308 resultados para Obesidade Aspectos psicológicos
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar os nveis de confiabilidade teste-reteste de informaes relativas rede social no Estudo Pr-sade. MTODOS: Foi estimada a confiabilidade pelo estudo teste-reteste por meio de questionrio multidimensional aplicado a uma coorte de trabalhadores de uma universidade. O mesmo questionrio foi preenchido duas vezes por 192 funcionrios no efetivos da universidade, com duas semanas de intervalo entre as aplicaes. A concordncia foi estimada pela estatstica Kappa (variveis categricas), estatstica Kappa ponderado e modelos log-lineares (variveis ordinais), e coeficiente de correlao intraclasse (variveis discretas). RESULTADOS: As medidas de concordncia situaram-se acima de 0,70 para a maioria das variveis. Estratificando-se as informaes segundo gnero, idade e escolaridade, observou-se que a confiabilidade no apresentou padro consistente de variabilidade. A aplicao de modelos log-lineares indicou que, para as variveis ordinais do estudo, o modelo de melhor ajuste foi o de "concordncia diagonal mais associao linear por linear". CONCLUSES: Os altos nveis de confiabilidade estimados permitem concluir que o processo de aferio dos itens sobre rede social foi adequado para as caractersticas investigadas. Estudos de validao em andamento complementaro a avaliao da qualidade dessas informaes.
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OBJETIVO: Avaliar a associao entre demanda psicolgica e controle sobre o trabalho e a ocorrncia de distrbios psquicos menores entre trabalhadoras de enfermagem. MTODOS: Estudo de corte transversal, incluindo 502 trabalhadoras de enfermagem de um hospital pblico de Salvador, Bahia. O Modelo Demanda-Controle, de Karasek, foi utilizado para avaliar as dimenses psicossociais estudadas. Para mensurao de distrbios psquicos menores (DPM), utilizou-se o SRQ-20. RESULTADOS: A prevalncia de DPM foi 33,3%, variando de 20,0% entre enfermeiras a 36,4% entre auxiliares. Observou-se ntido gradiente tipo dose-resposta de associao positiva entre demanda psicolgica e DPM, e associao negativa entre controle sobre o trabalho e DPM. A prevalncia de DPM foi mais elevada (RP=2,6; IC95%: 1,81-3,75) no quadrante de trabalho em alta exigncia (alta demanda, baixo controle), quando comparado s profissionais em trabalho de baixa exigncia (baixa demanda, alto controle), depois de ajustado, num modelo de regresso logstica mltipla, por potenciais confundidores. CONCLUSES: Os achados reforam a relevncia da adoo de medidas de interveno na estrutura organizacional, de modo a elevar o controle sobre o trabalho e redimensionar os nveis de demanda psicolgica.
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OBJETIVO: Tem sido sugerido que os indicadores da obesidade centralizada, representados pela relao entre as medidas das circunferncias da cintura e do quadril e pela medida da circunferncia da cintura, expressam distrbios metablicos diferentes. Assim, realizou-se estudo para verificar o potencial diagnstico da relao circunferncia cintura/circunferncia do quadril com fatores sociais, comportamentais e biolgicos, determinantes da obesidade centralizada. MTODOS: Em uma amostra da populao do Municpio de So Paulo, SP, composta por 1.042 pessoas, foram utilizados dois modelos de anlise hierrquica de regresso mltipla para se avaliar as relaes entre os indicadores e os fatores determinantes da obesidade centralizada. Foram realizados trs inquritos (clnico, bioqumico e laboratorial e comportamental), utilizando questionrio padronizado. Para avaliao, foram utilizados os instrumentos: presso arterial, medidas antropomtricas, medida de cintura e medida do quadril. RESULTADOS: A medida de circunferncia da cintura e do quadril (RCQ) mostrou associao significativa com a baixa estatura e foi fortemente relacionada ao nvel socioeconmico, no ocorrendo o mesmo com a CC. A RCQ e a medida de circunferncia da cintura (CC) foram fortemente associadas idade, sexo e sedentarismo. As mulheres tm maior risco de apresentaram obesidade centralizada: OR=5,04 e 7,27, para a RCQ e CC, respectivamente. No que se refere aos distrbios metablicos, a RCQ associou-se significativamente com as alteraes indicativas da sndrome metablica: hipertenso e baixos nveis de HDL-colesterol. A CC associou-se significativamente com a hipertenso isolada. Ambos os indicadores associaram-se intensamente com a presena concomitante de duas ou mais alteraes ligadas sndrome metablica. A CC associou-se hipercolesterolemia, o que no ocorreu com a RCQ. CONCLUSES: A RCQ relacionou-se melhor com os fatores socioeconmicos, risco de desnutrio pregressa e com as alteraes indicativas da sndrome metablica do que a CC, mais associada aos fatores de risco para doenas cardiovasculares aterosclerticas.
