289 resultados para Ostrea edulis
Resumo:
O maracujá-suspiro (Passiflora nitida Kunth) é uma espécie silvestre amplamente distribuída no território nacional. Tem alto potencial para o melhoramento visando à resistência a diversas doenças que provocam perdas expressivas em cultivos comerciais de maracujá-azedo (Passiflora edulis Sims). Seus frutos são comestíveis e têm elevado valor comercial como fruta fresca. Dessa forma, esse estudo teve como objetivo analisar as características físicas e químicas dos frutos e determinar, em condições de campo, o rendimento de dez acessos de P. nitida procedentes de estados e/ou de diferentes tipos fitofisionômicos das regiões Centro - Norte do Brasil. O experimento foi conduzido na Embrapa Cerrados, localizada em Planaltina, Distrito Federal. Os acessos avaliados foram coletados em Manaus-AM, de capoeira; no Núcleo Rural São José - DF, de chapada e de vereda; no Vale do Amanhecer - DF, de vereda; Jardim Botânico-DF, de Cerrado Stricto Sensu; em Silvânia-GO, de mata ciliar e de chapada; em Itiquira - MT, de Cerrado Stricto Sensu; em Alto Paraíso-GO, de chapada, e em Natividade-TO, de chapada. O delineamento estatístico foi em blocos casualizados, com quatro repetições e três plantas úteis por repetição. As plantas foram propagadas por estacas enraizadas de cada acesso e conduzidas em espaldeiras verticais de 1,80 metro de altura, com irrigação por gotejamento. As avaliações foram feitas durante as colheitas de 2006 e 2007. O acesso do Vale do Amanhecer apresentou o melhor rendimento de frutos. Este acesso pode ser usado no programa de melhoramento visando à inserção de P. nitida no mercado. Também foi possível observar que as fontes provenientes do Cerrado têm características físicas mais desejáveis, produzindo frutos maiores e com melhor rendimento em polpa. Por outro lado, o acesso do Amazonas teve a menor espessura da casca, característica desejável para o mercado de frutas naturais.
Resumo:
Com objetivo de avaliar o efeito da aplicação de calcário e fósforo sobre o desenvolvimento de duas variedades de maracujazeiro, foi desenvolvido experimento em casa de vegetação no Instituto de Ciências Agrárias da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Utilizou-se como substrato Latossolo Amarelo distrófico, textura média. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 4x4x2, com 32 tratamentos e 4 repetições, totalizando 128 parcelas. Os fatores estudados foram quatro doses de fósforo (0; 100; 200 e 300 mg dm-3 de P) na forma de superfosfato triplo (SFT); quatro níveis de saturação por bases (inicial = 15%, 40%, 65% e 90%) e duas variedades de maracujazeiro (Golden Star e CPATU-Casca fina). Como corretivo de acidez do solo, foram utilizados carbonato de cálcio (CaCO3) e carbonato de magnésio (MgCO3). Após 50 dias da instalação do experimento, realizaram-se as avaliações nas variáveis biológicas indicativas do desenvolvimento da planta, como: altura, diâmetro do caule e massa seca da parte aérea. A aplicação combinada de fósforo e de calcário influenciou positivamente no desenvolvimento e na massa seca de plantas de maracujazeiro. A maior produção de massa seca foi obtida com aplicação combinada de 160 mg dm-3 de P em solo com saturação por bases estimada de 47%, que esteve associada às concentrações de P e de Ca de 143 mg dm-3 e 2,9 cmol c dm-3 no solo; e a teores de 2,6 e 10,8 g kg-1 na massa seca da parte aérea, respectivamente. A variedade CPATU Casca fina foi superior, em termos de diâmetros médios de caule e massa seca da parte aérea.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi analisar a rentabilidade econômica do maracujazeiro-amarelo, sob diferentes formações da planta. O experimento foi conduzido em pomar comercial no Município de Lavras-MG (21º 14' S; 45º 58' W; 910 m de altitude), durante dois ciclos de produção (2006/2007). Os tratamentos constituíram na formação das plantas com diferente número de ramos terciários (T1=40, T2=30, T3=24, T4=20 e T5=14 por planta). O delineamento utilizado foi em blocos casualizados, com quatro repetições, sendo a parcela composta por três plantas. Os custos econômicos e operacionais médios foram maiores para os sistemas de podas mais drásticas (manutenção de 20 e 14 ramos por planta), por apresentarem maior custo de produção e menor produtividade. A receita líquida foi negativa para os sistemas de condução com menor quantidade de ramos terciários (T4 e T5). Os sistemas com podas menos drásticas apresentaram receita líquida positiva variando de R$ 1.861,06/ha no T3 a R$ 3.895,74/ha (2006/2007) no T2. Nos tratamentos T1, T2 e T3, o resultado da situação econômica foi de lucro supernormal, indicando que a atividade está obtendo retornos maiores que as melhores alternativas possíveis de emprego do capital. Porém, nos tratamentos T4 e T5, os resultados foram de resíduos positivo e negativo, respectivamente, cobrindo apenas parte dos custos da lavoura, com a tendência do produtor de maracujá de buscar melhores alternativas de aplicação do seu capital, com abandono da atividade.
