350 resultados para Literaturas comparadas
Resumo:
FUNDAMENTO: O teste de Stroop requer que o indivduo responda a elementos especficos de um estmulo enquanto inibe processos mais automatizados. OBJETIVO: Comparar a reatividade cardiovascular induzida pela verso computadorizada do teste palavra-cor de Stroop - TESTINPACS com verso tradicional baseada na leitura de palavras impressas. MTODOS: A amostra de convenincia foi constituda por 20 mulheres (22,4 4,1 anos). Anlises de varincia com medidas repetidas foram utilizadas para comparar efeitos principais entre testes (computadorizado, verbal), assim como entre etapas do teste (linha de base, Stroop 1, Stroop 3) das variveis fisiolgicas (presso arterial, arritmia sinusal respiratria, frequncia cardaca e frequncia respiratria). Testes t para amostras pareadas foram utilizados para comparar as mdias pressricas entre o Stroop 3 e a linha de base. Ademais, a magnitude dos efeitos (d') foi estimada a fim avaliar o impacto das diferenas entre as medidas fisiolgicas relativas ao Stroop 3 e a linha de base. RESULTADOS: As duas verses do instrumento produziram elevao significativa em frequncia cardaca (p<0,01) e presso arterial sistlica (p<0,05) quando medidas resultantes do Stroop 3 foram comparadas s de base. No se verificaram, contudo, diferenas significativas produzidas pelas diferentes verses do teste sobre as demais variveis investigadas. Estatsticas d' confirmaram a grande magnitude dos efeitos (-1,04 a +1,49) entre as medidas do Stroop 3 e da linha de base. CONCLUSO: Conclui-se que a presente verso computadorizada TESTINPACS do teste de Stroop constitui instrumento til para induzir reatividade cardiovascular em mulheres.
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FUNDAMENTO: Os estudos disponveis no analisaram de modo abrangente os vrios fatores envolvidos na gnese da hipertenso (HT), especialmente a associao entre presso arterial, excreo urinria de sdio e disfuno renal. OBJETIVO: Avaliar a prevalncia dos fatores de risco para HT em diferentes grupos etrios em uma amostra representativa da uma populao urbana brasileira. MTODOS: A populao estudada (1.717 indivduos adultos) foi avaliada por grupos etrios: 18 a 39 anos; 40 a 49; 50 a 59; 60 a 69 e > 70 anos. As mdias das variveis quantitativas e as variveis categricas dos grupos normotenso e hipertenso foram comparadas. RESULTADOS: A prevalncia geral ajustada para HT foi de 25,23%. A prevalncia aumentou com a idade e era mais alta em indivduos com baixo nvel educacional. ndice de massa corporal e circunferncia abdominal aumentados estavam positivamente associados com uma maior prevalncia de HT. Havia uma associao positiva significante entre HT e excreo urinaria de sdio. Os indivduos hipertensos apresentavam maior frequncia de disfuno renal, definida como clearance de creatinina <60 ml/min/m. A prevalncia de diabetes mellitus na populao geral era de 5,6% e 14,5% nos indivduos hipertensos. A hipertenso era uma condio conhecida por 74,4% dos indivduos hipertensos. Entre os indivduos hipertensos tratados, 52,4% tinham a hipertenso controlada e apenas 34,3% dos pacientes hipertensos no geral (tratados ou no) tinham a presso arterial controlada. CONCLUSO: Esse estudo de base populacional especial devido ao fato de agregar diferentes fatores demogrficos, epidemiolgicos e de risco envolvidos na gnese da hipertenso na avaliao de uma nica amostra com um clculo populacional que pode ser extrapolado para outras populaes hipertensas.
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O processo de envelhecimento reduz drasticamente a massa, a fora e a potncia musculares, diminuindo a capacidade de execuo das atividades da vida diria. A prtica de exerccios resistidos pode reverter esse quadro, auxiliando na manuteno da massa muscular e melhorando sua fora e resistncia. No entanto, o envelhecimento ocasiona alteraes cardiovasculares, que podem resultar em aumento nos nveis de presso arterial de repouso, sendo importante analisar os efeitos do exerccio resistido sobre a presso arterial de indivduos idosos. O objetivo deste estudo avaliar o conhecimento cientfico existente sobre as respostas da presso arterial aos exerccios resistidos e seus mecanismos em idosos. Para tanto, realizou-se uma reviso bibliogrfica baseada nas literaturas portuguesa e inglesa relacionadas ao tema. Com base nos estudos encontrados, o corpus atual, embora escasso e controverso, sugere que, de forma crnica, os exerccios resistidos podem ter efeito hipotensor em indivduos idosos. Entretanto, esse efeito ocorre, principalmente, em idosos normotensos e com o treinamento de baixa intensidade. Os mecanismos envolvidos nessa resposta hipotensora ainda precisam ser elucidados. Embora o treinamento resistido esteja sendo recomendado para idosos e haja alguns indicativos de que ele possa ter efeito hipotensor crnico, ainda h carncia de dados cientficos e muitas controvrsias sobre o assunto, o que evidencia que este ainda um campo aberto investigao.
