381 resultados para Insuficiência renal Teses
Resumo:
As microangiopatias trombticas (MATs) so condies caracterizadas por ocluso microvascular generalizada por trombos de plaquetas, trombocitopenia, e anemia hemoltica microangioptica. Duas manifestaes fenotpicas tpicas das MATs so a sndrome hemoltica urmica (SHU) e a prpura trombocitopnica trombtica (PTT). Outras doenas ocasionalmente apresentam manifestaes similares. Na dependncia de prevalecer a leso renal ou a cerebral, duas entidades patologicamente indistinguveis, mas de alguma forma clinicamente diferentes, tm sido descritas: a SHU e a PTT. Injria das clulas endoteliais o fator desencadeante central na sequncia de eventos que levam a MAT. Perda da trombo resistncia fisiolgica, adeso de leuccitos no endotlio lesado, consumo de complemento, liberao e fragmentao anormais do fator de von Willebrand (FvW), e aumento do estresse de cisalhamento vascular podem sustentar e ampliar o processo microangioptico. Anormalidades intrnsecas do sistema do complemento e do FvW podem acompanhar a predisposio gentica doena, que pode ter um papel chave, em particular nas formas recorrentes e familiares. Nos casos de SHU associada diarreia (SHU+D), o dano endotelial renal mediado (pelo menos em parte) pela Shigatoxina (Stx) bacteriana, uma famlia de toxinas elaboradas por certas cepas da Escherichia coli e Shigella dysenteriae. A evoluo geralmente boa na criana, na SHU associada a Stx, enquanto sequelas renais e neurolgicas so mais frequentemente encontradas em adultos, formas familiares e atpicas da SHU e na PTT. Estudos recentes tm demonstrado que a deficincia na clivagem do FvW pela proteinase ADAMTS13 pode ser gentica ou mais comumente adquirida, resultante da produo de anticorpos inibidores da ADAMTS13, causando a PTT. Durante a ltima dcada, demonstrou-se que a SHU atpica (SHU-D) uma doena de desregulao da via alternativa do complemento. Uma srie de mutaes e polimorfismo em genes que codificam protenas reguladoras do complemento sozinhas ou em combinao podem levar a SHU atpica. Aproximadamente 60% dos casos de SHU atpica tm mutaes do tipo "perda da funo" em genes que codificam as protenas reguladoras do complemento, as quais protegem as clulas hospedeiras da ativao do complemento: fator H do complemento (FHC), fator I (FIC) e protena cofator de membrana (PCM ou CD46), ou mutaes do tipo "ganho da funo" em genes que codificam o FHC ou C3. Alm disso, aproximadamente 10% dos pacientes com SHU atpica tm deficincia na funo do FHC devido a anticorpos anti-FHC. Mesmo que as MATs sejam condies altamente heterogneas, um tero dos pacientes tem deficincia severa da ADA-MTS13. Transfuses de plaquetas so contraindicadas nesses pacientes. Infuso de plasma ou plasma exchange (PE) o nico tratamento eficiente.
Resumo:
H aproximadamente 10 anos descobriuse um hormnio denominado FGF-23 (fator de crescimento de fibroblastos 23), um membro da famlia dos fatores de crescimento de fibroblastos, cujas funes atualmente conhecidas envolvem o metabolismo do fsforo (P) e a inibio da 1α hidroxilase, enzima responsvel pela sntese de calcitriol. Tal descoberta possibilitou um novo entendimento sobre os mecanismos de controle do P, um elemento associado com mortalidade, especialmente na doena renal crnica (DRC). Nesta reviso descreveremos diversos aspectos deste hormnio, desde a sua descoberta, funo, produo, mecanismo de ao, at os ltimos estudos clnicos envolvendo o mesmo. Posteriormente, abordaremos as possveis repercusses destes estudos na prtica clnica.
