208 resultados para peso do hectolitro
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar os fatores perinatais que interferem na incidência de enterocolite necrosante (ECN) em recém-nascidos (RN) com peso menor que 1.500 g. MÉTODOS: Estudo prospectivo no qual foram analisados todos os RN com peso de nascimento (PN) menor que 1.500 g nascidos no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2010 (n=183). Estes foram divididos em dois grupos, os que apresentaram ENC (n=18) e os que não apresentaram ECN (n=165), e foram comparados quanto aos fatores perinatais que pudessem influenciar na incidência de ECN. As médias das variáveis foram comparadas pelo Teste t de Student ou testes não paramétricos, e os percentuais das variáveis categóricas foram comparados por meio do teste do χ². Quando as variáveis se apresentaram diferentes entre os grupos, foram analisadas por meio de regressão logística, tendo como variável dependente a presença de ECN. O pacote estatístico utilizado foi o SPSS 16.0 for Windows. RESULTADOS: Os dois grupos foram semelhantes em relação à maioria das características clínicas e dados demográficos, tanto neonatais quanto maternos, exceto pela presença de pré-eclampsia (PE), mais frequente entre as gestantes cujos filhos evoluíram com ECN (61,1 versus 35,6%). A presença de PE aumentou a chance de ocorrência de ECN em 2,84 vezes (IC95% 1,04 - 7,7). CONCLUSÃO: O único fator materno que se mostrou relevante para a incidência de ECN nos RN de muito baixo peso avaliados foi a presença de PE. O conhecimento desse fato pode direcionar a equipe perinatal a um cuidado mais criterioso em relação à prevenção de ECN nesta população específica.
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OBJETIVO: Avaliar a retenção de peso 12 meses após o parto e seus fatores associados entre mulheres que realizaram o pré-natal em Unidades de Saúde da cidade de Porto Alegre. MÉTODOS: Gestantes no terceiro trimestre gestacional foram identificadas em 20 Unidades de Saúde, e dados socioeconômicos, demográficos e antropométricos foram coletados. Seis e 12 meses após o parto, realizou-se visita domiciliar às mulheres participantes para obtenção das medidas antropométricas. O ganho de peso gestacional foi avaliado considerando-se o índice de massa corporal (IMC) pré-gestacional. A retenção de peso foi obtida pela subtração do peso pré-gestacional, e o peso aferido 6 e 12 meses após o parto. Para análise dos dados, utilizou-se o Teste de McNemar, a ANOVA com as comparações múltiplas de Bonferroni e a regressão linear múltipla. RESULTADOS: Das 715 gestantes entrevistadas, 545 foram avaliadas 12 meses após o parto. A prevalência de excesso de peso 12 meses após o parto foi superior comparado ao período pré-gestacional (52,9 versus 36,7%) e 30,7% das mulhere retiveram ≥10 kg. A retenção de peso 12 meses após o parto foi superior nas mulheres que apresentavam sobrepeso pré-gestacional (9,9±7,7 kg) em comparação àquelas eutróficas (7,6±6,2 kg). Maior IMC pré-gestacional, maior ganho de peso gestacional e ser adolescente foram associados com maior retenção de peso 12 meses após o parto (p<0,001). CONCLUSÃO: É necessária a adequada assistência pré-natal para minimizar os efeitos adversos do ganho de peso excessivo durante a gestação na saúde da mulher.
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OBJETIVO: Verificar a associação de variáveis perinatais com o nascimento de recém-nascidos pré-termo de muito baixo peso ao nascer (MBPN). MÉTODOS: Foi um estudo retrospectivo com análise de prontuários de recém-nascidos (RN) de parto pré-termo espontâneo com admissão em unidade de terapia intensiva neonatal. Os RN pré-termo foram distribuídos em dois grupos: grupo muito baixo peso ao nascer (MBPN; peso <1.500g) e grupo baixo peso ao nascer (BPN; peso ≥1.500g e <2.500g). Foram pesquisadas variáveis de pré-natal maternas de intercorrências durante a gestação e parto/periparto e intercorrências fetal/neonatal. Foi realizada análise estatística por meio do teste exato de Fisher ou χ2, com cálculo do risco relativo (RR), considerando valor p≤0,05 e teste t de Student para comparação das médias dos grupos. RESULTADOS: As comorbidades hemorrágicas (p=0,006; RR=1,2) e hipertensivas (p=0,04; RR=1,5), parto operatório (p=0,001; RR=0,5), idade gestacional <33 semanas (p<0,001; RR=16,7) e Apgar de 1° e 5° minuto (p=0,006; RR=1,6; p=0,01; RR=1,9) estiveram associadas à ocorrência de MBPN. Os RN com MBPN apresentaram associação significativa para ocorrência de comorbidades metabólicas (p=0,01; RR=1,8), neurológicas (p=0,01; RR=1,7) e infecciosas (p=0,001; RR=1,9), período de internação >4 semanas (p=0,02; RR=1,8) e óbito neonatal precoce (p=0,001; RR=2,9). CONCLUSÕES: Fatores como comorbidades hipertensivas e hemorrágicas durante a gestação e parto com idade gestacional inferior a 33 semanas foram associadas ao nascimento de recém-nascidos de MBPN. Esse grupo de recém-natos também apresentou RR elevado para a ocorrência de óbito neonatal precoce.
