234 resultados para Doenças Cardiovasculares, prevenção


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FUNDAMENTOS: A ansiedade cardíaca (AC) é o medo de sensações cardíacas, caracterizado por sintomas recorrentes de ansiedade em pacientes com ou sem doença cardiovascular. O Questionário de Ansiedade Cardíaca (QAC) é uma ferramenta para avaliar a AC, já adaptado, mas não validado em português. OBJETIVO: Este trabalho apresenta as três fases dos estudos de validação do QAC brasileiro. MÃTODOS: Foram recrutados 98 pacientes com doença arterial coronária, a fim de extrair a estrutura fatorial e avaliar a confiabilidade do QAC (fase 1). O objetivo da fase 2 foi explorar a validade convergente e divergente. Cinquenta e seis pacientes completaram o QAC, juntamente com o Escala de sensações corporais (ESC) e o Versão brasileira do Social Phobia Inventory (SPIN). Para determinar a validade discriminante (fase 3), comparamos os escores do QAC de dois subgrupos formados por pacientes da fase 1 (n = 98), de acordo com os diagnósticos de transtorno do pânico e agorafobia obtidos com o MINI - Mini International Neuropsychiatric Interview (Mini Entrevista Neuropsiquiátrica Internacional). RESULTADOS: A solução de dois fatores foi a mais interpretável (46,4% da variância). As subescalas foram denominadas de "Medo e Hipervigilância" (n = 9; alfa = 0,88) e "Evitação" (n = 5; alfa = 0,82). Foi encontrada correlação significativa do fator 1 com o escore total do ESC (p < 0,01), mas não com o fator 2. Os fatores do SPIN apresentaram correlações significativas com as subescalas do QAC (p < 0,01). Na fase 3, os escores dos pacientes "Cardíacos com pânico" foram significativamente maiores no fator 1 do QAC (t = -3,42; p < 0,01, IC = -1,02 a -0,27), e maiores, mas não significativamente diferentes, no fator 2 (t = -1,98; p = 0,51, IC = -0.87 a 0,00). CONCLUSÃES: Os presentes resultados fornecem uma versão final brasileira validada do QAC adequada aos contextos clínicos e de pesquisa.

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Fundamento: O hipertireoidismo (Hi) exerce um amplo leque de influ&#234;ncias em diversos par&#226;metros fisiol&#243;gicos. Seu efeito perturbador sobre o sistema cardiovascular &#233; um de seus impactos mais importantes. Al&#233;m disso, o Hi foi clinicamente associado com o estresse induzido pela hiperativa&#231;&#227;o do eixo hipotal&#226;mico-pituit&#225;rio-adrenal. Objetivo: Avaliar o impacto do Hi de curto prazo sobre o desempenho card&#237;aco e a atividade adrenal de ratos. M&#233;todos: A indu&#231;&#227;o de Hi em ratos Wistar atrav&#233;s de inje&#231;&#245;es de T3 (150 &#956;g/kg) por 10 dias (grupo com hipertireoidismo - GH) ou ve&#237;culo (grupo controle). O desempenho cardiovascular foi avaliado por: ecocardiograma (ECO); raz&#227;o peso do cora&#231;&#227;o/peso corporal (mg/gr); contratilidade de m&#250;sculos papilares isolados (MPI) e mensura&#231;&#227;o direta da press&#227;o arterial. A atividade adrenal foi avaliada pela raz&#227;o peso adrenal/ peso corporal (mg/gr) e n&#237;veis de 24 horas de corticosterona fecal (CF) no 1&#186;, 5&#186; e 10&#186; dias de tratamento com T3. Resultados: No GH, o ECO mostrou redu&#231;&#227;o dos Volumes Finais Sist&#243;lico e Diast&#243;lico, Tempos de Eje&#231;&#227;o, Relaxamento Isovolum&#233;trico e Diast&#243;lico Total, &#193;reas Sist&#243;licas e Diast&#243;lica e raz&#227;o E/A. Aumentaram a frequ&#234;ncia card&#237;aca, a fra&#231;&#227;o de eje&#231;&#227;o e o d&#233;bito card&#237;aco. A raz&#227;o peso corporal/peso do cora&#231;&#227;o foi maior. Da mesma forma, nos MPI, a taxa m&#225;xima de degrada&#231;&#227;o da for&#231;a durante o relaxamento foi maior em todas as concentra&#231;&#245;es extracelulares de c&#225;lcio. Os n&#237;veis de press&#227;o arterial sist&#243;lica (PAS) foram maiores. (p &#8804; 0,05). Por outro lado, n&#227;o houve diferen&#231;a na raz&#227;o peso das adrenais/peso corporal ou n&#237;veis de 24 horas de CF. Conclus&#245;es: O Hi induz efeitos inotr&#243;picos, cronotr&#243;picos e lusitr&#243;picos positivos no cora&#231;&#227;o atrav&#233;s de efeito direto do T3, e aumenta a PAS. Essas altera&#231;&#245;es n&#227;o est&#227;o correlacionadas com as altera&#231;&#245;es na atividade adrenal.

