212 resultados para Mídias sociais
Resumo:
Este artigo apresenta uma reflexo sobre as modalidades de sacralizao em jogo na circulao e nos usos sociais dos teros catlicos. Toma-se um trajeto que parte das narrativas em torno das origens tradicionais do objeto religioso, associadas a figuraschave do catolicismo, seguindo-se pela apresentao das prticas da orao alcanando finalmente uma comparao com outros objetos considerados sagrados no catolicismo. Neste percurso, destaca-se que os procedimentos de sacralizao do tero so compatveis com usos simultaneamente especiais e ordinrios inseridos em um processo de ampla circulao social, freqentemente realizado por vias no-religiosas.
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O presente artigo se prope a analisar o show da banda gospel Ministrio Diante do Trono, no Complexo do Alemo, realizado trs meses aps sua ocupao pelo Exrcito no contexto da poltica de pacificao, visando discutir mediadores e mediaes privilegiados da relao entre religio, poltica e mdia no Rio de Janeiro. Tal perspectiva parte da ideia de que a paisagem miditica crucial para a discusso de questes polticas, sociais e religiosas na atualidade, no Estado do Rio. Atravs de um olhar sobre o programa de pacificao promovido pela segurana pblica fluminense, este artigo aborda o processo de produo e manuteno efetiva de um projeto moral de redeno conduzido pelo Estado do Rio de Janeiro, de modo associar a "libertao" poltico-estatal dos territrios do domnio do crime, com a libertao religiosa crist do pecado, do mal e do inimigo.
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Resumo O artigo prope uma anlise das relaes firmadas pela Catholic Agency for Overseas Development (CAFOD) com o movimento dos meninos de rua no Brasil na dcada de 1990 e com doadores catlicos nas dioceses anglo-galesas. Pretende-se demonstrar que a particularidade da cooperao internacional catlica no se encontra, como sugerem Morse e McNamara (2008), na existncia de uma delimitada comunidade moral, mas nos tipos de saberes, tcnicas e linguagens mobilizados a cada relao: tcnico-burocrticos com doadores institucionais e catlicos com doadores em parquias. Tais relaes permitem que se faa diferentes tipos de poltica: desde os movimentos sociais no Brasil em suas lutas especficas at os ativistas catlicos britnicos, que tomam a justia social como expresso de sua f.
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O p da casca de ovo usado como fonte de clcio em multimisturas distribudas no Brasil por organizaes no-governamentais. O presente trabalho teve por objetivos fortificar, com o p da casca de ovo, alimentos tradicionais, de baixo custo e de fcil preparo, e estimar a contribuio nutricional de pores desses alimentos para o aporte dirio de clcio. Foram elaboradas dez preparaes de consumo habitual, que foram enriquecidas com o p da casca de ovo (37,4% de clcio) na proporo de 1 g do p para 100 g de cereal ou farinha usada nos alimentos processados. Os alimentos fortificados apresentaram teores de clcio entre 111,5 mg e 506,4 mg.100 g -1, significativamente mais elevados que o contedo das formulaes originais sem fortificao. Pores mdias das formulaes fortificadas perfazem de 14 a 32% das referncias nutricionais de clcio para indivduos adultos. Conclui-se que alimentos de consumo habitual fortificados com o p da casca de ovo podem contribuir de forma significativa para a ingesto adequada de clcio e preveno de deficincia do nutriente, especialmente de osteoporose, em indivduos de diferentes grupos etrios e extratos sociais.
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O coco babau (Orbignya speciosa) constitudo por quatro partes. Epicarpo, mesocarpo, endocarpo e amndoas. Atualmente o coco babau coletado e descascado manualmente por mulheres e crianas, sendo um dos problemas sociais da regio Nordeste/Norte do Brasil. O trabalho de pesquisa teve como objetivo desenvolver um processo de descascamento adequado para o coco. Foram feitas caracterizaes quanto ao volume, massa, densidade real, comprimento, permetro transversal e distncia entre o epicarpo e a amndoa. Estes dados foram analisados, estabelecendo relaes entre a quantidade de amndoas encontradas em cada coco e as mdias dos valores dos parmetros estudados. Seis experimentos foram realizados com o objetivo de verificar a fora de compresso necessria para a sua quebra, sendo analisado no coco in natura; descascado por abraso; seco a 120 °C; seco a 120 °C e descascado por abraso; seco a 120 °C descascado por abraso, hidratado e congelado a -18 °C; e seco a 120 °C, descascado por abraso, hidratado e "puffing" (Expanso). No procedimento de descascamento, verificou-se o tempo mdio para a retirada do epicarpo e mesocarpo, e na secagem e hidratao o tempo de estabilizao da massa.