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OBJETIVO: As causas mais importantes de mortalidade em pacientes com Doena Renal Crnica Terminal (DRCT) so as doenas cardiovasculares. No entanto, existem doenas infecciosas virais (hepatite B e C) que se tornaram uma questo de grande importncia para pacientes em hemodilise, pois afetam a sua sobrevida aumentando a morbidade e a mortalidade. Nosso objetivo foi estudar a influncia da hepatite C na mortalidade em pacientes em hemodilise. MTODOS: Realizamos um estudo de coorte no concorrente durante 10 anos. RESULTADOS: Foram estudados 74 pacientes em cada coorte. A hepatite C no aumentou o risco de morte nos pacientes e a sobrevida dos pacientes com essa infeco foi melhor do que no grupo sem hepatite C. A sobrevida em pacientes no infectados no primeiro e quinto anos foi de 93,9% e 52,3%; e para os no infectados foi de 95,5% e 73,1%, respectivamente (Log Rank Mantel Cox, p = 0,02). CONCLUSO: No encontramos aumento no risco de mortalidade. A hepatite C no se correlaciona com aumento de mortalidade em pacientes com DRCT em programa de hemodilise.
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INTRODUO: Dados nacionais sobre dilise crnica so fundamentais para o planejamento do tratamento. OBJETIVO: Apresentar dados do censo anual da SBN sobre os pacientes com doena renal crnica em dilise de manuteno a 1 de janeiro de 2009. MTODOS: Levantamento de dados de unidades de dilise de todo o pas. A coleta de dados foi feita utilizando questionrio preenchido pelas unidades de dilise do Brasil cadastradas na SBN. RESULTADOS: Das unidades consultadas, 437 (69,8%) responderam ao censo. Em janeiro de 2009, o nmero estimado de pacientes em dilise foi de 77.589. As estimativas das taxas de prevalncia e de incidncia de insuficiência renal crnica em tratamento dialtico foram de 405 e 144 pacientes por milho da populao, respectivamente. O nmero estimado de pacientes que iniciaram tratamento em 2009 foi de 27.612. A taxa anual de mortalidade bruta foi de 17,1%. Dos pacientes prevalentes, 39,9% tinham idade > 60 anos, 89,6% estavam em hemodilise e 10,4% em dilise peritoneal, 30.419 (39,2%) estavam em fila de espera para transplante, 27% eram diabticos, 37,9% tinham fsforo srico > 5,5 mg/dL e 42,8% hemoglobina < 11 g/dL. Cateter venoso foi usado como acesso vascular em 12,4% dos pacientes em hemodilise. CONCLUSES: A prevalncia de pacientes em dilise tem apresentado aumento progressivo embora em 2009 as estimativas sejam inferiores s de 2008. Os dados chamam ateno para indicadores da qualidade dilise de manuteno que necessitam ser melhorados. E destacam a importncia do censo anual para o planejamento da assistncia dialtica.
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INTRODUO: Tem ocorrido aumento da populao de idosos e estes vm envelhecendo em melhores condies clnicas do que no passado. Entretanto, a distribuio e evoluo das doenas renais nos idosos ainda so pouco conhecidas, em parte devido resistncia em indicar bipsia renal. OBJETIVO: Avaliar a distribuio, a evoluo e as caractersticas clnicas das nefropatias diagnosticadas por bipsia em pacientes idosos. PACIENTES E MTODOS: Foram avaliadas todas as bipsias renais percutneas de rins nativos. Elas foram realizadas entre janeiro de 1990 e dezembro de 2006 em 71 pacientes com idade mnima de 60 anos (67,3 6,5 anos), sendo 47 do gnero masculino e 24 do feminino. Os pacientes foram agrupados conforme a indicao clnica da bipsia. RESULTADOS: Sndrome nefrtica foi verificada em 35 pacientes (49,3%) associada, na maioria dos casos, nefropatia membranosa (17 casos), seguida por amiloidose e glomeruloesclerose segmentar e focal com 7 casos cada. Hiptese diagnstica de injria renal aguda (IRA), com 19 pacientes, teve como principais diagnsticos a necrose tubular aguda (6 casos) e a nefropatia do cilindro (3 casos). Dentre os 19 casos, apenas dois tiveram evoluo satisfatria, enquanto os demais morreram precocemente ou evoluram para doena renal avanada. Doze pacientes biopsiados por hematria ou proteinria assintomtica tiveram diagnsticos variados, mas a maioria j apresentava nefropatia crnica relevante. Bipsia por sndrome nefrtica ocorreu em 5 casos, tambm com diagnsticos variados. CONCLUSES: Sndrome nefrtica foi a principal indicao de bipsia renal com a nefropatia membranosa como diagnstico mais frequente. Entre os pacientes com IRA e hematria ou proteinria assintomtica os diagnsticos foram variados com elevadas taxas de nefropatia crnica avanada.