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FUNDAMENTO: O conhecimento terico e a habilidade de realizar ressuscitao cardiopulmonar (RCP) de qualidade so essenciais para a sobrevida do paciente vtima de morte sbita. OBJETIVO: Determinar se o ensino apenas terico capaz de promover o ensino da RCP de boa qualidade e conhecimento em profissionais da rea da sade comparado com curso terico-prtico de suporte bsico de vida. MTODOS: Vinte enfermeiras voluntrias participaram do treinamento terico de RCP e desfibrilao externa automtica (DEA) utilizando aula terica e vdeo usado nos cursos de Suporte Bsico de Vida da American Heart Association (BLS-AHA; grupo A). Foram comparadas com 26 alunos profissionais da sade que participaram de um curso regular terico-prtico de BLS-AHA (grupo B). Aps os cursos, os participantes foram submetidos avaliao terica e prtica como recomendado nos cursos do BLS-AHA. As avaliaes prticas foram gravadas e posteriormente pontuadas por trs instrutores experientes. A avaliao terica foi um teste de mltipla escolha usada nos cursos regulares do BLS-AHA. RESULTADOS: No houve diferena na avaliao terica (p = ns), entretanto a avaliao prtica foi consistentemente pior no grupo A, evidenciado pelos trs examinadores (p < 0,05). CONCLUSO: A Utilizao de vdeos de RCP e aulas tericas no melhoraram a capacidade psicomotora em realizar RCP de boa qualidade, entretanto pode melhorar a capacidade cognitiva (conhecimento). reas crticas de atuao so o ABCD primrio e o correto uso do DEA.
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FUNDAMENTO: O exerccio resistido tem sido atualmente recomendado como componente adjunto do exerccio aerbico no programa de treinamento fsico direcionado ao tratamento e controle da hipertenso arterial sistmica (HAS). Entretanto, o mesmo ainda no tem sido amplamente incorporado na prtica clnica, possivelmente pela escassez de evidncias disponveis sobre os limites seguros da resposta pressrica aguda nessa modalidade. OBJETIVO: Investigar o efeito agudo do exerccio resistido progressivo, de diferentes segmentos corporais, na resposta pressrica de pacientes com hipertenso arterial sistmica (HAS) controlada. MTODOS: Vinte e cinco pacientes (14 mulheres) com HAS controlada com medicamentos (64,5 10,8 anos de idade) e sedentrios, realizaram trs visitas para uma sesso de exerccio resistido progressivo aleatria, nos seguintes grupos musculares: quadrceps femoral, grande dorsal e bceps braquial. Medidas de presso arterial foram obtidas em todas as visitas no repouso, imediatamente aps cada srie de exerccio e aps 5 minutos de recuperao. RESULTADOS: Imediatamente aps o exerccio resistido agudo, houve significante aumento das presses sistlicas, sem modificaes significantes das presses diastlicas, quando comparadas aos nveis pressricos de repouso, para todos os grupos musculares e para todas as intensidades avaliadas. Adicionalmente, observou-se maior tendncia elevao da presso sistlica quando o quadrceps femoral foi exercitado em alta intensidade. CONCLUSO: O exerccio resistido de diferentes segmentos corporais promoveu aumentos similares e seguros dos nveis de presso arterial sistlica, embora com tendncia a maior resposta desta quando exercitados grandes grupos musculares em cargas elevadas.
