Prolongada persistência do vírus da gripe em hamsters inoculados por vias parenterais e nasal

As experiências relatadas no presente trabalho visaram observar a persistência do vírus da gripe em hamsters inoculados pelas vias subcutânea, peritoneal e nasal. Usaram-se 53 hamsters na verificação da persistência do vírus nos seus organismos a qual atingiu até um ano e cinco meses, pelo menos, numa das séries de experiências. A outra parte do trabalho consistiu em verificar a passagem do vírus, em série, de hamster a hamster. Observamo-la até o máximo de nove vezes, o que foi excepcional, notando-se passagens, na série, com resultados negativos intercalados. Para esta última parte forma usados 91 hamsters, perfazendo o total de 144 em todas as experiências realizadas.

Broncopneumopatias a vírus: análise crítica de alterações histológicas encontradas no estudo de afecções respiratórias não bacterianas na infância

Os autores apresentam 69 casos de afecções respiratórias em crianças que atribuem a agentes não bacterianos, provavelmente virais. Usam para isto um critério clínico, outro morfológico, em uma revisão de 372 pneumopatias infecciosas em casos de autópsias. Caracterizaram morfologicamente a resposta à agressão viral pela presença de: infiltrado mononuclear intersticial, predominantemente peribronquilar; alterações degenerativas ou mesmo necrose e hiperplasia do epitélio respiratório; membrana hialina; descamação epitelial; células gigantes sinciciais alveolares e bronquiolares; inclusões nucleares e citoplasmáticas; edema proteináceo alveolar e septal, proliferação intersticial conjuntiva incipiente. Criticam o erro por excesso de diagnósticos de "pneumonia mononuclear intesticial" e o erro por falta quando o acometimento bacteriano dificulta o diagnóstico de lesão atribuível a vírus. Além disso realçam a importância de achado de bonquiolite aguda como fundamental para o diagnóstico. Estas lesões - ao lado de achados clínicos-radiológicos e epidemiológicos - cosntituem o que a experiência adquirida julga como reação do pulmão a vários vírus conhecidos (Adenovírus, Influenza, Parainfluenza, Vírus Sincicial Respiratório e Sarampo).

Persistência do vírus da gripe no cérebro de Hamsters inoculados por via intracerebral

Visou-se, no presente trabalho, observar a persistência do vírus da gripe em hamsters inoculados por via intracerebral. Foram empregados 10 desses animais, assinalando-se a presença do vírus, no tecido nervoso, até, pelo menos, 10 meses e 9 dias após a inoculação.

Presença do vírus da gripe no sangue e órgãos de animais inoculados por via intracardíaca

Executou-se o presente trabalho com a finalidade de isolar o vírus da gripe do sangue e de órgãos de camundongos inoculados por via intracardíaca. A observação foi feita com intervalos de 3 a 120 dias após à inoculação. O isolamento do vírus apresentou algumas variações, conforme o tempo decorrido e o material examinado. A presente publicação foi feita em prosseguimento ás anteriores (1 e 2) que tratam da persistência do vírus da gripe em animais inoculados. Neste caso, inocularam-se camundongos brancos por via intracardíaca, ainda não experimentada por nós.

A reação de fixação do complemento na tipificação de vírus da gripe isolados no Rio de Janeiro

O autor estudou, pela reação de fixação do complemento, amostras de vírus da gripe isoladas no Rio de janeiro, durante a epidemia de 1973. Preparou imunesoros em hamsters pela inoculação do líquido alantóide de embriões de galinha infectados. o antígeno solúvel foi preparado com líquido obtido da mesma proveniência. As reações foram positivas, em grau variável, com as amostras clássicas PR8, FM1 e Ásia dos subtipos A0,A1 e A2 e as mais recentes A2/Hong Kong/68 e A2/England/72 e negativa com o anticorpo B/Mass/66. Para as duas variantes do subtipo A2, acima assinaladas e para as 7 amostras isoladas o comportamento foi praticamente o mesmo, não deixando de ser uma reação tipo específica se encararmos, também, as reações obtidas com as demais variantes do tipo A.