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OBJETIVO: Avaliar as variações do peso corporal e dos órgãos internos de crianças autopsiadas no período perinatal e sua relação com a causa de morte. MÉTODOS: Foram incluídos 153 casos de autópsias perinatais realizadas em um hospital universitário do Sudeste do Brasil. Informações sobre causa de morte perinatal, data da autópsia, idade gestacional, peso perinatal e dos órgãos foram recuperadas dos protocolos de autópsia e do prontuário da mãe e/ou do recém-nascido. Foram definidos quatro grupos de causa de morte: malformações congênitas, hipóxia/anóxia perinatal, infecção ascendente e membrana hialina. Encéfalo, fígado, pulmões, coração, baço, timo e suprarrenais foram analisados. RESULTADOS: O peso das crianças com hipóxia/anóxia perinatal (1.834,6±1.090,1 g versus 1.488 g), membrana hialina (1.607,2±820,1 g versus 1.125 g) e infecção ascendente (1.567,4±1.018,9 g versus 1.230 g) foi maior do que o esperado para a idade gestacional. O peso dos pulmões foi maior nos casos com infecção ascendente (36,6±22,6 g versus 11 g) e menor nos casos com malformação congênita (22,0±9,5 g versus 40 g). O peso do baço foi maior nos casos que apresentaram infecção ascendente (8,6±8,9 g versus 3,75 g ). O peso das suprarrenais foi menor nos casos com malformação congênita (3,9±2,1 g versus 5,5 g), o do timo foi menor nos casos com miscelânea (3,7±1,2 g versus 7,5 g) e o do baço foi menor nos casos com imaturidade pulmonar (0,4±0,1 g versus 1,7 g). Todos esses resultados apresentaram diferenças significativas. CONCLUSÕES: Este estudo demonstra que as variações do peso das crianças e de seus órgãos estão relacionadas aos tipos de causa de morte perinatal. Esses dados podem contribuir para uma melhor interpretação dos achados de autópsia e a sua relação anatomoclínica.
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OBJETIVO: Avaliar a correlação entre o uso de corticoterapia antenatal (CAN), a frequência de reanimação em sala de parto e a evolução ao óbito de recém-nascidos menores de 1.500 g e idade gestacional menor ou igual a 34 semanas.MÉTODOS: Estudo de coorte no qual foram acompanhados, desde a internação até a idade gestacional corrigida de 34 semanas, todos os recém-nascidos admitidos na UTI neonatal de janeiro de 2006 a dezembro de 2011. Foram excluídos os recém-nascidos que apresentaram malformações, síndromes genéticas, infecções congênitas e os transferidos de ou para outras instituições. Os recém-nascidos foram separados em 2 grupos: os que receberam (n=182) e os que não receberam (n=38) corticosteroide antenatal. Os principais desfechos estudados foram a necessidade de reanimação neonatal, a presença das principais morbidades neonatais e a evolução ao óbito durante a internação. As médias das variáveis foram comparadas utilizando-se o teste t de Student ou teste não paramétrico e as frequências foram comparadas pelo teste do χ2, com correção de Fisher. Todas as variáveis que se apresentaram diferentes entre os grupos foram avaliadas por regressão logística. Foi utilizado o pacote estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 16.0 e a significância foi considerada 0,05.RESULTADOS:Foram avaliados 220 pacientes. Não houve diferença entre os grupos quanto ao peso de nascimento, à idade gestacional e à presença das principais patologias neonatais. O grupo de recém-nascidos que recebeu CAN apresentou mortalidade 3 vezes menor (IC95% 1,4-6,5) e necessitou 2,4 vezes menos de reanimação (IC95% 1,1-5,0). Além disso, houve diminuição da necessidade de procedimentos avançados de reanimação: em 3,7 vezes o uso de cânula traqueal (IC95% 1,7-7,6), 5,7 vezes o uso de massagem cardíaca (IC95% 2,0-16,5) e 8,9 vezes o uso de drogas (IC95% 2,0-39,4).CONCLUSÕES: A CAN reduziu a necessidade de reanimação em sala de parto, principalmente de procedimentos avançados de reanimação, além de ter diminuído a mortalidade nos recém-nascidos estudados.
