260 resultados para câncer de mama
Resumo:
Objetivo: pesquisar a freqncia de mutao pontual no cdon 12 do gene K-ras, em espcimes cirrgicos de pacientes portadoras de carcinoma ductal invasivo de mama. Material e Mtodos: foram utilizados cortes de 50 espcimes cirrgicos includos em blocos de parafina, de pacientes portadoras de carcinoma ductal invasivo de mama, com graus histolgicos II e III. Os cortes destinados ao estudo foram desparafinizados e submetidos a extrao do DNA, por meio do emprego da proteinase K. Para a amplificao do fragmento a ser analisado, utilizou-se a reao em cadeia da polimerase, seguida por clivagem com o emprego de enzima de restrio de comprimento varivel (RFLP). A verificao da presena de mutao nas amostras foi feita com o emprego de eletroforese em gel de agarose, com marcador de peso molecular "Ladder 123" (GIBCO-BRL), e a documentao dos resultados, mediante fotografia, utilizando-se luz ultravioleta transmitida. Resultados: em cinco dos 50 carcinomas ductais invasivos de mama estudados (10%) constatou-se a presena de mutao no cdon 12 do gene K-ras, sendo todas elas polimrficas para esse carter. As afetadas pelos tumores, que apresentavam a referida mutao, encontravam-se na ps-menopausa. Em quatro dos cinco casos em que se constatou a mutao, o grau histolgico dos tumores era II e no caso restante III.
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O carcinoma espinocelular do parnquima mamrio um tipo raro de neoplasia, representando menos de 1% de todos os carcinomas mamrios. Esse trabalho relata a conduo de um caso diagnosticado e tratado no Servio de Ginecologia e Mama do Hospital Arajo Jorge/ACCG. So discutidos a apresentao clnica, o diagnstico e o prognstico destes tumores.
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O angiossarcoma primrio da mama um tumor raro, que incide entre os 14 e 82 anos, com mdia aos 35 anos de idade. Seu aspecto clnico predominante o de uma massa indolor, com aumento difuso na mama, que se apresenta com cor violcea ou enegrecida. Como ocorre com outros tipos de sarcoma, o tamanho mdio da leso de aproximadamente 5 cm quando do diagnstico. Histologicamente, o angiossarcoma caracteriza-se pela proliferao de clulas endoteliais que formam canais vasculares comunicantes entre si infiltrando estruturas glandulares e o tecido adiposo. Seu diagnstico histolgico difcil e nem sempre estabelecido de imediato, principalmente nos casos com baixo grau de malignidade, devido geralmente escassez do material biopsiado. Pela dificuldade diagnstica e pela agressividade, trata-se de neoplasia de prognstico desfavorvel pelas freqentes metstases. Em nosso servio, uma paciente de 18 anos procurou atendimento por apresentar ndulo doloroso de rpido crescimento, que foi biopsiado com diagnstico de hemangioma, sendo indicada resseco ampla. Trs meses aps, evoluiu com recidiva tumoral, que foi novamente biopsiada sendo indicada mastectomia, por tratar-se de angiossarcoma de baixo grau de malignidade. Aps novas recidivas, indicou-se quimioterapia e, posteriormente, radioterapia. Em vigncia desta, evoluiu com novas metstases, indo a bito por metstase pulmonar.
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Relatamos um caso de neoplasia maligna de mama com diagnstico de leiomiossarcoma. Esta rara neoplasia tem comportamento biolgico menos agressivo que outros tipos de sarcomas; por isso, chamamos ateno para o correto diagnstico e a necessidade de graduao do neoplasma para seguimento da paciente, que, em nosso caso, com 2 anos de seguimento apresenta-se sem recidiva da doena.
