283 resultados para Rio Tocantins (Bacia do Amazonas)
Resumo:
Este estudo teve como objetivo averiguar o conhecimento dos alunos da 5a série das escolas públicas estaduais de Manaus sobre a floresta amazônica e seus recursos. As entrevistas foram realizadas em 14 escolas, com o auxílio de um questionário padrão contendo perguntas abertas. De cada escola foram entrevistados 10 alunos, perfazendo um total de 140 no final da pesquisa. Os resultados mostraram a necessidade de enfatizar nos currículos escolares, assuntos sobre a região amazônica.
Resumo:
Descreve-se pela primeira vez o cariótipo de exemplares de S. spilopleura da Amazônia Central. Todos os indivíduos analisados apresentaram número diplóide igual a 60 cromossomos, em conformidade com os dados da espécie obtidos em indivíduos da bacia do Paraná-Paraguai. No entanto, dois citótipos foram encontrados em simpatria na região de confluência dos rios Negro e Solimões, os quais não estão relacionados a heteromorfismo sexual. Além disso, os dois citótipos da Amazônia diferem dos três anteriormente descritos em exemplares do Paraná-Paraguai. A presença de distintos citótipos encontrados em simpatria e alopatria para S. spilopleura nos leva a sugerir que, ou essa espécie apresenta uma ampla heterogeneidade cariotípica ou existe um complexo de espécies cuja morfologia é muito semelhante.
Resumo:
Foi inventariada uma área de floresta densa de terra firme no rio Uatumã, município de São Sebastião, Estado do Amazonas (2º 20' 04" S e 58º 45' 26" W), objetivando estudar a composição florística, riqueza de espécies e parâmetros estruturais da vegetação. Executou-se o levantamento de um hectare, empregando-se um transecto de 10 χ 1000 m, dividido em 20 parcelas de 10 χ 50 m, onde mensuraram-se todos os indivíduos com DAP > 10 cm, incluindo árvores, cipós e palmeiras. O estrato inferior foi abordado em pequenas parcelas de 2 χ 2 m, obedecendo o critério de categoria de tamanho. Os parâmetros estruturais foram avaliados por meio do IVI (índice de Valor de Importância) das espécies, número de indivíduos por classe de diâmetro e espectro biológico do estrato inferior. Foram registrados 741 indivíduos (com DAP ≥ 10 cm), distribuídos em 46 famílias, 118 gêneros e 145 espécies. As famílias com maior número de espécies foram Leguminosae sensu lato (33), Myrtaceae (8) e Lauraceae (7), representando 33% do total de indivíduos registrados. Protium apiculatum e Eschweilera coriacea foram as espécies com maior IVI (22,4 e 17,6 respectivamente), representando 15% do total. Estas duas espécies foram as que apresentaram maior uniformidade de distribuição e maior número de indivíduos na área. O estrato inferior é composto de alta proporção de indivíduos (28,7%), cujas espécies representam 25,4% do total de espécies registradas que têm seu ciclo de vida neste estrato. Portanto, estas espécies não podem ser incluídas como parte da regeneração florestal, como é considerada por muitos projetos de manejo florestal.
Resumo:
Besouros dinastíneos foram coletados no Parque Nacional do Jaú, Estado do Amazonas, entre julho de 1993 a junho 1996, em dias de Lua minguante e nova, em 5 localidades diferentes, abrangendo principalmente a região dos baixos cursos dos rios Jaú, Carabinani e Unini. Utilizou-se para as coletas luz mista de mercúrio de 250 W e duas lâmpadas ultra-violeta, black-light (BL) e black-light blue (BLB), sobre um lençol branco em períodos diários de 12 horas consecutivas. Foram identificadas 34 espécies de 14 gêneros, sendo as espécies da tribo Cyclocephalini as mais representadas (19 espécies), seguidas por Oryetini (6 spp.), Phileurini (4 spp.), Pentodontini (3 spp.) e Dynastini com 2 espécies.
Resumo:
A fauna de esfingídeos (Lepidoptera, Sphingidae) foi estudada no Parque Nacional do Jaú e arredores, Amazonas, Brasil, durante o período de julho de 1993 a junho de 1996. O método empregado para as coletas foi luz mista de mercúrio e luz negra UV montadas sobre um lençol branco em períodos de 12 horas consecutivas. Foram coletados 2362 espécimes de 25 gêneros e 79 espécies, com a predominância de espécies das tribos Dilophonotini (45 espécies), seguida por Sphingini (13 spp.), Macroglossini (8 spp.), Philampelini (7 spp.) e Ambulycini (6 spp.). Os dados são comparados a outras áreas da Amazônia brasileira: Município de Itacoatiara (AM), Ilha de Maracá e Pacaraima (RR). Apresenta-se uma lista das espécies de esfingídeos incluindo 16 registros novos para o Estado do Amazonas e igualmente para todas as localidades em que foram coletadas.
