244 resultados para Assistência médica - Brasil - Aspectos políticos
Resumo:
Um estudo foi realizado sobre mosquitos adultos de abril 1995 a março 1996 na Mata Atlântica do município de Morretes, Paraná, Brasil. A investigação foi procedida com auxílio de duas armadilhas luminosas CDC-M instaladas em estratos verticais diferentes. Os mosquitos foram capturados mensalmente durante um ano, com início às 18 horas e término às 6 horas do dia seguinte, totalizando 144 horas de trabalho de campo. Obteve-se 1.408 exemplares de mosquitos (409 na copa e 999 próximo ao solo), pertencentes a 10 gêneros e 31 espécies. Anopheles cruzii e Culex ribeirensis foram predominantes e são objetos do presente estudo. Não foi observada diferença entre as armadilhas para Anopheles cruzii. Mas Culex ribeirensis foi coletado em maior número pela CDC-M/solo. Anopheles cruzii, quanto à freqüência horária, apresentou picos nas primeiras horas da noite, depois a sua atividade decresceu progressivamente até o crepúsculo matutino, sem apresentar um pico secundário. Em referência a distribuição mensal, Anopheles cruzii foi mais freqüente nos meses de abril e maio de 1995 e março de 1996. Não houve correlação do número de exemplares com a temperatura ou precipitações pluviométricas. Culex ribeirensis apresentou maior atividade de vôo de 22h às 4h, mas não houve picos significativos. Nas coletas obtidas por mês, Culex ribeirensis teve picos em dezembro e janeiro. Houve correlação do número de espécimes deste culicíneo com a temperatura e precipitações pluviométricas. Constituem os primeiros registros para o Estado do Paraná: Ochlerotatus rhyacophilus, Culex misionensis, Culex pedroi, Culex ribeirensis e Culex zeteki.
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OBJETIVO: Correlacionar o quadro clínico de um grupo de crianças com diagnóstico tomográfico de esquizencefalia com a extensão e localização das fendas. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo retrospectivo de prontuários do arquivo dos serviços de Neurologia e Genética Médica do Instituto Fernandes Figueira e Hospital Municipal Jesus, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, no período de 2000 a 2003. Foram incluídos 16 pacientes, nove do sexo feminino e sete do sexo masculino, com diagnóstico tomográfico de esquizencefalia e analisados quanto a aspectos da tomografia computadorizada, desenvolvimento neuropsicomotor, déficit motor e cognitivo e epilepsia. RESULTADOS: Predominaram as fendas bilaterais em 10:16 pacientes, lábios abertos em 23:27 fendas e pequenas em 11:27 fendas. Das anomalias associadas à esquizencefalia, a ausência de septo pelúcido foi a mais freqüente (10:16 pacientes). Dos aspectos clínicos, 15 pacientes apresentaram atraso do desenvolvimento e déficit motor; seis apresentaram déficit cognitivo e dez apresentaram epilepsia. Em três pacientes observamos discordância entre o quadro clínico e o tamanho das fendas: embora as fendas fossem pequenas, o quadro clínico foi intenso, em virtude de presença de outras anomalias cerebrais. CONCLUSÃO: O quadro clínico guarda relação com o tamanho das fendas, independentemente da lateralidade, sendo mais intenso quando há associação com outras anomalias cerebrais.
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O intuito deste artigo é estimular o uso da língua culta pelos médicos que atuam na área de diagnóstico por imagem.
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This article describes some historical moments in the establishment and development of chemistry teacher's training courses since 1930, with the creation of universities in Brazil, until 1980. Correlations between educational and political questions that influenced the directions taken for the formation of chemistry teachers in Brazil are discussed. From a review of the bibliographical sources available, we revisited stances of discussions on public policies related to science teacher's formation in general and in chemistry, particularly, in order to provoke a reflection on what challenges and prospects exist in the current scenario of undergraduate chemistry education in Brazilian universities and colleges.
