Pesquisa de Vibrio cholerae 01 em amostras fecais da popula����o urbana de Manacapuru, AM

O estudo foi realizado com o objetivo de identificar portadores assintom��ticos do vibri��o col��rico em Manacapuru, AM, 1249 amostras fecais foram obtidas por swab retal e submetidas �� an��lise bacteriol��gica. Vibrio cholerae O1 n��o foi detectado. Foram isolados e identificados: V. funissii em 12 (0,9%) amostras, V. fluvialis, em 4 (0,3%) e V. hollisae em 1 (0,1%).

Aplica����o de m��todo de colora����o tricr��mica, em fezes diarr��icas de infectados pelo HIV, para pesquisa de microspor��dios

Os microspor��dios s��o implicados em v��rias manifesta����es cl��nicas em pacientes com AIDS; os quadros diarr��icos s��o os mais comuns. O diagn��stico das microsporidioses dependia da microscopia eletr��nica para exame de materiais obtidos por procedimentos invasivos. A t��cnica de colora����o tricr��mica modificada permite o diagn��stico sem necessidade deste procedimento, atrav��s da microscopia ��ptica. No presente estudo foi aplicado o m��todo de colora����o tricr��mica em fezes de 62 pacientes com diarr��ia, infectados pelo HIV ou com AIDS. Das 62 amostras, identificou-se esporos de microspor��dios em uma. O trabalho corrobora a presen��a destes protozo��rios em nosso meio, associada a quadros de diarr��ia cr��nica em pacientes com AIDS e grave comprometimento imunol��gico; constata que este m��todo de colora����o promove satisfat��ria visualiza����o de esporos de microspor��dios em fezes e aponta caminhos para novos estudos.

Pesquisa de anticorpos contra o v��rus da hepatite C em pool de 5 soros: sua utiliza����o em inqu��ritos soroepidemiol��gicos

Para avaliar redu����o de custo da pesquisa de anticorpos contra hepatite C, por ELISA, em pool de cinco soros, realizou-se o teste em grupos de baixo e alto risco. Dois ter��os dos conjuntos de alto risco tiveram que ser repetidos. A redu����o do gasto de reagente foi de 80% na popula����o de baixo risco e de 13% na amostra de alto risco. Estes dados sugerem que a pesquisa do anti-VHC em pool reduz o custo do procedimento em popula����es de baixo risco.

Doen��a de Chagas no Estado de S��o Paulo: compara����o entre pesquisa ativa de triatom��neos em domic��lios e notifica����o de sua presen��a pela popula����o em ��rea sob vigil��ncia entomol��gica

A vigil��ncia entomol��gica da doen��a de Chagas no Estado de S��o Paulo tem adotado um esquema que considera a localidade como unidade de trabalho e prioriza as a����es de acordo com n��veis de infesta����o obtidos a partir de buscas sistem��ticas de triatom��neos (rotina) na ��rea mais infestada e nas resid��ncias de moradores que notificam presen��a desses insetos (atendimento a notifica����o). As esp��cies triatom��nicas de maior presen��a no Estado atualmente s��o Triatoma sordida e Panstrongylus megistus. Um estudo comparativo dos ��ndices de infesta����o obtidos para casas e peridomic��lios em pesquisas de rotina e atendimento �� notifica����o nos bi��nios 90/91, 92/93 e 94/95, apontou percentuais m��dios de positividade para intradomic��lio de 1,3 na rotina e 6,2 no atendimento. Para o peridomic��lio os valores foram de 8,6 e 18,2, respectivamente, sem diferen��a entre os bi��nios. Os atendimentos ��s notifica����es demonstraram percentuais m��dios de positividade (encontro de foco) em 26% das casas. Foi constatado ainda que as notifica����es procederam de localidades com n��veis de infesta����o iniciais nulos (I = 0), intermedi��rios (I < 5) e elevados (I > 5), n��o obstante os percentuais de atendimentos positivos terem sido maiores naquelas cujos n��veis de infesta����o iniciais eram elevados. Estes dados refor��am a import��ncia da notifica����o na vigil��ncia de esp��cies vetoras que se caracterizam pelo car��ter invasivo, como aquelas presentes atualmente no Estado de S��o Paulo.

