412 resultados para Pragas agricolas - Controle químico
Resumo:
Estudos de biologia e manejo do balãozinho (Cardiospermum halicacabum) foram realizados na Embrapa Soja, Londrina-PR, através da condução de quatro experimentos em condições de campo e de casa de vegetação. O primeiro experimento teve o objetivo de avaliar o crescimento, o desenvolvimento e as exigências nutricionais das plantas de balãozinho. O segundo experimento foi conduzido em condições de campo, onde as sementes do balãozinho foram dispostas em várias profundidades, com o intuito de avaliar a capacidade de emergência das plantas. Dois outros experimentos foram conduzidos em casa de vegetação, a fim de avaliar a eficácia de herbicidas no controle dessa espécie. As maiores quantidades de matéria seca estão alocadas nos ramos, seguidos das folhas e das raízes. O balãozinho apresenta a seguinte seqüência decrescente de recrutamento de nutrientes: N, K, Ca, Mg, S e P. Há emergência de plantas de balãozinho em todas as profundidades de semeadura, desde a superfície do solo até 12 cm. Os tratamentos 2,4-D (1.005 g e.a. ha-1), paraquat (400 g i.a. ha¹), amônio-glufosinate (300 g i.a. ha-1), lactofen (144 g i.a. ha-1), carfentrazone-ethyl (12 g i.a. ha¹), sulfentrazone (600 g i.a. ha-1) e glyphosate (960 g i.a. ha-1) são eficazes no controle do balãozinho no estádio até quatro folhas.
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A glutationa S-transferase (GST, EC 2.5.1.18) desempenha um papel importante na resposta do estresse causado por herbicidas nas plantas; é considerada uma enzima de desintoxicação, por metabolizar grande variedade de compostos xenobióticos, por meio da conjugação destes com glutationa reduzida, formando substâncias de baixa toxicidade. O milho (Zea mays) foi escolhido neste trabalho por apresentar problemas de injúrias quando submetido ao controle químico de plantas daninhas, por meio do uso de herbicidas. Esta pesquisa teve como objetivo determinar as alterações na atividade desta enzima em plantas de milho submetidas ao tratamento pelo herbicida glyphosate. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4x4, com quatro tratamentos herbicidas (glyphosate nas concentrações de 1.000, 2.500 e 5.000 ppm e as plantas-controle tratadas com água) e quatro estádios de desenvolvimento (9, 16, 23 e 30 dias após a emergência), com cinco repetições. O herbicida foi aplicado na parte aérea das plântulas de milho. A parte aérea foi coletada às 24, 48 e 72 horas após a aplicação do herbicida e utilizada para a determinação da atividade da GST e do teor de lipoperóxidos. Foi verificado que os teores de lipoperóxidos não foram alterados pelo tratamento com o glyphosate, porém a atividade de GST aumentou na maioria dos tratamentos utilizados, indicando ter ação na degradação do herbicida glyphosate em plantas de milho.
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O fungo Fusarium sp. (isolado FCAV#940) tem potencial de controle biológico das macrófitas aquáticas, Egeria najas e Egeria densa, plantas que causam prejuízos de diferentes naturezas em ambientes lacustres. Com o objetivo de avaliar a associação desse fungo com o controle químico, visando otimizar o controle, foi avaliado o efeito de concentrações de herbicidas sobre o crescimento micelial, esporulação e germinação de macroconídios de Fusarium sp. (isolado FCAV#940). As doses utilizadas para o cálculo das concentrações dos herbicidas foram: ½, 1,0 e 2,0 X a dose recomendada pelo fabricante. Por se tratar de macrófitas aquáticas submersas, foi considerada uma concentração de volume diluído, ou seja, a utilização da dose desejada, porém diluída em uma lâmina d'água de 15 cm. Os herbicidas e as concentrações de i.a. avaliadas foram: triclopyr a 6,0, 3,0 e 1,5 mg L-1; glyphosate a 6,87, 3,44 e 1,72 mg L-1; 2,4-D a 8,54, 4,27 e 2,14 mg L-1 ; diquat a 2,0, 1,0 e 0,5 mg L-1 ; fluridone a 200, 100 e 50 µg L-1 ; e a testemunha (BDA). Os herbicidas e as concentrações testadas não apresentaram efeito inibitório no crescimento micelial, na esporulação e na germinação dos macroconídios do fungo.