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OBJETIVO: Identificar fatores de risco para retenção de peso em mulheres após o parto.MÉTODOS: Foi um estudo prospectivo observacional que acompanhou durante seis meses mulheres adultas que realizaram o parto em uma maternidade terciária. Aplicou-se um questionário estruturado antes da alta hospitalar e no período de seis semanas e seis meses após o parto, por meio de visitas domiciliares. O desfecho considerado foi retenção de peso após o parto (se risco >7,5 kg). As variáveis analisadas foram: idade, cor da pele, trabalho na gravidez e atual, renda, escolaridade, estado civil, idade da menarca, idade da mãe no primeiro parto, paridade, tipo de parto, intervalo interpartal, peso pré-gravídico, ganho de peso gestacional, percentual de gordura corpórea e estado nutricional. A verificação dos dados se iniciou com análises bivariadas entre prevalência de retenção de peso aos 6 meses e as diversas covariáveis (p<0,2). Foram calculados os valores da Odds Ratio(OR) bruta e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). A última etapa da análise compreendeu a regressão logística multivariada para controle dos fatores de confusão, com estimativa de OR e IC95%.RESULTADOS:A frequência de retenção de peso >7,5 kg após 6 meses após o parto foi de 15%. Na análise bivariada, a retenção de peso se associou às seguintes variáveis: idade da menarca <12 anos (OR=3,7; IC95% 1,1−13,2), ganho de peso gestacional ≥16 kg (OR=5,8; IC95% 1,8−18,6), percentual de gordura corporal no início do seguimento >30% (OR=5,0; IC95% 1,1−23,6) e estado nutricional 6 semanas após o parto >25 kg/m2 (OR=7,7; IC95% 1,6−36,1). A partir da análise multivariada, somente o ganho de peso gestacional excessivo (OR=74,1; IC95% 9,0−609,6) permaneceu como fator de risco. CONCLUSÃO: O ganho de peso excessivo durante a gestação deve ter atenção especial na assistência pré-natal, tendo em vista a sua associação com a retenção de peso e possível excesso ponderal em mulheres após o parto nessas mulheres.
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OBJETIVO: Apresentar a adaptação transcultural para o português da Escala de Atitudes em Relação ao Ganho de Peso na Gestação.MÉTODOS: Essa escala, que contém afirmações que expressavam diferentes atitudes de gestantes em relação ao seu próprio ganho de peso, foi desenvolvida para determinar se as atitudes em relação ao corpo afetariam o ganho de peso durante a gestação. Os procedimentos foram: tradução, retrotradução, avaliação da compreensão, elaboração de versão final, aplicação da escala em 180 gestantes (média 29,6 anos e idade gestacional 25,7 semanas) e análise psicométrica.RESULTADOS: Constatou-se equivalência satisfatória entre as versões inglês-português e boa consistência interna (Alpha de Cronbach 0,7). A análise fatorial exploratória sugeriu quatro subescalas com variância total explicada de 51,4%.CONCLUSÃO: A escala se demonstrou válida e pode ser utilizada em estudos com gestantes no Brasil para avaliação de atitudes em relação ao ganho de peso e detecção e prevenção de comportamentos disfuncionais durante a gestação.
