616 resultados para Insuficiência cardíaca Teses
Resumo:
FUNDAMENTO: Estados congestivos podem ser identificados e manejados atravs de algoritmos como o Diuretic Treatment Algorithm (DTA) para ajuste de diurtico por telefone, com enfoque na avaliao clnica. Porm, o DTA est disponvel somente em lngua inglesa. OBJETIVO: Adaptar o DTA e testar sua aplicabilidade para uso no Brasil em pacientes ambulatoriais com IC. MTODOS: Seguiram-se as etapas de traduo, sntese, retrotraduo, avaliao por comit de especialistas e pr-teste (aplicabilidade clnica por meio de ensaio clnico randomizado). O DTA foi denominado, na verso para o Brasil, algoritmo de ajuste de diurtico (AAD). Os pacientes foram randomizados para grupo interveno (GI) - ajuste de diurtico conforme o AAD - ou grupo controle (GC) - ajuste convencional. Foi avaliado o escore clnico de congesto (ECC) e o peso para ambos os grupos. RESULTADOS: Foram realizadas 12 modificaes no DTA. Incluram-se 34 pacientes. Para aqueles congestos, o aumento de diurtico guiado pelo AAD resultou em maior resoluo da congesto, com reduo de dois pontos no ECC para 50% da amostra -2 (-3,5; -1,0), enquanto a mediana para o GC foi 0 (-1,25; -1,0), (p < 0,001). A mediana de variao de peso foi maior no GI -1,4 (-1,7; -0,5) quando comparado ao GC 0,1 (1,2; -0,6), p = 0,001. CONCLUSES: O ADD mostrou-se aplicvel na prtica clnica aps adaptao e parece resultar em melhor controle da congesto em pacientes com IC. A efetividade clnica da ferramenta merece ser testada em amostra maior de pacientes visando sua validao para uso no Brasil (Universal Trial Number: U1111-1130-5749) (Arq Bras Cardiol. 2013; [online]. ahead print, PP.0-0).
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FUNDAMENTO: A associao da ativao autonmica, frao de ejeo do ventrculo esquerdo (FEVE) e classe funcional da insuficiência cardíaca mal compreendida. Objetivo: Nosso objetivo foi correlacionar a gravidade dos sintomas com a atividade simptica cardíaca, atravs do uso de iodo-123-metaiodobenzilguanidina (123I-MIBG); e com FEVE em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) sistlica sem tratamento prvio com betabloqueador. MTODOS: Trinta e um pacientes com IC sistlica, classe I a IV da New York Heart Association (NYHA), sem tratamento prvio com betabloqueador, foram inscritos e submetidos cintilografia com 123I-MIBG e ventriculografia radioisotpica para determinao da FEVE. A relao precoce e tardia corao/mediastino (H/M) e a taxa de washout (WO) foram medidas. RESULTADOS: De acordo com a gravidade dos sintomas, os pacientes foram divididos em grupo A, com 13 pacientes em classe funcional NYHA I/II, e grupo B, com 18 pacientes em classe funcional NYHA III/ IV. Em comparao com os pacientes do grupo B, o grupo A apresentou uma FEVE significativamente maior (25% 12% para o grupo B vs. 32% 7% no grupo A, p = 0,04). As relaes precoces e tardias H/M do Grupo B foram menores do que as do grupo A (H/M precoce 1,49 0,15 vs. 1,64 0,14, p = 0,02; H/M tardia 1,39 0,13 vs. 1,58 0,16, p = 0,001, respectivamente). A taxa de WO foi significativamente maior no grupo B (36% 17% vs. 30% 12%, p = 0,04). A varivel que mostrou a melhor correlao com a NYHA foi a relao H/M tardia (r = -0,585, p = 0,001), ajustada para idade e sexo. CONCLUSO: Esse estudo mostrou que o 123I-MIBG cardaco se correlaciona melhor do que a frao de ejeo com a gravidade dos sintomas em pacientes com insuficiência cardíaca sistlica sem tratamento prvio com beta-bloqueador.
Resumo:
A anemia uma comorbidade prevalente e marcadora de pior prognstico em pacientes com insuficiência cardíaca (IC). Sua relevncia clnica, bem como a fisiopatologia e abordagem teraputica nesses pacientes so temas de destaque na literatura especializada. Nessa reviso so descritos os conceitos atuais sobre a fisiopatologia da anemia na IC, os critrios diagnsticos e as indicaes da suplementao de ferro, ao mesmo tempo em que so analisados criticamente os principais estudos que ofereceram evidncias sobre os benefcios dessa suplementao. So abordados os quatro componentes principais da anemia: doena crnica, dilucional, "renal" e disabsortiva. Nos pacientes com IC, os critrios para o diagnstico so os mesmos utilizados na populao geral: nveis de ferritina srica inferiores a 30 mcg/L em pacientes no nefropatas e menores que 100 mcg/L ou ferritina srica entre 100-299 mcg/L com saturao de transferrina menor que 20% em pacientes com doena renal crnica. Finalmente, so discutidas as possibilidades teraputicas da anemia nessa populao especfica de pacientes.
