307 resultados para Microscópio eletrônico de varredura
Resumo:
Estuda-se uma nova e simples contrução estereográfica para localização do eixo ótico de minerais uniaxials, na platina universal. São usados dois ângulos: θ, escolhido previamente e com rotação no eixo A4(E-W) da platina universal e ψ, ângulo de extinção medido na platina do microscópio. O método sugere a elaboração de uma tabela, baseada em valores θ e ψ.
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Hodiernamente, o estudo sobre o grão de polem tem alcançado importância muito grande. O tamanho e o contorno, o número e a posição dos sulcos, o número e a posição das aberturas, assim como, os detalhes na ornamentação da parede, principalmente da exina, constituem os principais caracteres morfológicos dos grãos de polem, que oferecem subsídios mormente à Taxonomia Vegetal. O material utilizado no presente trabalho, foi obtido da coleção de abacaxizeiros, pertencentes à Estação Experimental de Limeira-Cordeirópolis (SP). Objetivamos estudar comparativamente, a morfologia dos grãos de polem, provenientes de espécies diferentes. Utilizamo-nos de dois processos para obtenção de lâminas, para posteriores exames ao microscópio: método rápido e método da acetólise. Constatamos que, a maioria do material examinado ao microscópio, apresentou grãos de polem isolados, monoporados, com a exina reticulada, com sulcos longitudinais, de formas predominantemente esféricas ou ovóides. Muito embora trabalhássemos com material de espécies distintas, não houve diferenças morfológicas evidentes, nos grãos de polem examinados, tanto para o método não acetolítico (rápido) como para o método da acetólise.
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Utilizando-se da microscopia de luz e de varredura, são descritos e ilustrados os ovos dos seguintes Heliconiini (Lepidoptera, Nymphalidae) do Rio Grande do Sul (Brasil): Agraulis vanillae maculosa (Stichel, 1907), Dione juno juno (Cramer, 1779), Dione moneta moneta Hübner, 1825, Dryadula phaetusa (Linnaeus, 1758), Dryas iulia alcionea (Cramer, 1779), Philaethria wernickei (Röber, 1906), Eueides isabella dianasa (Hübner, 1806), Eueides aliphera aliphera (Godart, 1819), Heliconius ethilla narcaea Godart, 1819, Heliconius besckei Ménétriés, 1857 e Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775). Com base em diferenças morfológicas genéricas e ultraestruturais, associadas aos padrões de uso das plantas hospedeiras, elaborou-se uma chave dicotômica para a identificação das espécies.
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As estruturas externas do ovo, larva e pupa de Agraulis vanillae maculosa (Stichel, [1908]) são descritas e ilustradas, baseadas em microscopia óptica e eletrônica de varredura.
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O presente estudo teve por objetivo conhecer a flutuação populacional e a constância de cicadelíneos presentes na vegetação herbácea de um pomar de laranja doce (Citrus sinensis (L.) Osbeck), variedade Valência, em Montenegro, RS. O levantamento foi realizado com a metodologia da rede-de-varredura, tendo início em fevereiro de 2001 e finalizando-se em janeiro de 2002. Mensalmente foram coletadas dez amostras, sendo cada uma destas composta por 50 golpes de rede em movimento de avanço sobre a vegetação herbácea e cultura intercalar nas entrelinhas do pomar (n = 500 golpes/ocasião de coleta). No total foram coletados 928 cicadelíneos, pertencentes a nove espécies: Bucephalogonia xanthophis (Berg, 1879), Diedrocephala variegata (Fabricius, 1775), Hortensia similis (Walker, 1851), Macugonalia leucomelas (Walker, 1851), Parathona gratiosa (Blanchard, 1840), Plesiommata corniculata Young, 1977, Sibovia sagata (Signoret, 1854), Sonesimia grossa (Signoret, 1854) e Tapajosa rubromarginata (Signoret, 1855). O período de maior abundância da comunidade de cicadelíneos foi durante a primavera e o verão. Hortensia similis e M. leucomelas foram as únicas espécies consideradas constantes durante o levantamento. A menor abundância dos cicadelíneos em abril e dezembro provavelmente deve-se a efeitos causados por fatores abióticos (pluviosidade) e aqueles relativos à estrutura da vegetação (altura das plantas) sobre a comunidade.
