327 resultados para Tronco
Resumo:
Mudas de mamoeiro da cv. Baixinho de Santa Amália (grupo 'Solo') foram transplantadas para três estruturas contíguas: (a) estufa com cobertura de plástico, (b) estufa sombreada com cobertura adicional de sombrite (30%, sobre o plástico) e (c) telado com cobertura exclusiva de sombrite (30%), estabelecendo-se, ao lado, uma área de cultivo em ambiente natural. Nas estufas, as partes laterais e frontais foram revestidas com tela antiafídica. No momento do transplantio e a intervalos mensais subseqüentes, durante o primeiro ano de cultivo, as plantas foram avaliadas em relação a: altura, diâmetro basal do tronco, número de folhas ativas e área foliar. O manejo e tratos culturais empregados obedeceram às normas técnicas constantes da legislação nacional relativa à agricultura orgânica. Desde a primeira colheita, foram contados e pesados todos os frutos produzidos. Em comparação ao ambiente natural, os cultivos protegidos proporcionaram aumentos na altura da planta além de 20%; nas estufas, particularmente naquela sem cobertura adicional de sombrite, ocorreram efeitos de aumento do diâmetro basal do tronco (30%), índice de enfolhamento (20%) e área foliar (36%); o cultivo orgânico do mamoeiro no interior das estufas possibilitou acréscimos altamente significativos no desenvolvimento e na produção de frutos orgânicos de padrão comercial (67% em peso e 49% em número). Deve-se ressaltar, ainda, que a cultivar Baixinho de Santa Amália não alcançou, após a última colheita quantificada, o limite máximo do teto das estufas (4,5m), o que lhe permitiu um ciclo produtivo superior a 24 meses nessas estruturas de proteção.
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Avaliaram-se o desenvolvimento vegetativo, a produção e a qualidade de frutos das cultivares-copa 'Swatow' (Citrus reticulata Blanco), 'Ellendale' [C. reticulata x C. sinensis (L.) Osbeck], 'Fortune' (C. clementina hort. ex Tanaka x C. tangerina hort. ex Tanaka) e 'Nova' [C. clementina x (C. paradisi Macfad. x C. reticulata)] sobre limoeiro 'Cravo' (C. limonia Osbeck), citrumeleiro 'Swingle' (C. paradisi x P. trifoliata (L.) Raf.), tangelereiro 'Orlando' (C. reticulata x C. paradisi) e tangerineira 'Cleópatra' (C. reshni hort. ex Tanaka), de 2000 a 2006. O experimento foi instalado em Bebedouro-SP, em outubro de 1997. As variáveis analisadas foram: produção anual e produção acumulada de todas as cultivares para todos os anos (2000 a 2006), qualidade de frutos em 2005 e 2006 (massa, sólidos solúveis totais, acidez total, ratio), volume da copa, diâmetro do tronco da copa, eficiência de produção (Kg frutos/m³ copa) e índice de alternância de produção. A produção acumulada e a qualidade de frutos das cultivares testadas não foram influenciadas pelos porta-enxertos. O citrumelo 'Swingle' induziu menor porte às plantas das cultivares-copa. O tangelo 'Nova' apresentou características adequadas à comercialização in natura. A tangerineira 'Swatow' produziu frutos de qualidade semelhante aos de tangerineira 'Ponkan'. O tangor 'Ellendale' e a tangerineira 'Fortune' apresentaram produção de frutos baixa e irregular.
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Em pomares de macieira, o dano de granizo pode ser evitado através da cobertura das plantas com telas. Todavia, as telas alteram a intensidade e a qualidade da luz solar e, assim, podem comprometer o rendimento e a qualidade dos frutos. Este trabalho objetivou avaliar estes aspectos em macieiras 'Fuji', cobertas com telas nas cores branca e preta. A tela preta ocasionou maiores reduções na densidade de fluxo de fótons fotossinteticamente ativos (DFFFA) disponíveis às plantas (24,8%) em relação à tela branca (21,2%). O interior do dossel das plantas sob tela, especialmente quando cobertas com tela preta, recebeu radiação com menores valores da relação vermelho:vermelho distante (V:Vd) em relação às plantas descobertas. Somente sob tela preta, a magnitude das reduções na DFFFA e na relação V:Vd da luz foi capaz de aumentar a área média e a área específica das folhas e reduzir a taxa fotossintética potencial, reduzindo assim o rendimento (número e peso de frutos por cm² de seção transversal de tronco) e a coloração vermelha dos frutos. As telas antigranizo branca e preta reduziram a incidência de queimadura de sol, porém não afetaram a severidade de "russeting" e o número de sementes por fruto.