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OBJETIVO: Identificar se satisfao com aspectos psicossociais no trabalho est associada sade dos trabalhadores e verificar se essas associaes so influenciadas por caractersticas sociodemogrficas. MTODOS: Estudo transversal realizado com 224 empregados de uma empresa de auto-gesto de planos de previdncia privada e de sade na cidade de So Paulo. Foram administrados quatro questionrios auto-aplicados referentes a aspectos sociodemogrficos, satisfao no trabalho e sade (fsica, mental e capacidade para o trabalho. As associaes entre variveis foram analisadas por meio dos testes t-Student, Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, coeficiente de correlao de Spearman e da anlise de regresso linear mltipla. RESULTADOS: Satisfao no trabalho apareceu associada ao tempo na empresa (p<0,001) e cargo (p=0,003), onde maiores nveis de satisfao foram observados entre os trabalhadores com menor tempo na empresa e aqueles com cargos de direo. A satisfao no trabalho esteve associada s dimenses da sade mental e capacidade para o trabalho (vitalidade: p<0,001; aspectos sociais: p=0,055; aspecto emocional: p=0,074; sade mental: p<0,001 e capacidade para o trabalho: p=0,001). CONCLUSES: Satisfao no trabalho est associada sade dos trabalhadores nos seus aspectos "sade mental" e "capacidade para o trabalho", mostrando a importncia dos fatores psicossociais em relao sade e bem-estar dos trabalhadores. Sugerem-se diretrizes para mudanas na organizao e concepo do trabalho, direcionadas aos aspectos psicossociais. So recomendados estudos longitudinais para investigar a direo causal das associaes encontradas.
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OBJETIVO: Face expanso do Programa de Alimentao do Trabalhador no Pas e sua atualizao na normatizao dos aspectos nutricionais, foi avaliado o consumo alimentar de trabalhadores participantes do programa, por meio da anlise nutricional do almoo servido e do estado nutricional da populao atendida. MTODOS: Realizou-se estudo transversal com amostra representativa dos trabalhadores participantes do Programa de Alimentao do Trabalhador no Distrito Federal (n=1.044) que almoam em 52 Unidades de Alimentao e Nutrio. Foram avaliadas variveis socioeconmicas e sociodemogrficas, medidas antropomtricas para o clculo do ndice de Massa Corporal e o consumo alimentar obtido pelo mtodo da pesagem e pela observao direta da montagem dos pratos. RESULTADOS: Observou-se que 43% da populao estudada apresentam excesso de peso, sendo 33,7% com sobrepeso e 9,3% com obesidade, com maiores percentuais no sexo masculino. A mediana do valor energtico do almoo foi de 515 Kcal para as mulheres e de 736 Kcal para os homens. O consumo mediano de fibras foi de 6,0 g para o sexo feminino e de 8,3 g para o sexo masculino, e o consumo mediano de colesterol foi acima de 90 mg nos indivduos com excesso de peso. CONCLUSES: Os resultados indicam risco nutricional nessa populao, tradicionalmente considerada sadia, devendo a mesma ser alvo de estratgias com foco na promoo da sade, salientado-se, assim, a atribuio de educador do nutricionista.