Resumo:
O presente trabalho visa fornecer subsídios para estudos morfológicos comparativos de Lycaenidae neotropicais. Hemiargus hanno (Stoll, 1790) é a primeira espécie neotropical de Polyommatinae a ter sua morfologia detalhada na literatura. Essa borboleta pode ser encontrada em ambientes abertos com vegetação rasteira, desde o sul do Texas até a Argentina. A morfologia da região cervical, do tórax e do abdome de H. hanno foi estudada com auxílio da microscopia óptica e de varredura.
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Assembléias de aranhas da vegetação herbácea foram amostradas com rede-de-varredura em dois pomares de laranja doce (Citrus sinensis) no sul do Brasil. Cada pomar amostrado é caracterizado por receber um diferente tipo de manejo: "tradicional" ou "ecológico". Adicionalmente, foi amostrada a assembléia de aranhas das laranjeiras do pomar com manejo "ecológico" através do uso de guarda-chuva japonês. No total foram coletadas 3.876 aranhas, 2.379 nas laranjeiras do pomar de manejo "ecológico" e 1.497 junto à vegetação herbácea de ambos pomares; foram registradas 99 espécies de 17 famílias de aranhas; Oxyopes salticus Hentz, 1845 (Oxyopidae) foi a aranha mais abundante na vegetação herbácea e Sphecozone cristata Millidge, 1991 (Linyphiidae) a mais abundante nas laranjeiras. Aranhas errantes foram mais abundantes em ambos tipos de vegetação. A araneofauna da vegetação herbácea nos pomares com diferentes manejos não apresentou diferenças significativas na diversidade (H'= 2,13 - "ecológico"; 2,24 - "tradicional"); a diversidade foi menor nas laranjeiras (H'=1,95). Em razão de terem sido utilizados diferentes métodos de coleta nas amostragens entre os microhabitats, o índice de Jaccard (17,5%) indicou baixa similaridade entre as assembléias.
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Um inventário da fauna de aranhas foi realizado na Serra do Cachimbo, no Campo de Provas Brigadeiro Velloso, município de Novo Progresso, Pará. As coletas ocorreram em duas expedições, uma na estação seca (agosto e setembro de 2003) e outra na chuvosa (março e abril de 2004). Cada expedição contou com a participação de três coletores. O esforço de amostragem foi de 240 amostras, sendo 96 através de guarda-chuva entomológico e rede de varredura, 96 através de coleta manual noturna e 48 por triagem manual e extratores de Winkler. Foi comparada a diversidade de aranhas de quatro tipos de vegetação, Floresta Ombrófila Aberta, mata de galeria, áreas de Cerrado (Savana Arbórea) e de Campina. As coletas resultaram em um total de 4.990 indivíduos, dos quais 2.750 adultos. Foram identificadas 427 morfoespécies em 37 famílias, sendo as mais abundantes Theridiidae, Salticidae e Araneidae e as mais ricas em espécies Araneidae, Salticidae e Theridiidae. As espécies representadas por apenas um indivíduo somaram 40% do total e apenas duas ultrapassaram cem indivíduos. A curva de riqueza específica estimada (ACE) atingiu 614 espécies. A maior diversidade alfa (índice de Shannon-Wiener) foi encontrada em Floresta Ombrófila, seguida pela mata de galeria, Campina e Cerrado. Tais diferenças entre as vegetações podem ser explicadas devido a variações na complexidade da vegetação e na disponibilidade de microhábitats em cada fitofisionomia.
