341 resultados para Radiação RQR
Resumo:
O cultivo protegido na cultura da videira apresenta-se como uma alternativa na diminuição da incidência de doenças fúngicas em regiões que apresentam excesso de chuvas. A utilização de cobertura plástica sobre as linhas de cultivo da videira ocasiona modificações no microclima ao redor da planta, principalmente pela ausência de água livre sobre folhas e frutos. Estas alterações propiciam condições desfavoráveis ao desenvolvimento de doenças fúngicas, com a menor necessidade do uso de fungicidas, como as podridões de cachos, que atualmente são um dos maiores problemas no controle fitossanitário, em regiões produtoras tradicionais, como a Serra Gaúcha. Todavia, o oídio da videira que outrora não apresentava incidência em condições de alta umidade relativa, em condições de cultivo protegido, deve ser monitorado. Outro aspecto que merece cautela é o uso de fungicidas, pois destaca-se que, pela redução de radiação ultravioleta e ausência de chuvas sobre os cachos, devido ao uso da cobertura plástica, o período residual dos fungicidas é prolongado. Este maior acúmulo é preocupante, tanto nas uvas destinadas ao consumo in natura, que afeta diretamente o consumidor, quanto às destinadas à vinificação, que prejudica a atuação das leveduras na fermentação dos vinhos. De forma geral, a tecnologia de cobrimento dos vinhedos é eficaz no controle de doenças fúngicas e na redução do uso de fungicidas, contudo deve ser considerada como um novo sistema de produção, principalmente por exigir um manejo fitossanitário distinto em relação ao cultivo convencional. Os plásticos de cobertura, usados, devem ser considerados resíduo agrícola, exigindo cuidados específicos para que seja evitada contaminação ambiental.
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O mirtileiro possui frutos com alto potencial antioxidante e nutracêutico. Este potencial pode ser influenciado pela severidade da poda nas plantas, principalmente em função do impacto na produção e dos efeitos do aumento da radiação solar incidente sobre os frutos. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da intensidade da poda seca sobre a produção e os atributos de qualidade dos frutos de mirtileiro das cultivares Clímax, Bluegem e Powderblue, produzidas na mesorregiäo de Pelotas-RS. Para tal, foi conduzido um experimento no município de Morro Redondo-RS, durante a safra de 2012/2013, sendo utilizadas as cultivares grupo "Rabbiteye", Clímax, Bluegem e Powderblue. A poda foi realizada em três níveis de remoção de ramos: normal, média e leve, no dia 20 de julho de 2012. A intensidade de poda seca exerceu influência sobre a produção e o teor de fitoquímicos dos frutos de mirtileiros. A produção das plantas submetidas a poda leve foi maior que as submetidas a poda média e normal, sendo o mesmo observado em relação ao teor de compostos fenólicos das cvs. Bluegem e Powderblue, enquanto para o teor de antocianinas, a intensidade de poda teve efeito distinto sobre os atributos de qualidade físico-química das diferentes cultivares.
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O desempenho dos métodos para estimar a evapotranspiração de referência (ETo) varia em função das condições climáticas locais. Por isso, este trabalho tem como objetivos: a) avaliar o desempenho dos métodos indiretos de cálculo da ETo, na escala diária e mensal, para o período de outubro a março; b) avaliar os métodos para uso em estudos de zoneamento vitícola no cálculo do Índice de Seca (IS); ambos tendo como método-padrão Penman-Monteith-FAO. Foram utilizados dados meteorológicos diários dos meses de outubro a março, de 1961 a 2010, dos postos meteorológicos da rede da FEPAGRO e do INMET, localizados na região da Campanha-RS. A ETo foi calculada pelos métodos de Thornthwaite, Camargo, Makkink, Radiação Solar, Jensen-Haise, Linacre, Hargreaves-Samani, Blaney-Criddle e Penman-Monteith, com posterior aplicação ao IS, comparando aos resultados obtidos no método-padrão. Verifica-se que, na ETo na escala diária, ocorrem diferenças quanto ao desempenho entre os métodos, variando a classificação de "sofrível" a "muito bom". Na escala mensal, os métodos têm o melhor desempenho, apresentam classificação como "bom", para os métodos de Radiação Solar, Makkink, Camargo e Blaney-Criddle. Para o IS, no mês de março, verificou-se que os métodos de Thornthwaite e Camargo apresentam desempenho "ótimo", sendo, portanto, metodologias recomendadas para a estimativa da ETo no Sistema de Classificação Climática Multicritério (CCM), para a Campanha-RS.