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FUNDAMENTO: Baixos nveis de HDL-c so importantes preditores de doena coronariana, a primeira causa de morte no mundo todo. Muitos fatores afetam os nveis de HDL-c, tais como os polimorfismos de genes que codificam protenas-chave para a via de transporte reverso de colesterol. OBJETIVO: Investigar a influncia de sete polimorfismos dos genes CETP, APOA1, ABCA1 e SCARB1 genes nos nveis de HDL-c em uma populao da regio sul do Brasil. MTODOS: Os polimorfismos foram investigados em uma amostra de 500 indivduos de descendncia europeia, mas os nveis de HDL-c de somente 360 indivduos foram ajustados para cofatores usando regresso linear mltipla no estudo de associao. A amostra foi dividida em tercis de acordo com os nveis ajustados de HDL-c e frequncias de alelos e hapltipos foram comparadas entre o 1 e o 3 tercis dos nveis ajustados de HDL-c. RESULTADOS: Quando as combinaes dos alelos de risco foram testadas, a frequncia de combinaes allicas em trs genes (hapltipo 1 do gene APOA1, variante 2S do gene SCARB1, e alelo B1 do gene CETP) foi significantemente mais alta no tercil inferior dos nveis ajustados de HDL-c (28,3%) do que no tercil superior (14,9%; p=0,008), o que indica que a presena dessas variantes aumentou 2,26 vezes a chance de ter nveis de HDL-C < 39,8 mg/dl. CONCLUSO: Espera-se que esses marcadores, quando estudados separadamente, tenham uma pequena influncia na caracterstica que est sendo analisada, mas uma influncia maior foi detectada quando os marcadores foram estudados em combinao. Em uma populao da regio sul do Brasil, nossos dados mostraram uma influncia significante das combinaes das variantes dos genes APOA1, SCARB1 e CETP nos nveis de HDL-c.
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FUNDAMENTO: A resposta vasodilatadora perifrica tem um papel importante na fisiopatologia da obesidade e das doenas cardacas. OBJETIVO: Avaliar o efeito crnico da suplementao de vitamina C (VitC) sobre a presso arterial e na resposta vasodilatadora ao estresse mental. MTODOS: Neste estudo prospectivo, randomizado e duplo cego foram avaliadas crianas obesas, de ambos os gneros e com idade entre 8 a 12 anos divididas em 2 grupos: 1) grupo de crianas suplementadas com 500 mg de vitamina C (n = 11) e, 2) substncia placebo (n = 10) durante 45 dias. Oito crianas eutrficas, pareadas por idade tambm foram arroladas no estudo. Foi avaliada a presso arterial mdia (PAM), frequncia cardaca (ECG) e fluxo sanguneo no antebrao pela plestimografia de ocluso venosa. A condutncia vascular no antebrao (CVA) foi obtida atravs da relao entre o fluxo sanguneo no antebrao e a PAM (X100). RESULTADOS: Antes da interveno, as crianas obesas apresentaram PAM maior e CVA menor quando comparadas s crianas eutrficas. Ps-interveno, o Grupo VitC apresentou reduo da PAM no repouso (81 2 vs 75 1 mmHg, p = 0,01), enquanto no Grupo Placebo no houve alterao da PAM (p = 0,58). Adicionalmente, VitC promoveu um aumento da CVA no repouso (3,40 0,5 vs 5,09 0,6 un, p = 0,04) e durante o estresse mental (3,92 0,5 vs 6,68 0,9 un, p = 0,03). Alm disso, ps suplementao com VitC, os nveis da CVA foram estatisticamente semelhantes aos das crianas eutrficas no repouso (5,09 0,6 vs 5,82 0,4 un, p > 0,05) e durante o estresse mental (6,68 0,9 vs 7,35 0,5 un, p > 0,05). CONCLUSO: Suplementao com VitC reduziu a presso arterial e restabeleceu a resposta vasodilatadora perifrica em crianas obesas.
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FUNDAMENTO: Tem sido sugerido que o polimorfismo da haptoglobina pode influenciar na patognese das complicaes microvasculares e macrovasculares em pacientes diabticos. OBJETIVO: O objetivo principal deste estudo transversal foi de realizar uma investigao da existncia ou no de uma associao entre os gentipos de haptoglobina e a prevalncia de eventos isqumicos cardiovasculares (angina estvel, angina instvel e infarto agudo do miocrdio), hipertenso arterial sistmica, hipertenso refratria, obesidade e dislipidemia em 120 pacientes com diabete melito tipo 2, seguidos no Hospital Universitrio da Unicamp, em Campinas, Estado de So Paulo. MTODOS: A genotipagem da haptoglobina foi realizada por reaes em cadeia da polimerase alelo-especficas. As frequncias dos gentipos de haptoglobina foram comparadas com a presena/ausncia de doena cardiovascular, hipertenso arterial sistmica, hipertenso refratria, obesidade e dislipidemia; medies de presso arterial sistlica e diastlica; glicemia, colesterol (total, lipoprotenas de alta densidade - HDL e lipoprotenas de baixa densidade - LDL) e triglicerdeos; assim como nveis de creatinina srica. RESULTADOS: Embora nenhuma associao entre o gentipo de haptoglobina e a presena de doena cardiovascular tenha sido identificada, encontramos um excesso significativo de pacientes com o gentipo Hp2-1 entre as pessoas com hipertenso refratria, que tambm apresentavam uma maior presso arterial sistlica e diastlica e nveis de colesterol total e LDL. CONCLUSO: Nossos resultados sugerem que os pacientes com diabete melito tipo 2 com o gentipo Hp2-1 podem apresentar uma maior chance de desenvolver hipertenso refratria. Estudos adicionais em populaes diabticas so necessrios para confirmar esses achados.
