422 resultados para População em Situação de Rua
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar como as caractersticas demogrficas, sociais e comportamentais se associam a diferentes tipos de atividade fsica. MTODOS: Avaliaram-se 37.692 indivduos de amostra representativa da população portuguesa, no mbito do Inqurito Nacional de Sade, 1998-99. A maioria era constituda por mulheres (53,1%) e idade 20 anos. A avaliao da atividade fsica diria foi baseada em questionrio e classificada como: total, de lazer e exerccio. Cada tipo foi dicotomizado em baixa intensidade (atividades leves/moderadas) e alta intensidade (atividades pesadas/muito pesadas). Calcularam-se odds ratios (OR) e respectivos intervalos de confiana de 95% por regresso logstica no condicional. RESULTADOS: Em ambos os sexos, verificou-se associao inversa significativa entre idade e diferentes tipos de atividade fsica, e entre a obesidade e a atividade de lazer e exerccio. A escolaridade (<4; 5-11; 12 anos) associou-se positivamente com a atividade fsica de lazer (OR 1; 1,58; 2,39 nas mulheres e OR 1; 1,44; 2,08 nos homens) e com o exerccio (OR 1; 3,50; 9,77 nas mulheres e OR 1; 3,42; 7,61 nos homens) e de forma inversa com a AF total (OR 1; 0,65; 0,20 nas mulheres e 1; 0,47; 0,09 nos homens). Independentemente da idade, os solteiros eram frequentemente mais ativos. A atividade de lazer associou-se negativamente ao consumo de bebidas alcolicas para ambos os sexos e nos homens, ao consumo de tabaco. CONCLUSES: Os jovens, normoponderais, solteiros, no-bebedores e os homens no-fumadores apresentaram maior probabilidade de serem fisicamente ativos. Em ambos os sexos, observou-se um efeito diferencial da escolaridade segundo os tipos de atividade fsica.
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OBJETIVO: Estudar conhecimentos, comportamentos preventivos e percepes em relao ao HIV/Aids de homens e mulheres heterossexuais casados ou em unio consensual. MTODOS: Estudo exploratrio realizado no Distrito Federal, entre 2001 e 2002. Foram entrevistados 200 homens e mulheres heterossexuais (18 e 49 anos) em unio civil ou estvel, divididos em dois grupos: (I) 50 casais abordados em locais pblicos, e (II) 100 usurios de Unidade Bsica de Sade, sendo 50 mulheres e 50 homens. O instrumento para coleta de dados consistiu de questionrio semi-estruturado acerca de caractersticas demogrficas, socioeconmicas e comportamentais dos entrevistados, com 38 perguntas, das quais duas eram abertas. RESULTADOS: A distribuio etria entre os grupos foi semelhante, contudo o grupo I apresentou maior escolaridade e renda, enquanto o grupo II mostrou menor conhecimento sobre as formas de transmisso do HIV. Uso de preservativo foi igualmente citado pelos grupos como uma das formas de preveno, 14% dos entrevistados relataram seu uso regular no ltimo ano. As principais justificativas para no usar o preservativo foram "confiana no companheiro" e "incompatibilidade com parceria sexual fixa". A percepo de risco infeco foi mais freqente entre as mulheres. CONCLUSES: A população estudada encontrava-se em situação de vulnerabilidade frente ao risco de contrair a doena, embora os entrevistados possussem conhecimento satisfatrio sobre o HIV/Aids. Suas percepes conjugais refletiam sua aculturao sobre os papis de gnero e hierarquizao da relao efetivo-sexual, que podem colaborar para que os comportamentos preventivos sejam pouco adotados.
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OBJETIVO: Avaliar a conformidade das condutas ps-exposio ocupacional a material biolgico relatadas por cirurgies-dentistas e auxiliares de consultrio dentrio com aquelas preconizadas pelas autoridades de sade do Brasil. MTODOS: Foi realizado inqurito epidemiolgico no municpio de Florianpolis, Santa Catarina, em 2003. Os participantes (289 cirurgies-dentistas e 104 auxiliares de consultrio dentrio) foram selecionados por meio de amostragem probabilstica sistemtica. Os dados foram coletados utilizando questionrios auto-aplicveis. RESULTADOS: A lavagem do local afetado foi a conduta mais adotada pelos dentistas (98,5%) e auxiliares (89,2%) aps sofrerem leso percutnea. Perguntar a situação sorolgica ao paciente-fonte foi mais freqente entre os dentistas que sofreram leso percutnea (44,6%) do que entre aqueles que sofreram respingo (14,3%). A realizao de quimioprofilaxia, a notificao do acidente e a solicitao de exames para os pacientes foram os procedimentos menos lembrados e adotados. Aps sofrerem exposio ocupacional a material biolgico, 10,8% dos dentistas e 2,7% dos auxiliares buscaram atendimento mdico. CONCLUSES: Com base nas recomendaes do Ministrio da Sade do Brasil, as condutas ps-exposio ocupacional a material biolgico na população estudada foram consideradas insuficientes, especialmente entre os auxiliares.