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A fenologia da videira, a produtividade das plantas e a qualidade da uva apresentam forte relação com os fatores ambientais. O objetivo deste trabalho foi comparar as regiões vitícolas de altitude elevada de Santa Catarina com a região de San Michele All’Adige localizada na Itália. Para os estudos, utilizou-se dos dados da Estação Experimental de São Joaquim - EPAGRI (28°16’30,08”S, 49°56’09,34”O, altitude 1.400 m), localizada em São Joaquim e do Istituto Agrario di San Michele All’Adige – Fondazione Edmund Mach46°11’41,46”N, 11°08’04,41”L, altitude 223 m), localizado na Província de Trento. A variedade avaliada foi a Rebo, para a qual foram determinados osprincipais estádios fenológicos e calculada a exigência térmica através dos graus-dia, temperaturas média, máxima, mínima, amplitude, precipitação, umidade relativa do ar, insolação e radiação solar global. No momento da colheita, foi avaliado o desempenho agronômico da variedade Rebo. Em São Joaquim, o ciclo da variedade Rebo é mais longo, o acúmulo térmico é menor, a precipitação pluviométrica e a radiação solar global acumulada são maiores do que em San Michele All’Adige. As temperaturas mais baixas e a menor insolação durante a floração-mudança de cor das bagas são os principais fatores climáticos relacionados com as menores produtividades das plantas. Em São Joaquim, as baixas temperaturas e as elevadas taxas de radiação solar global na maturação contribuem de maneira positiva na formação dos compostos fenólicos, mas dificultam a degradação dos ácidos da variedade Rebo.
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Erros humanos são uma importante fonte de falhas em todos os passos do planejamento e do tratamento radioterapêutico. Com o objetivo de reduzir este grau de incerteza, várias organizações especializadas recomendam minuciosos programas de garantia da qualidade. No Brasil, programas deste tipo vêm tendo sua exigência intensificada, e a maioria dos serviços de radioterapia vem se orientando neste sentido, tanto em relação aos equipamentos de radiação e dosimetria, quanto em relação à verificação dos cálculos de dose em pacientes e das revisões das fichas de planejamento. Como uma contribuição a este esforço de qualidade, apresentam-se algumas recomendações para se evitar falhas de tratamento devidas a erros na dose de radiação recebida pelo paciente, como redundância nas verificações dos cálculos feitos manualmente ou por computador, e, também, a verificação da dose acumulada para cada paciente sob tratamento, semanalmente, além de se evitar a possibilidade de acesso a qualquer sistema de segurança do equipamento ao pessoal técnico treinado para apenas o operar. Além disso, deve-se considerar a possibilidade de se empregar um sistema computadorizado de verificação e registro do tratamento, dessa maneira prevenindo-se erros durante a aplicação diária devidos à seleção indevida dos diferentes parâmetros do tratamento. Reportam-se quatro incidentes radioativos recentes ocorridos no mundo, com injúrias em pacientes, e algumas ocorrências de erros grandes de dose.
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Este trabalho apresenta os testes de controle de qualidade feitos em um equipamento de raios X monofásico e em dois sistemas de monitoração não-invasivos. Os resultados foram comparados com os valores apresentados por um sistema de monitoração invasivo e por um detector de germânio hiperpuro, fornecendo fatores de correção para utilização dos medidores de tensão não-invasivos no programa de controle de qualidade de equipamentos de raios X, mostrando a necessidade de calibração e controle periódico.
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Este trabalho apresenta a parte operacional do processo final envolvido na implantação de um programa de controle de qualidade por meio de testes rotineiros mecânicos e de radiação. O programa de controle de qualidade, durante 35 meses, mostrou a estabilidade excelente deste acelerador.
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OBJETIVO: O atordoamento do tecido tireoidiano após doses diagnósticas de iodo-131 é descrito como causa de baixa captação e resposta insatisfatória a doses terapêuticas subseqüentes. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver um modelo experimental do atordoamento tireoidiano pós-actínico. MATERIAIS E MÉTODOS: Um total de 63 camundongos recebeu dose equivalente de 45 Sv na tireóide, mediante irradiação com iodo-123. Esta dose é similar à estimada para os remanescentes tireoidianos após administração de 185 MBq (5 mCi) de iodo-131 para pesquisa de corpo inteiro. As medidas de captação tireoidiana de uma dose traçadora de iodo-131 foram efetuadas em subgrupos de nove animais, 2, 3, 5, 7, 12 e 26 dias após a irradiação. A captação nestes subgrupos foi correlacionada à de um grupo controle de nove animais não irradiados. RESULTADOS: A captação de iodo no grupo controle foi de 9,26%. Não foi observada variação significativa do valor médio de captação no período de tempo estudado. Houve aumento da variância das medidas efetuadas cinco dias após a irradiação, quando quatro dos nove animais apresentaram captação menor que 60% da média do grupo controle. CONCLUSÃO: Não houve queda sistemática da captação nos animais submetidos à dose de 45 Sv, notando-se, entretanto, tendência a maior flutuação na captação cinco dias após a irradiação. Estes achados podem ser decorrentes de diferenças interespécies ou podem indicar que o atordoamento com doses nesta faixa dependa de características individuais ou anormalidades funcionais prévias, que se somam ao efeito da radiação.