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FUNDAMENTO: A medida da presso arterial (PA) pelo prprio paciente, sem protocolos rgidos, com treinamento adequado, aparelhos validados e no prprio domiclio, definida como automedida da presso arterial (AMPA). OBJETIVO: Avaliar a interferncia da AMPA na adeso ao tratamento e no controle pressrico. MTODOS: Participaram do estudo 57 pacientes, 38 no grupo de estudo (GE) e 19 no grupo de controle (GC). Esses pacientes foram seguidos por 12 meses e avaliados na randomizao (V1), bem como no sexto (V2) e no dcimo segundo ms (V3). Comparadas as mdias da PA pela medida casual, pela AMPA e pela monitorizao ambulatorial da presso arterial (MAPA), exames laboratoriais e as respostas ao questionrio sobre o estilo de vida. Os aparelhos utilizados foram: OMRON HEM 714, para a AMPA; OMRON 705 CP, para a medida casual; e Monitor SPACELABS 9002, para a MAPA. RESULTADOS: A idade mdia em anos foi de 62,05 10,78 e de 55,42 11,87 no GE e no GC (p = 0,03), respectivamente. Os valores da presso arterial sistlica (PAS) pela medida casual no GE e no GC foram: 140,01 16,73 mmHg e 141,79 23,21 mmHg em V1 (p = 0,72); 135,49 12,73 mmHg e 145,69 19,31 mmHg em V2 (p = 0,02); 131,64 19,28 mmHg e 134,88 23,21 mmHg em V3 (p = 0,59). Os valores da presso arterial diastlica (PAD) foram: 84,13 10,71 mmHg e 86,29 10,35 mmHg em V1 (p = 0,47); 81,69 10,88 mmHg e 89,61 11,58 mmHg em V2 (p = 0,02); 80,31 11,83 mmHg e 86 13,38 mmHg em V3 (p = 0,12). CONCLUSO: Os pacientes do GE apresentaram adeso ao tratamento no farmacolgico semelhante ao GC, mas tiveram maior adeso ao tratamento medicamentoso e utilizaram menor nmero de drogas anti-hipertensivas. No houve diferena entre os grupos na comparao do perfil metablico e da funo renal. (Arq Bras Cardiol. 2011; [online].ahead print, PP.0-0)
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FUNDAMENTO: A avaliao clnico-hemodinmica beira do leito e o uso do cateter de artria pulmonar para a estimativa de dados hemodinmicos tm sido utilizados na insuficincia cardaca descompensada. Entretanto, no existem dados com o uso da monitorizao hemodinmica contnua no invasiva. OBJETIVO: Comparar as medidas obtidas com a monitorizao hemodinmica no invasiva com as invasivas em pacientes com insuficincia cardaca descompensada e refratria ao tratamento. MTODOS: As medidas hemodinmicas no invasivas foram obtidas atravs da monitorizao contnua da presso arterial sistmica pelo modelo de ondas de pulso (modelflow) e foram comparadas com as medidas obtidas pela passagem do cateter de artria pulmonar, simultaneamente. RESULTADOS: Foram realizadas 56 medidas em 14 pacientes estudados em dias e horrios diferentes. O ndice de correlao entre as medidas da presso arterial sistlica foi de r = 0,26 (IC 95% = 0,00 a 0,49, p = 0,0492) e da diastlica de r = 0,50 (IC 95% = 0,27 a 0,67, p < 0,0001). A correlao foi de r = 0,55 (IC 95% = 0,34 a 0,71, p 0,0001) para o ndice cardaco e de r = 0,32 (IC 95% = 0,06 a 0,53, p = 0,0178) para a resistncia vascular sistmica. CONCLUSO: Houve correlao entre as medidas hemodinmicas no invasivas quando comparadas s medidas do cateter de artria pulmonar. A monitorizao hemodinmica contnua no invasiva pode ser til para pacientes internados com insuficincia cardaca descompensada.