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INTRODUO: A hemodilise responsvel por alteraes significativas na qualidade de vida dos pacientes renais crnicos. OBJETIVO: Comparar a qualidade de vida dos pacientes em hemodilise sem depresso (A) com aqueles com algum grau de depresso (B). MTODOS: Estudo descritivo e transversal, utilizando o Inventrio de Depresso de Beck (BDI) e a Escala WHOQOL-bref. RESULTADOS: A populao foi de 130 pacientes, 65,15%, na A, e 33,84%, na B. Os maiores nveis de depresso se relacionam com maior tempo de tratamento. Houve melhores ndices de qualidade de vida para A e medida que um domnio aumentou, os demais tambm aumentaram. Destacam-se grandes diferenas no Domnio Psicolgico (A: 69,40 e B: 49,22) e Fsico (A: 62,81 e B: 42,19) e o Domnio Relaes Sociais tem melhores mdias entre as populaes, assim como correlaes com os demais domnios. CONCLUSO: Apesar da baixa prevalncia de quadros depressivos entre os hemodialticos, deve-se investir no suporte social, psicolgico e fsico para melhorar a qualidade de vida destes pacientes.
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INTRODUO: Anteriormente, a alta prevalncia de hipertenso arterial em alunos do Ensino Mdio de Sorocaba, em So Paulo, foi descrita. Neste estudo, em nova amostra de alunos da mesma faixa etria, oriundos de escolas pblicas e privadas, foi avaliado se as diferenas socioeconmicas e o modo de vida podem influenciar os valores da presso arterial. MTODOS: Trata-se de um estudo epidemiolgico, inserido entre as atividades de um trabalho comunitrio, em que estudantes de Medicina fazem palestras para alunos do Ensino Mdio, objetivando estimular hbitos de vida saudveis e a preveno primria da hipertenso arterial. Em amostra aleatria de 410 alunos do segundo ano do Ensino Mdio (209 de escolas pblicas e 201 de escolas privadas), foram determinados o peso, a altura e a presso arterial, e foi aplicado um questionrio epidemiolgico e socioeconmico. RESULTADOS: No h diferenas estatsticas entre os alunos das escolas pblicas e privadas quanto distribuio de sexo, ao ndice de massa corporal (IMC), presso arterial sistlica e diastlica, prevalncia de hipertenso arterial (16,3%), porcentagem de fumantes (5,9%), atividade fsica regular e aos antecedentes familiares de hipertenso arterial. Nas escolas pblicas h maior porcentagem de afro-descendentes, os alunos trabalham fora de casa com maior frequncia e tm menor renda familiar. Nas escolas pblicas e privadas, os homens tm maior prevalncia de hipertenso arterial e a mdia da presso arterial maior que nas mulheres. O IMC tem correlao positiva com a presso arterial sistlica e diastlica. CONCLUSES: A hipertenso arterial e outros fatores de risco cardiovasculares tm incio precoce e necessitam de intervenes educativas para a preveno primria. Fatores socioeconmicos no influenciam a presso arterial na adolescncia.
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INTRODUO: H pouca informao acerca do nvel de qualidade de vida (QV) entre pacientes em hemodilise (HD) no-elegveis para transplante renal. OBJETIVO: Foi comparado o nvel de QV entre pacientes em HD inscritos e no-inscritos na lista de espera para transplante renal. MTODOS: Foram includos 161 pacientes portadores de doena renal crnica terminal, mantidos em HD durante abril de 2009, com mais de 18 anos, mais de trs meses em HD e sem realizao de transplante prvio. Para medida de QV, utilizou-se o SF-36. Tambm foram coletados dados sobre bito e transplante ocorridos nos 12 meses seguintes a abril de 2009. As pontuaes de QV foram comparadas pela anlise de varincia com covariveis. RESULTADOS: Pacientes que no aguardavam transplante eram mais velhos (53,7 versus 36,3 anos; p < 0,001), tinham mais diabetes (15,8 versus 4,7%; p = 0,032) e hipertenso (35,5 versus 12,9%; p < 0,001) e no apresentavam lpus (0 versus 4,7%; p = 0,001). Esses pacientes tambm apresentavam creatinina mais baixa (11,5 versus 13,5 mg/dL; p = 0,001) e eram submetidos a menor dose de dilise, estimada pelo Kt/V (1,6 versus 2,0; p = 0,026). Pacientes que no aguardavam transplante evoluram mais frequentemente para bito no perodo de 12 meses (21,1 versus 5,9%; p = 0,005). As mdias ajustadas das pontuaes foram mais baixas entre os pacientes que no aguardavam transplante em seis dimenses da QV: capacidade funcional (42,0 versus 53,4; p = 0,022); limitao por aspectos fsicos (29,9 versus 49,2; p = 0,030); dor (45,0 versus 64,0; p = 0,003); aspectos sociais (56,3 versus 75,9; p = 0,003); limitao por aspectos emocionais (45,1 versus 79,0; p = 0,001) e sade mental (50,1 versus 64,3; p = 0,004). CONCLUSES: Pacientes em HD que no aguardam transplante esto em risco de vivenciar baixa QV, principalmente no que se refere limitao por aspectos emocionais e fsicos. Recomenda-se suporte psicolgico e reabilitao fsica para este grupo de pacientes.