Resumo:
O trabalho foi realizado no ripado e na área de Fruticultura do Departamento de Produção Vegetal da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista (FCAV/UNESP), em Jaboticabal-SP, e em área de pequeno produtor fornecedor da Maguari (Kraft Foods do Brasil) em Araguari-MG, tendo por objetivo avaliar o desenvolvimento de maracujazeiro-amarelo enxertado por enxertia hipocotiledonar, sobre seis espécies de Passifloraceas. Foram utilizados sete tratamentos, sendo seis tratamentos com as espécies: P. edulis f. flavicarpa, P. caerulea, P. alata, P. gibertii, P. coccinea, P. cincinnata e um tratamento com pé-franco de P. edulis f. flavicarpa. Para todos os tratamentos, a variedade-copa utilizada foi o maracujazeiro-amarelo 'FB 200'. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com três repetições. A parcela foi constituída de uma linha de quatro plantas (20m lineares). A condução foi realizada conforme os tratos culturais recomendados para a cultura. As características avaliadas foram florescimento, produção, número e peso médio de frutos. Em Jaboticabal-SP, o pé-franco apresentou melhor desenvolvimento e maior produção que as plantas enxertadas. Em Araguari-MG, P. edulis f. flavicarpa, P. caerulea e pé-franco apresentaram melhor produção. Não houve diferença significativa no número de frutos, e o P. alata diminuiu, em relação aos outros porta-enxertos, o peso dos frutos.
Resumo:
O maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis Sims. f. flavicarpa Deg.) é a principal Passifloraceae cultivada no Brasil, e seu cultivo tem encontrado algumas dificuldades, principalmente no que concerne à longevidade dos pomares, a qual tem sido reduzida devido à incidência de doenças e nematoides que atacam o seu sistema radicular. Este trabalho teve por objetivo estabelecer tecnologias para a produção de mudas de maracujazeiro-amarelo, através da enxertia hipocotiledonar, sobre sete porta-enxertos. Os porta-enxertos utilizados foram: P. edulis f. flavicarpa; P. caerulea; P. alata; P. gibertii; P. coccinea; P. cincinnata e P. setacea. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com 36 repetições para cada porta-enxerto. As características avaliadas foram: percentual de sobrevivência dos enxertos, altura das plantas, número de folhas, diâmetro do porta-enxerto. A metodologia de enxertia hipocotiledonar testada foi bem-sucedida para a maioria das espécies testadas. Destacaram-se os porta-enxertos: P. caerulea; P. gibertii; P. cincinnata e P. flavicarpa, tanto pelo alto índice de pegamento como pela precocidade na obtenção da muda.