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OBJETIVO: Analisar a relação da via de parto e de outros aspectos perinatais com a ocorrência de hemorragia intracraniana em recém-nascidos de muito baixo peso em um Hospital Universitário do Sul do Brasil.MÉTODOS: Estudo de caso-controle. Foram analisados os prontuários de todos os recém-nascidos que nasceram com peso ≤1.500 g, no período de janeiro de 2011 a setembro de 2014, e que foram submetidos ao exame de ultrassonografia transfontanela. Foram selecionados como casos os que tiveram diagnóstico de hemorragia intracraniana e como controles, os que apresentaram exame normal. As diferenças entre os grupos foram avaliadas pelo teste t de Student, do χ2 ou exato de Fisher, e a medida de associação foi a odds ratio, com intervalo de confiança de 95% e α=5%.RESULTADOS: Foram registrados 222 nascimentos com peso ao nascer ≤1.500 g; desses, 113 foram submetidos à ultrassonografia transfontanela e puderam ser incluídos no estudo. Em 69 (61,1%) casos houve o diagnóstico de hemorragia intracraniana (casos) e 44 (38,9%) tiveram o exame de ultrassonografia transfontanela normal (controles). A maioria dos casos apresentou hemorragia grau I (96,8%) com origem na matriz germinativa (95,7%). A via de parto predominante foi a cesárea (81,2% dos casos e 72,7% dos controles). Foram registrados 5 óbitos, sendo 3 casos e 2 controles. A idade gestacional variou de 24 a 37 semanas. O peso ao nascer mediano foi de 1.205 g (variação: 675-1.500 g). O tempo de internação hospitalar mediano do bebê foi de 52 dias, variando de 5 a 163 dias.CONCLUSÃO: A hemorragia intracraniana da matriz germinativa grau I foi a mais frequente. Não foram encontradas diferenças entre casos e controles para as variáveis estudadas. O baixo número de recém-nascidos que foram submetidos à ultrassonografia transfontanela limitou o tamanho amostral e os resultados do estudo.
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Resumo OBJETIVO: Avaliar atitudes em relação à alimentação, ao ganho de peso e à imagem corporal de adolescentes grávidas. MÉTODOS: Adolescentes grávidas (n=67) foram avaliadas por meio do Questionário de Imagem Corporal, da Escala de Atitudes em relação ao Ganho de Peso na Gestação (AGPG) e de questões sobre comportamento de risco para transtornos alimentares e práticas não saudáveis para controle de peso. Associações entre as variáveis foram analisadas por meio dos testes ANOVA, Kruskal-Wallis, correlação de Pearson e correlação de Spearman. Uma regressão logística avaliou a influência das variáveis independentes com relação a omitir refeições, satisfação corporal e compulsão alimentar. RESULTADOS: As gestantes tinham, em média, 15,3 anos de idade (DP=1,14) e 21,9 semanas de gestação (DP=6,53). O escore médio da AGPG foi 52,6 pontos, indicando boa atitude em relação ao ganho de peso, e 82,1% das gestantes apresentaram satisfação corporal. As obesas apresentaram maior insatisfação corporal (p=0,001) e as com sobrepeso pensavam mais em comida (p=0,02) e em comer (p=0,03). A frequência referida de compulsão alimentar foi 41,8%, e, a de omitir refeições, 19%. A regressão evidenciou que o Índice de Massa Corporal atual (p=0,03; OR=1,18) e a importância da percepção do corpo/forma física antes da gestação (p=0,03; OR=4,63) foram preditores para omitir refeições. Maior nível socioeconômico (p=0,04; OR=0,55) e maior preocupação com ganho de peso (p=0,04; OR=0,32) predisseram compulsão alimentar. CONCLUSÃO: Mesmo com a maioria das gestantes apresentando atitudes positivas em relação ao ganho de peso e satisfação corporal, as mais pesadas e mais preocupadas com ganho de peso tiveram maior risco de atitudes não saudáveis. As de menor classe social, menos preocupadas com ganho de peso e menos envergonhadas com seu corpo durante a gravidez, tiveram menor risco de atitudes não saudáveis.
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O desempenho ponderal e os gastos com a suplementação mineral foram quantificados para bovinos de corte, criados a campo, frente a dois tipos de suplementos minerais por um período de 112 a 183 dias, na estação chuvosa. Enquanto um grupo recebeu uma mistura mineral comercial, outro teve acesso a uma mistura mineral (sal seletivo) formulada apenas com cloreto de sódio, superfosfato simples ou fosfato bicálcico, sulfato de cobre e sulfato de cobalto. Em três propriedades, o ganho de peso diário foi maior para os grupos de animais que receberam o suplemento mineral seletivo. Em apenas uma fazenda, o ganho de peso foi numericamente maior para o lote que recebeu o suplemento mineral comercial. O maior consumo diário dos suplementos minerais comerciais, em todas as propriedades, provavelmente deveu-se ao seu menor teor de cloreto de sódio (sal comum). A reduzida ingestão associada ao menor custo do sal seletivo, representou uma economia de 3 até 7 vezes na suplementação mineral dos bovinos. Os animais não apresentaram quaisquer sinais clínicos diretos ou indiretos de deficiência mineral durante o período experimental. Uma vez que, via de regra, os problemas decorrentes de deficiências minerais tornam-se evidentes dentro de algumas semanas ou poucos meses, os autores descartam a possibilidade de que os animais que ingeriram o sal seletivo viessem a apresentar distúrbios tardios oriundos de deficiência(s) mineral(is). Os resultados desse estudo comprovam que a suplementação seletiva, corretamente implementada e acompanhada, é uma estratégia nutricional que implica em expressiva redução nos custos com a suplementação mineral de bovinos de corte.
