308 resultados para Estudantes Universitários Atitudes
Resumo:
OBJETIVOS: Conhecer a percepção de mães sobre consulta ideal e a assistência prestada a seus filhos pelos alunos de Medicina da sétima fase no Ambulatório de Pediatria do Hospital Universitário da UFSC. MÉTODO: Pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, utilizando entrevista semi-estruturada em profundidade com 12 mães cujos filhos eram consultados no ambulatório de Pediatria do Hospital Universitário da UFSC, por acadêmicos de Medicina da sétima fase. RESULTADOS: As mães estavam satisfeitas com o atendimento prestado pelos acadêmicos e mencionaram que os aspectos que mais as agradaram foram a relação médico-paciente - representada pela atenção, paciência e carinho -, o fornecimento de informações claras e detalhadas, em linguagem acessÃvel, e o exame fÃsico minucioso. Entre as limitações sentidas, foram citadas a demora das consultas e a grande quantidade de pessoas no consultório. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A relação médico-paciente foi determinante para a satisfação destas mães com o atendimento, além do exame fÃsico minucioso. A redução no número de estudantes presentes na consulta deve ser considerada.
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Em um estudo qualitativo sobre a qualidade de vida de estudantes de Medicina, na Universidade Federal de Santa Catarina, emergiu o tema "Estratégias de enfrentamento do estresse". O objetivo deste artigo é apresentar dados relativos a este tema, na perspectiva de melhorar a qualidade de vida do estudante de Medicina. Seguindo princÃpios da pesquisa qualitativa, o tema proposto é apresentado com base na análise dos dados empÃricos, relativos a depoimentos selecionados do conjunto de dados dos 25 participantes do estudo e no diálogo com a literatura. Entre os que desenvolveram estratégias, as apontadas incluÃam valorização dos relacionamentos interpessoais e de fenômenos do cotidiano, equilÃbrio entre estudo e lazer, organização do tempo, cuidados com a saúde, alimentação e o sono, prática de atividade fÃsica, religiosidade, trabalhar a própria personalidade para lidar com situações adversas e procura por assistência psicológica. Sugere-se maior preocupação dos envolvidos na educação médica com a qualidade de vida do estudante de Medicina e o desenvolvimento de estratégias para promovê-la ou que preparem o estudante para lidar com o estresse durante a formação médica.
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O propósito deste estudo retrospectivo foi avaliar o impacto do processo de avaliação seriada, em comparação com exame vestibular, em termos de efeitos no perfil de atributos e de progresso acadêmico de alunos da Universidade de BrasÃlia. Os sujeitos foram 415 alunos (57,8% masculinos) registrados no Curso de Medicina após aprovação para ingresso mediante avaliação seriada, ou exame vestibular no primeiro ou segundo semestre, ao longo de seis anos (1999-2004). Foram comparados, entre os grupos de ingresso, os indicadores demográficos, de atitudes em face do aprendizado e de rendimento cognitivo no curso. Os resultados mostraram proporções significantemente maiores de alunos naturais do Distrito Federal e da faixa etária mais jovem no grupo da avaliação seriada. O Ãndice de rendimento acadêmico manteve-se significativamente mais elevado nesse grupo desde o segundo ao nono perÃodo do curso. Análises estatÃsticas indicam que tal efeito reflete, além da forma e do ano de ingresso, outras diferenças nas caracterÃsticas dos alunos, tais como sexo, idade e valoração do aprendizado. Os achados sugerem que a avaliação seriada privilegiou a aptidão acadêmica quanto ao rendimento cognitivo e alterou tendências na composição demográfica do alunado com efeitos no próprio rendimento estudantil.