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Parastacus brasiliensis (von Martens, 1869) é um lagostim de água doce endêmico da região meridional brasileira, ocorrendo nas bacias que formam o estuário do Guaíba, na depressão central do Estado do Rio Grande do Sul. O objetivo deste estudo é descrever e ilustrar a morfologia externa e a distribuição dos diferentes tipos de setas nos apêndices de exemplares adultos de P. brasiliensis. Em laboratório, os exemplares foram dissecados e detalhes da organização morfológica foram descritos e ilustrados com auxílio de câmara clara adaptada ao estereomicroscópio. Microscopia eletrônica de varredura foi utilizada para um melhor detalhamento no estudo das setas. Os resultados obtidos foram comparados com outras espécies de lagostins e com estágios juvenis de P. brasiliensis. Os tipos de setas e o padrão de distribuição observados são similares ao encontrado em Austropotamobius pallipes (Lereboullet, 1858). Diferenças foram encontradas no basipodito e no coxopodito do primeiro maxilípodo e na primeira maxila de P. brasiliensis, onde setas serradas são substituídas por formas plumodenticuladas e multidenticuladas.
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Com a intenção de conhecer a diversidade da araneofauna relacionada à cultura do arroz, foi realizado um inventário deste agroecossistema ainda pouco estudado em sua biodiversidade. Foram realizadas 17 amostragens na Estação Experimental do Arroz (EEA), do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA), Cachoeirinha, RS (50º58'21"W; 29º55'30"S) entre outubro de 2004 e junho de 2005, em três períodos: antes do arroz ser semeado, durante o desenvolvimento do arroz e após a colheita. As coletas foram efetuadas no período matinal utilizando rede-de-varredura (35 cm de diâmetro), 50 golpes em cada um dos quatro transectos por amostragem. Coletou-se um total de 918 aranhas distribuídas em 14 famílias, com predomínio de Araneidae, Anyphaenidae, Oxyopidae e Tetragnathidae. Entre os indivíduos adultos, foram determinadas 38 morfoespécies, as mais abundantes Alpaida veniliae (Keyserling, 1865), Tetragnatha nitens (Audouin, 1826), Ashtabula sp.1 e Tetragnatha aff. jaculator, as quatro juntas com mais de 45% dos espécimes adultos coletados. Dos estimadores de riqueza de espécies utilizados, o que mais se aproximou da riqueza observada foi Chao 1; segundo este, 87,4% das espécies potencialmente presentes foram amostradas. Os resultados demonstraram que tanto abundância como riqueza tiveram a tendência ao crescimento, acompanhando o desenvolvimento da lavoura de arroz. Uma constante colonização no hábitat foi constatada dado o alto número de aranhas jovens encontradas em todos os períodos. Não foram encontradas diferenças significativas para a correlação entre dados abióticos (temperatura e pluviosidade) com a abundância e a riqueza, exceto pluviosidade vs. riqueza. Entre os grupos funcionais, houve o predomínio das caçadoras emboscadoras, seguido das construtoras de teias orbiculares. A análise de similaridade (ANOSIM) encontrou diferenças significativas entre a fauna dos três períodos avaliados. Assim, a perturbação na forma como o arroz é semeado e colhido altera a estrutura ambiental brutalmente, conduzindo a uma mudança na diversidade de aranhas em termos de riqueza e composição de espécies. Os resultados sugerem a importância de estudos da biodiversidade nos agroecossistemas.