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A inatividade fsica um dos determinantes de agravos clnicos e problemas psquicos em pacientes renais. Em duas clnicas-satlite, foi oferecido um programa de atividade fsica (AF) para 86 pacientes em hemodilise. Destes, 49 pacientes iniciaram AF de forma espontnea e 37 permaneceram inativos. Aps 6 meses, foi aplicado um questionrio de satisfao autorreferido e o teste Miniexame do Estado Mental Modificado (3MS) para avaliao de capacidade cognitiva. A cognio dos pacientes inativos foi comparada com a daqueles que participaram do programa de AF por, no mnimo, trs meses. Os pacientes, independentemente da idade e do tempo de tratamento dialtico, apresentaram dficit cognitivo acima do esperado. No grupo geral, os pacientes ativos obtiveram melhor desempenho cognitivo em comparao aos inativos (p < 0,05). Quando separados por grupos etrios, os pacientes ativos acima de 60 anos apresentaram melhores resultados do que os inativos (p < 0,05). Conclumos que pacientes com respostas cognitivas melhores so mais ativos fisicamente e/ou a atividade fsica contribui para a melhor capacidade cognitiva nesse grupo.
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INTRODUO: A hepatite B pode evoluir para cirrose e hepatocarcinoma. Sua prevalncia estimada de 3,2% em pacientes em hemodilise (HD). A vacina para hepatite B (HB), quando aplicada por via intramuscular (IM) em pacientes com insuficiência renal crnica fase V, frequentemente no induz produo adequada de anticorpos. A injeo intradrmica (ID) foi sugerida como sendo o mtodo de inoculao mais eficiente. OBJETIVO: Comparar a resposta imune injeo IM ou ID da vacina em indivduos em HD. PACIENTES E MTODOS: Trinta e um pacientes incidentes em HD foram randomizados alternativamente para vacinao contra HB via IM ou ID. Dezesseis foram designados aleatoriamente para receber vacina IM (40 mg/dose) e 15 ID (4mg /dose). Os nveis de anticorpos de superfcie do vrus da hepatite B, parmetros hematimtricos, ureia srica, e Kt/V foram avaliados mensalmente. Protena-C reativa, paratormnio, ferritina, aminotransferases e albumina foram avaliados antes da inoculao inicial e seis meses aps a mesma. RESULTADOS: Os nveis de uria foram maiores no grupo ID (P(1) = 0,031); os nveis de ferritina foram mais elevados no IM (P(2) = 0,037). Houve tendncia a aumento nos nveis de protena C reativa no grupo ID. A avaliao do Comit de Monitoramento de Segurana dos indivduos expostos recomendou a suspenso do estudo j que a inoculao por via IM converteu 62,5% e a ID converteu apenas 13,3% dos pacientes expostos. CONCLUSO: Com a metodologia utilizada, os resultados da vacina contra HB aplicada por via ID foi inferior inoculao IM. Tais resultados podem ser decorrentes das doses inoculadas ou de outros fatores, como inflamao.