Modalidades de enxertia para maracujazeiro: avaliação preliminar nas condições da Depressão Cuiabana
Resumo:
O objetivo do trabalho foi avaliar duas modalidades de enxertia para a cultura do maracujazeiro nas condições da Depressão Cuiabana. O ensaio foi realizado no viveiro da Fazenda Experimental da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária - FAMEV, da Universidade Federal de Mato Grosso, localizada no município de Santo Antônio do Leverger. Foram utilizadas modalidades de enxertia do tipo garfagem em fenda cheia e fenda lateral, em três pontos distintos dos porta-enxertos: acima da inserção das primeiras folhas ou enxertia de topo, acima de três folhas e acima de cinco folhas. As mudas utilizadas como porta-enxerto foram obtidas através de sementes oriundas do IAC (Instituto Agronômico de Campinas - SP) da cultivar IAC 275 e do acesso Roxinho-miúdo. Os garfos usados como enxertos foram retirados de plantas jovens da cultivar IAC 275, com três meses de idade e diâmetro de 0,5 cm. A percentagem de pegamento da enxertia e o desenvolvimento de plantas foram superiores pelo método de garfagem em fenda cheia, sendo também maiores em porta-enxertos com cinco folhas, em relação aos de três e aos sem folhas. A garfagem em fenda cheia mostrou-se mais adequada, uma vez que, com essa modalidade, obtiveram-se 98% de pegamento.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento vegetativo e a produtividade do maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis Sims) enxertado sobre três porta-enxertos em área sem histórico de morte prematura de plantas. O experimento foi conduzido no município de Adamantina-SP, no período de abril de 2006 a junho de 2007, adotando-se o delineamento em blocos ao acaso, em esquema fatorial 3 x 2 + 1 tratamento adicional, com quatro repetições. Os fatores avaliados foram três porta-enxertos: Passiflora edulis, P. alata e P. gibertii, em dois sistemas de enxertia, a hipocotiledonar e a convencional por garfagem tipo fenda cheia, e um tratamento adicional, sem enxertia. Utilizou-se como copa o maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis Sims). Avaliaram-se o diâmetro do caule do porta-enxerto, o diâmetro do caule do enxerto, o comprimento de entrenó, o comprimento dos ramos secundários, o número de ramos terciários, o número de frutos, a massa média de frutos, a produtividade e as fitomassas verde e seca das plantas. Observou-se que as três espécies estudadas podem ser utilizadas como porta-enxertos para o maracujazeiro-amarelo, com diferentes níveis de compatibilidade. P. edulis demonstrou maior compatibilidade como porta-enxerto por apresentar-se superior aos demais na maioria dos parâmetros analisados. Plantas enxertadas sobre P. gibertii apresentaram menor vigor, menor crescimento vegetativo, frutos com menor massa e menor produtividade. A enxertia hipocotiledonar resultou em maior massa média de frutos e maior produtividade no maracujazeiro-amarelo.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento vegetativo, a produtividade e a sobrevivência do maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis Sims) enxertado sobre três porta-enxertos, em área com histórico de morte prematura de plantas. O experimento foi conduzido no município de Adamantina-SP, no período de maio de 2006 a fevereiro de 2007, adotando-se o delineamento de blocos ao acaso, com três tratamentos e sete repetições. Os porta-enxertos avaliados foram Passiflora edulis, P. alata e P. gibertii, utilizando-se da enxertia convencional por garfagem tipo fenda cheia. Avaliaram-se o diâmetro do caule do porta-enxerto e do enxerto, o comprimento do entrenó e dos ramos secundários, o número de ramos terciários e o de frutos, a massa média, o diâmetro e o comprimento médio dos frutos, a produtividade e a sobrevivência de plantas. Os resultados demonstraram que o uso da enxertia no maracujazeiro é uma opção viável como meio de propagação vegetativa, assim como forma de controle de alguns patógenos habitantes do solo, um dos problemas que têm limitado a expansão da cultura. As plantas enxertadas sobre P. edulis apresentaram melhor desenvolvimento inicial, seguido de P. gibertii e de P. alata. A menor produtividade ocorrreu em plantas sobre P. alata. Mesmo com a presença de Fusarium solani e Rotylenchulus reniformis nos solos, 91% das plantas enxertadas sobre P. gibertii sobreviveram após 12 meses de plantio no campo, enquanto em P. alata e P. edulis, esses índices foram de 60% e 8,6%, respectivamente, mostrando assim a maior tolerância às doenças causadas por patógenos habitantes do solo por P. gibertii.
