456 resultados para Fases da germinação
Resumo:
Heliocarpus popayanensis, conhecida popularmente como jangada-brava, é uma espécie arbórea pioneira utilizada no Brasil, principalmente, para restauração florestal. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito da luz e da temperatura na germinação das sementes de H. popayanensis. Para análise do efeito da luz, a semeadura foi realizada em caixas de plásticos transparente e preto, mantidas em germinador a 25 ºC. Na avaliação do efeito da temperatura foram analisados, em mesa termogradiente, nove intervalos de temperaturas constantes, compreendidas entre 15 ºC e 35 ºC, e duas alternadas (15-35 ºC e 20-30 ºC). Em ambos os experimentos, a semeadura foi realizada sobre duas folhas de papel mata-borrão, sendo o fotoperíodo diário de 8 h de luz. A germinação foi avaliada pela protrusão da raiz primária e pela formação de plântulas normais, e estudaram-se três lotes de sementes. Os resultados indicaram que as sementes de H. popayanensis são fotoblásticas neutras, a temperatura ótima para a germinação está entre 28,1 ºC e 30,2 ºC, temperaturas próximas a 35 ºC favorecem a superação da impermeabilidade do tegumento à água e a protrusão da raiz primária não foi eficiente na determinação da temperatura ótima para germinação, sendo a formação de plântulas normais o critério mais adequado para essa determinação.
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Myracrodruon urundeuva Allemão, espécie arbórea conhecida como aroeira, constitui-se em um importante componente das Florestas Estacionais Deciduais do norte de Minas Gerais. Apesar disso, a aroeira vem sofrendo um processo de exploração intensa, de forma predatória, o que vem causando a devastação de suas populações naturais. Este trabalho teve como objetivo conhecer os padrões fenológicos reprodutivos e vegetativos, bem como a capacidade germinativa da aroeira, na Área de Preservação da COPASA em Juramento, MG. Foram feitas observações fenológicas quinzenais, no período de janeiro/2002 a novembro/2003, de 20 indivíduos arbóreos, sendo ainda coletadas sementes, submetidas a diferentes tratamentos de escarificação tegumentar (mecânico, térmico, químico e controle). A espécie apresentou as fenofases reprodutivas e vegetativas influenciadas diferencialmente pelas variáveis ambientais de precipitação e temperatura. Na estação seca ocorreram a floração, frutificação e queda foliar, e a estação chuvosa favoreceu o brotamento da espécie. A capacidade germinativa dos diásporos de aroeira variou entre os tratamentos utilizados, com potencial germinativo e velocidade de germinação altos no tratamento-controle, indicando ausência de dormência. Nesse sentido, estudos básicos sobre as espécies florestais ameaçadas podem ser precursores de modelos e mecanismos para manejo e recuperação de suas populações naturais.
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Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito do tipo da embalagem e do ambiente de armazenamento sobre a germinação e o vigor das sementes de Apeiba tibourbou Aubl. As sementes foram acondicionadas nas embalagens: vidro transparente, sacos de papel Kraft e sacos de polietileno transparente e armazenadas nos seguintes ambientes: natural de laboratório (24,8ºC a 28ºC; UR 68,9 a 82,5%), freezer (-20ºC; UR 90%, constantes) e câmara (18,5 ± 1ºC; UR 71 ± 3%). Para avaliação da qualidade inicial e a cada 45 dias de armazenamento, foi determinado o teor de água das sementes e realizados testes de germinação e vigor. Os resultados permitiram concluir que as sementes apresentaram maior germinação e vigor quando foram acondicionadas nas embalagens saco de papel Kraft e saco de polietileno, em ambiente natural de laboratório.
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As normas oficiais para análise de sementes não estabelecem critérios para a execução de testes de germinação da maioria das espécies florestais. Assim, o objetivo deste trabalho foi a determinação do substrato, da temperatura e da necessidade de superação da dormência das sementes para o teste de germinação de Stryphnodendron adstringens. Foram avaliados o tratamento de escarificação com ácido sulfúrico por 60 min, os substratos vermiculita, rolo de papel, areia e solo e as temperaturas constantes de 20, 25, 30 e 35 ºC e alternadas de 15-35 ºC e 20-30 ºC, utilizando-se a primeira contagem de germinação (7 dias) e a porcentagem de plântulas normais, anormais, sementes mortas e dormentes (42º dia após a semeadura) com quatro repetições de 50 sementes. As sementes de S. adstringens devem ser submetidas ao teste de germinação, após superação da dormência, em substrato papel e nas temperaturas constantes de 25, 30 ou 35 ºC ou alternadas de 20-30 ºC.
