296 resultados para Arte-Terapia
Resumo:
Este artigo pretende oferecer uma re-interpretação da suposta tese hegeliana sobre o fim da arte. A especulação estética de Hegel não envolve uma constatação do fim da arte enquanto fenômeno histórico, mas apenas da sua transformação gradual a partir do predomínio da reflexão sobre intuição na idade moderna.
Resumo:
O objetivo deste texto é apontar os pontos de proximidade e de diferença entre as reflexões de Nietzsche e de Platão sobre o papel da arte para o autogoverno do indivíduo e a autonomia e soberania da cultura.
Resumo:
Este artigo trata de duas questões suscitadas em "Tentativa de uma autocrítica": como conceber um pessimista sorridente e alegre que esquece com uma risada todo "conforto metafísico" e como reconciliar sua posição ontológica - não há ser, mas devir - com sua concepção da tarefa da arte. O autor aborda a concepção nietzscheana da aparência (Schein) como uma estrutura epistemológica que coloca a ontologia e a filosofia da arte de Nietzsche no contexto de uma concepção de linguagem, levando-o a requerer dos filósofos que eles criem novos valores
Resumo:
A Fenomenologia do Espírito de Hegel não é ainda o lugar específico da posição de sua filosofia da arte propriamente dita. Entretanto, é possível compreender a relação sistemática entre alguns conceitos fundamentais desta obra de 1807 e a concepção hegeliana de arte da maturidade. A partir desta relação, destacaremos em nossa interpretação três diferentes e complementares teses: 1. Da obra de arte como produto ideal do trabalho do espírito (Geist); 2. Do simbolismo da religião natural como produto do trabalho do artesão à beleza da religião da arte; 3. Da necessidade do oráculo à subjetividade concreta do ator de teatro.
Resumo:
A partir da leitura de A Gaia Ciência, pretendemos mostrar alguns elementos importantes que, nesse livro, se constituem em torno do tema da "distância". Analisando principalmente três aforismos do livro, procura-se esclarecer o deslocamento no texto e no pensamento de Nietzsche da distância como Ferne, de origem romântica, à distância como Distanz. Entretanto, procura-se ao final mostrar que Nietzsche desloca o tema romântico da Ferne, caracterizando-a como uma "distância artística", que se torna o traço distintivo entre a perspectiva da arte e a perspectiva do conhecimento.
Resumo:
O presente artigo discute o problema da autonomia da arte e suas implicações hermenêuticas e ontológicas, tomando por base as concepções de Herbert Marcuse e de Luigi Pareyson.
Resumo:
O presente ensaio analisa a relação entre arte e política a partir da sua autonomia recíproca, definida como um pressuposto epistemológico para o estudo daquela relação. Analisaremos como as especificidades ontológicas da arte (nos planos da recepção, da produção e do seu entrelaçamento entre semântica e sensorialidade) podem propiciar acontecimentos de caráter político, e também como tais especificidades podem se conciliar com a atividade crítica ou judicativa de vocação política, de maneira que elas sejam respeitadas, e não agredidas. Conforme argumentaremos, uma filosofia que bem se presta a esta função é a de Deleuze e Guattari. Porém, para que a sua importância fique clara, este ensaio será quase integralmente dedicado a expor os estilemas conceituais, cuja longa vigência na tradição filosófica dificultou, ao fim e ao cabo, que a reflexão sobre arte e política escapasse à ação normativa (que se revela na posição tutorial do filósofo quanto à ação do receptor e, muitas vezes, também na compreensão que ele faz do objeto "arte"). Pretendemos que o contraste entre o rigor destes estilemas, e a flexibilização que eles recebem em Deleuze e Guattari, sugira a obra destes últimos como uma via para a reversão do quadro normativo.
Resumo:
As criações do gênio apolíneo-dionisíaco estão no centro das preocupações da metafísica de artista, e suscitam a questão acerca do vínculo de Nietzsche com a estética do Romantismo Alemão e de Schopenhauer. Investigamos neste artigo as ambivalências do pensamento nietzschiano no que tange ao conflito entre a arte apolínea da ilusão e a sabedoria dionisíaca, entre o Uno-Primordial e a aparência.
Resumo:
O objetivo do texto é propor uma interpretação do conceito de sublime na Teoria estética de Theodor Adorno, partindo do confronto com leituras significativas de outros comentadores, de modo a fornecer uma concepção que associe o movimento de transcendência e alteridade da forma estética à dinâmica histórico-processual das obras.
Resumo:
Este estudo discute a questão do fim da arte com base nas reflexões críticas de Clement Greenberg e na posterior apropriação dessas reflexões por Arthur Danto. Em primeiro lugar, pretendo mostrar como a visão negativa de Greenberg acerca da arte produzida a partir dos anos 1960 implica o tema do fim da arte. Em segundo, pretendo expor a tarefa assumida por Danto a partir de sua avaliação dos diagnósticos e da teoria de Greenberg.
Resumo:
RESUMO O tema do artigo é a relação arte e cidade, mediante o qual busca-se estudar a conformação do valor da arte numa sociedade de classes. Sua estrutura parte de um recorte da pesquisa em curso no âmbito do estágio sênior na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires entre 2013 e 2014. O texto se desenvolve em tópicos de temáticas complementares onde são analisadas as categorias estatuto social da cidade, a mercadoria arte, a alienação e a banalização da criatividade com as dimensões econômico-política, estético-ideológica e moral-educativa da arte que se encontram engendradas historicamente na totalidade das relações sociais de produção configuradas na cidade.
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RESUMO Este trabalho desenvolve aspectos da controvérsia entre Fichte e Schelling em relação aos elementos estéticos, linguístico-filosóficos e da filosofia da religião de ambos, que é foco das "Investigações sobre a liberdade humana de Schelling", assim como das exposições da doutrina da ciência e da ética do Fichte tardio (1810-1813). As divergências entre Fichte e Schelling não envolvem apenas problemas especulativos, mas sim variadas implicações e consequências dos seus sistemas filosóficos, que podem ser destacadas por uma análise da função da analogia nos dois autores. A analogia é uma figura que agrega a estética, a filosofia da linguagem e a filosofia da religião nos dois autores; ela é um significante que põe o problema do significado, ou seja, põe o problema da relação entre finito e infinito (Schelling) e da relação entre saber absoluto e saber particular (Fichte). Essa relação vai ser investigada a partir de algumas passagens das "Investigações" de Schelling (§2); num segundo momento, será analisada a função do conceito de analogia e de símbolo nesse contexto (§3); e, no final, a diferente compreensão da Igreja como símbolo do absoluto na "Filosofia da arte" de Schelling e na "Doutrina moral" fichtiana de 1798 e 1812 (§4).