Resumo:
O maracujazeiro tem-se destacado entre as principais frutíferas do País. Porém, a vida útil vem sendo reduzida principalmente devido aos danos causados por doenças do sistema radicular, sendo que a enxertia com espécies nativas e resistentes a doenças pode solucionar o problema. Com isso, objetivou-se avaliar o desempenho vegetativo das mudas enxertadas de combinações de variedades-copa e espécies de porta-enxertos de maracujazeiro. O trabalho foi desenvolvido em viveiro telado (50% de sombreamento), na Embrapa/Acre, em Rio Branco-AC, entre setembro e dezembro de 2007. As sete variedades estudadas foram o maracujazeiro-amarelo 'FB 100' e 'FB 200' do viveiro Flora Brasil (Araguari-MG), UFAC 07; 25; 38; 64 e 70 (Universidade Federal do Acre, Rio Branco-AC), e os porta-enxertos foram Passiflora edulis f. flavicarpa (acesso Cuiabá-MT), P. alata, P. edulis e P. quadrangularis (acesso Guiratinga-MT), P. serrato-digitata (acesso IAC-Campinas-SP). O delineamento experimental foi o de blocos ao caso, com 12 repetições. Os tratamentos foram 35 combinações copa/porta-enxerto constituídas por 5 portas-enxertos combinados com 7 copas. O método de enxertia utilizado foi o de fenda cheia no topo hipocotiledonar, tendo os porta-enxertos as seguintes características: três folhas verdadeiras e altura de plântula variável (6 a 8cm), 30 a 90 dias após a semeadura. Foram avaliadas a altura de plantas, o diâmetro do caule, o número de folhas e de entrenós como valores de desenvolvimento das plantas. As combinações de melhor desenvolvimento vegetativo para o diâmetro e o número de entrenós foram FB 100 e FB 200 sobre P. edulis e P. alata, UFAC 07 sobre P. serrato-digitata e P. quadrangularis, UFAC 38 sobre P. edulis. Já para a altura de plantas e o número de folhas, as combinações de melhor desenvolvimento vegetativo foram FB 100 e FB 200 sobre P. edulis e P. alata, bem como FB 100 e FB 200 sobre P. serrato-digitata, UFAC 38 sobre P. alata para diâmetro de plantas e número de folhas.
Resumo:
O mercado de frutas frescas do maracujá-amarelo valoriza a qualidade interna e externa dos frutos. Assim, este trabalho teve o objetivo de avaliar o efeito do porta-enxerto e do tipo de enxertia na qualidade dos frutos de maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis Sims). O experimento foi conduzido no município de Adamantina-SP, no período de abril de 2006 a junho de 2007, adotando-se o delineamento em blocos ao acaso, em esquema fatorial 3 x 2 + 1 tratamento adicional, com quatro repetições. Os porta-enxertos avaliados foram: P. edulis (maracujá-amarelo), P. alata (maracujá-doce) e P. gibertii (maracujá-giberti), em dois tipos de enxertia: hipocotiledonar e convencional por garfagem tipo fenda cheia e um tratamento adicional, sem enxertia. Utilizou-se como copa o maracujazeiro-amarelo (Passiflora edulis Sims). Avaliaram-se o comprimento, o diâmetro, a massa fresca e a classificação dos frutos no período de novembro de 2006 a abril de 2007, a massa e a espessura da casca dos frutos, o rendimento do suco, o teor de sólidos solúveis totais (SST), a acidez total titulável (ATT) e o ratio (SST/ATT) dos frutos no mês de dezembro de 2006. O diâmetro e a massa fresca de frutos obtidos de plantas enxertadas sobre P. gibertii foram inferiores em relação aos de plantas pé-franco e aos de plantas enxertadas sobre P. alata. Os maiores comprimentos de frutos foram encontrados em plantas não enxertadas. Os porta-enxertos utilizados não influenciaram no teor de SST, na ATT e no ratio. O método de enxertia não interfere no diâmetro, no comprimento, na massa fresca dos frutos, na massa e na espessura da casca, no rendimento do suco e no teor de SST.