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OBJETIVOS: Conhecer a percepção de mães sobre consulta ideal e a assistência prestada a seus filhos pelos alunos de Medicina da sétima fase no Ambulatório de Pediatria do Hospital Universitário da UFSC. MÉTODO: Pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, utilizando entrevista semi-estruturada em profundidade com 12 mães cujos filhos eram consultados no ambulatório de Pediatria do Hospital Universitário da UFSC, por acadêmicos de Medicina da sétima fase. RESULTADOS: As mães estavam satisfeitas com o atendimento prestado pelos acadêmicos e mencionaram que os aspectos que mais as agradaram foram a relação médico-paciente - representada pela atenção, paciência e carinho -, o fornecimento de informações claras e detalhadas, em linguagem acessível, e o exame físico minucioso. Entre as limitações sentidas, foram citadas a demora das consultas e a grande quantidade de pessoas no consultório. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A relação médico-paciente foi determinante para a satisfação destas mães com o atendimento, além do exame físico minucioso. A redução no número de estudantes presentes na consulta deve ser considerada.
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Na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), o ensino da Atenção Primária (AP) com enfoque em medicina de família no primeiro ano de internato se iniciou em 1997. A estratégia de ensino consiste em inserir o aluno em equipes de saúde da família para vivenciar as práticas na realidade do Sistema Único de Saúde. As práticas programadas foram consulta médica individual, seguimento de famílias, visitas domiciliares, atividades de grupos e discussões de casos individuais e de famílias. Foram enfatizadas a prevenção de doenças e a promoção da saúde, bem como a vivência com o usuário, buscando-se a assistência integral. O objetivo deste trabalho foi estudar a contribuição do estágio no Programa de Saúde da Família (PSF) para a formação dos alunos do quinto ano do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), em AP, tendo 103 alunos respondido a um questionário estruturado aplicado antes e depois do estágio. Segundo o aluno, o estágio contribuiu de forma positiva para a sua formação, principalmente nos aspectos de integração com a equipe de saúde, humanização e visão dos principais princípios da saúde da família e da AP, tais como trabalho em equipe, longitudinalidade, acessibilidade e atuação na prevenção. Após o estágio, o aluno passou a dar mais importância aos aspectos sociais e econômicos do paciente e a avaliá-lo como um ser biopsicossocial.
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Tendo em vista a importância da relação médico-paciente nas dimensões técnica, humanística, ética e estética da prática médica, este estudo teve por objetivo conhecer como estudantes do último semestre do curso de Medicina de uma universidade federal do Sul do Brasil aprenderam a relação médico-paciente. Foi realizado estudo de caso de abordagem mista, por meio de entrevista semi-estruturada com 25 acadêmicos do universo de 47, selecionados aleatoriamente, por sorteio. Os aspectos percebidos como mais influentes no processo de ensino-aprendizagem da relação médico-paciente foram os bons e maus modelos, atendimentos realizados no dia-a-dia e relacionamentos interpessoais. As aulas sobre o tema foram consideradas escassas. Quinze estudantes (60%) referiram querer aprender mais sobre a relação médico-paciente durante o curso, em aulas com abordagem de situações específicas, tendo sido sugerida uma disciplina sobre o tema. Concluiu-se que o ensino-aprendizagem da relação médico-paciente poderia ser promovido pelo treinamento em habilidades de comunicação e pela criação de espaços para reflexão mediados por professores ou médicos ao longo do curso.
Resumo:
A relevância da educação em ética médica na formação do profissional de Medicina tem sido cada vez mais reconhecida em todo o mundo. No Brasil, a Resolução 08/1969 do Conselho Federal de Educação tornou obrigatório o ensino da deontologia nas escolas médicas. Com o objetivo de avaliar a evolução do ensino da ética em escolas médicas brasileiras, foi realizada uma revisão sistemática dos levantamentos nacionais sobre o ensino da disciplina de deontologia, ética médica ou bioética, publicados nos últimos 30 anos. Foram localizados três estudos, publicados em três diferentes décadas, que mostraram estagnação no número de disciplinas específicas para a ética médica ao longo do tempo, baixa carga horária reservada ao seu ensino e reduzido número de professores exclusivos, em sua maioria vinculados à especialidade de medicina legal. Os temas de responsabilidade profissional e segredo profissional foram os mais abordados, sendo o conteúdo ministrado principalmente em aulas expositivas e discussão de casos. A importância da educação em ética médica nos cursos de graduação exige o seu ensino, em todos os períodos, por docentes com vivência profissional e conhecimentos na área de ciências humanas, de forma integrada com outras instâncias responsáveis por aspectos éticos nas instituições, com o objetivo de for-mar profissionais eticamente competentes para o melhor exercício da ciência e arte da medicina.