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do glyphosate nas estruturas anatômicas e morfológicas do caule e das folhas de duas espécies de Commelina, bem como investigar o envolvimento do amido de reserva na maior tolerância ao glyphosate de C. diffusa em relação a C. benghalensis. De 10 vasos cultivados de cada espécie, nove receberam 1.440 g ha-1 de glyphosate e um serviu como testemunha. Fragmentos de caule e folhas foram coletados e fixados nos tempos de zero (antes da aplicação do glyphosate), 15, 30 e 50 dias após a aplicação (DAA). O laminário histológico foi obtido conforme metodologia usual, enfatizando-se a aplicação do reagente lugol para verificação de amido. Atribuíram-se notas de 1 a 5, conforme a intensidade crescente da reação. Na folha, as células epidérmicas e os tecidos vasculares são pouco afetados; já o mesofilo é integralmente desorganizado, culminando com a morte das células. As injúrias são mais evidentes no caule e nas folhas de C. benghalensis. Morfologicamente, verificam-se regiões cloróticas e áreas necrosadas dispersas pela superfície foliar, culminando com a queda a partir do 15º DAA em C. benghalensis. Em C. diffusa, a abscisão foliar é mais tardia, apesar de as injúrias serem semelhantes. Ambas as espécies apresentaram maior quantidade de amido na região do nó que do entrenó. C. benghalensis tem poucos e pequenos grãos de amido, enquanto em C. difusa eles são grandes e numerosos. Em resposta à aplicação do glyphosate, houve variação na quantidade de grãos de amido no caule conforme o tempo após a aplicação. Assim, C. difusa terá sempre maiores possibilidades de se restabelecer após aplicação do glyphosate, por manter maior reserva de amido.
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O manejo de plantas daninhas na cultura do abacaxi é uma prática indispensável, sendo o controle químico cada vez mais utilizado, uma vez que permite o controle eficiente e não danifica as raízes da cultura. Todavia, há poucos trabalhos sobre interferência de herbicidas no crescimento da cultura; portanto, visando avaliar os efeitos de amicarbazone e diuron + paraquat, estes foram aplicados diretamente sobre as plantas, sendo os efeitos mensurados através da taxa de fluorescência da clorofila a e dos teores de clorofila a, clorofila b e carotenóides, além da avaliação de altura e biomassa seca de parte aérea (Wpa). O herbicida amicarbazone promoveu declínio nos teores de pigmentos fotossintéticos, não se verificando a mesma interferência para as variáveis altura e Wpa; no entanto, o herbicida diuron + paraquat foi letal para a cultura, haja vista a redução nos teores de clorofilas a e b e carotenóides, além da impossibilidade da medição da altura e Wpa (aos 120 DAT) em função da morte das plantas aos 30 DAT, o que demonstra certa seletividade do amicarbazone à cultura do abacaxi.
Resumo:
As macrófitas, apesar da enorme importância na dinâmica do ambiente aquático, quando formam extensas e densas colonizações, promovem uma série de prejuízos ao ambiente e aos usos múltiplos dos reservatórios. Nessas situações, há necessidade de redução de seu tamanho populacional, seja reduzindo as condições favoráveis ao crescimento, seja por meio do controle direto das plantas. Dentre as macrófitas aquáticas que promovem esses tipos de problema, o aguapé (Eichhornia crassipes) é considerada a mais importante. Seu controle é praticado em todo o mundo. O diquat tem sido bastante utilizado para o controle desta planta, em razão de seu baixo custo, eficácia, rapidez de controle e baixa toxicidade no ambiente aquático. O objetivo do presente trabalho foi avaliar os possíveis impactos causados pelo controle de Eichhornia crassipes sobre algumas características de qualidade da água em mesocosmos. Para isso, cinco situações experimentais foram estudadas: CPCH - mesocosmo colonizado por aguapé, o qual foi controlado pela aplicação do herbicida diquat; CPCG - mesocosmo colonizado por aguapé, o qual foi morto por congelamento; CPSH - mesocosmo colonizado com aguapé, sem controle; SPCH - mesocosmo sem macrófitas e com aplicação de diquat na superfície da água; e SPSH - mesocosmo sem macrófitas aquáticas e sem aplicação. O herbicida diquat foi utilizado na dose de 7,0 L da formulação comercial Reward/ha. A temperatura foi mais elevada nos mesocosmos sem plantas, devido à maior incidência de raios solares na coluna d'água. As concentrações de oxigênio dissolvido foram menores nos mesocosmos colonizados pelo aguapé e também tiveram rápida queda após o controle das plantas tanto com diquat como por congelamento. O pH da água foi maior nos mesocosmos sem a cobertura da macrófita. Os valores de sólidos totais dissolvidos (STD) e de condutividade elétrica foram maiores nos tratamentos com morte por congelamento e pelo diquat e em mesocosmos colonizados sem controle da macrófita. Esse efeito pode ser devido à presença de material orgânico em suspensão e à maior concentração de nutrientes presentes na água. Comparando os mesocosmos sem plantas, sem e com a aplicação de diquat na superfície da água, os valores das características avaliadas foram estatisticamente similares, levando à conclusão de que as alterações observadas nos fatores analisados decorrem principalmente da decomposição das plantas.