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FUNDAMENTO: Estudos prvios avaliaram o papel do polimorfismo gentico da enzima xido ntrico-sintetase endotelial sobre o prognstico na insuficiência cardíaca. Entretanto, faltam estudos relacionando o G894T e a insuficiência cardíaca na populao brasileira. OBJETIVO: Avaliar a associao do G894T com o prognstico de amostra de pacientes brasileiros com insuficiência cardíaca. MTODOS: Coorte com 145 pacientes com insuficiência cardíaca sistlica, num segmento de 40 meses (mdia = 22 meses), em dois hospitais universitrios do Estado do Rio de Janeiro. Foi avaliada a relao do G894T com os desfechos: remodelamento reverso; melhora da classe funcional (NYHA); taxas de mortalidade e hospitalizao. Os dimetros do trio e ventrculo esquerdos e a frao de ejeo do ventrculo esquerdo foram medidos na admisso e aps 6 meses, para avaliao do remodelamento reverso. A melhora na classe funcional foi avaliada aps 6 meses e as taxas de mortalidade e de hospitalizao durante todo o seguimento. A raa foi autodeclarada. O polimorfismo G894T foi analisado por reao em cadeia de polimerase e por anlise do polimorfismo dos fragmentos de restrio. RESULTADOS: A frequncia genotpica foi GG (40%), GT (48,3%) e TT (11,7%), e a frequncia allica foi guanina (64,1%) e tiamina (35,8%). No houve diferena entre as frequncias genotpica ou allica conforme a raa autodeclarada, tampouco conforme as caractersticas basais. No houve relao entre o gentipo ou a frequncia allica e os desfechos analisados. CONCLUSO: No se observou associao do polimorfismo G894T (Glu298Asp) com o prognstico de amostra de pacientes ambulatoriais brasileiros com insuficiência cardíaca sistlica.
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FUNDAMENTO: A maioria dos estudos relatando o paradoxo da obesidade utiliza ndice de massa corporal (IMC) para classificar obesidade. Dados avaliando o valor prognstico de outras medidas indiretas de composio corporal so pouco explorados na insuficiência cardíaca (IC). OBJETIVO: Avaliar a associao entre IMC e outras medidas de composio corporal indiretas com risco de morte por todas as causas na IC. MTODOS: Parmetros antropomtricos de composio corporal foram avaliados em 344 pacientes ambulatoriais com frao de ejeo do ventrculo esquerdo (FEVE) < 50%, de uma coorte prospectiva seguida durante 30 8,2 meses. A sobrevida foi avaliada por curvas de Kaplan-Meier e anlise de regresso de risco proporcional de Cox. RESULTADOS: Os pacientes eram predominantemente do sexo masculino, de etiologia no-isqumica e com disfuno sistlica do VE moderada a grave (FEVE mdia de 32 9%). Prega cutnea tricipital (PCT) foi o nico parmetro antropomtrico associado com prognstico, com valores significativamente menores nos pacientes que morreram (p = 0,047). Uma PCT > 20 mm estava presente em 9% dos pacientes que morreram e em 22% dos vivos (p = 0,027). Na anlise univariada, creatinina srica, FEVE e classe funcional foram associadas ao risco de morte. Na regresso de Cox, PCT > 20 mm foi o preditor independente mais forte de mortalidade por qualquer causa (hazard ratio: 0,36; IC 95%: 0,13-0,97; p = 0,03). CONCLUSO: Embora IMC seja o parmetro antropomtrico mais utilizado na prtica clnica, nossos resultados sugerem que PCT pode ser um melhor preditor de mortalidade em pacientes ambulatoriais com IC.