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Estudo transversal com duas amostras randomizadas de 50 alunos do segundo e 50 do sexto ano de graduação em Medicina. Foi aplicado um questionário com questões abertas e a escala "Instrumento de avaliação de atitudes de estudantes de medicina frente a aspectos relevantes da prática médica" (Colares, 2002). A escala contém 52 questões referentes à: 1. Aspectos psicológicos e emocionais nas doenças orgânicas e mentais; 2. Manejo de situações relacionadas à morte; 3. Atenção primária à saúde; 4. Aspectos relacionados à doença mental; 5. Contribuição do médico ao avanço científico da medicina; 6. Outros aspectos relacionados à atuação médica e às políticas de saúde. As atitudes são categorizadas em positivas, negativas e conflitantes. Observou-se que os estudantes apresentaram atitudes positivas frente a pelo menos três dos seis aspectos abordados; os alunos do segundo ano e do sexto ano apresentaram diferença estatisticamente significativa (chi² = 6,901, g.l. = 1, p < 0,05) nas atitudes relacionadas ao fator 2 (manejo de situações relacionadas à morte).
Resumo:
Trata-se de um ensaio sobre a diferença entre ensinar e educar na área da saúde. A partir de alguns casos de esquistossomose em adolescentes de Campinas, assistidos pelo autor no próprio serviço em que desempenha tarefas de docente e assistente na área de Pediatria, discute-se o modo como esta doença vem sendo abordada nos últimos 50 anos, sempre numa perspectiva educacional, isto é, mais complexa e ampla. A partir deste debate, podem-se encaminhar reflexões e críticas sobre o modelo de ensino-assistência na área da saúde no Brasil nas últimas décadas, apesar das novas diretrizes curriculares. Questionam-se as diferenças entre a esquistossomose no Brasil na década de 1960 e no início do século 21, considerando, em cada período, a população, a migração, as condições de vida da população, as terapêuticas, etc. Também se interroga sobre qual tem sido o papel da educação multidisciplinar na mudança deste quadro. Apontam-se algumas direções, para discussão e reflexão, sobre estratégias de ensino na área da saúde.
Resumo:
O trabalho apresenta e analisa resultados provenientes da auto-avaliação a que se submeteram 28 escolas médicas brasileiras (EMBs) participantes do Projeto da Comissão de Avaliação das Escolas Médicas (Caem), da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), relativo ao eixo Cenários da Prática, um dos cinco eixos relevantes na formação do médico. Este eixo é composto de três vetores: locais de exercício da prática médica utilizados pela escola; prática proporcionada aos discentes com orientação docente; e oportunidades oferecidas aos estudantes para vivenciar as demandas espontâneas de atendimento em saúde - âmbito da prática. Em relação ao vetor Local de Prática, três quartos das escolas se colocam como predominantemente utilizando unidades do sistema de saúde voltadas à atenção primária, secundária e terciária, outro quarto se percebe utilizando predominantemente o hospital secundário e os serviços ambulatoriais da própria instituição. Quanto à Participação Discente, três quartos afirmam proporcionar ao estudante ampla participação, com orientação e supervisão docente nos diversos cenários de prática; as demais proporcionam aos discentes atividades selecionadas e parcialmente supervisionadas. No vetor que trata o Âmbito da Prática, um quarto das escolas se limita a oferecer práticas ligadas aos departamentos e especialidades/disciplinas; um terço oferece práticas que cobrem vários programas de forma estanque; e quase a metade das escolas (43%) oferece prática ao longo de todo o curso utilizando os serviços em todos os níveis de atenção de forma integral. Nem sempre as justificativas e evidências corresponderam às situações de inovação ou transformação percebidas pelas escolas.