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A Indústria avícola brasileira cresce anualmente e se torna cada vez mais representativa na produção e exportação dos seus produtos. Os cuidados com a sanidade avícola têm acompanhado e favorecido essa evolução, entretanto, agentes respiratórios que afetam o peso e a qualidade da carcaça, continuam a provocar grandes prejuízos à produção avícola. A aerossaculite é considerada uma das principais causas da condenação total e/ou parcial de carcaças de frangos de corte, sendo de grande importância Mycoplasma gallisepticum (MG). O objetivo do presente estudo foi detectar MG pela PCR e correlacionar sua positividade a aerossaculite, queda de peso e condenação de carcaças de lotes de frangos de corte na Inspeção Sanitária Federal. Do total de 40 lotes de frangos de corte abatidos sob Inspeção Sanitária Federal, localizado no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, foram selecionados ao acaso. Em cada lote, três frangos de corte, independente de sexo, foram randomicamente selecionados para necropsia, sendo as traquéias coletadas e agrupadas em pool para formação de uma amostra para análise. Pela PCR, o DNA foi extraído pelo método de fenol-clorofórmio e amplificado com pares de "primers" específicos para MG. Dos 40 lotes analisados pela PCR, 20% (8/40) foram positivos para MG. Houve relação entre a positividade para MG, aumento da taxa de aerossaculite e queda de peso por Regressão Logística Múltipla (p<0,05), LogitPi= 7,9409 + (0,5601 x X1) - (3,3080 x X2). O aumento da taxa de aerossaculite esteve relacionada à queda de peso por Regressão Linear Simples (p<0,05), Y= 2, 1050-0,6397X. Em conclusão, a positividade por MG está relacionada à aerossaculite que provoca queda de peso em frangos de corte. Em adição, a PCR foi uma técnica eficaz para a detecção de MG em lotes de frangos de corte, não sendo este diagnóstico influenciado pelo tipo de colheita do material biológico, por escarificado ou swab de traquéia.
Resumo:
O exame ultrassonográfico ocular é indispensável no pré-operatório de procedimentos cirúrgicos intraoculares como a facectomia, além de ser uma ferramenta complementar ao exame oftalmológico, em casos de perda da transparência dos meios ópticos. A inexistência de estudos acerca de padrões de normalidades para as medidas do bulbo ocular e de suas estruturas internas nos gatos, cujos valores possibilitam o monitoramento de enfermidades e auxiliam em procedimentos cirúrgicos motivaram este estudo. Utilizaram-se 40 gatos, adultos, machos e fêmeas, livres de enfermidades sistêmica e oftalmológica. Destes, 22 eram da raça persa (grupo braquicefálico - GB) e 18 sem raça definida (grupo não braquicefálico - GNB). A biometria ultrassonográfica ocular transcorneana foi realizada, em modo-B∕A, com o transdutor microlinear de 9 MHz e as medidas D1 (profundidade da câmara anterior), D2 (diâmetro do cristalino), D3 (profundidade da câmara vítrea) e D4 (diâmetro axial do bulbo ocular) aferidas. Ainda, mensuraram-se as distâncias fronto-occipital e bizigomática e o peso desses animais. Os dados obtidos foram analisados pelo teste-t pareado, seguindo-se as análises de variância e covariância, além da regressão linear múltipla relacionando-se as medidas de D1, D2, D3 e D4 às medidas bizigomática e fronto-occipital, como também à idade, ao peso e ao gênero. Obteve-se como resultado a média de D1, D2, D3 e D4, assim como dos diâmetros bizigomático e fronto-occipital, idade e peso, verificando-se diferenças significativas para D4 nas fêmeas de GB. Houve, pela análise de regressão linear, influência do peso, idade e diâmetro fronto-occipital sobre D1, D2 e D4 nos gatos do GB, e dos diâmetros bizigomático sobre D1, D3 e D4 nos gatos do GNB. Conclui-se que houve diferença no diâmetro axial do bulbo ocular nas fêmeas do GB, e que o peso, a idade e os diâmetros cranianos influenciam a biometria ocular dos gatos braquicefálicos e não braquicefálicos.