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Analisamos o produto dose-área ("dose area product" - DAP) de 12 pacientes submetidos a videofluoroscopia da deglutição. O objetivo foi estimar a exposição à radiação produzida neste tipo de estudo. Utilizamos medidor de DAP (PTW-Diamentor), que registra, de modo cumulativo, as doses de radiação que atingem o examinado durante todo o procedimento. Obtivemos nossos dados em duas salas dotadas com equipamentos da mesma marca e modelo. O protocolo, rigorosamente o mesmo, foi efetuado por um único e experiente profissional. Os valores do DAP para o estudo da deglutição em três fases (oral, faríngea e esofágica) foram: sala 1 (sete pacientes) - 4.101 cGy.cm² de DAP médio com 577 cGy.cm²/min.; sala 2 (cinco pacientes) - 804 cGy.cm² de DAP médio com 119 cGy.cm²/min. Estes resultados díspares foram obtidos de indivíduos com média de 1,57 m de altura e 56 kg de peso, em protocolo que se cumpriu em cerca de sete minutos. Concluímos que as doses, cinco vezes mais baixas, obtidas na sala 2, retratam mais adequadamente a exposição determinada pela videofluoroscopia da deglutição. Acreditamos que as doses mais altas, da sala 1, embora dentro dos padrões internacionais para exames do tubo digestivo, devam-se ao desconhecimento do desempenho, nem sempre perfeito, dos equipamentos radiológicos. Esta conclusão encontra apoio no fato de, em nosso meio, não ser usual que os serviços de radiodiagnóstico tenham implementado um rotineiro "programa de garantia de qualidade" e aponta para a importância do DAP na qualificação dos métodos e equipamentos radiológicos.
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Foi elaborado um Programa de Monitoração Ocupacional em radiologia médica para o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro, seguindo as normas e legislação nacional. Para a construção do Programa, realizou-se um levantamento de todos os Serviços e funcionários diretamente expostos às radiações ionizantes. Constatou-se que a maioria desses funcionários não era monitorada, que apenas três Serviços mantinham um controle de dose de trabalhadores com contratos de prestação de serviço independentes e que não havia controle para os casos de doses elevadas. Com a implantação do Programa, os passos seguintes foram a contratação da uma nova empresa que prestasse o serviço de monitoração pessoal, reduzindo significativamente o custo anual de operação com o contrato único para o hospital; a inclusão de mais sete Serviços que trabalham com radiações ionizantes, aumentando em mais de 60% o número de trabalhadores monitorados; o controle de doses elevadas, principalmente no setor de Hemodinâmica, que apresentou a maior média de dose (0,32 mSv/mês); e a monitoração de área, que foi realizada em períodos intercalados nos pontos considerados de maior risco para a população e os trabalhadores. Paralelamente, o Programa de Monitoração Ocupacional foi informatizado, sendo construído um banco de dados com o propósito de controlar e armazenar as doses funcionais. Com a implantação do Programa, começa-se a compreender os riscos de se trabalhar com radiações ionizantes, a partir dos conceitos de proteção radiológica, e conscientiza-se quanto ao uso correto dos monitores de dose.
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Esta pesquisa teve por finalidade avaliar a ação da vitamina E como radioprotetora no processo de reparação tecidual em ratos, após sofrerem um procedimento cirúrgico, que consistiu da produção de uma ferida na região dorsal anterior. Os animais foram divididos em cinco grupos: grupo CO (controle) - constituído de animais em que foi produzida somente a ferida; grupo VE - pré-tratamento com vitamina E (90 UI); grupo IR - irradiação três dias após a cirurgia; grupo VEIR - pré-tratamento com 90 UI de vitamina E e irradiação de suas bordas três dias após a cirurgia; grupo OIR - pré-tratamento com óleo de oliva e irradiação de suas bordas três dias após a cirurgia. A ação radioprotetora da vitamina E foi avaliada pela coloração por hematoxilina-eosina para análise morfológica do tecido de granulação, aos 4, 7, 14 e 21 dias após a cirurgia. A análise dos resultados mostrou que o retardo no processo de reparação tecidual causado por 6 Gy de radiação de elétrons com feixe de 6 MeV não ocorreu no grupo de animais que recebeu vitamina E, mostrando-se esta substância efetiva como radioprotetora.