Resumo:
OBJETIVO: Identificar questões emocionais subjetivas da consulta ginecológica que possam interferir na relação médico-paciente e motivar a necessidade de ampliar a formação pessoal como uma atividade complementar. MÉTODO: Foi realizado um estudo clínico-qualitativo de pesquisa, por meio da técnica de entrevista semidirigida de questões abertas. Estas foram submetidas à técnica de análise temática de conteúdo e elaboração de categorias de análise embasadas no referencial psicodinâmico. Foi constituída uma amostra intencional com oito médicos ginecologistas da Região Sudeste do Brasil. RESULTADOS: A análise das entrevistas originou duas categorias temáticas sobre a relação médico-paciente: a consulta médica como "um encontro afetivo-profissional" e como "um momento de reflexão pessoal". Observou-se que a interação médico-paciente exerce importante papel na satisfação do exercício profissional, contribuindo para que o médico reflita sobre suas questões pessoais. Houve uma demanda por ensinamentos complementares que pudessem dar continência aos sentimentos internos mobilizados a partir da relação com a paciente. Há momentos de maior vulnerabilidade do médico, e o início da prática clínica é considerado um dos momentos marcantes de transição. CONCLUSÃO: Os entrevistados evidenciaram múltiplos aspectos que apontam uma forte mobilização de questões emocionais a partir do contato com as pacientes no ambiente da consulta médica. Limitações da educação médico-acadêmica dos ginecologistas entrevistados levaram à busca de complementação de sua formação pessoal, eventualmente incluindo suporte psicoterápico.
Resumo:
A saúde coletiva tenciona romper com o paradigma tradicional da medicina, centrado no modelo biologicista da saúde-doença. Este estudo visou: avaliar as disciplinas da saúde coletiva oferecidas na graduação dos alunos do curso de Medicina da Universidade Estadual do Ceará (Uece); caracterizar a percepção deles acerca da contribuição dessas disciplinas na relação com o paciente; descrever o conhecimento discente sobre aspectos relacionados à ementa de cada disciplina, como possíveis mudanças na disposição delas; e analisar o conceito de saúde coletiva do ponto de vista dos alunos. Estudo descritivo com abordagem quantitativa, desenvolvido na Uece e nos serviços de saúde conveniados ao curso de Medicina. De uma população de 240 alunos matriculados no curso de Medicina da Uece, retirou-se uma amostra por conveniência de 129 acadêmicos. Os dados foram obtidos mediante questionário semiestruturado. A análise foi realizada com o programa estatístico PASW, versão 17.0. Dos participantes, 112 (86,8%) enfatizaram o efeito positivo das disciplinas na relação com os pacientes. Noventa e um (70,5%) ressaltaram a grande carga horária das disciplinas e 91 (70,5%) desconhecem a ementa. Muitos, 52 (47,7%), sugeriram redução do número de disciplinas e créditos, e 36 (26%) não souberam conceituar saúde coletiva. Conclui-se que esta é essencial na formação dos futuros médicos, mas urge repensar a reformulação curricular e mudanças de atitudes dos docentes desse curso.
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INTRODUÇÃO: Há importância na análise do ensino-aprendizagem na graduação médica que permita identificar oportunidades de melhoria no ensino dos cuidados no final da vida. OBJETIVO: Descrever atitudes e práticas do ensino dos cuidados no fim da vida no Brasil conforme relatado pelos coordenadores de curso. MÉTODO: Questionário sobre o ensino dos cuidados no fim da vida foi aplicado em 179 coordenadores de escolas de medicina brasileiras. RESULTADOS: Cinqüenta e oito coordenadores participaram (32,4%). A maioria (96,6%) considerou muito importante o ensino dos cuidados no fim da vida. Setenta e três por cento acredita que o tempo para ensinar sobre os cuidados paliativos em seus currículos é insuficiente, sendo sua prioridade insuficiente ou inexistente em 50,9% das opiniões. O pequeno número de docentes especializados foi considerado como uma das barreiras para incorporar esse ensino no currículo da graduação. CONCLUSÃO: As atitudes e práticas quanto ao ensino dos cuidados no fim da vida nas escolas médicas sugerem limitações. Embora os atuais coordenadores acreditem em sua importância, ainda é dada pouca prioridade ao ensino deste tema no Brasil.