Resumo:
Objetivou-se avaliar o perfil sanguíneo e o tamanho absoluto e relativo dos órgãos internos de bezerros em sistema de aleitamento convencional ou fracionado. Foram utilizadas 10 fêmeas, com peso corporal inicial médio de 37,53 kg (±2,36) e 12 machos com peso corporal médio de 81,6 kg (±8,6), ambos da raça Holandesa. O aleitamento convencional constituiu-se de quatro litros de leite fornecidos diariamente durante 54 dias de avaliação e o fracionado, de seis litros do 6º ao 25º dias de idade, quatro litros do 26º ao 45º dias de idade e dois litros do 46º ao 59º dias de idade, além de concentrado, feno de Cynodon sp., água e suplemento mineral fornecidos ad libitum. O delineamento experimental foi inteiramente ao acaso, com cinco repetições para os parâmetros sanguíneos e seis repetições para o desenvolvimento dos órgãos internos. As coletas de sangue foram realizadas nas fêmeas nos dias sete, 21, 28, 42, 49 e 56 de idade. Para a avaliação dos órgãos internos os machos foram abatidos aos dois meses de idade, após jejum de 16 horas. Não foram observadas diferenças para os valores de proteínas totais, albumina, globulina, creatinina, ureia, colesterol e β-hidroxibutirato nas idades avaliadas (p>0,05). Entretanto, para a concentração de glicose houve interação entre os sistemas de aleitamento e os períodos avaliados, podendo ser observado que com 21 dias de idade a concentração foi maior nas bezerras mantidas em sistema fracionado, quando comparadas aos animais do grupo convencional. O sistema de aleitamento não alterou o peso corporal final, peso corporal final vazio e o peso dos órgãos internos, exceto para o coração, demonstrando que o sistema de aleitamento fracionado não altera as avaliações dos órgãos internos.
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Resumo:A fumonisina B1 (FB1) é um metabólito secundário produzido principalmente por Fusarium verticilioides em diversos tipos de alimentos, principalmente o milho, o qual constitui a base para composição de rações para várias espécies de animais domésticos. A FB1é particularmente tóxica para suínos, cujas manifestações clínicas são evidentes em animais expostos a altas concentrações de FB1 na ração (em geral, acima de 30mg/kg). No entanto, são escassos os estudos sobre os efeitos da FB1em suínos alimentados com rações contendo baixas concentrações de fumonisinas, as quais são mais prováveis de serem encontradas em condições de campo. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da exposição de leitões a baixos níveis de FB1 na ração, durante 28 dias, sobre o ganho de peso, consumo de ração, peso relativo de órgãos e aspectos histológicos do baço, fígado, pulmões, rins e coração. Vinte e quatro leitões foram distribuídos em 4 grupos experimentais e alimentados com rações contendo 0mg (controle), 3,0mg, 6,0mg ou 9,0mg FB1/kg de ração. As diferentes dietas não afetaram (P>0,05) o ganho de peso e nem o peso relativo dos órgãos analisados. Não foram constatadas lesões macroscópicas ou histopatológicas no baço, fígado, rins e coração. No entanto, foram observadas lesões histopatológicas nos pulmões de todos os suínos alimentados com rações contaminadas com fumonisinas, indicando que nenhum dos níveis de FB1 usados no experimento poderia ser considerado como seguro para suínos. São necessários novos estudos sobre os mecanismos de ação tóxica da FB1 em suínos, sobretudo em condições de exposição prolongada a baixos níveis de contaminação na ração.
Resumo:
O trabalho visa a verificação da existência de correlação matemática entre peso específico (SG) e porcentagem mássica de água (PMA) em vegetais in natura. Foram concluídas as curvas da Solanum tuberosum (batata-inglesa), Dioscorea sp (cará), Manihot utilíssima (mandioca). O procedimento de medição de peso específico em laboratório pode ser utilizado como teste em escala industrial para determinação da porcentagem mássica de água em vegetais in natura de aspecto uniforme através da curva característica PExPMA do vegetal utilizado. O teste assim descrito é simples, econômico, não destrutivo e preciso, fácil de ser implantado na indústria para otimização de processos que tenham como matéria-prima vegetais in natura, uma vez que a porcentagem mássica de água do vegetal é um parâmetro importante. Com a aplicação do teste é possível selecionar a matéria-prima de melhor produtividade, permitindo melhores produtos e maior rendimento do processo, além de atingir melhor homogeneidade do produto final.