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A composição e a variação sazonal da fauna de Pentatomoidea (Hemiptera) foi avaliada entre setembro de 2005 e agosto de 2006 em três fragmentos de Mata Atlântica na região sul de Santa Catarina (Brasil): Parque Ecológico José Milanese (Criciúma, 28º41'23''S, 49º25'55''W), Parque Ecológico de Maracajá (Maracajá, 28º52'51''S, 49º27'59''W) e Balneário Morro dos Conventos (Araranguá, 28º56'05''S, 49º21'47''W). Foram realizadas coletas mensais ao longo de trilhas nas três áreas, utilizando guarda-chuva entomológico e rede de varredura para amostrar nas bordas de mata. Para um esforço amostral de 108 horas foram coletados 595 indivíduos, distribuídos em 4 famílias, 29 gêneros e 49 espécies. Pentatomidae foi a família mais abundante (82,69%) seguida de Cydnidae (15,97%), Scutelleridae (0,84%) e Tessaratomidae (0,50%). Pentatomidae também apresentou a maior riqueza com 37 espécies. As espécies mais abundantes foram Mormidea notulifera Stål, 1860, Oebalus ypsilongriseus (De Geer, 1773), Arvelius albopunctatus (De Geer, 1773), Edessa subrastrata Bergroth, 1891, Galgupha schulzii (Fabricius, 1781) e Agroecus scabricornis (Herrich-Schäffer, 1844). O período de maior captura foi entre o final da primavera e início do outono, representando 71,76% do total coletado. O Parque do Maracajá apresentou abundância e riqueza sgnificativamente maiores do que as demais áreas. Este estudo representa o primeiro inventário da diversidade de Pentatomoidea em habitats naturais no estado de Santa Catarina.
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Os autores descreveram as características morfológicas de Triatoma klugi Carcavallo, Jurberg, Lent & Galvão, 2001 pertencente ao grupo de espécies que compõem o "complexo T. oliveirai". Até o presente tem sido difícil separar essas espécies com base nas características ninfais, o que justifica o desenvolvimento deste trabalho. Os espécimes foram coletados em frestas de rochas no morro Malavok na localidade de Linha Brasil, município de Nova Petrópolis, no Estado do Rio Grande do Sul. O local de captura dos triatomíneos situa-se entre 700 e 800 m de altitude (29º18'38''S, 51º04'57''W). Juntamente com T. oliveirai (Neiva, Pinto & Lent, 1939), espécie morfologicamente mais próxima, são as únicas do complexo que não foram encontradas, até o momento, no Estado do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, Brasil. Em condições experimentais, já foi testada e comprovada a sua susceptibilidade à infecção pelo Trypanosoma cruzi (Chagas, 1909) e Trypanosoma rangeli (Tejera, 1920). A análise comparativa das ornamentações do exocório dos ovos e de três estádios ninfais de T. klugi por microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura mostrou algumas particularidades morfológicas, com destaque para: a face ventral da cabeça, o sulco estridulatório e os últimos segmentos abdominais (IX, X - futura genitália e XI - tubo anal). Esses dados contribuem para a ampliação dos parâmetros diferenciais visando à diagnose de T. klugi durante o seu desenvolvimento ninfal.
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Streblidae e Nycteribiidae são encontradas exclusivamente em associação com morcegos. Este trabalho teve como objetivo investigar a diversidade de insetos ectoparasitas encontrados em morcegos da Reserva Biológica das Perobas, Estado do Paraná, Brasil. O trabalho foi realizado nos meses de maio, junho e agosto de 2008 e fevereiro, março e abril de 2009. Para a captura dos morcegos, foram utilizadas 32 redes-de-neblina, totalizando esforço de captura de 43.520m².h. A coleta de ectoparasitas foi feita manualmente ou com auxílio de pinça reta de ponta fina. Os espécimes foram conservados em álcool 70% e identificados com auxílio de microscópio estereoscópico. Os dados foram analisados por meio do estimador não paramétrico Bootstrap e estatística descritiva. As espécies de ectoparasitas identificadas foram: Aspidoptera falcata Wenzel, 1976, Megistopoda proxima (Séguy, 1926), Megistopoda aranea (Coquillett, 1899), Paratrichobius longicrus (Miranda Ribeiro, 1907), Trichobius tiptoni Wenzel, 1976 e Basilia quadrosae Graciolli & Moura, 2005. A curva de riqueza estimada indicou tendência à ocorrência de outras espécies de ectoparasitas na unidade de conservação, haja vista que não foi alcançada a assíntota horizontal. Os dados obtidos corroboram com os verificados em outras regiões do Brasil e contribuem com as informações sobre a diversidade do grupo no bioma Mata Atlântica do noroeste do Paraná.