Resumo:
Neste trabalho, fez-se a integração do método mecânico, constituído de duas seqüências de aração + gradeação, na época "seca", com aplicações complementares dos herbicidas glyphosate (aplicado por duas vezes), trifloxysulfuron-sodium + ametryne e sulfentrazone, na época "das águas". Além disso, os dois últimos foram testados isoladamente, para se determinar a real necessidade da integração de métodos. A média geral do número de manifestações epígeas da tiririca na área foi de 1.433,4 m-2. Aos 90 dias após o plantio, as porcentagens de redução de manifestações epígeas da tiririca foram de 90,8, 92,3 e 95,4 onde houve integração do método mecânico com trifloxysulfuron-sodium + ametryne, sulfentrazone e duas aplicações de glyphosate, respectivamente. As reduções de tubérculos viáveis em 0,018 m³ foram de 68,5, 73,9 e 89,4%, nessa mesma época. A utilização de implementos mecânicos (arado + grade) na época "seca" potencializou a ação dos herbicidas trifloxysulfuron-sodium + ametryne e sulfentrazone nas "águas", porém estes herbicidas já resolvem o problema do controle, evitando reduções de produção e diminuindo gradativamente o potencial de infestação, com aplicações individualizadas por época do plantio da cultura.
Resumo:
Os objetivos deste trabalho foram quantificar as exposições dérmicas (EDs) e respiratórias (ERs) proporcionadas ao piloto e ao seu ajudante nas aplicações de herbicidas para o controle de plantas daninhas aquáticas com aerobarco; classificar essas condições de trabalho em seguras ou inseguras; e calcular a necessidade de controle das exposições (NCE) e o tempo de trabalho seguro (TTS). O aerobarco utilizado tinha casco de alumínio (4,85 x 2,42 m) e acionamento por hélice acoplada a motor a gasolina de 350 HP. O equipamento de pulverização era composto por bomba de diafragma com fluxo máximo de 49,69 L min-1, pressão máxima de 25 kg cm-2, acionada por motor a gasolina de 4 HP, e tanque de calda de 189 L. A barra de pulverização de alumínio era composta de duas seções laterais de 3 m, posicionadas na linha entre o encosto do banco do piloto e o início da estrutura protetora da hélice. Cada seção da barra tinha seis bicos com pontas de jato plano com indução de ar AI 100 03, espaçados de 0,5 m, e uma ponta OC 20 fixada em cada extremidade. O conjunto de pontas pulverizava faixas de 6 m de largura e aplicava o volume de calda de 200 L ha-1. O sistema tinha gerenciador de fluxo, controlado por central eletrônica acoplada a DGPS (com precisão submétrica), para corrigir automaticamente a vazão em função de alterações na velocidade real da embarcação. As EDs e ERs aos herbicidas foram calculadas com os dados substitutos das exposições às caldas, avaliadas com os traçadores cobre e manganês adicionados às caldas. As exposições foram extrapoladas para uma jornada de trabalho de seis horas. A segurança das condições de trabalho foi determinada com o cálculo da margem de segurança (MS), utilizando-se a fórmula MS = (NOEL x 70)/(QAE x 10), em que QAE = quantidade absorvível da exposição. As condições de trabalho foram classificadas em seguras, se MS>1, ou inseguras, se MS<1. As exposições proporcionadas pelas condições de trabalho foram de 10,65 mL de calda por dia para o piloto e de 16,80 mL por dia para o ajudante, que fica sentado em uma cadeira a 2,0 m à frente do piloto e da barra de pulverização. Classificaram-se como seguras as aplicações dos herbicidas glyphosate (Rodeo, 6 L ha-1), 2,4D (DMA 806 BR, 8 L ha-1) e fluridone (Sonar AQ, 0,4 L ha-1), para o piloto e o seu ajudante. Classificou-se como insegura a aplicação do herbicida diquat (Reward, 4,0 L ha-1) para as duas condições de trabalho, cujas necessidades de controle das exposições calculadas foram de 65% para o piloto e de 78% para o ajudante do piloto.