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Fundamento: A s&#237;ndrome metab&#243;lica &#233; um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular. A ado&#231;&#227;o de um estilo de vida saud&#225;vel est&#225; fortemente relacionada &#224; melhora da Qualidade de Vida e interfere de forma positiva no controle dos fatores de risco presentes nessa condi&#231;&#227;o cl&#237;nica. Objetivo: Avaliar o efeito de um programa de modifica&#231;&#227;o do estilo de vida sobre o Escore de Risco Cardiovascular Global de Framingham em indiv&#237;duos com s&#237;ndrome metab&#243;lica. M&#233;todo: Trata-se de uma suban&#225;lise de um ensaio cl&#237;nico randomizado, controlado, cegado, com dura&#231;&#227;o de tr&#234;s meses. Os participantes foram randomizados em quatro grupos: interven&#231;&#227;o nutricional + placebo (INP), interven&#231;&#227;o nutricional + suplementa&#231;&#227;o de &#225;cidos graxos &#244;mega 3 (3 g/dia de &#243;leo de peixe) (INS3), interven&#231;&#227;o nutricional + atividade f&#237;sica + placebo (INEP) e interven&#231;&#227;o nutricional + atividade f&#237;sica + suplementa&#231;&#227;o de &#225;cidos graxos &#244;mega 3 (INES3). O Escore de Risco Cardiovascular Global de Framingham de cada indiv&#237;duo foi calculado antes e ap&#243;s a interven&#231;&#227;o. Resultados: Participaram do estudo 70 indiv&#237;duos. Observou-se uma redu&#231;&#227;o da m&#233;dia do escore ap&#243;s a interven&#231;&#227;o de forma geral (p < 0,001). Obteve-se uma redu&#231;&#227;o para risco intermedi&#225;rio em 25,7% dos indiv&#237;duos. Ap&#243;s a interven&#231;&#227;o, observou-se redu&#231;&#227;o significativa (p < 0,01) da "idade vascular", sendo esta mais expressiva nos grupos INP (5,2%) e INEP (5,3%). Conclus&#227;o: Todas as interven&#231;&#245;es propostas produziram efeito ben&#233;fico para a redu&#231;&#227;o do escore de risco cardiovascular. O presente estudo refor&#231;a a import&#226;ncia da modifica&#231;&#227;o do estilo de vida na preven&#231;&#227;o e no tratamento das doen&#231;as cardiovasculares.

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Fundamento: A dispers&#227;o do intervalo QT induzida por f&#225;rmacos tem sido associada a arritmias ventriculares potencialmente fatais. Pouco se conhece sobre o uso de psicotr&#243;picos, isolados ou em combina&#231;&#227;o com outros f&#225;rmacos, na dispers&#227;o do QT. Objetivo: Avaliar o impacto do uso psicotr&#243;picos na dispers&#227;o do intervalo QT em pacientes adultos. M&#233;todos: Estudo de coorte observacional, envolvendo 161 pacientes hospitalizados em um departamento de emerg&#234;ncia de hospital terci&#225;rio, estratificados em usu&#225;rios e n&#227;o usu&#225;rios de psicotr&#243;picos. Dados demogr&#225;ficos, cl&#237;nicos, laboratoriais e de f&#225;rmacos em uso foram coletados &#224; admiss&#227;o, bem como o eletrocardiograma de 12 deriva&#231;&#245;es, com a mensura&#231;&#227;o do intervalo e da dispers&#227;o do QT. Resultados: A dispers&#227;o do intervalo QT foi significativamente maior no grupo de usu&#225;rio de psicotr&#243;picos comparado ao grupo n&#227;o usu&#225;rio (69,25 &#177; 25,5 ms vs. 57,08 &#177; 23,4 ms; p = 0,002). O intervalo QT corrigido pela f&#243;rmula de Bazzett tamb&#233;m se mostrou maior no grupo de usu&#225;rio de psicotr&#243;picos, com signific&#226;ncia estat&#237;stica (439,79 &#177; 31,14 ms vs. 427,71 &#177; 28,42 ms; p = 0,011). A an&#225;lise por regress&#227;o linear mostrou associa&#231;&#227;o positiva entre o n&#250;mero absoluto de psicotr&#243;picos utilizados e a dispers&#227;o do intervalo QT, com r = 0,341 e p < 0,001. Conclus&#227;o: Na popula&#231;&#227;o amostral estudada, o uso de psicotr&#243;picos se mostrou associado ao aumento da dispers&#227;o do intervalo QT, e esse incremento se acentuou em fun&#231;&#227;o do maior n&#250;mero de psicotr&#243;picos utilizados.

