780 resultados para ecologia de plantas
Resumo:
Foram estudados os grãos de pólen de 5 espécies de 2 gêneros da família Elaeocarpaceae e de 4 espécies de 2 gêneros da família Tiliaceae, todas ocorrentes no Sul do Brasil. Pela morfologia dos grãos de pólen, as duas famílias são distintas; igualmente distinguem-se os gêneros estudados. Uma separação exata das quatro espécies do gênero Sloanea em bases palinológicas não foi possível, salientando-se apenas S. monosperma das demais. Para as Tiliaceae pode-se fazer uma separação palinológica exata de suas espécies.
Resumo:
Na presente parte do Catálogo de Pólens do Sul do Brasil, forma estudadas 18 espécies da família MALVACEAE. Seus grãos de pólen apresentam características morfológicas relacionadas aos gêneros, tendo em comum as superfícies cobertas por espinhos bem desenvolvidos, mas de formas variáveis. Os grãos são esferoidais prolato-esferoidais, sendo 3- e 4-colporados para as espécies de Abutilon e Bastardiopsis, 4- e 5-colporados para Malvastrum e pantoporados para Hibiscus, Pavonia, Peltaea e Sida. Segundo a morfologia polínica, é feita uma relação filogenética dos gêneros. Uma chave final para a identificação das espécies estudadas resume as características morfológicas do pólen destas.
Resumo:
Foram estudadas na presente parte do nosso Catálogo de Pólens do Sul do Brasil, 89 espécies da família MELASTOMATACEAE. Os grãos de pólen pertencem todos a um emsmo tipo polínico: grãos prolatos perprolatos, 3-colporados, 3-pseudocolpados, de superfície psilada ou finamente ondulada. Foi possível fazer uma subdivisão das epécies em dois grandes grupos, segundo a existência ou não de opérculo nospseudocolpos, verificados para Bertolonia, Ossaea, Salpinga e algumas espécies de Leandra. Salientam-se os grãos de Mouriri em virtude da superfície amplamente reticulada, possuindo colpos providos de costas, igualmente como em Rhynchanthera. Há uma correspondência entre os grupos taxonômicos desta família e os gupos polínicos estabelecidos, entretanto, é impossível separar as espécies, como também a maioria dos gêneros segundo a morfologia de seus grãos de pólen.
Resumo:
Foi estudada a morfologia polínica da única espécie conhecida de CHLORANTHACEAE do Sul do Brasil e de quatro espécies de PIPERACEAE. As famílias são distintas palinologicamente, entretanto, as espécies desta última família são muito semelhantes quanto aos seus grãos de pólen, pertencendo todos ao mesmo tipo polínico.
Resumo:
Foi estudada a morfologia polínica de três espécies pertencentes a dois gêneros. Os grãos de pólen são semelhantes, guardando em comum características que confirmam a posição filogenética primitiva desta família.
Resumo:
É estudada a morfologia polínica de duas espécies de Linaceae-Humirioideae e três do gênero Erythroxylum. Todas ocorrem no sul do Brasil, exceto Humiria balsamifera, cujo pólen foi examinado visando as relações filogenéticas entre as espécies das duas famílias. Vantanea e Erythroxylum pertencem a um mesmo tipo polínico, enquanto que H. balsamifera é diferente, tanto nas aberturas quanto na estratificação da exina.
Resumo:
Foi estudada a morfologia polínica de espécies pertencentes a oito gêneros. Os diferentes tipos polínicos econtrados, correspondendo aos gêneros, bem como as variações das estruturas dentro de alguns deles, confirmam as relações filogenéticas nesta família. Os de morfologia mais simples correspondem a árvores ou arbustos dos gêneros Brosimum, Cecropia, Chlorophora e Coussapoa, seguindo-se Ficus, Pourouma e Sorocea; os grãos do gênero herbáceo Dorstenia apresentam uma complexa morfologia polínica. A estrutura dos esporodermas e das aberturas dos grãos de pólen comprova o seu relacionamento com outras famílias das Urticales.
Resumo:
O estudo da morfologia polínica de alguns gêneros permitiu definir tipos polínicos nas Urticaceae. Assim, em Urera e Urtica ocorrem grãos pantoporados, em Boehmeria 3-porados, em Phenax e pilea 2-porados. Uma discussão geral em torno da morfologia polínica das Urticales do sul do Brasil é aqui apresentada.