Resumo:
Euterpe precatoria Mart. é uma palmeira amplamente distribuída na bacia Amazônica, em terra firme e em solos de várzea. Dos frutos obtêm-se o "vinho do açaí" e do ápice caulinar o palmito, que fazem desta palmeira um importante recurso alimentar. Neste trabalho é feita a descrição morfológica do desenvolvimento plantular durante a germinação da semente, contribuindo para o entendimento do processo e fornecendo subsídios para produção de mudas. A germinação é do tipo adjacente ligulada. A raiz primária emerge primeiro e desenvolve-se mais rapidamente que a plúmula; posteriormente, aparecem as raízes secundárias e terciárias.
Resumo:
O cupuaçu (Theobroma grandiflorum Schumman), é uma planta frutífera nativa da Amazônia, com uma diversificação na entomofauna encontrada, registrando-se maior abundância na ordem Coleoptera. Em uma plantação nos arredores da cidade de Manaus usando-se métodos de coletas, manuais, com aplicação de inseticida (método de queda) e armadilhas de interceptação de vôo foram coletados durante 12 meses consecutivos, 1.212 exemplares de Coleoptera. Alguns aspectos em relação a fenologia e localização das plantas foram abordados. A maior abundância foi registrada em plantas localizadas em áreas de relevo plano expostas ao sol, com flores e sem frutos. Encontrou-se maior frequência nos meses correspondentes ao período menos chuvoso (de junho a novembro), registrando-se maior quantidade de exemplares no horário matutino. Foram identificadas 32 famílias e as mais abundantes foram Chrysomelidae 25,17%, Curculionidae 18,08%, (incluindo Scolytinae e Platypodinae), Slaphylinidae 17,57% e Coccinellidae 12,46%. Foram identificados indivíduos dos gêneros Palaminus (Staphylinidae), Phenrica, Asphaera, Colaspis, Homophoeta, Heilipus (Chrysomelidae), Desmobaris, Phitotribus, Comptocerus (Curculionidae) e das espécies Homophoeta aequinoctialis, Exora obsoleta, Spaethiella coccinea (Chrysomelidae), Colobothea hirtipes, Clorida curta, Compsibidion maronicum, Heíerachthes pelonioides (Cerambycidae) e Marshallius multisignatus (Curculionidae). Os indivíduos de Spaethiella coccinea foram observados alimentando-se das folhas, Desmobaris e Heilipus foram encontrados alimentando-se dos brotos das folhas e das flores sendo considerados pragas para mudas das plantas. A relação dos indivíduos do gênero Phitotribus com a planta ainda não é conhecida.
Resumo:
Neste trabalho procura-se destacar as principais características das várzeas que ocorrem no Estado do Amazonas e suas influências sobre as atividades agrícolas, tomando-se como base trabalhos desenvolvidos nesse ecossistema. No Amazonas são diferenciados dois grandes ecossistemas: "terra firme" e "várzeas". Terra firme é um termo genérico, usado na Amazônia, para designar locais que não sofrem inundações provocadas pelos rios. O termo "Várzea" é utilizado para designar áreas situadas às margens dos rios de água "barrenta" ou "branca", sujeitas a inundações periódicas causadas pelos rios. Essas enchentes contribuem anualmente com novos depósitos de sedimentos, oferecendo uma camada de solo novo e fértil, às margens do rio Solimões e afluentes. Nas margens dos rios de água clara ou preta, não há formação de várzeas. As que se formam às margens desses rios são por influência dos rios de água barrenta e são menos férteis do que aquelas que ocorrem às margens desses rios. As várzeas, por apresentarem solos de fertilidade mais elevada, são intensivamente utilizados para fins agrícolas, no período em que não estão inundadas. As produtividades das culturas nesse ecossistema são mais elevadas do que nas terras firmes mas, o cultivo contínuo, sem inundação dos rios, leva a decair essa produtividade. Um dos principais fatores limitantes para o uso contínuo da várzea é a infestação por ervas daninhas. A distância dos mercados consumidores é um fator que deve ser considerado, quando da definição da utilização das várzeas, para fins agrícolas.