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O exame fsico cardiovascular, em particular a ausculta cardaca, uma das habilidades clnicas mais difceis para os alunos durante seu treinamento mdico. Estudos sugerem que o uso de tecnologias, como o estetoscpio digital, aumente a acurcia do exame clnico, entretanto, seu impacto no ensino da propedutica da ausculta cardaca em alunos de graduao de Medicina no conhecido. O objetivo demonstrar a utilidade do estetoscpio digital, em comparao com mtodos tradicionais, como instrumento de ensino da ausculta cardaca. Estudo de interveno, longitudinal, controlado, unicntrico e randomizado. Foram inscritos 38 alunos de medicina para um curso de semiologia cardiovascular com durao de oito semanas. Definiu-se um programa com aulas expositivas e beira do leito nas enfermarias de Cardiologia. Nas aulas prticas, os alunos foram randomizados em dois grupos: 1) (n = 21) estetoscpio digital (Littmann modelo 3200, 3M); e 2) (n = 17) estetoscpios convencionais. Foi realizada uma avaliao pr-treinamento, atravs de um teste utilizando o software Heart Sounds, que foi repetida ao final do curso. As mdias das avaliaes foram comparadas pelo teste T pareado e no pareado. Observa-se que, ao final do curso, houve uma melhora significativamente maior no grupo que utilizou o estetoscpio digital (51,9%) quando comparado ao grupo que utilizou o estetoscpio convencional (29,5%). Intervenes de curta durao para o ensino de semiologia cardaca so capazes de contribuir de modo significativo para melhora da proficincia da identificao dos sons cardacos. O uso do estetoscpio digital demonstrou ser um fator positivo no ensino dessas habilidades.
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Hipertenso resistente (HAR) definida como a presso arterial que permanece acima da meta pressrica, apesar do uso de trs classes de anti-hipertensivos em doses otimizadas, sendo um deles um diurtico. Alm disso, so considerados tambm hipertensos resistentes os pacientes que usam quatro ou mais classes e possuem suas presses controladas. Embora essa definio seja til na categorizao de um maior grupo de resistentes, visto esses dois subgrupos compartilharem alto risco cardiovascular, algumas importantes particularidades clnicas e fisiopatolgicas necessitam ser mais bem avaliadas antes de resistentes controlados e no controlados pertencerem ao mesmo grupo. Foram comparadas algumas caractersticas cardiovasculares nesses dois subgrupos de hipertensos resistentes. Embora algumas semelhanas, o subgrupo HRNC apresenta fentipos cardiovasculares com pior prognstico como maior rigidez vascular e hipertrofia ventricular esquerda, alm de funo endotelial mais prejudicada e menor queda de presso arterial no perodo noturno, entre outras. Frente s diferenas, o subgrupo HRNC est associado maior risco cardiovascular, podendo ser considerado mais resistente ao tratamento anti-hipertensivo. Alm da importncia de melhor preveno e tratamento da HAR com medidas de identificar precocemente os fatores de risco e otimizar a terapia farmacolgica, algumas implicaes clnicas devem ser consideradas na abordagem de pacientes controlados e no controlados como semelhantes ao grupo de resistentes.