Resumo:
Observações de laboratório sobre o pilideo Pomacea haustrum (Reeve, 1856) competidor-predador de planorbineos hospedeiros intermediários da esquistossomose mansoni mostraram que: Machos e fêmeas atingem maturidade sexual após um ano de idade, copulando preferencialmente pela manhã e ovipondo à noite. O tempo gasto nestes atos é variável; no caso da oviposição ele depende do número de ovos a serem postos. Os ovos são arredondados, com diâmetro médio de 3mm e coloração rósea que vai se alterando à medida que os embriões se desenvolvem. Com um período de incubaçãod e 15 a 23 dias, condicionado pela temperatura ambiente, eles resistem até 5 a 6 dias imersos em água sem danos aos embriões; independem de luz para eclodir. Os exemplares recém-eclodido têm, em média, 2,4 por 1,7mm de altura e diâmetro, respectivamente. Criados em isolamento crescem e sobrevivem mais que quando criados em grupo. Resistem pelo menos 90 dias fora d'água, mantendo-se neste período dentro das conchas, com o opérculo hermeticamente fechado, em anidrobiose. Nesta fase, podem morrer por ataque de larvas de dípteros.
Resumo:
Algumas observações de campo sobre o pilídeo Pomacea haustrum (Reeve, 1856), predador-competidor de planorbíneos hospedeiros intermediários da esquistossomose mansoni mostraram que: Cópula e oviposição são realizadas, preferencialmente, à noite e de madrugada. As desovas - cujas dimensões e formas dependem do número de ovos e tipos dos suportes - sao ovipostas, na maioria das vezes, de 6 a 10 cm acima do nível da água eclodindo após 9 a 30 dias de incubação; o número médio de ovos por desova foi de 236. A alimentação habitual deste molusco consiste de algas confervóides, além de vegetais aquáticos natantes e submersos; entretanto, e comum a utilização de outros materiais como alimento.Tem como habitat a zona marginal mais rasa das coleções hídricas onde e encontrado, predominando, aparentemente, nos ambientes lênticos. A distribuição espacial esta condicionada por determinadas características dos biótopos. Algumas aves aquáticas - anatídeos, ralídeos, etc.- revelaram-se importantes inimigos naturais, atacando além das desovas exemplares jovens e adultos; em determinadas condições podem constituir fator impeditivo da implantação e colonização de novos biótopos.
Resumo:
Durante dois anos completos - outubro de 1980 a setembro de 1982 - capturamos flebótomos no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. As coletas em isca humana foram realizadas semanalmente com duração de duas horas e em três diferentes horários.Em todas, anotavamos as fases da lua e, a cada hora, a temperatura, umidade relativa ventos e chuvas. Foram gastas 586 horas e capturados 4.824 flebotomos de dez espécies, todas pertencentes ao genero Lutzomyia França, 1924. Dessas espécies, L. ayrozai e L. hirsuta representaram 92% do total. As duas, no entanto, dominam a fauna em épocas diferentes: a primeira e mais frequente nos meses quentes e umidos, declinando consideravelmente nos meses frios e secos, ocasião em que a segunda comeca a predominar. As espécies L. fischeri e L. shannoni foram as mais resistentes as condições climáticas desfavoráveis. Na ocorrência de chuvas e ventos, geralmente eram as únicas a serem coletadas. Com relação as fases lunares, observamos que a lua nova foi a mais favorável a coleta de flebotomíneos e a lua cheia a de menor rendimento, excetuando-se L. shannoni que ocorreu com maior densidade nesse período.
Resumo:
Para estudar a ecologia dos mosquitos de planície litorânea do Rio de janeiro efetuamos, de agosto de 1981 a julho de 1983, uma série de coletas de adultos e formas imaturas numa fazenda, Granjas Calábria, em Jacarepaguá. Encontramos 50 espécies, inclusive nove que assinalamos pela primeira vez no Estado do Rio de Janeiro e várias transmissoras potenciais de doenças humanas. Neste primeiro artigo de uma série, apresentamos os resultados referentes á frequência comparativa dos adultos em diferentes ambientes e métodos de caputra. De 20.472 mosquitos adultos capturados, Mansonia titillans foi a espécie mais frequente, seguida de Aedes scapularis, phoniomyia deanei, Phoniomyia davisi e Culex saltanensis. Em isca humana a sequência foi a mesma. A fauna em armadilha luminosa não coincidiu com a de mosquitos capturados picando homem e animais, sendo Uranotaenia lowi a espécie mais assídua. As capturas em mata residual secundaria foram mais rendosas do que as realizadas em charco e ambientes descampados por ação antrópica, com exceção de Mansonia titillans, Coquillettidia venezuelensis, Culex amazonensis e Wyeomyia leucostigama em que essa diferença não se constatou ou se inverteu.