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INTRODUO: O mtodo capaz de melhor identificar desnutrio energtico-protica (DEP) em pacientes em hemodilise (HD) ainda se mantm em debate. Logo, avaliamos o estado nutricional de pacientes em HD por diferentes mtodos e verificamos qual deles identificava o maior nmero de pacientes com DEP. MTODOS: Quinze pacientes em HD (52,7 10 anos; 33,3% Masculino). O estado nutricional foi avaliado por medidas antropomtricas, pela avaliao subjetiva global (ASG), por albumina plasmtica e pelo consumo alimentar (recordatrio de 24 horas). A gordura corporal foi avaliada por antropometria. O critrio de diagnstico de DEP preconizado pela International Society of Renal Nutrition and Metabolism (ISRNM) foi empregado. RESULTADOS: Observou-se que o ndice de massa corporal esteve dentro da normalidade (24,2 4,4 kg/m). Ao avaliar a condio nutricional pela adequao da circunferncia muscular do brao CMB) e da prega cutnea de trceps (PCT) notou-se que a adequao da CMB esteve dentro dos parmetros de normalidade (102,6 13%), ao passo que a adequao da PCT esteve abaixo da normalidade (Feminino: 75,3 40,4%; Masculino: 73,5 20,6%). Contudo, o percentual de gordura corporal esteve elevado (Feminino: 34,5 7,3%; Masculino: 23,6 4,2%). Com relao ASG, a maioria dos pacientes (n = 12) apresentou algum grau de desnutrio e este constituiu o mtodo que identificou o maior nmero de pacientes com DEP. Ao empregar os critrios da ISRNM, notou-se que apenas dois pacientes apresentaram DEP. CONCLUSO: Todos os pacientes avaliados encontravam-se com DEP por algum dos mtodos utilizados. A ASG foi o mtodo que, isoladamente, conseguiu detectar o maior nmero de pacientes com DEP.
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INTRODUO: A doena renal crnica associada ao tratamento hemodialtico pode apresentar uma diversidade de complicaes msculo-esquelticas, alm de trazer repercusses funo pulmonar. OBJETIVO: Avaliar os efeitos do treinamento muscular inspiratrio na fora muscular inspiratria, funo pulmonar e capacidade funcional em pacientes com insuficiência renal crnica submetidos hemodilise. MTODO: Ensaio clnico no controlado, composto por 15 indivduos com diagnstico mdico de insuficiência renal crnica, submetidos hemodilise. Foram avaliados presses inspiratria mxima (PImx) e expiratria mxima (PEmx) atravs da manovacuometria; funo pulmonar pela espirometria e a capacidade funcional atravs da distncia percorrida e consumo de oxignio obtido no teste da caminhada dos seis minutos (TC6M). No perodo de oito semanas, foi aplicado o protocolo de treinamento muscular respiratrio (TMI) durante a sesso de hemodilise, com carga estabelecida de 40% da PImx e uma frequncia semanal de trs dias alternados. RESULTADOS: Houve um aumento significativo na varivel distncia percorrida aps o treinamento (455 98 versus 558 121; p = 0,003). No foram encontradas diferenas estatsticas na comparao antes e aps treinamento nas demais variveis do estudo. CONCLUSO: O estudo no apresentou diferena estatstica na fora muscular respiratria, na funo pulmonar e no consumo de oxignio. Observou-se apenas um aumento na distncia do TC6M.
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OBJETIVO: Analisar os efeitos do comportamento alimentar, entre o hbito de jantar ou no jantar, no perfil de ingesto de macronutrientes e micronutrientes de pacientes com insuficiência renal crnica em hemodilise. MTODO: Estudo transversal em uma clnica de dilise de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Participaram do estudo 90 pacientes em tratamento hemodialtico. Foram coletados dados pessoais, clnicos e dietticos (registro alimentar de trs dias). Foi considerado jantar uma refeio completa e no jantar a sua ausncia ou substituio por lanches. As estimativas das quantidades de nutrientes ingeridos foram feitas em software especfico Dietwin. RESULTADOS: Os valores de carboidrato, tiamina, riboflavina, cido ascrbico, clcio e selnio ingeridos no apresentaram diferena entre os grupos de pacientes que jantavam e no jantavam (p > 0,05). Os valores de ndice de Massa Corporal (IMC), energia, protena, lipdeos, niacina, cido pantotnico, piridoxina, cido flico, cobalamina, potssio, fsforo, zinco e magnsio ingeridos apresentaram diferena entre estes mesmos grupos (p < 0,05). Quanto s propores de adequao desses nutrientes, o grupo dos que jantava apresentou maiores percentuais (p < 0,05), exceto para carboidratos, lipdeos, cido pantotnico, cido ascrbico, potssio, clcio e zinco. Nenhum dos pacientes apresentou valores adequados de ingesto de piridoxina, cido flico e selnio. Energia, cido pantotnico e zinco apresentaram baixos percentuais de adequao em ambos os grupos. CONCLUSO: Conclui-se que o hbito de jantar influencia positivamente no consumo de macro e micronutrientes em pacientes com insuficiência renal crnica submetidos hemodilise.