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A mudança do perfil do consumidor, aliada aos riscos da contaminação por agrotóxicos, tem levado à busca de alternativas ecologicamente apropriadas para produção de frutas. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a incidência de antracnose, o desempenho e estado nutricional de variedades de mangueira conduzidas organicamente na região de Pindorama-SP. Foram utilizadas 17 variedades de mangueira. O experimento foi instalado em delineamento experimental em blocos completos ao acaso, com 17 tratamentos (variedades) e seis repetições. Foi avaliada a severidade de antracnose nas folhas, através de uma escala diagramática, atribuindo-se notas aos sintomas. Foram avaliados o crescimento e o desenvolvimento (altura da planta, perímetro do tronco e da copa) e o estado nutricional, mediante análise foliar, das diferentes variedades utilizadas. Através dos resultados obtidos, podem-se considerar como muito suscetíveis à antracnose as variedades Bourbon, Rocha e Rosa; e resistentes, as variedades IAC 111, Alfa, Beta e Parvin; as variedades de manga apresentaram o mesmo padrão de crescimento; as maiores alturas da planta corresponderam aos maiores diâmetros do tronco e da copa; a variedade Parvin apresentou o melhor desempenho dentre as variedades estudadas, com relação à resistência à antracnose, altura e diâmetro do caule e da copa, podendo ser recomendada ao cultivo orgânico. As variedades Omega e Alfa também apresentaram bom crescimento, podendo ser indicadas para esse cultivo, pelo menos nessa fase inicial; as variedades Surpresa e Rosa não apresentaram bom desempenho, no campo, em relação às demais, não devendo ser recomendadas para o cultivo orgânico, principalmente a variedade Rosa, bastante suscetível à antracnose. As concentrações de N, P e K foram elevadas na fase vegetativa das plantas, comparadas |à baixa concentração de Ca; houve carência de Boro em todas as variedades estudadas. A manga Rosa, provavelmente, sofreu toxicidade ao excesso de manganês, ocasionando diminuição em seu desenvolvimento.
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A obtenção de pomares compactos, com plantas de menor vigor e alta produção, constitui uma forte tendência da horticultura atual, tendo em vista o aumento na produtividade. Uma das técnicas de redução do vigor das plantas é a interenxertia. Este estudo foi desenvolvido no pomar comercial da empresa Randon Agro Silvo Pastoril S.A. (RASIP), localizado no Estado Rio Grande do Sul, Brasil. O objetivo foi avaliar o desenvolvimento vegetativo e produtivo de macieiras cv. Imperial Gala, com diferentes comprimentos de interenxerto: 10; 15; 20; 25 e 30 cm. Os parâmetros avaliados no sétimo e oitavo anos de implantação foram os seguintes: área da seção do tronco da cultivar copa a 5 cm do segundo ponto de enxertia; altura da planta; volume da copa; índice de fertilidade; número de frutos por planta; produtividade estimada e eficiência produtiva. Conclui-se que o uso do interenxerto de EM-9 de 30 cm no porta-enxerto Marubakaido é o mais indicado para o controle do vigor de macieiras cv. Imperial Gala, garantindo a maior eficiência produtiva e frutos de maior tamanho.
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Para o manejo adequado de uma cultura, especialmente frutífera perene, torna-se importante o conhecimento de vários fatores agronômicos, entre os quais o desenvolvimento e a distribuição do sistema radicular. Este trabalho objetivou avaliar a distribuição do sistema radicular do porta-enxerto coquinho sob copa da mangueira cultivar Haden. O estudo foi realizado de março/2005 a maio/2007 em solo argiloso, Latossolo Vermelho distrófico, sob vegetação de cerrado, em pomar implantado em 1992, espaçamento de 10 x 10 m, na Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão da Faculdade de Engenharia/Unesp/Ilha Solteira, localizada no Município de Selvíria-MS. Os tratamentos utilizados foram: plantas testemunhas, sem aplicação de calcário, e plantas que receberam 3,1 t de calcário ha-1. Avaliou-se o sistema radicular, coletando-se amostras de solo e raízes nas profundidades de 0,0-0,20; 0,20-0,40; 0,40-0,60; 0,60-0,80 e 0,80 a 1,0 m e nas distâncias do tronco de 0,83; 2,49; 4,15 m, classificando as raízes em < 2; 2-5; 5-10 e >10 mm de diâmetro. As raízes de absorção de maior ocorrência foram as de diâmetro menor do que 2 mm nos dois tratamentos. A maior concentração de raízes de absorção ocorreu na faixa compreendida entre 0,0 e 1,66 m do tronco e ao longo do perfil analisado, de 0,0 a 1,0 m de profundidade. A maior concentração de raízes de absorção localizou-se até 0,4 m de profundidade. As plantas que receberam calcário apresentaram aumento de 15,73% de raízes de absorção em relação à testemunha.