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A propagação da palmeira-ráfia (Rhapis excelsa), palmeira ornamental de grande valor comercial, é realizada através de sementes ou divisão de touceiras. Entretanto, a germinação das sementes não é uniforme, e o crescimento da planta é considerado lento. Neste trabalho, objetivou-se comparar a utilização de tratamentos pré-germinativos para acelerar e uniformizar a germinação de sementes de R. excelsa. Avaliou-se o efeito das escarificações mecânica (lixar um lado ou dois lados da semente), térmica (imersão em água a 100 ºC durante 1, 2 ou 4 min) e química (imersão em ácido sulfúrico 98%, durante 1, 2 ou 4 min), bem como a sua embebição em soluções contendo BAP (benzilaminopurina) nas concentrações de 0, 25, 50 ou 100 mg L-1 e GA3 (ácido giberélico) nas concentrações de 0, 100, 200 ou 300 mg L-1 na germinação e velocidade de germinação de sementes da espécie. Os resultados evidenciaram que os tratamentos pré-germinativos utilizados não influenciaram a porcentagem de germinação nem o índice de velocidade de emergência das sementes.
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Sementes de diferentes procedências podem apresentar variações na intensidade de dormência, respondendo de forma diferenciada aos tratamentos e dificultando a indicação da melhor metodologia para superá-la. Este trabalho teve o objetivo de identificar métodos para superar a dormência e promover a germinação de sementes de barbatimão de diferentes procedências. Sementes dessa espécie foram colhidas em sete fragmentos de Cerrado localizados na região de Botucatu, SP, e submetidas aos seguintes tratamentos de superação de dormência: testemunha, escarificação mecânica (lixa 220), H2O quente por 20 min e escarificação com H2SO4 (95%) por 40, 60 e 80 min. As sementes foram avaliadas quanto ao teor de água, teste de germinação, comprimento de plântulas, índice de velocidade de germinação e condutividade elétrica. A escarificação em ácido sulfúrico por 60 min foi o tratamento mais eficiente para superar a dormência, acelerar e aumentar a porcentagem de germinação e resultar plântulas de maior tamanho, para as sementes de diferentes locais de origem.
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Parkia pendula (Willd.) Benth. ex Walp. é uma espécie arbórea da Amazônia brasileira, pertencente à família Fabaceae, de importância regional, porém pouco conhecida, considerando-se as informações técnicas, mas muito explorada comercialmente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a germinação das sementes em diferentes temperaturas. As sementes foram submetidas às temperaturas constantes de 15, 20, 25, 30, 35 e 40 ºC com quatro repetições de 25 sementes, colocadas para germinar em papel-toalha, na forma de rolo, mantidos em sacos plásticos transparentes em câmara de germinação sob fotoperíodo de 8 h. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado com seis tratamentos e quatro repetições. A germinação foi avaliada durante sete dias, sendo consideradas germinadas as sementes que emitiram raízes maiores que 5 mm e as que formaram plântulas normais. Analisaram-se as seguintes características: germinação (%), tempo médio de germinação e formação de plântulas normais, comprimento e massa seca de plântulas. Verificou-se que as sementes de Parkia pendula germinaram em todas as temperaturas estudadas. Entretanto, a formação de plântulas foi inibida nas temperaturas de 15, 20 e 40 ºC. A temperatura de 30 ºC foi considerada a mais favorável para a germinação e formação de plântulas dessa espécie.
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Em Santa Catarina, foi observado aumento da cobertura florestal nas últimas décadas, o que vem construindo uma paisagem florestal retalhada por um grande mosaico de fragmentos de vários estádios sucessionais. Neste trabalho, buscou-se avaliar o dinamismo do processo sucessional de dois diferentes estádios sucessionais. Em área florestal de 40 ha localizada no Município de São Pedro de Alcântara, SC, abandonada pelo uso agropecuário em meados de 1970, foram estabelecidas aleatoriamente parcelas permanentes (50 x 50 m), duas em estádio florestal secundário médio (SM) e quatro em estádio secundário avançado (SA). As avaliações anuais durante o período de 1994 a 2000 de todas as plantas arbóreas com DAP >5 cm revelaram que no SM os valores da densidade de plantas, residentes, recrutadas, mortas e ramificadas foram superiores em relação aos no SA. No entanto, a riqueza de espécies, área basal e distribuição diamétrica foram superiores no SA. Botanicamente, foram observadas com muita clareza as espécies e as famílias dominantes de cada estádio e igualmente o dinamismo sucessional desse grupo de espécies, aumento explosivo e posterior declínio e substituição, evidenciando-se perfeitamente a funcionalidade dos grupos ecológicos nessa tipologia florestal. Por fim, destacou-se que a densidade de plantas ramificadas é notadamente superior em estádios florestais secundários iniciais, embora as taxas de incremento corrente anual fossem similares. As avaliações florísticas mostraram, ainda, que as florestas no litoral catarinense se encontravam em dinâmica sucessional, em que espécies climáxicas vêm substituindo paulatinamente o grupo de espécies pioneiras, elevando a diversidade de espécies e a biomassa florestal.