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Descrevem-se duas experiências realizadas com o objetivo de verificar se estudantes de Medicina de etapas avançadas podem ser utilizados em Osce para avaliar habilidades clÃnicas básicas de alunos iniciantes. Na primeira experiência, 6 internos e 6 professores avaliaram 59 alunos do currÃculo tradicional em Osce com 6 estações focadas na anamnese, exame fÃsico e comunicação com o paciente. As notas dadas pelos professores foram maiores que as dos estudantes em todas as estações, exceto uma (comunicação), mas não houve diferenças significantes entre elas, exceto numa estação de exame fÃsico (p < 0,001) (teste de Wilcoxon). Na segunda experiência, 15 internos do currÃculo tradicional e 9 professores avaliaram 58 estudantes do 1º ano, currÃculo PBL, em Osce com 3 estações para avaliar anamnese, exame fÃsico e manipulação de luvas esterilizadas. Os estudantes foram pareados aos professores, e cada um fez sua avaliação individualizada usando o mesmo protocolo. Em metade das estações, os valores médios das notas de professores e estudantes foram significativamente diferentes. Isso aparentemente se deveu à variação significativa entre as notas dos professores, o que não ocorreu com relação à s notas dadas pelos estudantes avaliadores (p < 0,05) (teste de Wilcoxon e Anova - Turkey, Dunn). Conclui-se que estudantes em fase de treinamento podem ser utilizados como examinadores confiáveis em exame de habilidades clÃnicas de estudantes iniciantes, sendo que a variabilidade entre as notas que atribuem para a mesma tarefa parece ser inferior à que se verifica nas notas dos professores.
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A Faculdade de Medicina de MarÃlia, desde 1997, vem implementando mudanças curriculares nos cursos de Enfermagem e Medicina. Tais mudanças pressupõem articulação entre teoria e prática, processo de ensino baseado na aprendizagem significativa, centrado nos estudantes, em situações de aprendizagem que emergem da prática profissional, abordados de forma interdisciplinar e multiprofissional. Para isto, os estudantes de Enfermagem e Medicina, de forma integrada, desenvolvem atividades em contato com usuários e trabalhadores da saúde, desde o primeiro ano, inseridos em equipes nas Unidades de Saúde da FamÃlia, num ciclo de dois anos, denominado Unidade de Prática Profissional. O presente relato apresenta a experiência de três estudantes que tiveram a oportunidade de avaliar o estado de saúde e acompanhar seis famÃlias. Esta atividade possibilitou identificar diferentes necessidades de saúde e levou os estudantes a buscar informações em diversas fontes a fim de propor estratégias de ação que contribuam para a melhora da qualidade de vida das pessoas. Foi possÃvel intervenção por meio de orientações, encaminhamentos e realização de procedimentos. Os estudantes concluem que esta prática possibilita maior compreensão dos valores dos usuários e a aproximação de uma realidade bastante distante do seu modo de vida, além de uma aprendizagem significativa.
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Estudos recentes apontam a importância de investigações mais abrangentes sobre o universo da formação médica, ressaltando que esta é constituÃda por um complexo quadro de atitudes. O curso é extenuante e, mesmo assim, os estudantes se envolvem com uma infinidade de atividades extras durante a sua formação, construindo um vasto currÃculo paralelo. Por meio da "triangulação metodológica", investigaram-se as concepções de estudantes de Medicina sobre as vivências e papéis das atividades extracurriculares. O estudo buscou o diálogo entre três diferentes estratégias: aplicação de questionário aos estudantes do primeiro ao sexto ano de Medicina (n = 423), entrevistas individuais (n = 24) e entrevistas em dois grupos focais (n = 14). Os dados revelaram que os estudantes de Medicina identificam seu envolvimento com atividades extracurriculares como uma tentativa de preencher lacunas curriculares, integrar-se com colegas, suplementar o curso, obter bem-estar, atender a indagações profissionais, enfim, múltiplas motivações. A dimensão individual e coletiva da metodologia permitiu que toda a heterogeneidade relativa ao cotidiano da formação médica acabasse por emergir.
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Este trabalho avaliou o conhecimento e aceitação das Práticas Não-Convencionais em Saúde (PNCS) por estudantes do curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). A pesquisa realizada foi do tipo descritiva de campo, aplicada na forma direta extensiva por meio de questionários. As perguntas avaliaram o conhecimento e o interesse a respeito de PNCS. Os entrevistados (n = 197) afirmaram conhecer a maioria das PNCS apresentadas no estudo, destacando-se ioga (96,6%), homeopatia (92,9%), chás caseiros (91,9%), acupuntura e orações (88,8%), além de benzedeiras (83,2%), com porcentagem superior a 80%. Ainda que estas práticas não façam parte do currÃculo atual deste curso, mais de 50% dos alunos afirmaram ter interesse em aprender sobre 10 das 13 PNCS apresentadas neste estudo. Para PNCS como ioga, acupuntura, fitoterapia e orações, mais de 50% dos alunos afirmaram que indicariam ou apoiariam o uso delas por seus pacientes. Concluiu-se que há interesse dos acadêmicos em práticas não-convencionais, bem como evidências da necessidade de inclusão de disciplinas curriculares que abordem as PNCS nos cursos de graduação em Medicina.