Resumo:
Esta pesquisa foi conduzida com o objetivo de avaliar a possibilidade de resistência múltipla aos herbicidas inibidores da ACCase, ALS e síntese de carotenos em um biótipo de capim-colchão (Digitaria ciliaris) resistente aos inibidores da ACCase. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, utilizando dois biótipos de capim-colchão: um resistente (R) e outro suscetível (S) aos herbicidas inibidores da ACCase. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram utilizados 11 herbicidas: fluazifop-p-butil, haloxyfop-r-methyl, propaquizafop, sethoxydim, tepraloxydim, clethodim, fenoxaprop + clethodim, imazethapyr, nicosulfuron, iodosulfuron + foramsulfuron e mesotrione. Para cada herbicida, os tratamentos resultaram da combinação fatorial entre os dois biótipos de capim-colchão e 10 doses (0,0D; 0,016D; 0,03D; 0,06D; 0,25D; 0,5D; 1,0D; 2,0D; 4,0D; e 16,0D), em que D é a dose recomendada para cada produto. Os herbicidas foram aplicados sobre as plantas de capim-colchão em estádio de desenvolvimento de 3-4 folhas. Avaliou-se a porcentagem de controle aos 28 dias após a aplicação (DAA). O biótipo R foi confirmado como resistente aos herbicidas inibidores da ACCase (grupos químicos dos ariloxifenoxipropionatos e cicloexanodionas) com níveis variáveis de resistência cruzada. O biótipo R foi controlado satisfatoriamente pela dose de campo de todos os herbicidas alternativos aplicados (sulfoniluréias, imidazolinonas e inibidores da síntese de caroteno), excluindo a hipótese de resistência múltipla nesse biótipo de capim-colchão.
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Dois experimentos foram conduzidos com o objetivo de avaliar o controle de plantas daninhas em pré-semeadura da soja (Glycine max) e do girassol (Helianthus annuus), por meio de aplicações de herbicidas dessecantes, isolados ou em combinação com boro, bem como a resposta dessas culturas à aplicação desse micronutriente. Nas parcelas de soja, foram aplicados os tratamentos glyphosate (1,44 kg e.a. ha-1), glyphosate potássico (2,48 kg i.a. ha-1), diuron (0,2 kg i.a. ha-1) + paraquat (0,4 kg i.a. ha-1), e paraquat (0,400 kg i.a. ha-1). Nas parcelas de girassol, foram aplicados os tratamentos glyphosate (0,54 kg e.a. ha-1), glyphosate (0,72 kg e.a. ha-1), glyphosate potássico (1,24 kg i.a. ha-1), paraquat (0,4 kg i.a. ha-1), glyphosate (0,72 kg e.a. ha-1) + flumioxazin (0,025 kg i.a. ha-1) e glyphosate (0,72 kg e.a. ha-1) + carfentrazone (0,02 kg i.a. ha-1). Ambos os experimentos continham as testemunhas capinada e sem capina. As subparcelas dos dois experimentos foram constituídas pela ausência ou presença de B, junto à calda de pulverização, na fonte ácido bórico [H3BO3 - 17% B]. A adição de ácido bórico à calda de pulverização não prejudicou o controle das plantas daninhas pelos tratamentos dessecantes, exceto para a mistura formulada de paraquat + diuron. Houve aumento dos teores de boro no solo e nas folhas da cultura da soja e do girassol quando foram associados os tratamentos com herbicidas dessecantes e o ácido bórico. É viável a aplicação de herbicidas dessecantes e ácido bórico, controlando as plantas daninhas em présemeadura e aumentando o teor de B no solo e nas plantas de soja e de girassol.