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FUNDAMENTO: A Insuficiência Cardíaca (IC) uma sndrome que cursa com m evoluo nas formas avanadas. O bloqueio neuro-hormonal modifica essa histria natural; no entanto, ele com frequncia subotimizado. OBJETIVO: Neste estudo procuramos verificar em qual percentual mdicos cardiologistas habituados no tratamento da IC conseguem prescrever as doses-alvo dos medicamentos de comprovada eficcia. MTODOS: Foram selecionados consecutivamente 104 pacientes ambulatoriais com disfuno sistlica, todos sob tratamento estabilizado. Avaliaram-se dados demogrficos e o tratamento verificando-se as doses atingidas. Os achados so apresentados em percentual e fizeram-se correlaes entre as diferentes variveis. RESULTADOS: A idade mdia dos pac. foi de 64,1 14,2 anos, com PAS 115,4 15,3 mmHg, FC de 67,8 9,4 bpm, peso 76,0 17,0 kg e em ritmo sinusal (90,4%). Quanto ao tratamento, 93,3% estavam recebendo um bloqueador do SRA (52,9% IECA), todos recebiam betabloqueador (BB), sendo o carvedilol o mais prescrito (92,3%). Quanto s doses: 97,1% dos que recebiam um BRA estavam com dose abaixo da ideal; os que recebiam IECA 52,7% receberam dose otimizada. Quanto ao BB, em 76,0% foi possvel prescrever as doses alvos. Nesse grupo de pac. a maioria com dose alvo do BB, pode-se observar que 36,5% apresentavam frequncia cardíaca igual ou maior que 70 bpm em ritmo sinusal. CONCLUSES: Mdicos cardiologistas habituados no tratamento da IC conseguem prescrever as doses-alvo de inibidores da ECA e BB para a maioria dos pac. Mesmo recebendo as doses preconizadas, cerca de um tero dos pac. persiste com FC acima de 70 bpm e deveria ter seu tratamento otimizado.
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Fundamento: A frequência cardíaca de recuperação no primeiro minuto (FCR1) é um preditor de mortalidade na insuficiência cardíaca (IC), mas seu prognóstico não foi avaliado no teste de caminhada de seis minutos (TC6M) nesses pacientes. Objetivo: Esse estudo teve como objetivo determinar a FCR1 no TC6M em pacientes com IC e sua correlação com a distância percorrida em seis minutos (DP6M). Métodos: Protocolo controlado, transversal, com 161 indivíduos, 126 pacientes com IC sistólica estável, divididos em dois grupos (G1 e G2), que receberam ou não β-bloqueador e 35 voluntários no grupo controle (G3) que tiveram a FCR1 registrada no TC6M. Resultados: A FCR1 e a DP6M foram significativamente diferentes nos três grupos. Os valores médios de FCR1 e DP6M foram: FCR1 = 12 ± 14 bpm G1, 18 ± 16 bpm G2 e 21 ± 13 bpm G3; DP6M = 423 ± 102 m G1, G2 396 ± 101 m e 484 ± 96 m G3 (p < 0,05). Os resultados demonstraram uma correlação entre FCR1 e DP6M no G1 (r = 0,3, p = 0,04) e G3 (r = 0,4, p = 0,03), mas não em G2 (r = 0,12, p = 0,48). Conclusão: A resposta da FCR1 foi atenuada em pacientes em uso de βB e mostrou correlação com o TC6M, refletindo uma melhor tolerância ao exercício. A FCR1 após a DP6M parece representar uma alternativa quando os testes de esforço na esteira não são tolerados.
Resumo:
Fundamento: A ausência de instrumentos capazes de mensurar o nível de conhecimento de pacientes com insuficiência cardíaca sobre sua própria síndrome, participantes de programas de reabilitação, demonstra a carência de recomendações específicas a respeito da quantidade ou do conteúdo de informações necessárias. Objetivo: Construir e validar um questionário para avaliar o conhecimento sobre sua condição de pacientes portadores de insuficiência cardíaca participantes de programas de reabilitação cardíaca. Métodos: O instrumento foi construído com base no questionário de conhecimento para doença coronariana e aplicado em 96 pacientes com insuficiência cardíaca, com média de idade de 60,22 ± 11,6 anos, 64% homens. A reprodutibilidade foi obtida por meio do coeficiente de correlação intraclasse, utilizando-se as situações do método de teste-reteste. A consistência interna foi obtida pelo alfa de Cronbach e a validade do construto, pela análise fatorial exploratória. Resultados: A versão final do instrumento apresentou 19 questões dispostas em dez áreas de importância para a educação do paciente. O instrumento proposto apresentou um índice de clareza de 8,94 ± 0,83. O valor do coeficiente de correlação intraclasse foi de 0,856 e do alfa de Cronbach, 0,749. A análise fatorial revelou cinco fatores associados às áreas de conhecimento. Quando os escores finais foram comparados com as características da população, verificou-se que baixa escolaridade e baixa renda estão significativamente associadas a baixos escores de conhecimento. Conclusão: O instrumento possui índice de clareza satisfatório e de validade adequado, podendo ser utilizado para avaliar o conhecimento de pacientes com insuficiência cardíaca participantes de programas de reabilitação cardíaca.
