses maciças de um sôro de alta valência, preparado em bovídeos, para evitar o mais possível o choque anafilático, no menor tempo possível após as picadas. Aconselha o empêgo de anaveneno escorpiônico, para vacinação principalmente de crianças de baixa idade, nos lugares fortemente infestados pelos escorpiões (principalmente Tityus serrulatus), maximé quando no local não houver sôro anti-escorpiônico específico, como meio preventivo contra a gravidade das intoxicações. Cita finalmente os trabalhos recentes de Grasset, Shaasfsma e Hodgson, na África do Sul, que confirmam muitas idéias do autor e mostram a unidade universal do síndromo escorpiônico descrito no Brasil.
Resumo:
As lesões histopatológicas observadas no fígado de 12 cavalos de procedências diversas, descritas neste trabalho, sugerem a interferência de um mesmo agente etiológico, possìvelmente uma intoxicação crônica provocada pela infestão de vegetais do gen. Senecio ou de plantas contendo alcalóides afins. Nota: - Já estava redigido o presente trabalho, quando deparamos com o artigo de VANEK (Vanek, J., 1958), Vergiftung mit Kreuskraut (Senecio) als ursache der Zdárer Pferdseuche. - Schveiz. Z. Allg. Path. Bakt., 21:821-848), onde o autor, baseado em dados clínicos, anatõmicos, botânicos, toxicológicos e experimentais, conclui que a doença dos cavalos de Zdar é devida a uma intoxicação crônica pelos alcalóides do Senecio erraticus ssp. barbaraeifolius. As alterações histopatológicas descritas no referido trabalho, coincidem com as observadas nos nossos casos.
Resumo:
Cento e quatorze amostras de Bacilus cereus foram isoladas durante contagens presuntivas em placas a partir de dezoito grupos de alimentos, industrializados não, crus ou cuzidos, pertencentes a dez classes. As contagens presuntivas para a espécie variam entre 10 [ao quadrado] a 6 x 10 [ao cubo]/g ou ml. Dentre estes isolamentos, treze amostras provieram de três casos de toxinfecção alimentar (envolvendo um mínimo de 57 indivíduos), e pareceram estar relacionadas com a toxinfecção em razão dos ensaios da qualidade bacteriológica dos alimentos ingeridos. Como procedimento adotado para correlacionar toxicidade e produção de doença no homem., os fluidos de cultivo de todas as amostras foram ensaiados quanto à capacidade de provocar aumento da permeabilidade capilar (APC) e necrose na pele de coelhos, assim como,morte de camundongos albinos. APC foi positivo em 86,85% das 114 amostras, morte de camundongos ocorreu em 65,79% e a combinação do APC e morte foi observada em 59,65% APC mais necrose ou somente necrose ocorreram com 34,21% dos líquidos de cultivo. Morte, APC e necrose,associados,foram observados em 28,07% das amostras. APC,APC e morte com ou sem necrose, foram também evidenciadas nas amostras originárias de alimentos causadores de doença, o que confirma a conhecida individualidade de ação de alguns dos fatores promotores de intoxicação alimentar. As baixas contagens presuntivas de B. cereus, como 10 [ao quadrado]- 10 [ao cubo]/g ou ml, encontradas nos alimentos implicados ou não com toxinfecção alimentar, conduzem à recomendaçãode que o número de B. cereus por g ou ml de amostra de alimento deve ser reavalido, aliando-se a isto a ampliação das classes de alimentos a serem conduzidas para o controle bacteriológico da espécie.
Resumo:
A utilização de sinergistas é uma importante ferramenta para determinar os mecanismos envolvidos na resistência de insetos. Nesta pesquisa, o sinergista butóxido de piperonila (PBO) foi usado, em diferentes proporções, para avaliar a contribuição relativa de enzimas oxidases no metabolismo do inseticida organofosforado fenitrotiom e do piretróide deltametrina, em quatro populações de Oryzaephilus surinamensis: OS1 (suscetível) e OS2, OS3 e OS4 (resistentes). O sinergista aumentou, significativamente, a toxicidade da deltametrina nas populações resistentes, indicando que as oxidases exercem uma importante função na resistência a este inseticida. Para o fenitrotiom, o PBO apresentou um efeito antagonista, diminuindo significativamente a toxicidade do inseticida em todas as populações, indicando que este sinergista não é o mais apropriado para a mistura com compostos organofosforados.