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi quantificar os efeitos causados pela deriva simulada do herbicida imazethapyr + imazapic nos componentes da produtividade de grãos de arroz irrigado, em função da época de início da irrigação por inundação. Para isso, foi conduzido experimento no ano agrícola 2003/04, em condições de campo, no Centro Agropecuário da Palma (CAP/UFPel). O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com quatro repetições. A deriva foi simulada pela aplicação de doses crescentes do herbicida imazethapyr + imazapic, correspondendo a 0; 3,125; 6,25; 12,5; 25; 50; e 100% da dose comercial, acrescido de Dash a 0,5% v/v, sobre as plantas de arroz, cultivar BRS Pelota, em estádios fenológicos V3 - V4, com inundação três dias antes ou após a aplicação dos tratamentos. A aplicação foi feita com pulverizador costal, pressurizado a CO2, munido de barra com bicos 110.015 do tipo leque a uma pressão constante de 210 kPa, que proporcionou a aplicação de 150 L ha-1 de calda herbicida. As variáveis avaliadas foram: número de colmos, em estádio R3, número de grãos por panícula, número de espiguetas estéreis, peso de mil grãos e produtividade de grãos, determinados por ocasião da colheita. O herbicida imazethapyr + imazapic reduziu o número de colmos de arroz, o número de grãos e de espiguetas estéreis por panícula, o peso de mil grãos e a produtividade de grãos com o aumento da dose aplicada, quando esta ocorreu em cultura mantida no seco. A antecipação do início da irrigação por inundação, em lavouras semeadas com cultivar suscetível, evita possíveis prejuízos ocasionados por deriva de imazethapyr + imazapic no número de colmos, número de grãos e espiguetas estéreis por panícula, peso de mil grãos e produtividade de grãos.
Resumo:
Um dos questionamentos no setor florestal é sobre os possíveis efeitos negativos da deriva de glyphosate sobre plantas de eucalipto ao longo de seu ciclo. Aos 30 dias após a aplicação (DAA) de 1.440 g ha-1 de glyphosate, para controle de plantas daninhas em talhão de Eucalyptus grandis x E. urophylla (híbrido urograndis) com 120 dias após o transplantio, selecionaram-se 120 plantas ao acaso, que apresentavam graus de intoxicação variáveis. Os tratamentos foram os seguintes intervalos: 0-5, 6-10, 11-20, 21-30, 31-40 e 41-50% de intoxicação das plantas, em que o intervalo de 0 - 5% foi considerado testemunha. Foram realizadas avaliações de altura e diâmetro, após a seleção das plantas, até os 360 DAA, sendo acompanhados durante esse período os sintomas de intoxicação. Aos 360 DAA, foi estimado o volume de madeira (m³) e calculado o ganho em altura e diâmetro durante o período de avaliação. Plantas com intoxicação inicial acima de 31% apresentaram menor altura e diâmetro aos 360 DAA. O ganho em altura foi menor em plantas com intoxicação inicial acima de 41%. Observou-se menor diâmetro a partir de 21% de intoxicação, com os menores valores de crescimento em diâmetro do caule observados em plantas com 41-50% de intoxicação. Os danos causados pela deriva do glyphosate afetaram a produção de madeira aos 360 DAA, em que plantas com 21-30, 31-40 e 41-50% de intoxicação apresentaram redução no volume de madeira de 18, 26 e 48%, respectivamente, em relação à testemunha. Os resultados confirmam os prejuízos ocasionados pela deriva do glyphosate em plantas de eucalipto. Novas avaliações devem ser realizadas para acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das plantas até o final do ciclo do eucalipto, a fim de elucidar os efeitos da deriva do glyphosate sobre a produção final da cultura.