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Objetivo: avaliar no tecido mamrio a influncia de drogas empregadas na terapia de reposio hormonal sobre a proliferao celular, a quantidade de colgeno e de fibras elsticas e as alteraes histolgicas gerais do parnquima. Mtodo: utilizaram-se 61 ratas Wistar-UFPR, adultas, divididas em 5 grupos. O grupo padro (n=12) representou o perfil hormonal ovariano normal. As 49 ratas restantes foram ooforectomizadas e a partir do 96 dia P.O. receberam a medicao designada para cada grupo durante 30 dias. O grupo EEC (n=13) recebeu 50 mg/dia de estrgenos eqinos conjugados; o grupo MPA (n=12), 2,0 mg/dia de acetato de medroxiprogesterona; o grupo EEC + MPA (n=12), ambos, e o grupo AD (n=12), gua destilada. No 31 dia de medicao todos os animais foram sacrificados e as mamas inguinais foram retiradas para anlise histolgica. A avaliao da proliferao celular nos ductos e cinos foi realizada por mtodo imuno-histoqumico utilizando-se anticorpo anti-PCNA. Utilizando-se a colorao de Sirius-Red quantificou-se o colgeno maduro (tipo I) e imaturo (tipo III). A colorao de Weigert avaliou a formao de fibras elsticas. A anlise anatomopatolgica foi realizada em colorao de hematoxilina-eosina, determinando-se o nmero de cinos por ducto terminal, nmero de ductos por campo, presena de secreo intraductal e a intensidade de vacuolizao intracitoplasmtica. Resultados: o grupo EEC + MPA apresentou menor porcentagem de clulas ductais em proliferao (46,1%) (p<0,0001). Tambm mostrou maior taxa de proliferao das clulas acinares (66,3%), sendo semelhante ao grupo MPA (p=0,075) mas diferente dos demais grupos (p<0,004). No grupo EEC encontrou-se maior quantidade de colgeno imaturo (33,6%) (p<0,01) e o grupo MPA apresentou mais elevada concentrao de fibras elsticas (11,7%) (p<0,0001). Os grupos EEC + MPA e MPA apresentaram hiperplasia acinar secretora, sendo intensa (91,7%) no grupo EEC + MPA e discreta (41,7%) ou moderada (58,3%) no grupo MPA, mas ambos diferentes dos demais grupos (p<0,097). Concluses: os estrgenos eqinos conjugados associados a acetato de medroxiprogesterona inibem a proliferao celular ductal e estimulam a proliferao celular acinar promovendo hiperplasia acinar secretora; os estrgenos eqinos conjugados intensificam a formao de colgeno imaturo (tipo III) e o acetato de medroxiprogesterona aumenta a formao de fibras elsticas.
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Objetivo: analisar alguns fatores que possam estar associados ocorrncia de material insuficiente nos aspirados da puno aspirativa por agulha fina (PAAF). Pacientes e Mtodos: foram estudadas 351 citologias de pacientes com ndulos slidos da mama, submetidas a PAAF, como parte de sua investigao diagnstica. As lminas foram analisadas por um nico citologista, que classificou os esfregaos como malignos, suspeitos, benignos ou material insuficiente para diagnstico. Foram avaliados a idade da paciente, o tamanho do tumor, o estdio clnico, o Servio, o dispositivo utilizado na puno e o tipo de leso puncionada, de acordo com a histologia. A significncia de cada varivel em relao ao material insuficiente foi testada pelo c. Resultados: houve 67 esfregaos classificados como material insuficiente (19%). O tipo de dispositivo utilizado, o tamanho do tumor, o Servio e o estdio clnico das leses no se relacionaram quantidade de material suficiente ou insuficiente. A idade da paciente e o tipo histolgico influenciaram a taxa de material insuficiente, sendo que as pacientes abaixo de 50 anos tiveram uma taxa de 12%, comparada a 30% daquelas acima de 50 anos (p<0,03). Quanto histologia, nas pacientes com alteraes funcionais benignas da mama, a taxa de material insuficiente foi de 30%, seguida daquelas com carcinoma ductal infiltrante, 20%, e, no fibroadenoma, 12% (p<0,02). Concluso: esse estudo mostrou uma taxa de material insuficiente relativamente alta (19%), a qual foi influenciada pela idade da paciente e pelo tipo histolgico da leso.
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Objetivo: avaliar, por meio de estudo prospectivo, o valor de diferentes caractersticas ultra-sonogrficas dos ndulos slidos, na diferenciao de leses malignas e benignas da mama. Mtodos: foram includas 142 pacientes do Programa de Mastologia do Departamento de Ginecologia e Obstetrcia da Universidade Federal de Gois com ndulos slidos da mama. A ultra-sonografia mamria foi realizada pelo mdico estagirio de mastologia, acompanhado do preceptor. As seis caractersticas estudadas foram: contornos, ecos internos, ecos posteriores, diferena dos dimetros, ligamentos de Cooper e halo ecognico. Cada descrio caracterstica ultra-sonogrfica foi analisada estatisticamente e comparada, aps a exrese da leso, com o resultado do exame anatomopatolgico. Resultados: dentre as 142 pacientes includas no estudo, 90 (63%) tiveram suas leses ressecadas, com diagnstico de 77 tumores benignos (86%) e 13 de malignos (14%). Foram significantes no diagnstico de malignidade as seguintes caractersticas ultra-sonogrficas: presena de sombra acstica posterior (p=0,0001), contornos irregulares (p=0,0007), ecos internos heterogneos (p=0,0015) e dimetro ntero-posterior (AP) maior que o ltero-lateral (LL) (p<0,0001). A presena de halo ecognico no tumor e a visibilizao dos ligamentos de Cooper espessados no influenciaram o diagnstico de malignidade nesse estudo. Concluso: a ultra-sonografia um mtodo diagnstico que pode ajudar na diferenciao de tumores slidos benignos e malignos. Os contornos irregulares, os ecos internos heterogneos, a sombra posterior e o dimetro AP maior que o LL, quando presentes, apresentaram alta correlao com o exame anatomopatolgico de câncer.