Resumo:
A caramboleira (Averrhoa carambola) tende a acumular grande quantidade de Mn nos seus tecidos, mas são escassas as informações sobre a forma como o excesso desse nutriente permanece na planta. Com o objetivo de contribuir para o esclarecimento desse aspecto, neste trabalho foram cultivadas mudas de caramboleira em solução nutritiva de Furlani (1999) com concentrações crescentes de Mn (0; 0,5; 25; e 50 mg L-1 de Mn), e aos 30, 60, 90 e 120 dias os tecidos de caule, folha e raiz foram colhidos e submetidos a uma sequência de soluções extratoras: água, DTPA (ácido dietilenotriaminopentacético) e HCl (ácido clorídrico) 1 mol L-1, com posterior determinação da quantidade de Mn nos extratos e nos tecidos remanescentes. Foram encontrados teores crescentes de Mn nos extratos de água, DTPA e HCl 1 mol L-1. A maior parte (cerca de 50 %) do Mn permaneceu no tecido vegetal, mesmo após subsequentes extrações com as diferentes soluções extratoras, indicando que essa parte está fortemente ligada aos tecidos. Os maiores teores de Mn foram encontrados nas raízes e, os menores, no caule e nas folhas, sugerindo que a caramboleira tende a fixar o Mn nas raízes, possivelmente como mecanismo para limitar o transporte para a parte área, evitando a intoxicação da planta.
Resumo:
Na atividade de preparo de caldas no tanque do turbopulverizador, há risco de intoxicação do trabalhador devido à exposição, à toxicidade e à concentração do ingrediente ativo tóxico na formulação. Objetivou-se quantificar as exposições dérmicas e respiratórias diárias às dez formulações líquidas de agrotóxicos registradas para a cultura da goiaba, na atividade de abastecimento de dez tanques de 2.000L do turbopulverizador, e a distribuição da exposição dérmica nas partes do corpo do trabalhador, avaliar a eficiência de dois conjuntos de vestimentas hidrorrepelentes, classificar as três condições de trabalho em seguras ou inseguras, e determinar as necessidades de controle das exposições e o número de preparos de caldas seguros. A exposição dérmica na atividade de preparo de caldas é de 13,35 mL de formulação/dia, e a respiratória, de 0, 000153 mL. Nesta atividade de preparo de caldas, as mãos do trabalhador são as partes do corpo mais expostas, com 70,6% da exposição dérmica. A eficiência do conjunto Agro Light, da empresa R&B, é de 92,8 % da exposição dérmica diária do preparador de caldas, e do Kit Tratorizado, da Azeredo, 94,2 %. As exposições dérmicas não controladas pelos conjuntos de proteção individual distribuem-se nas diversas partes do corpo do trabalhador. As atividades de preparo de caldas com as dez formulações líquidas de agrotóxicos registrados na cultura de goiaba são inseguras para o trabalhador. Com as vestimentas de proteção individual, apenas a atividade de preparo de caldas com o inseticida PROVADO (200 g de imidacloprido/L) é segura. Para as condições de trabalho inseguras, as necessidades de controle das exposições variam de 73,8 a 100% (sem proteção), de 26,9 a 99,7% (Agro Light) e de 9,4 a 99,6% (Kit tratorizado). O número de preparo de caldas seguro é de 0 tanques/dia sem proteção, de 0 a 5 ou 7 (Agro Light) ou a 7, 6 ou 9 (Kit Tratorizado).
Resumo:
Utilizando-se um experimento com microparcelas em condições de campo, a presente pesquisa teve por objetivo estudar os efeitos de duas diferentes doses do nematicida organofosforado sistêmico Terbufos (Counter 50G) sobre as populações dos fitonematóides ectoparasitos Helicotylenchus dihystera, Criconemella ornata e Paratrichodorus sp. em cinco variedades de cana-de-açúcar (Saccharum sp.), verificando-se, ao mesmo tempo, o potencial de reprodução desses nematóides nas mesmas variedades. O produto foi aplicado nas proporções de 60 e 80 kg do produto comercial por hectare (p.c./ha), no momento do plantio. As variedades estudadas foram SP70-1143, RB813804, SP78-4764, CB45-3 e SP79-1011. Com os dois tratamentos nematicidas, as parcelas testemunhas e as cinco variedades, formou-se um desenho experimental do tipo blocos ao acaso, em esquema fatorial, com cinco repetições. As avaliações fundamentaram-se nos níveis populacionais dos nematóides, com a determinação do fator de reprodução (FR) dos parasitos nas variedades, nas parcelas tratadas e não tratadas pelo nematicida. Pelos resultados obtidos concluiu-se que o produto nas duas dosagens empregadas não interferiu significativamente nos índices populacionais dos três nematóides 16 meses após o plantio, exceto para a combinação C. ornata x Terbufos 80 kg/ha, para a variedade SP70-1143. Não foi possível ser determinada a hospedabilidade das variedades estudadas em relação aos três nematóides, devido aos baixos fatores de reprodução (FR), provavelmente relacionados à longa estiagem ocorrente no ano do experimento.