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As primeiras técnicas de angiografia por ressonância magnética (angio-RM) utilizavam seqüências sensíveis ao fluxo sanguíneo para estabelecimento do contraste vascular. Há três técnicas fundamentadas neste princípio: contraste de fase ("phase-contrast"), TOF ("time-of-flight") e as técnicas de sangue escuro ("black blood"). Estas seqüências, de aquisição demorada, são mais suscetíveis a artefatos de movimento, perda de sinal em áreas de estenoses ou turbilhonamento de fluxo, e apresentam ainda baixa sensibilidade à detecção do fluxo lento. O uso do contraste paramagnético para estudos angiográficos pela ressonância magnética ofereceu um método simples, rápido e de excelente detalhamento vascular, baseando o contraste da imagem no realce do sinal vascular em oposição à supressão dos demais tecidos. Metodologias modernas que priorizam a obtenção do espaço k central, responsável pelo contraste da imagem, e o aperfeiçoamento das técnicas de planejamento do intervalo temporal para aquisição dos dados foram fatores fundamentais para o aprimoramento técnico da angio-RM. O papel atual da angio-RM como ferramenta diagnóstica merece destaque na avaliação de anomalias anatômicas, estenoses, oclusões e complicações vasculares pós-cirúrgicas, principalmente nos casos de transplantes de órgãos. Suas principais vantagens estão na não utilização do contraste iodado ou radiação ionizante, rapidez e fácil execução, mínima invasividade e possibilidade de avaliar complementarmente o parênquima de órgãos adjacentes de interesse diagnóstico.
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A radioiodoterapia tem conseguido desempenhar um papel significante no tratamento do carcinoma diferenciado de tireóide. A literatura é limitada em relação a possíveis efeitos secundários do 131I, embora o interesse tenha aumentado nesse campo. A importância de se saber mais sobre os efeitos mutagênicos da radiação em filhos de mães expostas ao 131I para tratamento do carcinoma diferenciado de tireóide é devida à possibilidade de ocorrência de abortos, anormalidades genéticas e aparecimento de malignidades nas crianças. Nesta revisão da literatura vários estudos têm demonstrado a segurança desse tipo de tratamento em mulheres na idade fértil, sendo apenas aconselhadas a evitar gravidez pelo período de, pelo menos, um ano após a administração da radioiodoterapia.
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OBJETIVO: Avaliar, no coração, por imuno-histoquímica, a localização das proteínas TGFbeta1 latente e TGFbeta1 ativa, se ocorre ativação radioinduzida da proteína TGFbeta1 latente, e a distribuição das fibras colágenas em diversos períodos de tempo após irradiação. MATERIAIS E MÉTODOS: Trinta e dois camundongos isogênicos (C57BL) foram divididos em dois grupos: GI (não irradiado), com 12 animais, e GII (irradiado), com 20 animais. Os animais do GII receberam radiação gama (telecobaltoterapia, 60Co, com rendimento de 0,97 Gy/min., dose única de 7 Gy em corpo inteiro). Os camundongos dos grupos I e II foram sacrificados por estiramento cervical nos períodos de 1, 14, 30 e 90 dias após irradiação. RESULTADOS: Os corações irradiados apresentaram: 1) alterações nucleares e diminuição das estriações das células musculares cardíacas; 2) aumento significante da deposição de fibras colágenas aos 90 dias depois da irradiação; 3) ativação da proteína TGFbeta1 latente em cardiomiócitos e células do conjuntivo depois da irradiação. CONCLUSÃO: Nossos resultados mostram a importância da proteína TGFbeta1 no processo de fibrose cardíaca radioinduzida e sugerem que células do parênquima (cardiomiócitos) e do conjuntivo podem participar deste mecanismo atuando como fontes da proteína TGFbeta1 ativa.
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Neste trabalho avaliou-se o produto dose área e estimou-se a dose na entrada da pele em exames pediátricos, cujos resultados mostraram valores, em média, 100% acima do adotado como referência para a realização deste trabalho (0,070 mGy). Simultaneamente, fez-se a aferição dos parâmetros técnicos dos equipamentos usados para a obtenção das imagens radiográficas. Os resultados revelaram que o desempenho dos equipamentos está de acordo com a legislação sanitária vigente. Logo, as doses elevadas foram atribuídas ao emprego de técnicas de baixa tensão e à falta de especialização para a realização de exames pediátricos. Realizaram-se medidas das doses absorvidas na região gonadal durante as exposições radiográficas utilizando-se dosímetros termoluminescentes, que se mostraram inadequados para a obtenção destas medidas. Usou-se então uma câmara de ionização e os valores obtidos revelaram que as doses absorvidas sobre a região gonadal estão abaixo dos limites que poderiam causar esterilidade temporária ou permanente.