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O trabalho teve por objetivo caracterizar o currÃculo paralelo dos alunos da terceira série do curso médico da Universidade Federal de Alagoas, por meio de um questionário auto-aplicado a uma amostra de 63 alunos. Com base na análise dos dados, constatou-se que a maioria dos alunos (98,41%) buscou algum tipo de atividade extracurricular, sendo que 45,59% delas foram realizadas no perÃodo de seis meses, consumindo mais de seis horas semanais. As principais motivações citadas foram a "busca da prática" na atividade médica (36,27%) e a "aquisição de novos conhecimentos" (30,39%). Nota-se que 98,39% dos alunos optaram principalmente por estágios, sendo as principais formas de ingresso os concursos (52%) e a seleção (36%). Conclui-se que, durante a terceira série do curso médico, os alunos ainda não estão capacitados para atuar nos diversos serviços e, por vezes, prejudicam suas atividades acadêmicas para realizar os estágios. Cabe à Universidade orientar seus alunos quanto ao momento mais adequado para o inÃcio dessas atividades, além de oferecer suporte quando da realização das mesmas.
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As atividades em busca de complementação da formação e aumento da experiência clÃnica dos alunos de Medicina - eqüidistantes e livres de controles acadêmicos - configuram o chamado "currÃculo paralelo". O objetivo deste trabalho foi estudar o "currÃculo paralelo" dos alunos do ciclo profissional do curso médico da Faculdade de Medicina da UFMG, relativo ao primeiro semestre de 2004. Foram entrevistados 232 alunos, por meio de questionário estruturado, com dez seções, que avaliaram as atividades extracurriculares de plantões, enfermarias, ambulatórios, projetos, grupos de estudo, grupos de raciocÃnio clÃnico, extensão e publicações. Cada estudante respondeu sobre o perÃodo em curso (primeiro semestre de 2004) e sobre o perÃodo anterior. Os resultados mostraram que o "currÃculo paralelo" estava presente para a grande maioria dos alunos, com 82,5% deles com atividades e uma média de 3,4 por aluno e ocupando, em média, 8,2 horas semanais. A atividade mais presente foi a de extensão, seguida pelas de projetos e plantões. As principais motivações para as atividades foram a aquisição de maior experiência clÃnica e um melhor currÃculo.
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OBJETIVO: Identificar informações sobre sexualidade entre estudantes de Medicina e analisar as diferenças quanto a gênero e ano do curso. MÉTODO: Foi aplicado um questionário estruturado a estudantes da Faculdade de Medicina de Botucatu, com questões sobre sexualidade e vida sexual dos sujeitos. A aplicação ocorreu em sala de aula, sendo que 455 estudantes (82,6%) aceitaram participar do estudo. A análise foi estratificada para gênero e ano do curso, sendo utilizado o teste do qui-quadrado. RESULTADOS: Comparando-se primeiros e últimos anos, observou-se aumento da freqüência de vida sexual ativa, mas não de satisfação. Crenças predominaram sobre crendices, tendo sido observadas diferenças entre os gêneros. Aspectos da sexualidade feminina e da homossexualidade apresentaram um significativo percentual de respostas equivocadas. CONCLUSÕES: Entre estudantes de Medicina ainda persiste desinformação sobre aspectos especÃficos da sexualidade humana. A formação médica precisa abarcar a sexualidade em seus múltiplos aspectos, capacitando os profissionais a lidarem com a sexualidade de seus pacientes.