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Objetivos: avaliar a associao entre a preservao do nervo intercostobraquial e a sensibilidade dolorosa do brao, tempo de cirurgia e nmero de linfonodos dissecados em pacientes submetidas linfadenectomia axilar por carcinoma de mama. Mtodos: foi realizado um estudo de interveno, tipo ensaio clnico, randomizado e duplo-cego com 85 pacientes atendidas no Centro de Ateno Integral Sade da Mulher da Universidade Estadual de Campinas, no perodo de janeiro de 1999 a julho de 2000. As pacientes foram divididas aleatoriamente em dois grupos, conforme a inteno da preservao ou no do nervo intercostobraquial. As cirurgias foram realizadas sempre por dois dos pesquisadores, utilizando a mesma tcnica. As avaliaes ps-operatrias foram feitas com 2 dias, 40 dias e aps 3 meses, por um dos pesquisadores que no havia participado das cirurgias. A sensibilidade dolorosa no brao foi avaliada mediante emprego de questionrio especfico e pelo exame fsico neurolgico, sempre correlacionado com o membro contralateral. Para a anlise estatstica foram utilizados os testes t de Student e exato de Fisher. Resultados: a tcnica cirrgica de preservao do nervo intercostobraquial foi factvel em 100% dos casos, associando-se a diminuio significativa nas alteraes de sensibilidade dolorosa do brao, em comparao com as pacientes que tiveram o nervo intercostobraquial seccionado. Aps 3 meses, na avaliao subjetiva 61% das pacientes encontravam-se assintomticas no grupo da preservao e 28,6% no grupo da seco (p<0,01). Na avaliao objetiva, a porcentagem de pacientes com exame fsico neurolgico normal no metmero do nervo intercostobraquial foi de 53,7% e 16,7% (p<0,01) entre os grupos da preservao e seco, respectivamente. No houve diferena significativa no tempo de cirurgia e nmero de linfonodos dissecados entre os grupos. A mdia de tempo foi de 81,2 e 79,1 minutos nos grupos da preservao e seco do nervo e a mdia do nmero de linfonodos dissecados foi de 19,5 e 20,4 linfonodos entre os grupos da preservao e seco do nervo intercostobraquial, respectivamente. Concluso: a preservao do nervo intercostobraquial factvel e leva diminuio significativa das alteraes de sensibilidade dolorosa no brao, sem interferir no tempo cirrgico e no nmero de linfonodos dissecados.
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Objetivo: estudar a associao entre diabete melito insulino-dependente de longa evoluo com mau controle glicmico e leses inflamatrias da mama que podem, por vezes, simular carcinoma inflamatrio. Mtodos: no perodo de janeiro de 1998 a dezembro de 2001 foram estudadas, retrospectivamente, 18 pacientes em servio de referncia de mastologia que apresentavam leso inflamatria da mama com ou sem tumorao palpvel. As mesmas foram submetidas dosagem srica de glicose e hemoglobina glicosilada, bem como exames de imagem e anlise histolgica da glndula mamria, e tiveram como diagnstico mastopatia diabtica. Resultados: a mdia etria das pacientes foi de 50,2 anos e todas eram portadoras de diabete melito insulino-dependente, com tempo mdio de evoluo da doena de 14,9 anos. Todas apresentaram mau controle glicmico, com glicemia srica mdia de 329,6 mg/dL e hemoglobina glicosilada mdia de 9,7%. A dose mdia de insulina NPH utilizada ao dia era de 37,2 unidades. As pacientes foram submetidas a tratamento clnico com antibioticoterapia e controle dos nveis glicmicos com insulina NPH e simples e tiveram resoluo do quadro em aproximadamente cinco semanas. Concluso: os profissionais envolvidos com cuidados sade da mulher precisam estar cientes desta patologia inflamatria das mamas e de seu carter benigno, para evitarem-se condutas desnecessrias, muitas vezes prejudiciais paciente.