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A insuficiência de estudos sobre compatibilidade de porta-enxertos é um dos fatores limitantes ao desenvolvimento da cultura da pereira (Pyrus sp.) no Brasil. A utilização do marmeleiro (Cydonia oblonga) como porta-enxerto para a cultura da pereira apresenta inúmeras vantagens, entre as quais a redução do vigor e a rápida entrada em produção; todavia, sua combinação com algumas cultivares copa apresenta problemas de incompatibilidade de enxertia, podendo ocasionar a ruptura do caule das plantas no pomar. Objetivou-se, neste trabalho, avaliar a compatibilidade de enxertia de algumas cultivares de marmeleiros ('Quince C' e 'Adams') com pereiras ('Packham's Triumph' e 'Kieffer'). As variáveis analisadas foram: diâmetro da secção do tronco no ponto de enxertia, 5 cm abaixo e 5 cm acima do ponto de enxertia, diferença do diâmetro entre porta-enxerto e copa, altura das plantas, volume e massa seca da copa e raízes. Além disso, efetuou-se a observação da conexão vascular no ponto de enxertia através da imersão da base das plantas (abaixo do ponto de enxertia), em solução corante de Ácido Fuccínico 0,08%. Concluiu-se que a cultivar 'Packham's Triumph'apresenta compatibilidade de enxertia com o marmeleiro cultivares 'Adams'e 'Quince C', enquanto o híbrido 'Kieffer' apresentou sintomas morfológicos de incompatibilidade de enxertia com o marmeleiro cultivares 'Quince C' e 'Adams'.
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Grapholita molesta e Bonagota cranaodes são duas importantes pragas de pomares de macieira controlada por inseticidas. O objetivo deste estudo foi testar duas formulações de Bacillus thuringiensis var. kurstaki (Btk) para o controle desses tortricídeos. Parcelas de macieira 'Fuji' foram pulverizadas com Dipel PM e Dipel SC, nas concentrações de 100 ml por100 L de calda. A eficiência do Btk foi comparada com os inseticidas tebufenozide (Mimic 240 SC - 90 ml por 100 L) e clorpyrifos (Lorsban 480 BR - 150 ml por 100 L). Duas vezes por semana, eram avaliadas as capturas de pragas em armadilha do tipo Delta. As avaliações de danos nos frutos foram realizadas antes e na colheita, sendo classificados os frutos em função do agrupamento em cachopa e a sua localização na planta. Os tratamentos com Btk tiveram mais danos do que os químicos. Houve uma tendência de maiores danos na parte interna, próximo ao tronco das macieiras e o agrupamento dos frutos não influenciou na presença de danos. Ambas as formulações de Dipel foram eficientes quando comparados com Mimic e Lorsban.
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Este trabalho avaliou a resistência à infecção de tronco e de raízes por Phytophthora nicotianae em híbridos somáticos de citros com potencial para serem utilizados como porta-enxertos. Os híbridos somáticos avaliados foram laranja 'Hamlin' (Citrus sinensis) + toranja 'Indian Red' (Citrus grandis) (plantas 1 e 2) e laranja 'Hamlin' (C. sinensis) + toranja 'Singapura' (C. grandis). Plantas de limão 'Cravo' (Citrus limonia), laranja 'Caipira' (C. sinensis), laranja-azeda (C. aurantium) e Poncirus trifoliata 'Davis A' (Poncirus trifoliata) foram utilizadas como plantas-controle devido à reação conhecida à infecção pelo patógeno. Avaliações realizadas entre 30 e 60 dias após as inoculações com o patógeno incluíram o comprimento das lesões no tronco e a massa seca do sistema radicular nas plantas avaliadas. O híbrido somático laranja 'Hamlin' + toranja 'Indian Red' (planta 1) mostrou-se tolerante a P. nicotianae, indicando potencial para continuidade nas suas avaliações como porta-enxerto para citros.