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Um caso de mioblastoma de células granulares do apêndice vermiforme por nós observado forneceu dados interessantes relacionados com a sua histogênese, constituindo êsse o principal motivo da presente publicação. A sua localização pode ser determinada com precisão, estando situado nas paredes do apêndice vermiforme, ao nível da camada circular de fibras musculares lisas da túnica muscular. As células do tumor mostram continuidade com as fibras musculares lisas daquela camada, sendo gradual a passagem entre as estruturas de fibras musculares lisas normais,naquela camada, e o tumor. Pela sua parte externa, o tumor, observado em cortes adequados, é sempre limitado pela camada longitudinal de fibras musculares lisas da túnica muscular do apêndice vermiforme, o que exclui topogràficamente a possibilidade de conexão entre o tumor e fibras musculares estriadas. Topogràficamente, trata-se de um tumor localizado nìtidamente na túnica muscular do apêndice vermiforme, mostrando conexão histológica íntima com as fibras musculares lisas da camada circular ou interna da túnica muscular. Por outro lado, a microscopia eletrônica permitiu distinguir detalhes que sugerem uma relação entre as granulações encontradas no citoplasma das células do mioblastoma, quando observado ao microscópio ótico, e as miofibrilas. Os dados colhidos indicam que os grânulos representam tractos escuros das ultrafibrilas, que se tornariam aparentes em virtude de modificações patológicas daquelas estruturas em células blastomatosas derivadas de fibras musculares lisas.
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A fibrose do miocárdio foi, primitivamente, atribuída á cicatrização de infartos e á miocardite intersticial. Em data relativamente recente maior atenção veio despertar a miocitólise como outra causa capaz de produzi-la (SCHLESINGER & REINER, MAGARINOS TORRES). Descrevemos, neste trabalho, a miocitólise difusa do miocárdio como diversa da miocitólise focal, estudada por SCHLESINGER & REINER. Na cardiopatia crônica chagásica, a fibrose do miocárdio é aparentemente, o resultado da miocitólise difusa em menor escala associada á da miocaedite específica. Embora não patognomônica da doença de Chagas, a miocitólise difusa, em sua fase crõnica (figs. 3 a 11), por vêzes distinguida, devidamente, da miocardite intersticial, é constante e, não raro, extensa na cardiopatia crônica chagásica, fato a ser levado em conta quando tentado o seu diagnóstico microscópico. A raridade, porém com que é surpreendida a sua fase aguda (figs. 13 e 14) indica que ela se processa de maneira lenta, atingindo, apenas, raras fibras musculares, em cada momento concreto, circunstãncia essa que, de certo modo, virá dificultar o seu estudo pelo microscópio electrônico. A lesão de C. Magarinos torres (figs. 15, 16 e 17) não parece relacionada com a miocitólise, embora reconheça, provàvelmente, uma patogenia semelhante: anemia local condicionando perturbações no metabolismo das células musculares cardíacas. A destruição de células musculares, discreta em cada campo microscópico, porém difundida, exige evidentemente menos afluxo de sangue arterial, nas zonas em que a miocitólise é mais acentuada, fato que não poderia explicar o colapso das finas ramificações arteriais ocasionalmente encontrado (figs. 18, 20 e 22). A conservação de capilares sanguíneos do primitivo estroma do miocárdio distingue a fibrose resultante da miocitólise difusa (figs. 8, 9, 11 e 12) da que produz a miocardite intersticial crõnica. A acentuada congestão dos capilares (fig. 12) atesta o intenso grau de insuficiência cardíaca congestiva presente nos pacientes com cardiopatia crõnica chagásica autopsiados, assim como a existência de um círculo vicioso: congestão crônica, anóxia, perturbações do metabolismo nas células musculares, miocitólise. Os fatos aqui referidos reforçam a hipótese segundo a qual a forma cardíaca da doença de Chagas estaria sempre condicionada a lesões vasculares do coração além da miocardite específica ìntimamente associada.