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OBJETIVO: Compreender a percepo de profissionais de sade sobre a violncia fsica cometida contra a mulher por parceiro ntimo. PROCEDIMENTOS METODOLGICOS: Trata-se de estudo qualitativo com 30 profissionais de trs unidades de sade vinculadas ao Sistema nico de Sade no municpio de Natal (RN), realizado em 2006. Foram conduzidas entrevistas semi-estruturadas em trs ncleos temticos: idias associadas violncia fsica sofrida pela mulher, atuao dos profissionais de sade e papel dos servios de sade. O roteiro das entrevistas incluiu questes referentes percepo dos profissionais sobre relaes de gnero, violncia fsica, atuao como profissional de sade e papel dos servios de sade. Foram extradas categorias desses ncleos pela tcnica de anlise de contedo temtica categorial. RESULTADOS: Os profissionais de sade indicaram vrios fatores que influenciam situaes de violncia domstica, dentre os quais machismo, baixas condies econmicas, alcoolismo e experincias anteriores de violncia no mbito familiar. Foram relatadas falta de capacitao para discutir a temtica com a população e a necessidade de os servios de sade desenvolverem atividades educativas com essa finalidade. CONCLUSES: Os resultados indicam a necessidade de sistematizao e efetivao de aes voltadas para humanizao da assistncia s mulheres em situação de violncia.
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OBJETIVO: Comparar achados bsicos de duas pesquisas sobre comportamento e prticas sexuais de mulheres e homens e suas associaes com caractersticas sociodemogrficas da população. MTODOS: Os dados analisados foram obtidos por meio de questionrio aplicado a uma amostra probabilstica de 3.423 pessoas em 1998, e 5.040 em 2005, com idades entre 16 e 65 anos, moradores em regies urbanas do Brasil. Anlises comparativas foram realizadas por sexo e ano de realizao da pesquisa, e segundo variveis sociodemogrficas, utilizando o teste qui-quadrado de Pearson. RESULTADOS: O nmero de parcerias sexuais no ano que antecedeu a entrevista diminuiu entre os homens, de 29,5% para 23,1%. Constatou-se ainda variabilidade de comportamentos e prticas sexuais em funo da idade, escolaridade, situação conjugal, religio e regio geogrfica de residncia, alm de caractersticas especficas segundo sexo. Verificou-se aumento da proporo de mulheres que iniciaram a vida sexual no grupo daquelas com 16 a 19 anos e ensino at fundamental, ou residentes na regio Sul do Pas; e aumento de relato de atividade sexual no ltimo ano entre as mulheres e reduo desse relato entre os homens com mais de 55 anos, protestantes/pentecostais, ou separados e vivos. A proporo de homens com mais de um parceira(o) sexual no ltimo ano diminuiu entre aqueles com 25 a 44 anos ou com ensino at mdio. Houve aumento de relato da prtica de sexo oral por parte de mulheres com mais de 35 anos ou residentes no Norte/Nordeste. CONCLUSES: A anlise comparativa entre 1998 e 2005 sugeriu tendncia de diminuio das diferenas entre homens e mulheres. Possivelmente isso resulta de um padro de mudana caracterizado por aumento da freqncia nos comportamentos femininos investigados e diminuio da freqncia nos comportamentos masculinos.