Resumo:
O Brasil é o maior produtor de maracujá. Mas, apesar da posição de destaque, a vida útil do maracujazeiro vem sendo reduzida, principalmente, devido aos danos causados por doenças do sistema radicular. A enxertia com espécies nativas e resistentes a doenças apresenta-se como alternativa de produção. Com isso, objetivou-se avaliar o pegamento da enxertia nas combinações de variedades-copa e espécies de porta-enxertos de maracujazeiro. O trabalho foi desenvolvido em viveiro telado (50% de sombreamento), na Embrapa Acre, em Rio Branco-AC, entre setembro e dezembro de 2007. A variedade-copa utilizada para todos os tratamentos foi o maracujazeiro-amarelo 'FB 100' e 'FB 200' do viveiro Flora Brasil (Araguari-MG) e outras 5 variedades regionais (UFAC-Universidade Federal do Acre, Rio Branco-AC), e os porta-enxertos foram Passiflora edulis Sims (maracujazeiro-amarelo) (acesso Cuiabá-MT), P. alata, P. edulis (maracujazeiro-roxo) e P. quadrangularis (acesso Guiratinga-MT), P. serrato-digitata (acesso IAC-Campinas-SP). As sementes foram previamente embebidas em água destilada por cerca de 24 h e posteriormente semeadas em tubetes plásticos (25x5cm) com substrato Plantmax@. O método de enxertia utilizado foi o de fenda cheia no topo hipocotiledonar, tendo os porta-enxertos as seguintes características: três folhas verdadeiras e altura de plântula variável (6 a 8cm), 30 a 90 dias após a semeadura. Decapitaram-se as plântulas na altura dos cotilédones com lâmina de aço, as quais foram mergulhadas em água sanitária a 70%, a cada enxertia realizada. Os enxertos foram obtidos de plântula inteira, com cerca de 10 cm de comprimento, fazendo-se a limpeza das folhas. As combinações de melhor desempenho em relação ao pegamento da enxertia foram UFAC 07 sobre P. edulis (maracujazeiro-roxo) e P. alata, UFAC 38 sobre P. edulis (maracujazeiro-amarelo), P. edulis (maracujazeiro-roxo) e P. alata, UFAC 64 sobre P. serrato-digitata, com 100% de pegamento da enxertia, enquanto a combinação FB 100 sobre P. alata teve o pior desempenho, com baixo índice de pegamento, não alcançando 30%.
Resumo:
As frutas nativas do cerrado têm despertado ultimamente interesse crescente, devido às suas propriedades nutricionais e funcionais aliadas ao potencial para agregar valor e conservar a biodiversidade deste bioma. Muitos compostos fenólicos apresentam capacidade antioxidante de neutralizar a atividade de radicais livres gerados no organismo, que estão associados a diversas doenças crônico-degenerativas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de três soluções extratoras (acetona a 70 %, etanol a 95 % e metanol a 99,8 %) e determinar os teores de compostos fenólicos em 10 espécies de frutas nativas do cerrado, utilizando o método de Folin-Ciocalteou para compostos fenólicos totais e o método da vanilina para taninos condensados. A acetona a 70 % mostrou-se como o melhor solvente extrator de compostos fenólicos totais e taninos condensados em frutos de Pouteria gardneriana, Eugenia dysenterica, E. klostzchiana, E. punicifolia, Plinia edulis, Campomanesia sp., fenólicos totais de Brosimium gaudichaudii e taninos condensados de Jaracatia spinosa. O etanol a 95 % foi mais eficiente na extração de fenólicos totais de Jaracatia spinosa e taninos condensados de Brosimium gaudichaudii; o metanol a 99,8 % foi mais eficiente na extração de taninos condensados de Eugenia dysenterica. Os teores de compostos fenólicos totais variaram entre 90 e 327 mg de ácido gálico equivalente por 100g de polpa para as espécies E. dysenterica e E. punicifolia, respectivamente. Os teores de taninos condensados variaram entre 4 e 291 mg de catequina equivalente por 100 g de polpa para as espécies E. dysenterica e E. calcyna, respectivamente. As espécies de frutas do cerrado, avaliadas neste estudo, podem ser consideradas boas fontes de compostos fenólicos totais, sendo que a natureza específica dos diferentes tipos deve ser avaliada em estudos futuros.