Resumo:
Neste artigo publicamos os resultados de coletas semanais de mosquitos adultos em isca humana, realizadas no extradomicílio, em uma área de planície litorânea (Granjas Calábria), em Jacarepaguá, Rio de Janeiro, de agosto de 1981 a julho de 1982, com o intuito de conhecer sua freqüència mensal e no ciclo lunar. Das 32 espécies obtidas, Aedes scapularis, Culex crybda, Culex declarator, Culex nigripalpus, Culex saltanensis, Mansonia titilans, Phoniomya davisi, Phonyomyia deanei e Phoniomyia theobaldi estiveram presentes em todos os meses do ano. Conforme a variação estacional reunimos as espécies nos seguintes grupos: espécies cuja densidade foi diretamente proporcional à quantidade de chuvas e à temperatura, desenvolvendo-se em criadouros temporários e semipermanentes, como Aedes scapularis, Aedes taeniorhynchus e Culex nigripalpus; espécies ecléticas, cuja freqüência não acompanhou a das chuvas e temperatura, criando-se em coleções aquáticas permanentes, como Culex amazonensis, Culex declarator e Coquillettidia venezuelensis; e espécies com densidade inversamente proporcional à pluviosidade e à temperatura, evoluindo em águas perenes, como Mansoni titillans e Wyeomyia leucostigma. As coletas feitas durante a lua minguante foram as mais produtivas, porém pelos resultados obtidos não pudemos concluir que haja um nítido controle da lua sobre a densidade dos mosquitos.
Resumo:
Durante um ano completo efetuamos capturas de flebótomos em isca humana, simultaneamente no solo e na copa da floresta em plataforma a dez metros de altura. Lutzomyia fischeri foi a espécie mais numerosa na copa. L.sp. 1 (espécie ainda não descrita) também foi mais freqüente neste nivel; L.shannoni, apesar de ser mais ativa ao nivel do solo, compareceu várias vezes na copa; L.pessoai, L.ayrozai, L.davisi. L.sp.2 (espécie também não identificada), L.microps e L.monticola só picaram iscas situadas no solo; L.hirsuta esteve pouco representada na copa, porém sua maior densidade foi no solo, onde figura como espécie dominante nos meses mais frios e secos do ano. Dois aspectos devem ser enfatizados com relação à distribuição vertical: a acrodendrofilia de L. fischeri e, ao contrário, o fato de L.ayrozai alimentar-se exclusivamente ao nível do solo. Este comportamento de L.ayrozai e sua preferência em sugar nas partes mais baixas do corpo fazem supor que seus abrigos naturais sejam as folhas caídas no solo florestal. Dentre os fatores mesológicos que influenciam na estratificação dos flebótomos consideramos que a luminosidade seja preponderante, pois em noites mais claras (lua crescente ou cheia) a atividade foi nula, todos os flebotomíneos capturados na copa das árvores foram obtidos em noites mais escuras (lua nova ou minguante).
Resumo:
Apresentamos os resultados de observação sobre o ciclo circadiano de atividade hematofágica dos mosquitos, em Granja Calábria, Jacarepaguá, na planície litorânea do Rio de Janeiro, onde realizamos, em isca humana, ao ar livre, capturas semanais, de 8 às 10, de 13 às 15 e 18 às 20 horas, de agosto de 1981 a julho de 1982, além de três capturas horárias de 24 horas seguidas. A maioria das espécies locais revelou caráter crepuscular vespertino e noturno. Contudo Limatus durhami, Phoniomyia davisi, Wyeomyia leucostigma e Wyeomyia (Dendromyia) sp. foram essencialmente diurnas, enquanto Anopheles albitarsis, Culex chidesteri e Culex quinquefasciatus foram obtidas somente no crepúsculo vespertino e à noite. Embora Anopheles aquasalis, Culex coronator, Culex saltanensis, Culex crybda e Coquillettidia venezuelensis fossem preponderantemente noturnas e Phoniomyia deanei e Phoniomyia theobaldi principalmente diurnas, obtivemô-las algumas vezes, fora do horário preferencial, sendo que Phoniomyia deanei teve nítido incremento pré-crepuscular vespertino. Aedes scapularis, Aedes taeniorhynchus e Mansonia titillans, espécies mais ecléticas, picaram durante todo o nictêmero, mas com flagrante acentuação crepuscular vespertina.