Demonstração por imunofluorescência direta de antígenos do vírus da febre amarela em tecido hepático pré-tratado com tripsina

Neste trabalho descreve-se uma prova de imunofluorescência direta (IFD), com o mesmo material de fragmentos de tecido hepático, fixados em formol, obtidos de casos suspeitos de infecção por febre amarela e utilizados para a histopatologia; um conjugado fluorescente foi preparado com soro de macacos sem anticorpos para hepatite A e B, previamente inoculados com a amostra vacinal 17D de febre amarela. São considerados positivos para febre amarela por esta técnica os casos que apresentaram fluoresc~encia citoplasmática de seus hepatócitos, após um tratamento prévio do tecido com tripsina a 0,1% por 2 horas a 37°C. Em 76 casos estudados, 33 considerados positivos e 34 considerados negativos na histopatologia apresentaram resultados concordantes com a reação de imunofluorescência, de 9 casos com diagnóstico duvidoso, 8 foram negativos e 1 apresentou-se positivo na prova da IFD. Materiais obtidos de casos de hepatite e de tecidos hepáticos normais foram sempre negativos na IFD para febre amarela; utilizou-se como controle positivo, células em cultura de linhagem Vero, infectadas com a mesma amostra 17D, as quais mostraram intensa fluorescência específica. A técnica descrita mostrou-se de utilidade, como uma reação específica, em complemento aos estudos patológicos, em especial no diagnóstico de casos duvidosos, com a vantagem de utilizar o mesmo material previamente fixado em formol, recebido rotineiramente pelos laboratórios responsáveis pelo diagnóstico de febre amarela no país.

A medium for inducing conversion of Histoplasma capsulatum var. capsulatum into its yeast-like form

Histoplasma capsulatum var. capsulatum is a dimorphic fungus that, under special conditions, converts from its more common mycelial form to a yeast-like form. Achieving this conversion, however, has been problematical for researchers. The present study tested conversion rates in ten Histoplasma capsulatum var. capsulatum strains using seven culture media, four of wich were conventional and three novel. One of our novel media, MLGema, induced complete conversion, of two strains within five days of incubation at 35 degrees centigrades, and of all strains that eventually converted by the time of the second subculturing transfer, under defined experimental conditions. MLGema is also inexpensive and easy to produce.

Coevolution of hosts and microorganisms: an analysis of the involvment of cytokines in host-parasite interactions

Parasites may employ particular strategies of eluding an immune response by taking advantage of those mechanisms that normally guarantee immunological self-tolerance. Much in the way as it occurs during the establishment of self-tolerance, live pathogens may induce clonal deletion, functional inactivation(anergy) and immunosupression. At this latter level, it appears that certain pathogens produce immunosupresive cytokine-like mediators or provoke like host the secrete cytokines that will compromise the anti-parasite immune response. It appears that immune responses that preferentially involve T helper l cells (secretors of interleukin-2-and interferon-y) tend to be protective, whereas T helper 2 cells (secretors of IL-4, IL5, IL-6, and IL-10), a population that antagonizes T helper cells, mediate disease susceptibility and are immunopathological reactions. Cytokines produced by T helper 2 cells mediate many symptoms of infection, including eosinophilia, mastocytosis, hyperimmunoglobulinemia, and elevated IgE levels. Administration of IL-2 and IFN-y has beneficial effects in many infections mediated by viruses, bacteria, and protozoa. The use of live vaccinia virus might be an avenue for the treatment of or vaccination against infection. We have found that a vaccinia virus expressing the gene for human IL-2, though attenuated, precipitates autoimmune disease in immunodeficient athymic mice. Thus, although T helper l cytokines may have desired immunostimulatory properties, they also may lead to unwarranted autoaggressive responses.