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Phoenix canariensis hort. ex Chabaud, originária das Ilhas Canárias, é uma palmeira que apresenta grande valor ornamental. A propagação das palmeiras, de modo geral, é considerada lenta, desuniforme e influenciada por vários fatores, como estádio de maturação e temperatura. Devido à sua importância e à falta de informações na literatura sobre a propagação da espécie, este trabalho teve como objetivo estudar o efeito do estádio de maturação e da temperatura na germinação de sementes de P. canariensis. Realizou-se um experimento cujo delineamento experimental foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 x 5 (2 para maturação e 5 para temperatura), com quatro repetições de 25 sementes. Frutos de colorações alaranjada (intermediário) e marrom (maduro) foram despolpados e os diásporos, colocados em caixas plásticas (tipo gerbox) contendo vermiculita como substrato, nas temperaturas de 25, 30, 35, 20-30 e 25-35 ºC, com fotoperíodo de 16 h de luz e 8 h de escuro, utilizando-se câmaras incubadoras tipo BOD com controle de temperatura e fotoperíodo. Pelos resultados, conclui-se que a condição que permitiu maior porcentagem de germinação das sementes de P. canariensis foi a partir de frutos maduros (de coloração marrom), na temperatura alternada de 20-30 ºC, atingindo 98% de germinação.
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Os objetivos deste trabalho foram desenvolver protocolos para a obtenção de plântulas in vitro de P. taeda, avaliar o uso de substratos alternativos e analisar o efeito de tratamentos pré-germinativos na otimização da germinação. Foram testados tratamentos de desinfestação à base de etanol e hipoclorito de sódio (NaOCl), a influência do fotoperíodo, de tratamentos pré-germinativos e a possibilidade de uso de substratos alternativos (amido de milho, papel-filtro, algodão hidrófilo, vermicultita, ágar-água e adição de carvão ativado ao meio nutritivo) na germinação. Foram avaliadas a germinação in vitro e a contaminação fúngica e bacteriana. O melhor tratamento para a desinfestação das sementes foi etanol 70% por 30 s, seguido de imersão em hipoclorito de sódio a 3% por 5 min, no entanto apresentou efeito tóxico. Os substratos alternativos conferem condições físicas adequadas à cultura de tecidos, mas não favorecem a germinação. Contudo, o uso de algodão hidrófilo associado à embebição das sementes por 72 h, na ausência de desinfestação, otimiza a germinação e possibilita a obtenção de plântulas in vitro com baixa contaminação.
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A Amburana cearensis (Allemão) A.C. Smith é uma espécie nativa da Região Nordeste, que vem sendo progressivamente explorada na movelaria fina, na perfumaria e na medicina, fazendo-se necessários estudos que auxiliem em sua preservação. Este trabalho teve como objetivo definir substratos e temperaturas para a condução de testes de germinação e vigor com sementes de A. cearensis. O experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado com os tratamentos distribuídos em esquema fatorial 5 x 5, com os fatores temperaturas (20, 25, 30, 35 ºC constantes e 20-30 ºC alternadas) e substratos (rolo de papel Germitest, areia, vermiculita, bioplant® e plantmax®), em quatro repetições de 25 sementes. Foram analisadas as seguintes características: porcentagem e velocidade de germinação, comprimento e massa seca de plântulas (raiz e parte aérea). A temperatura de 35 ºC mostrou-se mais adequada para a condução dos testes de germinação e vigor, independentemente do substrato utilizado. Os substratos areia e vermiculita foram os mais apropriados para avaliação da qualidade fisiológica das sementes.