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INTRODUO: A Doena Renal Crnica (DRC) e a hemodilise (HD) provocam limitaes na vida dos pacientes, interferindo na qualidade de vida e o cuidado nutricional fundamental para no tratamento da doena. OBJETIVO: O objetivo da pesquisa analisar a associao entre qualidade de vida com o uso do instrumento SF-36 com consumo alimentar, estado nutricional em pacientes com DRC em HD por meio de pesquisa quantitativa e transversal. MTODOS: Realizou-se avaliao antropomtrica, coleta dos resultados de exames bioqumicos, aplicao do questionrio SF-36 e anamnese alimentar (recordatrio alimentar de 24h). RESULTADOS: A amostra foi composta por 30 pacientes adultos com idade entre 28 a 76 anos. A doena relacionada com DRC mais encontrada foi hipertenso arterial sistmica (53,3%), a mdia do ndice de Massa Corporal foi 25,04 4,50 kg/m. Pela dobra cutnea do brao, 73,3% estavam em desnutrio. O diagnstico nutricional final foi 80% de desnutrio entre os pacientes estudados. O tempo de diagnstico de doena renal teve mdia de 4,84 3,51 anos. Pela mdia dos exames bioqumicos, somente fsforo 5,51 1,61 mg/dl e creatinina 10,84 3,33 mg/dl estavam adequados. Nas mdias das pontuaes do SF-36, o menor valor encontrado foi para limitao por aspectos fsicos (16,67 29,60) e o maior para aspectos sociais (68,17 33,67). CONCLUSO: O consumo energtico e proteico mdio esteve abaixo do recomendado. Obteve-se correlao positiva do consumo calrico, proteico, fibra, clcio e carboidrato com qualidade de vida. Conclui-se, ento, que a alimentao est associada qualidade de vida do paciente renal hemodialtico.
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Public debate on social policies in Brazil has focused on the choice between targeted and universal programs. The article argues that the choice is unclear and misleading unless a previous decision is taken concerning principles of social justice. After distinguishing three different connotations of targeting - as residualism, conditionality or retification - and noting that universal programs may be compatible with minimalist social policy, the article goes on to make explicit a number of neglected options.
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O autor expe etapas que julga necessrias para o exame de modernas teorias a respeito das transformaes econmicas, sociais e culturais da histria brasileira. Por outro lado, esse movimento visaria investigar os fundamentos epistemolgicos de tais "explicaes do Brasil". O texto corresponde, insiste-se, a um plano de trabalho.
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Uma interpretao corrente do fenmeno social ensina que todos os bens coletivos so bens convergentes. As concepes bem-estarista e utilitarista na economia e na filosofia, respectivamente, so os seus principais expoentes. A tese consiste em aceitar que "totalidades sociais" so inexoravelmente compostas de "partes" e que, por isso, na base de cada bem pblico ou social se encontrariam sempre os indivduos, os quais seriam, em ltima anlise, responsveis pela sua existncia. Assim, os bens pblicos seriam bens para os quais convergem interesses e escolhas dos agentes sociais. O presente estudo mostra, em primeiro lugar, segundo a compreenso de Taylor, que nem todos os bens coletivos so bens convergentes. Alguns bens sociais podem ser considerados bens irredutivelmente sociais, cuja justificativa se encontra na reflexo sobre o significado. Em segundo lugar, aborda a contribuio que a noo hegeliana de eticidade teve sobre a formulao desse argumento.
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O presente artigo pretende sublinhar, na forma de breves apontamentos gerais, os contornos mais amplos da crtica de Honneth a alguns aspectos do pensamento habermasiano. Tal crtica norteada especialmente por uma investigao dos critrios morais e normativos das lutas sociais que Honneth recupera, por meio de uma apropriao crtica do pensamento do jovem Hegel. O ponto central defendido por Honneth que as possibilidades da experincia interativo-comunicativa no podem ser resumidas ou tomadas exclusivamente na interao lingustica, nem mesmo esta ltima pode ser perseguida em seu aspecto ideal, sem a pressuposio dos contextos conflituosos nos quais ela sempre est inserida.
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RESUMO:As relaes de conflito entre os grupos sociais constituem um tpico relevante para a filosofia poltica, e as maneiras distintas como elas so interpretadas dependem de uma viso mais ampla sobre as condies apropriadas a um Estado bem-ordenado. Maquiavel, por exemplo, ao refletir sobre o caso da Roma Antiga, procurou refutar aqueles que condenavam os tumultos entre os nobres e a plebe da cidade, como se eles tivessem provocado apenas males repblica. Para o autor, tais tumultos estavam entre as principais causas da liberdade romana, visto que a diferena nos “humores” dos grandes e do povo resultou em embates que deram origem s leis favorveis liberdade. Rousseau, por sua vez, descreveu a existncia de “associaes particulares” dentro da sociedade civil como algo potencialmente nocivo harmonia da repblica, pois cada uma delas contm um interesse particular passvel de se sobrepor ao bem comum, nas deliberaes pblicas, prejudicando o prevalecimento da vontade geral. Ainda para o genebrino, a ocorrncia de longos debates e de tumultos nas assembleias populares poderia ser um sinal de divises internas capazes de ocasionar a runa do Estado. Frente a essas duas maneiras de conceber o papel poltico dos conflitos sociais, o objetivo deste trabalho realizar uma anlise comparativa das ideias de Maquiavel e de Rousseau.