The cave-like sense organ in the antennae of Triatominae bugs

In the second segment of the antennae of haematophagous reduviids an unusual cave-like organ is found the function os which was investigated in Triatoma infestans. the morphology of the organ makes it difficult to ascribe it to a mechno- or chemoreceptive function, but shows some characteristics shared with thermoreceptors of other animals. The electrical activity of sense cells was recorded in the presence of stimuli that evoke behavioural responses in this species, i.e. warm, CO2, lactic and butyric acids at different concentrations. The three compounds tested failed to evoke a response at all concentrations assayed. Only thermal stimulation evinced a clear modification in the electrical activity of the sense cells.Both the morphological and electrophysiological findings support a thermoreceptive finding, habitat selection and circadian synchronization.

Direct methods for detecting picorna-like virus from dead and alive Triatomine insects

In this work we report four different destructive and non-destructive methods for detecting picorna-like virus particles in triatomines. The methods are based on direct observation under transmission electron microscope and they consist of four ways to prepare samples of presumable infected material. The samples are prepared processing dead or alive insect parts, or even dry or fresh insect feces. The methods can be used as analytical or preparative techniques, for quantifying virus infection and checking virus integrity as well. In this work the four methods are applied in order to detect Triatoma virus (TrV) particles in T. infestans colonies.

Borrelia-like spirochetes recovered from ticks and small mammals collected in the Atlantic Forest Reserve, Cotia county, State of São Paulo, Brazil

Forty-four marsupials, 77 rodents and 161 ticks were captured in an Atlantic Forest Reserve in Cotia county, State of São Paulo, where human cases of Lyme disease (LD) simile were reported. Twenty-one borrelia-like spirochete isolates were recovered from the mammals' blood and rodent livers or spleens, and triturated ticks inoculated into BSK II medium. Our results suggest that the reservoirs and ticks collected may harbor borrelia-like spirochetes, some of which have an antigenic similarity with the unknown causative agent of LD simile in Brazil, and/or with North American Borrelia burgdorferi s.s.

Protective CD8+ T cell responses against the pre-erythrocytic stages of malaria parasites: an overview

CD8+ T cells have been implicated as critical effector cells in protection against the pre-erythrocytic stage of malaria in mice and humans following irradiated sporozoite immunization. Immunization experiments in animal models by several investigators have suggested different strategies for vaccination against malaria and many of the targets from liver stage malaria antigens have been shown to be immunogenic and to protect mice from the sporozoite challenge. Several prime/boost protocols with replicating vectors, such as vaccinia/influenza, with non-replicating vectors, such as recombinant particles derived from yeast transposon (Ty-particles) and modified vaccinia virus Ankara, and DNA, significantly enhanced CD8+ T cell immunogenicity and also the protective efficacy against the circumsporosoite protein of Plasmodium berghei and P. yeti. Based on these experimental results the development of a CD8+ T cell inducing vaccine has moved forward from epitope identification to planning stages of safety and immunogenicity trials of candidate vaccines.

Detection of amastigote-like forms in the valve of Phlebotomus papatasi infected with Leishmania major

A massive and homogeneous amount of amastigote-like forms was detected in the stomodeal valve (SV) and the thoracic mid-gut (TMG) of Leishmania major-infected Phlebotomus papatasi, which received a second blood meal 13 to 21 days post-infection on healthy anaesthetized hamsters. After re-feeding, the infected sand flies were dissected out to examine the morphology of the parasite in SV, TMG and the abdominal mid-gut (AMG). Different promastigote forms were seen in the infected flies. Among these included typical promastigotes (nectomonads and haptomonads), paramastigotes, metacyclic promastigotes and, in some samples, the here-reported amastigote-like forms. The Leishmania amastigote-like forms were detected in the SV of sand flies with 14, 18 and 21 days of infection as well as in the TMG at 13 and 18 days post-infection. However, the amastigote-like forms were not detected in the AMG. Factors such as the acidic pH predominating the TMG and the SV, as well as the temperature of the ingested blood, among others, are suggested as contributing to the transformation of the typical promastigotes into the amastigote-like forms. The significance of this finding is discussed and the possible biological advantage for transmission of Leishmania is considered.