Resumo:
Foi estudada a biologia da polinização e o sistema reprodutivo de Passiflora coccinea uma Passifloraceae comum na região Amazônica, conhecida popularmente por maracujá-poranga ou tomé-assu. Este estudo foi realizado em uma área perturbada, na Estação Experimental de Silvicultura Tropical do INPA (03º06'08" S, 59º58'54" W), em agosto e setembro de 1999. Dados de morfometria, horário de abertura e tempo de vida das flores foram obtidos. Diariamente foram observados os animais visitantes, o tipo de alimento procurado, horário e frequência das visitas às flores. Foram realizadas experiências sobre o sistema de reprodução, como também, observada a produção natural de frutos na área. A flor de P. coccinea apresenta a síndrome da ornitofilia pois tem antese diurna, é vermelha, não possui odor e apresenta néctar em abundância. Os beija-flores Amazilia sp. e Phaethornis superciliosus foram considerados seus polinizadores. Duas espécies de Hymenoptera c duas de Lepidoptera foram consideradas "ladras de pólen" e "ladras de néctar", respectivamente, pois não contactam a superfície estigmatífera. O sistema de reprodução desta espécie de maracujá é a xenogamia visto que não foram produzidos frutos por apomixia e por autogamia. A taxa natural de produção de frutos aumentou de 15% para aproximadamente 54% com a realização de polinizações manuais.
Resumo:
Os muiraquitãs são artefatos líticos com formas batraquianas confeccionados principalmente em pedra verde, tipo jade, utilizados pelos povos Tapajó/Santarém e Conduri do Baixo Amazonas, dizimados pelos colonizadores europeus. Eram utilizados como amuletos e como símbolo de poder e ainda como objeto de troca. Supunha-se que o jade viera da Ásia. Estudos mineralógicos e químicos em dez peças do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), do Museu de Arqueologia e Etnografia (MAE) da Universidade de São Paulo e profa. Amarilis Tupiassu mostram que os muiraquitãs do MPEG e da profa. Amarilis são confeccionados em tremolita e os do MAE em actinolita, talco e pirofdita. Tremolita e actinolita são os minerais mais comuns de jade nefrítico, que não é assim tão raro. As microanálises químicas confirmam as determinações mineralógicas e ainda mostram que o jade do MAE contém sulfato e ferro ferroso. Tanto o jade do MPEG como do MAE diverge daquele de Baytinga (Amargosa-BA). Rochas ricas cm tremolita e actinolita são muito comuns no Proterozóico da Amazônia, encontrados tanto ao norte como ao sul da bacia, próximo na região do Baixo Amazonas, sendo desnecessário invocar uma fonte asiática para o jade dos muiraquitãs. Portanto se tornam vulneráveis às interpretações etnográficas e antropológicas com base em área asiática como fonte para a matéria-prima destes artefatos.
Resumo:
Considerando a relevância da fibra alimentar na proteção, manutenção e recuperação da saúde e a escassez de tabelas de composição química dos alimentos no que se refere a frutos amazônicos, determinou-se o teor de fibra alimentar em algumas populações de cubiu (Solanum sessiliflonun Dunal), camu-camu (Myrciaria dubia (H.B.K) Mc Vaugh) e açaí (Euterpe oleracea Mart) pelo método enzímico-gravimétrico. Os frutos tiveram diversas procedências: cubiu, da Estação Experimental do INPA/CPCA, camu-camu do município de Barcelos e ao longo da bacia do Rio Amazonas e açaí da bacia do Rio Solimões. Verificou-se que a concentração de fibra alimentar total e insolúvel nas amostras de açaí provenientes de Benjamin Constant (7,66±0,33 g e 6,60±0.IX g) e Anamã (7,45±0,25 g e 6,51±0,04 g), foi significativamente maior (p<0,05), quando comparada com os de outras procedências. Com relação ao cubiu, as maiores concentrações de fibra alimentar total foram detectadas nas amostras Alejo (4,38±0,0 g) e ACSI (3,88±0,18 g), salientando-se que fração analisada inclui a casca, cuja contribuição foi significativamente maior (p<0,05) nas frações insolúvel, solúvel e total. Da mesma forma, os teores de fibra alimentar total (6,18±0,25 g) e insolúvel (5,08±0,14 g) da casca do camu-camu, foram superiores aos encontrados nas demais amostras. Portanto, os frutos analisados apresentaram um potencial relevante como fonte de fibra alimentar, sendo mais uma opção para contribuir na adequação nutricional da população Amazônica e do país.