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OBJETIVO: averiguar as alteraes induzidas pela quimioterapia primria no fentipo celular. MTODOS: avaliamos a expresso do antgeno nuclear de proliferao celular (PCNA) e dos receptores de estrognio (RE) e de progesterona (RP) em 17 tumores de mama no estdio clnico II, obtidos antes e aps a terapia antiblstica, por mtodo imuno-histoqumico. Os valores foram relacionados com o estado menstrual, com a resposta clnica tumoral e com o comprometimento axilar. RESULTADOS: houve reduo significante na porcentagem de clulas coradas pelo anti-PCNA antes (tempo A) e aps (tempo B) a quimioterapia (p=0,041). Observamos tambm resultados significantes ao compararmos os ndices mdios de PCNA com o grau histolgico GII/GIII [tempo A=63,1 e tempo B=38,7 (p=0,049)] e nos casos em que houve resposta clnica [tempo A=53,1 e tempo B=34,4 (p=0,011)]. No observamos relao significante entre os ndices de PCNA com o estado menstrual e o axilar. Houve reduo significante do RE aps a quimioterapia nas pacientes pr-menopausadas [tempo A=60,3 e tempo B=24,1 (p=0,027)] e naquelas que apresentaram resposta clnica ao tratamento [tempo A=59,1 e tempo B=37,9 (p=0,030)]. Observamos aumento significante do RP aps a quimioterapia nas pacientes ps-menopausadas [tempo A=35,3 e tempo B=58,3 (p=0,023)]. No encontramos relao entre os receptores hormonais e o comprometimento axilar. CONCLUSES: a diminuio dos ndices de PCNA nos tumores de alto grau histolgico, do RE nas pacientes pr-menopausadas e de ambos, PCNA e RE, nos tumores com reduo clnica aps a quimioterapia nos mostra que ela atuou sobre as clulas em proliferao e que o PCNA pode ser utilizado como parmetro de resposta a este tratamento.
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Carcinoma de colo uterino neoplasia comum, porm a ocorrncia de metstase cutnea em câncer do colo uterino rara, variando de 0,1 a 2,0%. Os stios primrios comuns em pacientes com metstase cutnea so mama, pulmo, intestino grosso e ovrio. O intervalo entre o diagnstico do câncer cervical e as leses metastticas varia indo desde a apresentao simultnea com a leso inicial at 5 anos aps o tratamento apresentando-se como ndulos em 86,7% das vezes. Representa manifestao de doena avanada e de mau prognostico. Apresentamos um caso de metstase cutnea de câncer de colo uterino em couro cabeludo. A paciente, 43 anos, tinha diagnstico de carcinoma epidermide indiferenciado do colo uterino. Evoluiu, seis meses aps a cirurgia radical, com recidiva vaginal, sendo tratada com radioterapia plvica. Quatro meses depois apresentou trs ndulos metastticos indolores em couro cabeludo. A paciente submeteu-se quimioterapia com regresso completa das leses do couro cabeludo.
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OBJETIVOS: avaliar a variao do grau nuclear e da expresso das protenas p53 e c-erbB-2 e dos receptores de estrgeno (RE) no carcinoma ductal in situ (CDIS) e no carcinoma invasivo, presentes na mesma mama. MTODOS: estudo descritivo retrospectivo com 38 mulheres com CDIS associado a carcinoma invasivo da mama. Foi avaliado o grau nuclear e o realizado estudo imunohistoqumico para expresso das protenas p53 e c-erbB-2 e para os RE. Os casos considerados positivos para a expresso das protenas e dos RE foram aqueles com contagem de clulas positivas igual ou superior a 10%. A concordncia entre estas variveis no componente in situ e invasivo foi avaliada pelo coeficiente kappa (k), interpretado de acordo com os critrios de Landis e Koch. O teste de MacNemar foi usado para testar diferenas entre os dois grupos. RESULTADOS: a concordncia entre o grau nuclear e a expresso dos RE nos componentes in situ e invasivo foi de 0,89 para ambos, quase perfeita. A concordncia para a expresso da protena c-erbB-2 tambm foi considerada quase perfeita, com coeficiente de 0,84. J a concordncia entre a expresso da protena p53 no componente in situ e no invasivo foi de 1,0, considerada perfeita. No houve diferenas significativas entre o grau nuclear e as expresses das protenas e dos RE nos componentes in situ e invasivo na mesma mama. CONCLUSES: existe concordncia alta do grau nuclear e da expresso das protenas p53 e c-erbB-2 no CDIS e no carcinoma invasivo presentes na mesma mama.