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OBJETIVO: Analisar os nveis, tendncias e diferenciais sociodemogrficos do uso do preservativo na população brasileira urbana. MTODOS: Os dados analisados foram coletados em 1998 e 2005, na pesquisa "Comportamento Sexual e Percepes da População Brasileira sobre HIV/Aids". As amostras, probabilsticas em mltiplos estgios, incluram homens e mulheres de 16 a 65 anos de idade, domiciliados em reas urbanas. Foram consideradas para anlise as entrevistas com indivduos sexualmente ativos nos 12 meses anteriores entrevista. Os modelos univariados basearam-se em testes qui-quadrado, corrigidos pelo planejamento amostral, e clculos de odds ratios; a anlise multivariada envolveu o ajuste de modelos de regresso logstica, controlando-se as demais variveis de interesse. RESULTADOS: Houve aumento significativo do uso do preservativo nos 12 meses anteriores entrevista e na ltima relao sexual. Jovens de 16 a 24 anos se protegeram mais nas relaes sexuais, principalmente com parcerias eventuais. Homens usaram mais o preservativo, somente com parcerias eventuais. Maior freqncia de uso do preservativo ocorreu entre pessoas solteiras. No houve diferena regional quanto ao uso consistente do preservativo. Nas relaes estveis os pentecostais revelaram a menor proteo no sexo; pessoas sem religio ou adeptos de outras religies apresentaram os maiores ndices de proteo. A escolaridade, que se mostrou diferencial importante no uso do preservativo em 1998, manteve seu destaque em 2005. CONCLUSES: Os resultados mostraram ser necessrio aprofundar a discusso em torno de aes que visem a aumentar o uso consistente de preservativo, especialmente entre populaes de menor escolaridade e as mais vulnerveis, como mulheres jovens ou em parcerias estveis.
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OBJETIVO: Descrever o nvel de conhecimento e percepo de risco da população brasileira sobre o HIV/Aids. MTODOS: Foram utilizadas as bases de dados da Pesquisa sobre Comportamento Sexual e Percepes da População, nos anos 1998 e 2005. Utilizou-se um indicador sinttico composto de nove questes sobre nveis de conhecimento e percepo de risco acerca de formas de transmisso do vrus e situaes de risco, segundo subgrupos populacionais. RESULTADOS: Os homens aumentaram seu nvel de conhecimento no perodo, atingindo o nvel de informao das mulheres. Entre os jovens no houve crescimento significativo do conhecimento, e tornou-se praticamente inexistente a diferena entre os sexos em relao a essa dimenso. Quanto percepo de risco, aumentou a proporo dos que declaram no apresentar risco de contrair HIV/Aids. CONCLUSES: Apesar do aumento no nvel de conhecimento em geral, os resultados encontrados indicam a necessidade de aes e programas e de preveno do HIV/Aids para a população em geral, em especial, aos jovens.
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OBJETIVO: Analisar a relao entre os padres de utilizao de preservativos e outros mtodos contraceptivos e o consumo de lcool e drogas. MTODOS: Estudo exploratrio com base em dados de amostra probabilstica com 5.040 entrevistados residentes em grandes regies urbanas do Brasil, com idades entre 16 e 65 anos, em 2005. Os dados foram coletados por meio de questionrios. Empregou-se a tcnica de rvores de classificao Chi-square Automatic Interaction para estudar o uso de preservativos por parte de entrevistados de ambos os sexos e de outros mtodos contraceptivos entre as mulheres na ltima relao sexual vaginal. RESULTADOS: Entre adultos jovens e de meia idade, de ambos os sexos, e jovens do sexo masculino vivendo relacionamentos estveis, o uso de preservativos foi menos freqente entre os que disseram utilizar substncias psicoativas (lcool e/ou drogas ilcitas). O possvel efeito modulador das substncias psicoativas parece incidir de forma mais clara sobre as prticas anticoncepcionais de mulheres maduras, com inter-relaes mais complexas, entre as mulheres mais jovens, onde a insero em diferentes classes sociais parece desempenhar papel mais relevante. CONCLUSES: Apesar das limitaes decorrentes de um estudo exploratrio, o fato de se tratar de amostra representativa da população urbana brasileira, e no de populaes vulnerveis, refora a necessidade de implementar polticas pblicas integradas dirigidas população geral, referentes preveno do consumo de drogas, lcool, infeces sexualmente transmissveis e HIV/Aids e da gravidez indesejada nos marcos de promoo da sade sexual e reprodutiva.