Padroniza����o de ensaio imunoenzim��tico para pesquisa de anticorpos das classes IgM e IgG anti-Toxoplasma gondii e compara����o com a t��cnica de imunofluoresc��ncia indireta

A sorologia tem sido o m��todo de escolha para o diagn��stico da toxoplasmose. Devido a isto, padronizamos um ensaio imunoenzim��tico (ELISA) e comparamos seus resultados com a t��cnica de imunofluoresc��ncia indireta (IFI). A t��cnica padronizada apresentou na pesquisa de IgG sensibilidade (S) de 96,7% e especificidade (E) de 75%, com valor de predi����o de positividade (VPP) de 83,3% e de negatividade (VPN) de 94,7%, com uma concord��ncia ajustada (K) de 73,5%. A IFI apresentou S de 83,8%, E de 79,1% com VPP de 83,8 % e VPN de 79,1% com K de 63%. A concord��ncia bruta entre os dois testes (ELISA/IFI) foi de 88,3% para pesquisa de IgG e de 81,5% para pesquisa de IgM, sendo o K de 70,8% para IgG e de 1,3% para IgM, sendo o ��ndice de correla����o (r) de 0,556 para IgG e de -0,023 para IgM. Podemos concluir que a ELISA-IgG padronizada �� indicada nos processos de triagem sorol��gica, sendo a ELISA-IgM desaconselhada uma vez que apresentou baixos ��ndices de concord��ncia ajustada com a t��cnica de refer��ncia, sugerindo pouca confiabilidade dos resultados.

Compara����o entre pesquisa larv��ria e armadilha de oviposi����o, para detec����o de Aedes aegypti

O estudo compara duas t��cnicas para a detec����o da presen��a de Aedes aegypti: pesquisa de larva e armadilha de oviposi����o. Em duas ��reas do munic��pio de Salvador, Bahia, foram investigadas 5.026 domic��lios. As duas t��cnicas empregadas foram usadas simultaneamente nos mesmos domic��lios. Diferentes n��veis de positividade (larva e ou ovo) foram detectados entre e dentro das duas ��reas. Contudo, apenas a armadilha de oviposi����o detectou uma diferen��a estat��stica significante entre as duas ��reas (z = 9,520 p < 0,001). A compara����o entre os ��ndices de Breteau, ��ndice Predial e ��ndice de Oviposi����o revelou o ��ltimo m��todo como o mais sens��vel poder de detec����o da positividade para A. aegypti. A preval��ncia da raz��o de positividade para a armadilha de oviposi����o foi de 3,4 e 2,1 (para ��reas 1 e 2 respectivamente), quando comparada com a pesquisa de larva. A armadilha de oviposi����o provou ser um m��todo econ��mico e operacionalmente vi��vel, sendo muito efetivo na vigil��ncia de A. aegypti.

Pesquisa de bact��rias patog��nicas em leite pasteurizado tipo C comercializado na cidade do Recife, Pernambuco, Brasil

Visando complementar as informa����es sobre a qualidade microbiol��gica do leite comercializado na cidade do Recife, foram analisadas 250 amostras de leite pasteurizado tipo C e 50 amostras de leite cru para a pesquisa de Yersinia enterocolitica e Listeria monocytogenes, bact��rias patog��nicas capazes de se desenvolverem em temperatura de refrigera����o. Y. enterocolitica n��o foi encontrada em nenhuma das amostras analisadas, entretanto foi detectada a presen��a de Y. intermedia e Y. frederiksenii, esp��cies ambientais que se comportam como pat��genos oportunistas. L. monocytogenes tamb��m n��o foi encontrada, mas, atrav��s da metodologia empregada para seu isolamento foi obtido um isolamento de Salmonella Montevideo em uma amostra de leite pasteurizado e outro em leite cru. Al��m dessas, v��rias outras bact��rias foram encontradas, supondo-se que a ampla microbiota crescida nos meios empregados pode ter interferido no isolamento da Y. enterocolitica e L. monocytogenes.