Resumo:
As plantas daninhas se constituem no principal problema a impor limitação à exploração da agropecuária nas áreas tropicais. Entretanto, o controle químico dessas plantas tem gerado insatisfações de ordem social, quer porque contaminam as fontes de recursos naturais ou por comprometerem a qualidade dos alimentos da dieta dos animais, em geral, e dos humanos, em particular. Os objetivos deste trabalho foram identificar e caracterizar a atividade alelopática do filtrado de cultura produzido pelo fungo Fusarium solani f. sp. pipers. Foram avaliados os efeitos das toxinas, nas concentrações de 1,0 e 4,0%, sobre a germinação de sementes e o desenvolvimento da radícula e do hipocótilo das plantas daninhas malícia (Mimosa pudica) e mata-pasto (Senna obtusifolia). Os resultados mostraram presença de atividade alelopática inibitória, com variações de acordo com a concentração e a planta receptora. A intensidade dos efeitos inibitórios induzidos pelo extrato esteve positivamente associada à concentração, com efeitos mais intensos verificados a 4,0%. Independentemente da concentração e do bioensaio, a espécie malícia se mostrou mais sensível aos efeitos do filtrado da cultura. O desenvolvimento da radícula foi o fator da planta mais intensamente inibido. Os resultados indicam a existência de potencial de utilização da toxina produzida pelo fungo, como fonte alternativa no controle de plantas daninhas, o que justifica estudos mais avançados.
Resumo:
Um levantamento de plantas daninhas foi realizado em 20 lavouras de milho safrinha em 1997 e 40 em 1998 e 1999, depois da soja, na região do Médio Paranapanema-SP. O levantamento abrangeu os municípios de Assis, Campos Novos, Cândido Mota, Cruzália, Florínea, Maracaí, Palmital, Pedrinhas Paulista e Platina. No estádio de enchimento de grãos, as lavouras foram percorridas em ziguezague, a partir de quatro pontos de entrada, de maneira a representar a área total. As lavouras foram subdivididas de acordo com as condições de manejo das culturas: semeadura direta, semeadura convencional em solo preparado com grade e semeadura de milho safrinha na palha de soja cultivada no sistema convencional. Em cada lavoura foram cadastrados o nível de infestação e as espécies daninhas. Foram coletadas informações quanto ao manejo das plantas daninhas adotado nas lavouras, assim como sobre os herbicidas empregados. As espécies de plantas daninhas mais importantes foram Cenchrus echinatus, Bidens pilosa, Euphorbia heterophylla, Raphanus sativus, Digitaria horizontalis, Commelina benghalensis, Amaranthus sp., Achyrocline satureioides, Sinapis arvensis, Sida sp., Glycine max, Avena strigosa, Eleusina indica e Sorghum halepense. Houve acentuado aumento na infestação da espécie C. echinatus nas lavouras, a qual passou a constituir-se na principal espécie infestante. R. sativus também se tornou importante e apresentou grande incremento de 1997 a 1999. Na semeadura convencional houve predomínio de alta infestação, evidenciando desempenho inferior desse sistema em relação aos demais no controle de plantas daninhas. O controle químico mais utilizado foi a mistura atrazine + óleo vegetal + 2,4-D, seguido por atrazine + óleo e atrazine isolado. De modo geral, não se efetuou o controle das plantas daninhas em 22% das lavouras, as quais apresentaram as maiores porcentagens de infestação. O nível de infestação em função do tipo de controle foi variável de acordo com o ano agrícola.
Sensibilidade de diferentes acessos de Egeria najas e Egeria densa aos herbicidas diquat e fluridone
Resumo:
O surgimento de novos genótipos de plantas daninhas aquáticas pertencentes ao gênero Egeria motivou a realização deste estudo, o qual teve como objetivo avaliar o comportamento de diferentes acessos das espécies de E. densa e E. najas em relação ao tratamento com os herbicidas diquat e fluridone. Foram avaliados acessos de diferentes biótipos de E. densa provindos dos reservatórios de Jupiá, Nova Avanhandava, Promissão e Salto Grande e de E. najas oriundos de Jupiá, Três Irmãos, Ilha Solteira e Ibitinga. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado com cinco repetições. Os tratamentos e concentrações utilizados no estudo com E. densa e E. najas foram: diquat (Reward 240 g L-1) a 0,5 e 1,0 mg L-1 com reaplicação aos 12 dias após a primeira aplicação, e a concentração de fluridone mantida entre 3 e 20 mg L-1, além de uma testemunha sem aplicação de herbicidas. As duas espécies foram controladas de forma eficiente pelo herbicida diquat com uma ou duas aplicações, sendo ambas as concentrações eficientes, porém observaram-se respostas diferenciadas dos acessos estudados às concentrações do herbicida. Para o herbicida fluridone, as espécies e acessos estudados comportaram-se também de forma diferenciada em relação à ação do herbicida, ocorrendo acessos desde mediana a altamente suscetíveis em ambas as espécies.