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O objetivo do estudo foi estimar as freqncias de tuberculose e parasitoses intestinais na em comunidades indgenas da localidade de Iauaret (AM), em 2001. Estudo transversal (n=333) visando obteno de dados demogrficos e amostras biolgicas para exames de escarro e fezes. Dentre os 43 sintomticos respiratrios, seis foram positivos na pesquisa de bacilos lcool-cido resistentes no escarro. As parasitoses intestinais apresentaram freqncia significativamente maior entre a população Hpda do que entre os ndios que habitam os demais bairros (37,5% vs. 19,3% para Ascaris lumbricoides, 32,4% vs. 16,3% para Trichuris trichiura, 75% vs. 19,3% para ancilostomdeos, 75% vs. 35,4% para Entamoeba histolyticaD dispar e 33,3% vs. 10,7% para Giardia lamblia). Conclui-se que a tuberculose e o parasitismo intestinal so freqentes nessas comunidades, exigindo medidas de controle e melhorias na assistncia sade.
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OBJETIVO: Estimar o efeito da taxa de cobertura de linhas telefnicas residenciais em potenciais vcios de informao em inquritos epidemiolgicos. MTODOS: Foram utilizadas as bases de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios no perodo de 1998 a 2003 para a estimativa das taxas de cobertura de linhas telefnicas residenciais nas cinco regies geogrficas brasileiras. Utilizou-se a regresso logstica mltipla para identificar os fatores associados posse de linha telefnica fixa. O impacto do vcio nos intervalos com 95% de confiana foi avaliado em funo da preciso alcanada em cada situação. RESULTADOS: Nas regies metropolitanas Sudeste, Sul e Centro-Oeste com 70% e mais de cobertura, os vcios associados foram considerados desprezveis. Nas demais regies, os vcios relativos estavam acima do limite aceitvel (0,4), indicando possveis erros nas inferncias construdas sob intervalo com 95% de confiana. A chance de acesso linha telefnica residencial foi maior para população com cor da pele branca e maior escolaridade. CONCLUSES: Os achados mostram que o uso de cadastro de linhas telefnicas residenciais indicado para a realizao de inquritos epidemiolgicos apenas para estados com cobertura acima de 70%. Metodologias especficas para o tratamento de estimativas obtidas em localidades com taxas inferiores, precisam ser estudadas e divulgadas.
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OBJETIVO: Analisar os padres de utilizao dos servios de sade em comunidades cobertas pela Estratgia de Sade da Famlia. MTODOS: Estudo transversal de base populacional com amostra de 2.988 indivduos, de todas as idades, residentes em reas de abrangncia da Estratgia de Sade da Famlia, em Porto Alegre (RS), entre julho e setembro de 2003. Foram aplicados questionrios pr-codificados a todos os moradores dos domiclios sorteados sobre informaes demogrficas, socioeconmicas e de sade. Nas anlises foram calculadas razes de prevalncias, intervalos com 95% de confiana e aplicados testes do qui-quadrado. Realizou-se regresso de Poisson na anlise multivarivel para possveis fatores de confuso. RESULTADOS: Pessoas do sexo feminino, com 60 anos ou mais, com cor da pele branca, com menor nvel socioeconmico, sem cobertura por plano de sade e com autopercepo de sade ruim tiveram maior probabilidade de utilizar a unidade de sade da famlia local. Em relao aos usurios de outros servios de sade, o padro foi semelhante para as variveis sexo, idade e autopercepo de sade, mas foi encontrada uma maior utilizao por pessoas com maior nvel socioeconmico e com cobertura por plano de sade. CONCLUSES: A utilizao da unidade de sade da famlia local foi maior entre as pessoas com menor nvel socioeconmico e sem cobertura por plano de sade, indicando indivduos mais pobres como prioritrios das aes governamentais. A mudana do modelo assistencial e a implantao da Estratgia de Sade da Famlia tendem a melhorar progressivamente as condies de sade da população mais pobre, minimizando as desigualdades em sade.