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Fundamento: O tratamento da insuficiência cardíaca evoluiu nas últimas décadas, sugerindo que sua sobrevida tem aumentado. Objetivo: Verificar se houve melhora na sobrevida dos pacientes com insuficiência cardíaca avançada. Métodos: Comparamos retrospectivamente os dados de seguimento e tratamento de duas coortes de pacientes com insuficiência cardíaca sistólica admitidos para compensação até o ano 2000 (n = 353) e após 2000 (n = 279). Foram analisados: morte hospitalar, re-hospitalizações e morte no seguimento de 1 ano. Utilizamos os testes U de Mann-Whitney e qui-quadrado para comparação entre os grupos. Os preditores de mortalidade foram identificados pela análise de regressão por meio do método dos riscos proporcionais de Cox e análise de sobrevida pelo método de Kaplan-Meier. Resultados: Os pacientes internados até o ano 2000 eram mais jovens, tinham menor comprometimento ventricular esquerdo e receberam menor proporção de betabloqueadores na alta. A sobrevida dos pacientes hospitalizados antes de 2000 foi menor do que a dos hospitalizados após 2000 (40,1% vs. 67,4%; p < 0,001). Os preditores independentes de mortalidade na análise de regressão foram: a etiologia chagásica (hazard ratio: 1,9; intervalo de confiança de 95%: 1,3-3,0), inibidores da enzima conversora da angiotensina (hazard ratio: 0,6; intervalo de confiança de 95%: 0,4-0,9), betabloqueador (hazard ratio: 0,3; intervalo de confiança de 95%: 0,2-0,5), creatinina ≥ 1,4 mg/dL (hazard ratio: 2,0; intervalo de confiança de 95%: 1,3-3,0), sódio sérico ≤ 135 mEq/L (hazard ratio: 1,8; intervalo de confiança de 95%: 1,2-2,7). Conclusões: Pacientes com insuficiência cardíaca avançada apresentaram melhora significativa na sobrevida e redução nas re-hospitalizações. O bloqueio neuro-hormonal, com inibidores da enzima conversora da angiotensina e betabloqueadores, teve papel importante no aumento da sobrevida desses pacientes com insuficiência cardíaca avançada.
Resumo:
A insuficiência cardíaca com fração de ejeção normal (ICFEN) é, atualmente, o fenótipo clínico mais prevalente de insuficiência cardíaca e os tratamentos disponíveis não apresentam redução na mortalidade. Avanços na disciplina de ciências ômicas e em técnicas de elevado processamento de dados empregados na biologia molecular possibilitaram o desenvolvimento de uma abordagem integrativa da ICFEN baseada na biologia de sistemas. O objetivo deste trabalho foi apresentar um modelo da ICFEN baseado na biologia de sistemas utilizando as abordagens bottom-up e top-down. Realizou-se uma pesquisa na literatura de estudos publicados entre 1991-2013 referentes à fisiopatologia da ICFEN, seus biomarcadores e sobre a biologia de sistemas com o desenvolvimento de um modelo conceitual utilizando as abordagens bottom-up e top-down da biologia de sistemas. O emprego da abordagem de biologia de sistemas para ICFEN, a qual é uma síndrome clínica complexa, pode ser útil para melhor entender sua fisiopatologia e descobrir novos alvos terapêuticos.
Resumo:
Este estudo teve como objetivo identificar perfil sociodemogrfico e clnico, histria de hospitalizaes por Insuficiência Cardíaca (IC) e seguimento (consultas regulares, tratamento medicamentoso, fatores facilitadores e dificultadores do seguimento) do paciente internado por quadro de descompensao clnica. Foram entrevistados 61 pacientes com idade mdia de 58,1 (± 15,9) anos, 3,5 (± 4,4) anos de estudo e renda individual de 1,3 (± 2,4) salrios-mnimos. A maioria dos sujeitos se encontrava em classe funcional III ou IV da New York Heart Association, tendo como causa mais freqente de hospitalizao, os sinais/sintomas da forma congestiva da IC. 75,4% dos sujeitos relataram acompanhamento clnico, porm de periodicidade irregular. Constatou-se utilizao de teraputica medicamentosa em proporo inferior recomendada pela literatura. Os achados devem auxiliar a identificao dos pacientes com maior risco de descompensao da IC e assim, desenhar e implementar intervenes especficas visando a reduo das re-hospitalizaes por IC.