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FUNDAMENTO: Grande parte da relao entre o estado de sade e o conhecimento sobre sade e doena pode ser atribuda aos efeitos combinados de comportamento dsparrelacionado sade, condies ambientais e estruturas socioeconmicas, bem como o contato com a ateno sade e prestao da mesma. OBJETIVO: O objetivo do presente estudo foi descrever e comparar o conhecimento dos pacientes com doena arterial coronariana (DAC),includos em programas de reabilitao cardaca (RC) no Brasil e no Canad, sobre os fatores relacionados DAC. MTODOS: Duas amostras de 300 pacientes brasileiros e 300 pacientes canadensesincludos em RC foram comparadas transversalmente. Os pacientes brasileiros foram recrutados de dois centros de RC no Sul do Brasil, enquanto os pacientes canadenses foram recrutados de um centro de RC em Ontrio. O conhecimento foi avaliado utilizando o Questionrio de Educao de Doena Arterial Coronariana (CADE-Q), psicometricamente validado em Portugus e Ingls. Os dados foram processados por meio de estatsticas descritivas, post-hoc eteste t de Student. RESULTADOS: A pontuao mdia total de conhecimento para toda a amostra foi de 41,42 9,3. Os entrevistados canadenses apresentaram pontuaes totais de conhecimento significativamente maiores do que os entrevistados brasileiros. O domnio mais bem esclarecido em ambas as amostras foi o exerccio fsico.Em 13 de 19 questes, os entrevistados canadenses relataram pontuaes de conhecimento significativamente maiores do que os entrevistados brasileiros. CONCLUSO: Pacientes ambulatoriais canadenses relataram conhecimento significativamente maior que suas contrapartes brasileiras. Os resultados tambm sugeremque um currculo educacional estruturado em programas de RC pode contribuir para um maior conhecimentodo paciente, o que pode em ltima anlise facilitar as mudanas comportamentais.
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FUNDAMENTO: O envelhecimento e a aterosclerose esto relacionados hipertenso renovascular em indivduos idosos. Independentemente das comorbidades, a estenose de artria renal , por si s, importante causa de morbidade e mortalidade cardiovascular. OBJETIVO: Definir a sensibilidade, a especificidade, o valor preditivo positivo e o valor preditivo negativo dos exames no invasivos utilizados no diagnstico de estenose da artria renal. MTODOS: Um grupo de 61 pacientes recrutados permitiram a anlise de 122 artrias e a definio de sensibilidade, especificidade e da contribuio relativa de cada exame realizado (Doppler, cintilografia e angiotomografia, comparados a arteriografia renal). RESULTADOS: A mdia das idades foi de 65,43 (desvio padro: 8,7) anos. Das variveis relacionadas populao do estudo e comparadas arteriografia, duas estiveram correlacionadas estenose da artria renal, disfuno renal e aos triglicerdeos. A mediana do ritmo de filtrao glomerular foi de 52,8 mL/min/m. O Doppler identificou sensibilidade de 82,90%, especificidade de 70%, valor preditivo positivo de 85% e valor preditivo negativo de 66,70%. Para a tomografia, encontraram-se sensibilidade de 66,70%, especificidade de 80%, valor preditivo positivo de 87,50% e valor preditivo negativo de 55,20%. Esses achados permitiram identificar os exames que melhor detectavam a estenose. CONCLUSO: A tomografia e o Doppler mostraram qualidade e grande possibilidade no diagnstico de estenose da artria renal, com vantagem para o segundo, pois no h necessidade do uso de meio de contraste na avaliao de uma doena que, frequentemente, ocorre em diabticos e associa-se disfuno renal e disfuno ventricular esquerda grave.
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Fundamento: Estresse e etanol são ambos, independentemente, importantes fatores de risco cardiovascular. Objetivo: avaliar o risco cardiovascular do consumo de etanol e exposição ao estresse, isolados e em associação, em ratos machos adultos. Métodos: Os ratos foram separados em quatro grupos: controle, etanol (20% na água de beber durante seis semanas), estresse (imobilização 1h dia/5 dias por semana/ 6 semanas) e estresse/etanol. As curvas de concentração-resposta à noradrenalina - na ausência e na presença de ioimbina, L-NAME ou indometacina - ou fenilefrina foram determinadas em aortas torácicas com e sem endotélio. EC50 e resposta máxima (n = 8-12) foram comparadas através de ANOVA de dois fatores (two-way) / método de Bonferroni. Resultados: Estresse ou estresse em associação com o consumo de etanol aumentaram as respostas máximas de noradrenalina em aortas intactas. Essa hiper-reatividade foi eliminada pela remoção do endotélio, ou pela presença da indometacina ou ioimbina, mas não foi alterada pela presença de L-NAME. Enquanto isso, o consumo de etanol não alterou a reatividade à noradrenalina. As respostas da fenilefrina em aortas com e sem endotélio também permaneceram inalteradas independentemente do protocolo. Conclusão: O estresse crônico aumentou as respostas aórticas dos ratos à noradrenalina. Esse efeito é dependente do endotélio vascular e envolve a liberação de prostanóides vasoconstritores através da estimulação de α-2 adrenoceptores endoteliais. Além disso, o consumo crônico de etanol pareceu não influenciar as respostas de noradrenalina em aorta de rato, nem modificar o aumento de tais respostas observadas em consequência da exposição ao estresse.