Resumo:
O objetivo foi avaliar, por HPLC, a composição qualitativa e quantitativa de carotenoides em maracujás do cerrado. Frutos procedentes de acessos nativos de quatro espécies (Passiflora cincinnata, P. nitida, P. setacea e P. edulis) foram analisados, utilizando, como referência, o maracujá-amarelo comercial (P. edulis). As polpas de maracujá apresentaram neoxantina, violaxantina, cis-violaxantina, anteraxantina, luteína, zeaxantina, β-criptoxantina, poli-cis-caroteno, prolicopeno, cis-ζ-caroteno, trans-ζ-caroteno, trans-β-caroteno, 13-cis-β-caroteno e fitoflueno. Em geral, os teores de carotenoides entre as espécies e entre os acessos da mesma espécie foram significativamente diferentes. A espécie P. edulis apresentou o maior número de carotenoides, com diferença entre os acessos. Em um acesso de P. edulis comercial, foi encontrado o trans-β-caroteno como o carotenoide principal (7,8±0,8 µg g-1) e no outro o trans-ζ-caroteno (11,4±0,4 µg g-1). Dois acessos de P. edulis nativos do Cerrado apresentaram cis-ζ-caroteno como carotenoide majoritário (6,28±0,15 µg g-1 e 12,1±0,7 µg g-1, casca amarela e roxa, respectivamente). O perfil de carotenoides em frutos de espécies de maracujá apresentou diversidade de composição, com potencial de uso para melhoramento genético para agregar maior valor ao produto e estimular o seu consumo.
Resumo:
O maracujazeiro-amarelo tem despertado grande interesse entre os fruticultores, pela rápida produção em relação a outras espécies frutíferas e por sua excelente aceitação no mercado. Este trabalho teve como objetivo comparar os ganhos preditos obtidos com a seleção simultânea de caracteres utilizando vários índices de seleção nas diferentes características do fruto do maracujazeiro-amarelo. Para a realização deste trabalho, 113 famílias provenientes de cruzamentos que seguiram o Delineamento I foram utilizados. Verificou-se que a seleção praticada nas características que expressam o tamanho do fruto proporcionou resposta correlacionada ao aumento da quantidade de polpa. Ficou evidente, tanto para a análise genotípica quanto para a fenotípica, que os maiores ganhos são observados, para todos os cinco índices em estudos, quando foi aplicado o coeficiente de variação genético de fêmea como peso econômico. Foram satisfatórios os índices Smith e Hazel, Pesek e Baker, Williams, e Mulamba e Mock, pois proporcionaram ganhos totais satisfatórios a partir das análises genotípica e fenotípica.
Resumo:
A propagação vegetativa do maracujazeiro pode propiciar a obtenção de mudas e pomares uniformes, com uso de porta-enxertos com boas características, como tolerância às doenças do solo. O trabalho teve como objetivo estudar métodos de enxertia nas diferentes idades das plantas de maracujazeiro após emergência. O Experimento foi conduzido no Setor de Fruticultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em Lavras-MG, sob telado com 50% de sombreamento. O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados, no esquema fatorial 2x4, dois métodos de enxertia (fenda cheia e inglês simples) e quatro épocas de enxertia (15; 25; 35 e 45 dias após a emergência). Foram avaliadas: porcentagem de pegamento, número de folhas, altura e diâmetro das plantas. Conclui-se que, na enxertia do maracujazeiro-azedo sobre o doce, tanto no método de garfagem fenda cheia quanto para inglês simples, a melhor época para realização é aos 15 dias após a emergência, apresentando um índice de pegamento de 98% em ambos os métodos.