Pesquisa de bact��rias do g��nero Vibrio em feridas cut��neas de pescadores do munic��pio de Raposa-MA

O estudo foi realizado com o objetivo de isolar e identificar bact��rias do g��nero Vibrio em feridas cut��neas apresentando processo infeccioso, em pescadores do munic��pio de Raposa-MA. O material cl��nico foi obtido com o emprego de "swab" e mantido em meio de transporte de Cary-Blair. Para o processamento laboratorial foram utilizadas t��cnicas cl��ssicas de enriquecimento em ��gua peptonada alcalina, isolamento em meio seletivo-indicador (TCBS) e identifica����o bioqu��mica das esp��cies. Participaram do estudo 50 pescadores, com idade variando de 12 a 65 anos, tendo sido reconhecidos 21 indiv��duos portadores de Vibrio. Houve predom��nio da esp��cie V. alginolyticus (66,6%), seguido de V. parahaemolyticus (42,8%) e de V. cholerae n��o O1 (9,5%). As les��es predominaram nos membros inferiores, apresentando hiperemia, edema, secre����o, dor. Associados aos vibrios foram isoladas esp��cies de bacilos gram negativos dos g��neros Serratia, Proteus, Escherichia, Citrobacter, Enterobacter, assim como outras bact��rias n��o-fermentadoras (30,9%) e bact��rias gram positivas do g��nero Staphylococcus.

Pesquisa de oocistos de Cyclospora sp em fezes de c��es da Grande S��o Paulo, Estado de S��o Paulo, Brasil

Amostras de fezes de 140 c��es adultos da Grande S��o Paulo (Estado de S��o Paulo, Brasil) foram examinadas com a finalidade de procurar oocistos de Cyclospora sp.. Nenhuma infec����o por esse cocc��deo ficou detectada.

Compara����o entre os m��todos de Ziehl-Neelsen modificado e Acid-Fast-Trichrome para a pesquisa fecal de Cryptosporidium parvum e Isospora belli

Devido a crescente import��ncia dos cocc��dios intestinais (Cryptosporidium, Isospora e Cyclospora) como parasitos oportunistas, �� fundamental para os laborat��rios diferenciar morfologicamente estes protozo��rios; a t��cnica de Ziehl-Neelsen modificada (ZNm) �� amplamente utilizada para este fim; recentemente, foi proposto um novo procedimento, a colora����o combinada do ��cido tricr��mico (Acid-Fast-Trichrome - AFT). O objetivo do presente estudo foi comparar os processos AFT e ZNm para a detec����o destes cocc��dios em amostras fecais de pacientes portadores do v��rus VIH. Foram selecionados dois grupos de indiv��duos, para inclus��o no estudo, segundo a presen��a (n=60) ou aus��ncia de diarr��ia (n=60). As amostras de fezes foram coletadas em solu����o de formalina 10% e os esfrega��os fecais preparados i) diretamente das fezes e ii) ap��s concentra����o pr��via a 500xg (10 minutos), foram submetidos aos diferentes processos de colora����o. Considerando-se a positividade por t��cnica (AFT e ZNm), verificou-se a superioridade do procedimento de ZNm (n=19; 100% dos casos positivos) sobre o de AFT (n=8; 42,1%). Ambos possibilitaram a identifica����o dos 101 casos verdadeiramente negativos. Coccidiose intestinal foi mais frequente entre os pacientes que apresentaram diarr��ia (26,6%) em compara����o �� positividade observada entre os ind��viduos assintom��ticos (5%) sendo que C. cayetanensis n��o foi detectada em ambos os grupos. Foi de nosso interesse avaliar a aplicabilidade da t��cnica AFT para a colora����o deste protozo��rio. Devido �� sensibilidade e especificidade obtida neste estudo (100%), conclui-se que o m��todo de ZNm continua sendo o mais indicado para o diagn��stico da criptosporidiose e isosporose, principalmente quando associado ao procedimento de centr��fugo-concentra����o (500xg, 10 minutos). Embora a colora����o AFT tenha baixo custo, faz-se necess��rio o seu aperfei��oamento pois este procedimento permite o diagn��stico simult��neo dos cocc��dios intestinais (C. parvum, I. belli e C. cayetanensis) e dos microspor��dios.