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O objetivo deste trabalho foi verificar o efeito dos estádios de frutificação e formas de conservação na germinação e qualidade fisiológica de sementes de surucucu. Em 25 árvores na região de Vitória da Conquista, BA, foram realizadas coletas de frutos no período de 17/05 a 9/07 de 2007, em intervalos de sete dias a partir do início da frutificação, caracterizando oito estádios de desenvolvimento das vagens. Cada período de coleta foi definido por lotes diferenciados de sementes, sendo realizadas avaliações de massas fresca e seca de 100 sementes e teor de água. As sementes de cada uma das oito coletas foram mantidas em condições ambientais de laboratório, sendo subdivididas em dois lotes: em um lote, as sementes permaneceram no interior das vagens e, no outro, as vagens foram eliminadas. Após o período de 49 dias a partir do início da frutificação, massas fresca e seca de 100 sementes e teor de água foram determinados. Posteriormente, as sementes foram submetidas a testes de germinação em câmara tipo BOD, com temperatura de 25 ºC, em regime de fotoperíodo de 8 h de luz. Depois de cinco dias foi realizada a primeira contagem de germinação e aos 10 dias, avaliadas as seguintes características: porcentagem de germinação, plântulas anormais e classificação do vigor das plântulas (vigor alto, médio e baixo). A presença das vagens durante o período de conservação das sementes foi fator determinante para a qualidade fisiológica das sementes. A germinação e o acúmulo de matéria seca determinados por ocasião do teste de germinação aumentaram com o período de frutificação, atingindo o máximo aos 37 dias.
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Este estudo objetivou comparar características biométricas de frutos e sementes e o efeito de diferentes escarificações, temperaturas e luz na germinação de Plathymenia reticulata Benth. e Plathymenia foliolosa Benth. Foram registrados comprimento, largura, espessura, massa da matéria seca e fresca de frutos (n = 100) e sementes (n = 100) de cada espécie. Os diferentes tratamentos foram escarificações mecânica e química e temperaturas (fotoperíodo/nictoperíodo) de 20, 30 e 35/15 °C (12/12 e 0/24) e 25 e 35 °C (12/12). Os frutos de P. foliolosa mostraram-se mais largos, espessos e pesados e as sementes, mais compridas e espessas do que as de P. reticulata. As sementes de ambas as espécies não apresentaram fotoblastismo. A escarificação ácida não aumentou significativamente a germinabilidade das sementes em relação ao grupo-controle, enquanto a escarificação mecânica incrementou significativamente a germinabilidade apenas de P. foliolosa. As germinabilidades a 25 °C das sementes de P. reticulata intactas, escarificadas com ácido e lixa foram, respectivamente, de 55%, 60% e 89%. Para as sementes de P. foliolosa esses valores foram 48%, 37,5% e 83%, respectivamente.Esses resultados apontam limitações na germinação de P. foliolosa impostas pelo tegumento, entretanto o efeito deste restringindo a germinação das sementes intactas decresceu com a elevação da temperatura.
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A presença da sarcotesta pode prejudicar a germinação e desenvolvimento das plântulas. O objetivo deste trabalho foi identificar métodos favoráveis à remoção da sarcotesta para a promoção da germinação de sementes de Jaracatia spinosa, cujas sementes foram submetidas aos seguintes tratamentos: 1- sem remoção da sarcotesta; 2- remoção com fricção sobre peneira, com adição de areia; 3- remoção com fricção sobre peneira com adição de cal; 4- remoção com o uso de liquidificador, 5- remoção com despolpador de sementes; e 6- remoção com solução química (imersão, por 30 min, numa solução composta por 1.0 L de água, 3.5 mL de hipoclorito de sódio, 3.0 mL de ácido muriático e 22.5g de soda cáustica), em que as sementes foram avaliadas quanto à percentagem de germinação, Índice de Velocidade de Emergência (IVE) e comprimento da parte aérea de plântulas. O método mais favorável à remoção da sarcotesta e promoção da germinação das sementes de jaracatiá foi a fricção sobre peneira com a adição de areia.
Resumo:
O gênero Calliandra Benth. (Leguminosae) possui 134 espécies exclusivamente neotropicais, das quais 42 ocorrem na Chapada Diamantina, sendo 32 endêmicas da área. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da luz e substrato na germinação e desenvolvimento inicial de C. viscidula e C. hygrophila. As sementes foram submetidas a três tratamentos em laboratório: luz, escuro e luz/escuro (12 h/12 h). Em viveiro foram utilizados três substratos: (I) areia; (II) terra vegetal + areia; (III) vermiculita + terra vegetal + areia, mantidos a 100%; e 70% de luminosidade. As avaliações da germinação foram diárias durante 21 dias, utilizando-se os parâmetros: germinabilidade, índice de velocidade de germinação (índice de velocidade de emergência para viveiro), tempo médio de germinação e frequência relativa. Os parâmetros analisados no desenvolvimento inicial foram: comprimentos da parte aérea e raiz, número de folhas, massa seca, relação parte aérea/sistema radicular e razão do peso da folha. C. viscidula e C. hygrophila foram classificadas como fotoblásticas neutras e apresentaram melhor desenvolvimento a 70% de luminosidade nos substratos III e I e II , respectivamente.