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The Nobel Prize was created by Alfred Nobel. The first prize was awarded in 1901 and Emil Adolf von Behring was the first laureate in medicine due to his research in diphtheria serum. Regarding cardiology, Nobel Prize&#8217;s history permits a global comprehension of progress in pathophysiology, diagnosis and therapeutics of various cardiac diseases in last 120 years. The objective of this study was to review the major scientific discoveries contemplated by Nobel Prizes that contributed to cardiology. In addition, we also hypothesized why Carlos Chagas, one of our most important scientists, did not win the prize in two occasions. We carried out a non-systematic review of Nobel Prize winners, selecting the main studies relevant to heart diseaseamong the laureates. In the period between 1901 and 2013, 204 researches and 104 prizes were awarded in Nobel Prize, of which 16 (15%) studies were important for cardiovascular area. There were 33 (16%) laureates, and two (6%) were women. Fourteen (42%) were American, 15 (45%) Europeans and four (13%) were from other countries. There was only one winner born in Brazil, Peter Medawar, whose career was all in England. Reviewing the history of the Nobel Prize in physiology or medicine area made possible to identify which researchers and studies had contributed to advances in the diagnosis, prevention and treatment of cardiovascular diseases. Most winners were North Americans and Europeans, and male.

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O estudo investigou agravos à saúde que predispõem ao estresse com o uso do Self Reporting Questionnaire (SRQ-20) que avalia possíveis transtornos mentais comuns não psicóticos e identificar a associação com a hipertensão arterial. A amostra foi de 258 motoristas profissionais de transporte de cargas em uma rodovia brasileira (37,5&plusmn;10,0 anos), 55% ingeriam bebidas alcoólicas, 37% com hipertensão arterial e 57% referiram já ter usado remédios para manter estado de alerta. Os motoristas referiram sentirem-se nervosos, tensos ou preocupados (56%), dormirem mal (47%), dores de cabeça (37%), terem dificuldade de tomar decisões (38%) e dificuldade de pensar com clareza (20%). Obteve-se como resultados que 33% eram portadores de possíveis transtornos mentais comuns e houve associação (p<0,05) com referência de cansaço, diminuição da concentração, considerar-se nervoso ou estressado, ter problemas pessoais ou no trabalho e transportar carga de horário. Não houve associação com hipertensão arterial. Conclui-se que foi expressiva a presença de prováveis transtornos mentais comuns provavelmente decorrentes das condições estressantes de trabalho.

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A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, sendo grande a responsabilidade da enfermagem na atenção aos hipertensos. Objetivou-se, portanto, avaliar o conhecimento sobre hipertensão e seu tratamento com a equipe de enfermagem, antes e após onze intervenções educativas. Utilizou-se questionário abordando aspectos teóricos ligados ao conhecimento sobre hipertensão em enfermeiros (5), técnicos (2), auxiliares (11) e agentes comunitários (37), de duas Unidades Básicas de Saúde da cidade de São Paulo. Para análise estatística utilizou-se o teste T de Student, análise da variância e p<0,05. Verificou-se aumento no conhecimento após as intervenções educativas para o grupo formado por enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem (84,6±12,0% vs 92,7±15,0%, p<0,05), enquanto que para agentes comunitários de saúde não houve mudança significante (80,8±12,2% vs 83,5±24,0%). Portanto, conclui-se que as ações educativas foram efetivas e que devem ser implementadas junto à equipe de enfermagem, considerando que elas podem influenciar no aprimoramento da assistência às pessoas hipertensas.

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Objetivou-se com este estudo identificar os fatores de risco e a complicações associadas em usuários com hipertensão/diabetes, cadastrados no HIPERDIA da Secretaria Executiva Regional VI em Fortaleza, CE. O estudo documental analítico abordou 2.691 pessoas. Do total, 73,6% eram mulheres; 44,6% tinham 60-79 anos, com média de 60,8 anos; 87,4% eram brancos, amarelos ou pardos; 63,7% tinham até oito anos de estudo; 79,7% não eram fumantes; 56,6% sedentários; 59,6% apresentavam sobrepeso/obesidade; 48,4% possuíam antecedente familiar de doença cardiovascular. Verificou-se associação entre sedentarismo e sobrepeso/obesidade com diabéticos e diabéticos hipertensos; antecedente familiar de doença cardiovascular com os hipertensos e diabéticos hipertensos; acidente vascular encefálico, doença arterial coronariana e insuficiência renal crônica com hipertensos e diabéticos hipertensos; infarto e acidente vascular encefálico com diabéticos. O antecedente familiar cardiovascular associou-se com doença arterial coronariana e infarto. Evidenciou-se a presença relevante de fatores de risco e complicações, destacando a necessidade da educação em saúde com os usuários.