Resumo:
Procedeu-se uma revisão de toda produção científica do Amazonas, da área da nutrição nas últimas décadas. A análise deste material, consubstanciada com as últimas pesquisas realizadas pelo grupo da Nutrição do INPA viabilizou a composição do diagnóstico da hipovitaminose A na região Amazônica. A investigação clínico-oftalmológica, envolveu 487 crianças de 2 a 5 anos, de ambos os sexos, oriundas das diferentes localidades amazônicas: Nhamundá, Alvarães, Anamã, Beruri e Benjamin Constant. Os níveis de retinol sérico foram determinados, exclusivamente, em 48 crianças do município de Nhamundá. A investigação clínica não evidenciou nenhum sinal e/ou sintoma pertinentes a carência de vitamina A. Níveis de ret-inol sérico, considerados normais e altos, foram registrados em 75,0% e 25,0%, respectivamente do universo estudado. O somatório destes resultados com as informações retrospectivas procedentes da literatura regional não permitem afirmar categoricamente a existência de hipovitaminose A como problema de Saúde Pública na região Amazônica.
Resumo:
A frota pesqueira de Manacapuru, Itacoatiara e Parintins foi analisada em suas características físicas e comparada com a frota Manaus através de dados coletados diretamente nos portos de desembarque e de dados secundários obtidos junto à órgãos federais e a Federação de Pescadores. Foi encontrado que as canoas isoladas variaram de tamanho entre os centros analisados, sendo as maiores encontradas em Manacapuru e Itacoatiara. Os barcos de pesca de Parintins foram significativamente menores que os barcos de pesca de Manaus, Manacapuru e Itacoatiara. O motor Yanmar predominou em todos os municípios, havendo uma relação linear entre a potência deste motor e o tamanho do barco. Manacapuru apresenta barcos mais velhos, seguido da frota de Itacoatiara. As frotas de Parintins e Manaus foram as mais jovens, tendo esta última maior amplitude de idades. Foram encontrados entre 5-6 pescadores por barco de pesca e 2-3 por canoa isolada. A duração das pescarias efetuadas pelos barcos de pesca é crescente descendo o rio, mas não difere para as canoas isoladas entre os centros urbanos. O rendimento da pesca foi menor para os barcos de pesca de Parintins, sendo o rendimento por pescador dos barcos de pesca melhor que o das canoas no período de safra. A partir dos resultados concluiuse que há diferenciação nas características da frota que desembarca em Parintins (Médio Amazonas) em relação aquela desembarcando em Itacoatiara e Manacapuru e que a pesca efetuada com canoas isoladas deve ser tratada diferenciadamente daquela efetuada com barcos de pesca.
Resumo:
Foi encontrada uma riqueza de 15 espécies de pseudoscorpiões, de 12 gêneros e 5 famílias (Chthoniidae, Geogarypidae, Olpiidae, Atemnidae e Chernetidae), habitando diferentes plantas da vegetação do sub-bosque, em floresta primária de terra firme, no alto rio Urucu, Coari, Amazonas, no período de 1991 a 1996. As plantas foram examinadas pelo método de "bateção". Apolpium aff. vastum foi à espécie mais freqüente e abundante sobre as plantas. Dentre os tipos de plantas avaliados, as maiores diversidades de espécies de pseudoscorpiões foram registradas nas pequenas palmeiras, tanto com fronde junto ao chão, como elevada acima do chão. A análise da composição das espécies que ocorreram sobre os diferentes tipos de plantas avaliadas foi realizada pelo "modo-Q", tendo como base a matriz de coeficientes de similaridade de "Jaccard", o que demonstrou maior similaridade entre a fauna das palmeiras e outras plantas que acumulam detritos acima do chão, entre as bromélias e entre aráceas de chão e outras plantas que acumulam detritos junto ao chão.
Resumo:
Estudou-se a dieta de 44 exemplares de juvenis de Brycon amazonicum (de 15 a 50mm de C.P), em áreas inundadas da Ilha de Marchantaria, no rio Solimões. Os peixes foram capturados com rede-de-mão com 30cm de diâmetro e cabo de 2 metros de comprimento. As análises foram baseadas em Freqüência de Ocorrência (%) e no número de presas. A dieta foi analisada pelo tamanho (C.P. (mm)) e por data de captura usando uma ANOVA com dois fatores. A data de captura explicou a oscilação no número de presas ingeridas pelos juvenis. A análise qualitativa mostrou poucas mudanças na dieta nesta fase de desenvolvimento. Verificou-se que B. amazonicum apresenta amplo espectro alimentar e que regula o número de presas na dieta de acordo com a disponibilidade dessas presas no ambiente.