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Em pacientes com doena renal crnica (DRC) em hemodilise (HD), a hipertrofia ventricular esquerda (HVE) est relacionada ao aumento do ndice de resistncia vascular perifrica (IRVP) total e sobrecarga de volume. A presena da diurese residual (DR) nesses pacientes possibilita maior controle volmico. Avaliamos as modificaes morfofuncionais do ventrculo esquerdo (VE) em pacientes com DRC em HD com e sem diurese residual. Trinta e um pacientes no diabticos foram divididos em dois grupos: com diurese residual (DR+) (n = 17) e sem diurese residual (DR-) (n = 14). Em ambos os grupos, DR+ vs. DR-, ocorreram diferenas no ndice cardaco (3,9 0,20 vs. 3,0 0,21 L/min/m; p = 0,0056), no ndice sistlico (54 2,9 vs. 45 3,3 mL/b/m; p = 0,04), no volume diastlico final (141 6,7 vs. 112 7,6 mL; p = 0,008), no dimetro diastlico final (52 0,79 vs. 48 1,12 mm; p = 0,0072) e no IRVP total (1.121 56 vs. 1.529 111 dina.seg.cm-5; p = 0,001). O grupo DR+ apresentou menor espessamento relativo de parede (ERP) do que o DR- (0,38 0,01 vs. 0,45 0,01; p = 0,0008). A frao de ejeo (66,00 1,24 vs. 66,0 1,46%; p = 0,873) e o ndice de massa ventricular esquerda (132 6,0 vs. 130 8,3 g/m; p = 0,798) foram similares em ambos os grupos. O volume de diurese residual correlacionou-se com o espessamento da parede ventricular (r = 0,42; p = 0,0186) e com o ndice de resistncia vascular perifrica (r = -0,48; p = 0,0059). Em concluso, a presena ou no da diurese residual, em pacientes com doena renal crnica e em hemodilise, pode ser responsvel por modificaes na funo cardaca sistlica.
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INTRODUO: A hemodilise responsvel por alteraes significativas na qualidade de vida dos pacientes renais crnicos. OBJETIVO: Comparar a qualidade de vida dos pacientes em hemodilise sem depresso (A) com aqueles com algum grau de depresso (B). MTODOS: Estudo descritivo e transversal, utilizando o Inventrio de Depresso de Beck (BDI) e a Escala WHOQOL-bref. RESULTADOS: A populao foi de 130 pacientes, 65,15%, na A, e 33,84%, na B. Os maiores nveis de depresso se relacionam com maior tempo de tratamento. Houve melhores ndices de qualidade de vida para A e medida que um domnio aumentou, os demais tambm aumentaram. Destacam-se grandes diferenas no Domnio Psicolgico (A: 69,40 e B: 49,22) e Fsico (A: 62,81 e B: 42,19) e o Domnio Relaes Sociais tem melhores mdias entre as populaes, assim como correlaes com os demais domnios. CONCLUSO: Apesar da baixa prevalncia de quadros depressivos entre os hemodialticos, deve-se investir no suporte social, psicolgico e fsico para melhorar a qualidade de vida destes pacientes.