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OBJETIVO: Analisar a epidemiologia de hansenase segundo a distribuio espacial e condies de vida da população. MTODOS: Estudo ecolgico baseado na espacializao da hansenase em Manaus (AM), entre 1998 e 2004. Os 4.104 casos obtidos do Sistema de Informaes de Agravos de Notificao foram georreferenciados de acordo com a localizao dos endereos em 1.536 setores censitrios urbanos, por meio de quatro tcnicas: correios (73,7% dos endereos encontrados); Programa de Cadastro de Logradouros (7,3%); Programa Sade da Famlia (2,1%) e folhas de coleta do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (1,5%). Para clculo do coeficiente de deteco utilizou a população de 2001. Na anlise espacial foi aplicado o mtodo bayesiano emprico local para produzir uma estimativa do risco da hansenase, suavizando o efeito da flutuao das taxas, quando calculadas para pequenas reas. Para anlise da associao entre espacializao e fatores de risco empregou-se a regresso logstica, tendo como variveis explicativas a ocorrncia de casos em menores de 15 anos (indicador de gravidade) e o ndice de Carncia Social construdo a partir das variveis do Censo 2000. RESULTADOS: O coeficiente de deteco apresentou-se hiperendmico em 34,0% dos setores e muito alto em 26,7%. A medida de associao (odds ratio) referente s variveis explicativas foi significativa. A combinao de baixa condio de vida e ocorrncia em menores de 15 anos foi adotada para identificar as reas prioritrias para interveno. CONCLUSES: A anlise espacial da hansenase mostrou que a distribuio da doena heterognea, atingindo mais intensamente as regies habitadas por grupos em situação de maior vulnerabilidade.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de utilizao de assentos de segurana infantil e fatores associados. MTODOS: Estudo transversal observacional, com amostragem estratificada, realizado em 15 creches da cidade de Maring, PR, entre os meses de maro e maio de 2007. Cada creche foi visitada em apenas um dia letivo. O desfecho considerado foi a utilizao de assento de segurana infantil por crianas de at quatro anos de idade. Carros (N=301) que transportavam crianas menores de quatro anos de idade foram abordados e as informaes foram coletadas por meio de questionrios semi-estruturados. Variveis relacionadas a distribuio de adultos e crianas nos assentos do veculo, situação de restrio dos ocupantes e sexo do condutor foram analisadas. Para anlise dos dados aplicou-se o teste exato de Fisher, qui-quadrado de Mantel-Haenszel e regresso logstica. RESULTADOS: Entre os motoristas abordados, 51,8% usavam cinto de segurana (60,4% das mulheres, 44,9% dos homens). Entre as crianas, 36,1% usavam assentos de segurana infantil, 45,4% eram transportadas soltas, 16,0% estavam no colo de adultos, 2,7% usavam o cinto de segurana. Segundo a regresso logstica, os fatores que mais influenciaram o uso dos assentos de segurana infantil foram: idade da criana inferior a 15 meses (OR= 3,76), uso de cinto de segurana pelo condutor (OR= 2,45) e crianas pertencentes aos estratos sociocupacionais de maior renda e escolaridade (OR= 1,37). CONCLUSES: A utilizao de assentos de segurana infantil mostrou-se associada idade da criana, uso de cinto de segurana pelo condutor e estrato sociocupacional da creche. Frente ao baixo ndice de utilizao, o uso dos assentos de segurana infantil surge como desafio medicina preventiva no Brasil, exigindo ateno e atuao para sua disseminao na população.
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OBJETIVO: Analisar os fatores que adultos e idosos consideram como mais importantes para manuteno da sade. MTODOS: Estudo transversal realizado com 4.060 adultos e 4.003 idosos residentes em reas de abrangncia de 240 unidades bsicas de sade das regies Sul e Nordeste, em 2005. Um carto com figuras e frases referentes a sete fatores relacionados com o risco de doenas e agravos no transmissveis era mostrado aos indivduos para que indicassem o fator mais relevante para a sade. Os fatores eram: manter uma alimentao saudvel, fazer exerccio fsico regularmente, no tomar bebidas alcolicas em excesso, realizar consultas mdicas regularmente, no fumar, manter o peso ideal e controlar ou evitar o estresse. As anlises foram ajustadas por regresso de Poisson com clculo de razes de prevalncia ajustadas, intervalos com 95% de confiana, e valores de significncia usando os Testes de Wald para heterogeneidade e tendncia linear. RESULTADOS: Os fatores mais freqentemente indicados pelos adultos foram: alimentao saudvel (33,8%), realizar exerccio fsico (21,4%) e no fumar (13,9%). Entre os idosos, os fatores mais relatados foram: alimentao saudvel (36,7%), no fumar (17,7%) e consultar o mdico regularmente (14,2%). Foram observadas diferenas entre os fatores citados conforme a regio geogrfica, variveis demogrficas, socioeconmicas e de sade. CONCLUSES: A maioria de adultos e idosos, de ambas regies, reconhece e indica a necessidade de manter uma alimentao saudvel e de no fumar como medidas mais importantes para manuteno da sade. Estratgias de educao em sade devem considerar essas caractersticas dos indivduos para estimular medidas especficas a serem adotadas para cada segmento populacional.