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É preocupante o crescimento do consumo de substâncias psicoativas entre a população, o que constitui um grave problema de saúde pública. Entre as substâncias psicoativas, o álcool e o tabaco merecem destaque, pois são drogas lÃcitas e socialmente aceitas. Este estudo buscou estabelecer a prevalência do uso de bebidas alcoólicas e cigarros entre estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia (Famed/UFU), bem como caracterizar as situações propÃcias, a freqüência, a auto-avaliação sobre consumo e o tipo de bebida utilizado por esses estudantes. Os dados foram coletados de uma amostra de 303 acadêmicos matriculados na Famed/UFU, a partir de questionário anônimo. Constatou-se que 66,34% dos alunos entrevistados consomem bebidas alcoólicas. Há aumento de ingestão de bebidas no decorrer do curso, sendo que os homens consomem mais que as mulheres. Apenas 3,3% do total de estudantes são fumantes e 2% são ex-fumantes. Esses números sugerem que a consciência sobre os malefÃcios do cigarro é maior do que a existente sobre o consumo abusivo de bebidas alcoólicas, no qual um comportamento de risco é observado.
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Este artigo apresenta uma revisão da medicina centrada no paciente e da importância de ensiná-la nas escolas médicas, em virtude das repercussões para o exercÃcio da medicina advindas da mudança na nosologia prevalente e da maior disponibilidade de informações sobre saúde e doenças para os leigos. Também discute o uso de escalas para avaliação de atitudes a respeito da relação médico-paciente, particularmente da escala Patient-practitioner orientation scale (PPOS), em que escores mais elevados estão associados a atitudes mais centradas no paciente. Apresenta os resultados da aplicação dessa escala em 738 estudantes de seis diferentes perÃodos do curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, comparando-os com os obtidos com estudantes norte-americanos com uso da mesma escala. Os escores foram mais elevados entre estudantes brasileiros, com atitudes mais centradas no paciente do que os estudantes norte-americanos. A análise das subescalas de poder e cuidado mostra que há uma valorização do cuidado. Entretanto, houve uma tendência à concentração de poder no médico.
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INTRODUÇÃO: A formação médica expõe o estudante de Medicina a experiências de estresse, tornando-o potencialmente vulnerável a distúrbios emocionais. OBJETIVO: Conhecer a prevalência de sintomas depressivos entre os estudantes de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia. MÉTODO: Os sintomas depressivos foram rastreados por meio do Inventário de Beck (IDB), aplicado a 81% dos estudantes matriculados no primeiro semestre de 2004. Os pontos de corte para ausência de sintomas depressivos, sintomas leves, moderados e graves foram, respectivamente, 0-3, 4-7, 8-15 e 16 ou mais. Levantaram-se dados demográficos por meio de questionário. RESULTADOS: Dentre os 400 acadêmicos avaliados, houve predomÃnio de jovens, do sexo feminino, solteiros, procedentes de Uberlândia e que moram com os pais. A prevalência de sintomas depressivos foi de 79%, sendo 29% com grau leve; 31% moderado e 19,25% grave. CONCLUSÃO: Os resultados indicam uma proporção de sintomas depressivos superior à encontrada na literatura referente a estudantes de Medicina. As excessivas cargas horárias e a ansiedade progressiva com a finalização do curso merecem maior atenção no processo de mudança curricular.
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Transtornos emocionais como ansiedade, estresse e até mesmo burnout têm sido apontados em estudantes de Medicina durante o perÃodo de formação. Esta pesquisa investiga a ocorrência destes transtornos em 18 alunos ao longo dos seis anos de um curso de Medicina. Além de um questionário sociodemográfico, foram aplicados diversos instrumentos de avaliação (Idate, MBI, BAI e ISE), uma ou mais vezes em anos subsequentes. Os resultados evidenciaram que os transtornos foram mais intensos no terceiro e quarto anos. O sentimento de realização pessoal foi aumentando no transcorrer do curso, assim como as atitudes de desumanização. A exaustão emocional, por sua vez, apresentou decréscimo no final do curso. Sugere-se um estudo dos fatores de maior pressão, principalmente os relativos aos terceiro e quarto anos do curso, no sentido de modificá-los e/ou minimizar suas consequências nos estudantes. Por outro lado, disciplinas que promovam maior conhecimento do ser humano e, portanto, atitudes de humanização, devem ser implementadas e/ou receber mais destaque. A ênfase do curso deve ser pautada não só na capacitação técnica e desenvolvimento de habilidades, mas, especialmente, no conhecimento do ser humano e nas relações interpessoais e afetivas.