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O declínio dos citros é uma anomalia vascular que provoca grandes prejuízos à produção de citros. Sua causa é controversa, e fatores bióticos e abióticos têm sido sugeridos. Embora detectado desde 1979 afetando plantas em pomares do Estado de São Paulo, sua ocorrência ainda não foi relatada em certas regiões produtoras de citros do Brasil. Este trabalho teve como objetivo comprovar, por meio de testes diagnósticos, a ocorrência do declínio dos citros no polo citrícola da região noroeste do Paraná. Foi realizado em pomar experimental de laranjeira 'Valência' (Citrus sinensis L. Osb.) enxertada em limoeiro 'Cravo' (C. limonia Osb.) plantado em 1994 no município de Nova Esperança. Os testes de teor de zinco na madeira e da absorção de água com injeção no tronco confirmaram a presença de declínio dos citros. Os sintomas da doença foram caracterizados por folhas pequenas, sem brilho e com menor turgidez, redução nos fluxos de brotação, morte da extremidade de ramos e redução da produção e do tamanho de frutos. A primeira ocorrência de declínio dos citros foi observada aos sete anos após o plantio, e aos quinze anos atingiu 31% das plantas.
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Avaliaram-se a relação entre densidade populacional inicial de Meloidogyne mayaguensis em mudas de goiabeiras 'Paluma', seu desenvolvimento vegetativo e a primeira colheita, em condições de microparcelas na área experimental do Departamento de Fitossanidade da UNESP/ FCAV, Jaboticabal-SP. Os tratamentos consistiram em cinco níveis crescentes de inóculo (0; 10; 100; 1.000 e 10.000 ovos+juvenis de segundo estádio - J2) aplicados por planta. Periodicamente, foram avaliados os seguintes parâmetros: diâmetro do tronco, comprimento dos ramos, massa fresca e seca da parteaérea retirada nas podas e área foliar. Verificou-se que todas variáveis quantitativas foram afetadas na relação direta com os níveis de inóculo do nematoide. Todas as plantas inoculadas com 1.000 ovos e J2 morreram 10 meses após a inoculação. Houve produção de frutos somente nas plantas dos níveis 0 (zero) e 10 ovos + J2 de M. mayaguensis/planta. Não houve diferença significativa entre os tratamentos quanto à massa dos frutos, porém o comprimento, a largura e o número de frutos por planta foram superiores nas plantas não inoculadas.
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O manejo em pomares orgânicos de citros é diferenciado em relação aos pomares convencionais. Deste modo, objetivou-se avaliar alguns atributos físicos e químicos de um Argissolo espessarênico e produtividade do pomar de tangerineiras, cv. montenegrina, sob sistema orgânico de produção, com diferentes manejos da vegetação nas entrelinhas. Os tratamentos estudados foram: gradagem, roçada, acamamento com rolo-faca e com arraste de tronco. A avaliação dos atributos físicos ocorreu sob a projeção da copa e na área de tráfego de máquinas, nas camadas de 0,0-0,1 e 0,1-0,2 m. A fertilidade química do solo foi determinada nas profundidades de 0,0-0,1; 0,1-0,2 e 0,2-0,4 m, enquanto a produtividade de frutos foi estimada a partir das plantas centrais de cada parcela. O tráfego de máquinas influenciou negativamente nos atributos físicos do solo abaixo da interface pneu/solo, embora não tenha sido restritivo à produtividade de frutos. Em todos os tratamentos, houve incremento de matéria orgânica na camada superficial do solo e dos teores de P, K+, Ca2+ e Mg2+ nas três camadas de solo em relação à área adjacente com vegetação nativa. O manejo com gradagem apresentou produtividade significativamente maior em relação ao manejo com roçada.