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OBJETIVO: avaliar a incidncia e o impacto econmico direto do câncer de colo de tero (CCU) em Roraima, no ano de 2009, e analisar o perfil epidemiolgico e socioeconmico das pacientes portadoras dessa doena. MTODOS: os laudos histopatolgicos emitidos em Roraima em 2009 foram revisados, assim como os pronturios de pacientes femininas em tratamento oncolgico. Foram registrados dados clnicos e procedimentos mdicos (teraputicos e diagnsticos) realizados em pacientes portadoras de CCU no nico centro de tratamento oncolgico do Estado de Roraima. Portadoras de CCU tratadas no Sistema nico de Sade (SUS) de Roraima foram submetidas a entrevista abordando temas socioeconmicos e fatores de risco. RESULTADOS: registramos 90 casos de CCU e leses pr-malignas de alto grau. Roraima possui a maior incidncia de CCU do Brasil (46,21 casos/100.000 mulheres), sendo 3 vezes mais incidente que o de mama e comparvel a pases subdesenvolvidos de baixa renda. O perfil epidemiolgico revela pacientes com privao econmica, socialmente desfavorecidas, baixa escolaridade, sexarca precoce (mdia de 13,8 anos), multiparidade (mdia de 5,5 gestaes). Das pacientes estudadas, 71,7% nunca haviam realizado o teste de Papanicolaou, e o desconhecimento foi o motivo mais relatado (47,4%). Como problema de sade pblica, o manejo do CCU gera gastos anuais diretos de mais de R$ 600 mil, com custo mdio por paciente de R$ 8.711,00. CONCLUSES: o CCU o câncer mais incidente em mulheres roraimenses e um grave problema de sade pblica no Estado. Seu elevado impacto econmico favorece a implantao de medidas preventivas do ponto de vista de custo-efetividade. O perfil da pacientes revela a ineficincia dos servios preventivos em alcanar pacientes com perfil de excluso socioeconmico e alto risco para o câncer de colo uterino.
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O tratamento do câncer infantil provoca diversos efeitos colaterais, como a ototoxicidade, que capaz de lesar estruturas da orelha interna e pode levar perda auditiva. OBJETIVO: Estimar a prevalncia de perda auditiva em crianas e adolescentes com câncer, utilizando trs classificaes: American Speech-Language-Hearing Association (ASHA), Pediatric Oncology Group Toxicity (POGT) e Perda Auditiva Bilateral (PAB). Forma de Estudo: Transversal. MATERIAL E MTODO: Analisou-se 94 pacientes atendidos entre 2003 e 2004. Os indivduos foram submetidos inspeo visual do meato acstico externo e avaliao audiolgica. Para caracterizao da amostra utilizou-se a estatstica descritiva e para a anlise da concordncia da perda auditiva nas trs classificaes foi utilizada a estatstica Kappa. RESULTADOS: Houve prevalncia de perda auditiva de 42,5% pela ASHA, 40,4% pela POGT e 12,8% pela PAB. A concordncia para POGT e PAB, e para PAB e ASHA foi fraca (respectivamente, k=0,36 e k=0,33). A concordncia entre ASHA e POGT foi quase perfeita (k=0,96). CONCLUSES: A perda de audio um efeito colateral importante nos pacientes com câncer. A monitorizao auditiva fundamental, pois possibilita deteco precoce e reviso do tratamento. Recomenda-se adotar uma classificao que contemple perdas auditivas leves, como proposta pela ASHA.
Resumo:
No mundo, aproximadamente 200 mil casos novos de câncer de cabea e pescoo so diagnosticados anualmente. Uma mdia de 13.470 casos novos de câncer de cavidade oral por 100 mil habitantes observada no Brasil. OBJETIVO: Analisar os aspectos clnicos e epidemiolgicos dos pacientes atendidos no Servio de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabea e Pescoo em um hospital universitrio do Noroeste do Estado de So Paulo, Brasil. CASUSTICA E MTODOS: Foram analisados os dados de 427 pacientes atendidos no perodo de 2000 a 2005. As variveis analisadas incluram idade, sexo, profisso, cor da pele, hbitos tabagista e etilista, stio primrio de tumor, estadiamento clnico, grau de diferenciao histolgica e sobrevida. Os dados foram analisados por estatstica descritiva exploratria. RESULTADOS: Houve predomnio de homens (86%), cor da pele branca (90%), tabagistas (83,37%), etilistas (65,80%) com idade mdia de 61 anos, sendo que 24,25% dos homens realizavam atividades rurais e 60% das mulheres, atividades domsticas. O stio primrio de tumor mais freqente foi a cavidade oral, com o tipo histolgico espinocelular. Observou-se 164 bitos. CONCLUSO: Esse levantamento contribuiu para traar um perfil dos pacientes atendidos no hospital e, sobretudo contribuir com os programas de preveno para esta doena.