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OBJETIVO: Avaliar os resultados clínicos imediatos e em médio prazo do tratamento endovascular em pacientes portadores de aneurisma da aorta abdominal em um centro de referência para doenças cardiovasculares. MATERIAIS E MÃTODOS: Estudo retrospectivo de uma série de pacientes submetidos a tratamento endovascular de aneurisma da aorta abdominal, no período de janeiro de 2009 a julho de 2010. Foram avaliados as características demográficas, o sucesso técnico, o sucesso terapêutico, a morbimortalidade, as complicações e a taxa de reintervenções perioperatórias imediatos, e após um ano de acompanhamento. RESULTADOS: Foram analisados 102 pacientes consecutivos com idade média de 72 ± 9 anos, sendo 79% deles do sexo masculino. Houve sucesso técnico em 97,1% e êxito terapêutico em 81% dos casos. A mortalidade perioperatória foi de 0,9% e a anual, de 7,8%. Foram necessárias reintervenções em 18,8% dos pacientes durante o seguimento. CONCLUSÃO: Em nosso estudo, os resultados obtidos justificam a realização desse procedimento nos pacientes com anatomia adequada.

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Esta revisão tem por objetivo descrever a incidência e prevalência de excesso de peso, sobrepeso e obesidade pós-transplante hepático e as consequências associadas a ele. Foi realizada revisão bibliográfica com consulta nas bases Medline/Pubmed, SciELO, EMBASE, LILACS com o cruzamento dos seguintes descritores: transplante hepático; sobrepeso; obesidade; ganho de peso. O excesso de peso é incidente em mais de 60% dos pacientes submetidos ao transplante hepático e as taxas de obesidade ultrapassam 20% já no primeiro ano do pós-operatório, período em que ocorre o maior ganho de peso relativo. Estudos revelaram que entre 60% e 70% dos pacientes submetidos ao transplante de fígado apresentam excesso de peso após o terceiro ano e quase 90% deles com obesidade abdominal. Os fatores associados são os mais variados, dentre os quais se destacam maior idade, história familiar de excesso de peso, excesso de peso anterior à doença hepática, dentre outros. A contribuição da medicação imunossupressora ainda permanece controversa. Dentre as consequências do excesso de peso estão a esteatose hepática, esteatohepatite, diabete melito, hipertensão, dislipidemias, doenças cardiovasculares e morte.

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OBJETIVO: avaliar o estresse oxidativo em tecido cardíaco de ratas ooforectomizadas, com ou sem terapia hormonal. MÃTODOS: ratas Wistar foram divididas em três grupos: grupo controle (GC), grupo ooforectomizada (GO) e grupo ooforectomizada + suplementação hormonal (GOS). A privação estrogênica foi obtida pela ooforectomia bilateral. Uma semana após a ooforectomia, um pellet de 1,5 mg de 17beta-estradiol foi implantado nos animais do grupo GOS. Nove semanas após a ooforectomia, o tecido cardíaco foi obtido para a análise do estresse oxidativo por meio da medida da quimiluminescência e da atividade das enzimas antioxidantes catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPx). RESULTADOS: a quimiluminescência estava aumentada no GO (7348±312 cps/mg proteína) quando comparado ao GC (6250±41 cps/mg proteína, p<0,01), mas não houve diferença significante entre GC e GOS (6170±237 cps/mg proteína). A ooforectomia reduziu a atividade da SOD (22%, p<0,001) e da CAT (35%, p<0,05) no GO comparado ao GC. A terapia hormonal normalizou a atividade das enzimas antioxidantes no GOS. Não houve significância estatística na atividade da GPx quando os grupos estudados foram comparados. CONCLUSÃES: a privação dos hormônios ovarianos induziu aumento do estresse oxidativo e redução das defesas antioxidantes no tecido cardíaco. No entanto, a terapia hormonal preveniu o estresse oxidativo após a ooforectomia, provavelmente devido a um aumento das enzimas CAT e SOD no músculo cardíaco. Esses achados sugerem uma importante participação do estresse oxidativo nas disfunções cardiovasculares observadas em mulheres após a menopausa, reforçando a importância da terapia hormonal para o manejo dos riscos de doenças cardiovasculares neste grupo de mulheres.