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O presente estudo teve por objetivo avaliar a ocorrência de esterilidade feminina e de carpeloidia em mamoeiros hermafroditas 'Baixinho-de-Santa Amália' cultivados sob manejo orgânico, em diferentes tipos de ambiente de proteção,e conduzido com ou sem bifurcação do tronco no transcorrer das quatro estações do ano. Foram construídos três tipos de estruturas de proteção contíguas: (i) estufa (cobertura de plástico); (ii) estufa sombreada (cobertura adicional de tela 'sombrite' - 30% sobre o plástico), e (iii) telado (cobertura exclusiva de tela 'sombrite' - 30%), ao lado de uma área de ambiente natural, a pleno sol. Nestes locais, foram cultivados, dentro das normas técnicas da agricultura orgânica, mamoeiros da cv. Baixinho-de-Santa-Amália. Em metade das plantas, abrangendo todos os ambientes de cultivo, a gema apical foi incisada, logo após a sexagem, visando à bifurcação do tronco. Para efeito de análise de variância, foram considerados quatro blocos por ambiente de cultivo, tendo cada bloco três repetições relativas ao modo de condução das plantas (com e sem bifurcação do tronco). Para análise estatística, procedeu-se à "análise conjunta de experimentos", no caso, os ambientes de cultivo. Nos mamoeiros com tronco bifurcado, houve diminuição do número de frutos carpeloides e aumento do número de flores fêmeas estéreis. No entanto, essa bifurcação não influenciou a frequência de frutos normais. Durante a primavera (setembro a dezembro), e notadamente na estufa, o maior número de frutos carpeloides por planta correlacionou-se a temperaturas mais elevadas, maior amplitude térmica e maior vigor vegetativo; já, a maior ocorrência de flores estaminadas correlacionou-se também a temperaturas elevadas, baixa luminosidade e menor vigor vegetativo. Por outro lado, essas mesmas condições ambientais e fenológicas favoráveis à carpeloidia aumentaram a quantidade de frutos normais, assim contribuindo positivamente para a produtividade do mamoeiro.
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O pequi é uma espécie com ampla distribuição no cerrado brasileiro, tendo grande importância social e econômica para os habitantes desse bioma. O presente trabalho foi proposto em função da ausência de informações sobre os efeitos de fatores genéticos e ambientais na expressão de variáveis físicas em frutos dessa espécie. Informações dessa natureza facilitam as decisões em relação ao processo de domesticação e melhoramento dessa espécie. Para atender a este objetivo, colheram-se frutos nos municípios de Curvelo e São Gonçalo do Rio Preto, Minas Gerais, totalizando 15 matrizes por município, selecionadas através de características que refletem suas idades, sendo a principal o diâmetro do tronco rente ao solo (DAS). As variáveis físicas avaliadas foram: Peso Total do Fruto (PTF); Peso do Mesocarpo Externo (PME); Peso dos Putamens (PTP) por fruto; Nº de Putamens (NP) por fruto e Peso Total de Polpa (PTPL) por fruto. O efeito de matrizes foi altamente significativo para todas as variáveis avaliadas, enquanto o de populações foi apenas para NP. As estimativas das correlações entre as variáveis avaliadas foram todas positivas, algumas significativas. As estimativas das correlações entre DAS e as demais variáveis também foram todas positivas, algumas significativas. Os resultados permitem concluir que: há grandes expectativas de ganhos a partir da propagação vegetativa de matrizes selecionadas no campo para as características físicas de seus frutos; o peso de polpa por fruto, caráter de grande importância econômica, mas de avaliação trabalhosa, pode ser selecionado a partir da avaliação do peso de putamens por fruto; o efeito da idade da planta sobre a expressão de variáveis físicas em frutos de pequi é nulo ou positivo, podendo a seleção ser conduzida em plantas jovens.
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A pera é a fruta fresca mais importada pelo Brasil, constituindo-se em importante oportunidade de mercado para os produtores. No entanto, diversos problemas ainda limitam o cultivo da pereira, como a ausência de porta-enxertos adequados. Objetivou-se com este trabalho avaliar o desenvolvimento, a produtividade e a qualidade de peras cultivares (cvs.) Carrick enxertadas sobre 'Portugal', 'MC', 'BA29', 'D'Vranja' e 'Inta 267', e a cv. Packham's Triumph enxertadas sobre 'Adam's', 'D'Angers', 'Alongado' e 'Smyrna', e Pyrus calleryana. O experimento foi realizado durante as safras de 2009 e 2010, em pomar de pereiras de sete anos, conduzido em líder central, em espaçamento de 1,0x5,0 m, localizado no Centro Agropecuário da Palma, FAEM/UFPel. O delineamento experimental utilizado foi o de casualização por blocos, com três repetições por tratamento. Avaliaram-se a área da seção transversal do tronco, a eficiência produtiva, a produtividade, a produtividade acumulada, o número de frutas por planta, sólidos solúveis totais, firmeza de polpa, massa e diâmetro de fruta. Foi possível constatar que a produtividade das cvs. Carrick e Packham's Triumph é maior com os porta-enxertos de marmeleiro 'Portugal' e 'MC'; 'Adam's' e 'D'Angers', respectivamente. A produtividade e a eficiência produtiva dessas cultivares, em geral, é inversamente proporcional ao vigor induzido pelo porta-enxerto. Frutas das cvs. Carrick e Packham's Triumph acumulam maior quantidade de sólidos solúveis totais quando utilizados porta-enxertos menos vigorosos.