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Na atualidade, o mundo est enfrentando uma epidemia de doena renal crnica (DRC). Bases de dados contendo informaes sobre os pacientes no estgio terminal da doena renal (DRCt), especialmente nos Estados Unidos, foram as fontes das primeiras informaes a respeito deste assunto. O Brasil possui a terceira maior populao em dilise no mundo, e atualmente existem cerca de 680 centros de dilise, distribudos por todas as unidades da federao, atendendo uma populao estimada em quase 90.000 pacientes. O envolvimento cutneo na insuficiência renal crnica caracterizado por uma diversidade de manifestaes, as quais podem ser relacionadas a trs processos: doena renal primria; ao estado urmico ou a medidas teraputicas empregadas no seu manuseio. As alteraes dermatolgicas nessas duas classes de pacientes, dialisados e transplantados, j foram motivo de diversos estudos. Nos ltimos anos, entretanto, grandes progressos foram alcanados nestas duas modalidades teraputicas, os quais podem ter modificado tanto o tipo de alterao dermatolgica associada a estas duas condies, quanto a sua intensidade ou frequncia. Este artigo tem como objetivo oferecer uma atualizao sobre o tema dermatoses em hemodialisados e transplantados.
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INTRODUO: Dados nacionais sobre dilise crnica so essenciais para o planejamento do tratamento de tal enfermidade. OBJETIVO: Apresentar dados do Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) sobre os pacientes com doena renal crnica que estavam em dilise de manuteno em 1 de julho de 2010. MTODOS: Levantamento dos dados de unidades de dilise de todo o pas. A coleta de dados foi feita utilizando questionrio preenchido online pelas unidades de dilise do Brasil cadastradas na SBN. RESULTADOS: Das unidades consultadas, 340 (53,3%) responderam ao Censo. A partir dessas respostas foram feitas estimativas nacionais para a populao em dilise. Em julho de 2010, o nmero estimado de pacientes em dilise foi de 92.091. As estimativas nacionais das taxas de prevalncia e de incidncia de insuficiência renal crnica em tratamento dialtico foram de 483 e 100 pacientes por milho da populao, respectivamente. O nmero estimado de pacientes que iniciaram tratamento em 2010 foi 18.972. A taxa anual de mortalidade bruta foi de 17,9%. Dos pacientes prevalentes, 30,7% tinham idade igual ou superior a 65 anos; 90,6% estavam em hemodilise e 9,4% em dilise peritoneal; 35.639 (38,7%) estavam em fila de espera para transplante; 28% eram diabticos; 34,5% tinham fsforo srico > 5,5 mg/dL e 38,5%, hemoglobina < 11 g/dL. O cateter venoso era usado como acesso vascular em 13,6% dos pacientes em hemodilise. CONCLUSES: A prevalncia de pacientes em dilise tem apresentado aumento progressivo. Os dados dos indicadores da qualidade dilise de manuteno melhoraram em relao a 2009 e destacam a importncia do censo anual para o planejamento da assistncia dialtica.
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OBJETIVO: Traduzir e adaptar a verso 3.0 do questionrio Peds QL TM - End Stage Renal Disease para a lngua portuguesa. METODOLOGIA: A metodologia adotada foi proposta pelo idealizador do questionrio original e composta por 4 fases: traduo da verso original, retraduo para o idioma ingls, aplicao em grupos de pacientes e prova de leitura e finalizao, sendo que, as tradues e a reviso foram realizadas por profissionais especialistas nas lnguas portuguesa e inglesa. Os questionrios so compostos pelas verses de relato da criana e do adolescente e relato dos pais, e divididos em faixas etrias de 2 a 4 anos (apenas relato dos pais), 5 a 7 anos, 8 a 12 anos e 13 a 18 anos. Ao todo, foram realizadas 35 entrevistas, sendo 15 de crianas e adolescentes e 20 dos responsveis. CONCLUSES: O processo de traduo e adaptao cultural, que consistiu na equivalncia semntica (equivalncia entre as palavras), equivalncia idiomtica (expresses equivalentes no encontradas ou itens que precisavam ser substitudos) e equivalncia experimental (palavras e situaes adequadas ao contexto cultural brasileiro), resultaram em uma verso de fcil compreenso e administrao.