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OBJETIVO: avaliar a concentração plasmática da proteína C reativa ultra-sensível (PCRus) e a sua correlação com variáveis clínicas, hormonais e metabólicas em pacientes portadoras da síndrome do ovário policístico (SOP). Métodos: estudo transversal, que incluiu 46 pacientes portadoras de síndrome do ovário policístico, diagnosticadas segundo os critérios de Rotterdam (2003), e 44 pacientes controle, que foram submetidas a dosagem da PCRus. O índice de massa corporal (IMC), a idade, a circunferência abdominal e os níveis de insulina de jejum, de testosterona, do HOMA-IR (homeostasis model assessment-insulin resistance) e do colesterol total, além de frações foram correlacionados aos níveis de PCR, utilizando-se análise de regressão multivariada. RESULTADOS: as portadoras da SOP apresentavam idade, IMC, circunferência abdominal, insulina de jejum, HOMA-IR, colesterol total e lipoproteína de baixa densidade (LDL) em concentrações plasmáticas superiores às do controle. Houve diferença significante nos níveis da PCRus entre o grupo da SOP (2,7±2,17 mg/dL) e o controle (1,6±1,49 mg/dL), p<0,05. Quando os níveis da PCRus foram categorizados em baixo (<1,0 mg/L), médio (1-3,0 mg/L) e elevado (3,0 mg/L) risco cardiovascular, 28,3% das portadoras da SOP apresentaram níveis da PCRus para baixo risco, 34,8% para médio e 37% para elevado risco cardiovascular. A prevalência da síndrome metabólica foi mais elevada entre as portadoras da SOP (30,4%), quando comparadas ao grupo controle (6,8%). Após o ajuste das variáveis de confusão, por um modelo de regressão linear multivariada stepwise, a presença da SOP mostrou efeito independente das outras variáveis sobre os níveis da PCRus. CONCLUSÃES: os níveis da PCRus foram mais elevados nas mulheres portadoras da SOP. A SOP tem efeito independente na determinação dos níveis plasmáticos da PCR.

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Existem evidências de que estrogênios, progesterona e androgênios têm efeito modulador sobre as respostas imunes humoral e celular. Estes efeitos ocorrem via interações imuno-neuroendócrinas, envolvendo a hipófise, esteróides sexuais, hormônios do timo e a presença de receptores específicos. As respostas imunes, tanto a celular como a humoral, podem ser alteradas durante a gravidez, ooforectomia, menopausa e terapia hormonal (TH). O estrogênio deprime a imunidade celular, suprime a atividade das células matadoras naturais e aumenta a produção de anticorpos. Progesterona/progestogênios têm efeito imunossupressor sobre a imunidade celular. Androgênios, após a conversão em estrogênios, podem estimular o sistema imuno humoral. A TH é, ainda, amplamente usada em mulheres após a menopausa, com o propósito de eliminar os sintomas do hipoestrogenismo e prevenir atrofia genital e perda da massa óssea. Seu uso, com o objetivo de atenuar o risco de doenças cardiovasculares ou doenças neurodegenerativas, permanece em debate. Poucos estudos foram efetuados com o propósito de examinar o efeito da TH na pós-menopausa sobre o sistema imunológico e as reações inflamatórias. Há evidências de que o hipoestrogenismo, seguindo a menopausa, possa resultar em menor resistência às infecções. Esta revisão fundamenta o entendimento da interação entre esteróides sexuais e sistema imune e, baseado em estudos epidemiológicos e clínicos, examina a aplicabilidade da TH, durante a menopausa, na modulação das respostas imunes celular e humoral. Concluiu-se que a TH normaliza a resposta imunocelular.

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A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma desordem endócrina heterogênea com prevalência de 5 a 10% nas mulheres em idade reprodutiva. Na SOP, há associação com vários fatores de risco para desenvolvimento de doença cardiovascular, como resistência à insulina, dislipidemia, diabetes mellitus, hipertensão arterial, disfunção endotelial, obesidade central, síndrome metabólica e marcadores pró-inflamatórios crônicos. A prática de exercício físico, juntamente com orientação nutricional, tem sido recomendada como estratégia de primeira linha no tratamento da oligomenorréia, hirsutismo, infertilidade e obesidade nas mulheres com SOP. Nesse sentido, o objetivo da presente revisão foi analisar o papel específico do exercício e/ou atividade física nas modificações da composição corporal, sistema cardiovascular, níveis plasmáticos bioquímicos e hormonais e função reprodutiva de mulheres com SOP.