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OBJETIVO: Avaliar a associao da obesidade com as prticas alimentares e conhecimentos de nutrio em escolares. MTODOS: Peso e estatura foram medidos em 573 crianas de todas as escolas municipais de Dois Irmos e Morro Reuter, RS. Obesidade foi definida como ndice de massa corporal acima do percentil 95, tendo como referncia os dados do National Center for Health Statistics. Prticas alimentares e conhecimentos em nutrio foram avaliados por questionrio auto-aplicado aos escolares. Foi realizada anlise de regresso logstica simples e ajustada para verificar associaes. RESULTADOS: A obesidade mostrou-se associada com menos conhecimento de nutrio e prticas alimentares menos saudveis. Crianas com essas caractersticas apresentaram cinco vezes mais chances de serem obesas (OR=5,3;1,1-24,9). CONCLUSES: O nvel de conhecimento modifica a relao entre obesidade e prticas alimentares, levantando a suspeita de que as crianas que sabem mais sobre nutrio relatam prticas sabidamente mais saudveis e no necessariamente as praticadas. As prticas alimentares menos saudveis, quando considerado o nvel de conhecimento em nutrio dos escolares, foram fortemente associadas obesidade.
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OBJETIVO: Determinar a prevalncia e os fatores associados ao sobrepeso e obesidade em adolescentes de zona urbana. MTODOS: Estudo transversal de base populacional, realizado no municpio de Pelotas, Rio Grande do Sul, de 2001 a 2002. Adolescentes entre 15 e 18 anos de idade foram medidos, pesados e responderam a questionrio auto-aplicvel. De 90 setores sorteados, foram visitados 86 domiclios em cada setor, totalizando 960 adolescentes. A prevalncia de sobrepeso e obesidade foi definida a partir do ndice de massa corporal, mediante a utilizao dos pontos de corte, ajustados idade e ao sexo. Realizou-se anlise multivariada com regresso de Poisson, considerando um modelo hierrquico das variveis associadas ao sobrepeso e obesidade. RESULTADOS: A prevalncia de sobrepeso e de obesidade foi 20,9% e 5%, respectivamente. A relao entre a obesidade e idade e escolaridade do adolescente foi inversa. Verificou-se associao de sobrepeso e obesidade com o relato de obesidade dos pais (p=0,03) e maturao sexual do adolescente (p=0,01). Os hbitos de fazer dieta e omitir refeies foram associados obesidade, com riscos de 3,98 (IC 95%: 1,83-8,67) e 2,54 (IC 95%: 1,22-5,29), respectivamente. CONCLUSES: A prevalncia de sobrepeso e obesidade na regio so preocupantes a despeito do comportamento dos adolescentes para prevenir a obesidade. necessria a implantao de campanhas mais eficazes, direcionadas a orientar melhor os adolescentes.
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OBJETIVO: Investigar a associao entre aspectos psicossociais do trabalho e prevalncia de distrbios psquicos em professores da educao infantil e do ensino fundamental. MTODOS: Estudo de corte transversal realizado com 1.024 professores das escolas pblicas municipais e das 10 maiores escolas particulares de Vitria da Conquista, Estado da Bahia, em 2001. A varivel de exposio principal foi constituda pelo modelo de demanda-controle, que classifica os indivduos de acordo com as exigncias do trabalho. A varivel de resposta representou distrbios psquicos medidos pelo Questionrio de auto-resposta. A medida de freqncia foi a prevalncia, e a medida de associao foi a razo de prevalncias. A principal tcnica estatstica utilizada foi a anlise de regresso logstica. RESULTADOS: A prevalncia de distrbios psquicos foi de 44%. Evidenciou-se associao entre sua presena e as condies de demanda e controle no trabalho, aps o controle do confundimento introduzido pelas variveis sexo, zona de trabalho e suporte social. Os professores com trabalho de alta exigncia apresentaram prevalncia 1,5 vez maior que os com trabalho de baixa exigncia. CONCLUSES: A prevalncia de distrbios psquicos foi elevada entre professores. H evidncias de que a prevalncia estava associada com as exigncias do trabalho.
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OBJETIVO: Analisar a associao entre exposio ao aleitamento materno na infncia e a obesidade na idade escolar em crianas de famlias brasileiras de alto nvel socioeconmico. MTODOS: Foi realizado um estudo transversal envolvendo 555 crianas com idades entre seis e 14 anos, estudantes de uma escola particular situada na cidade de So Paulo. A obesidade - varivel desfecho do estudo - foi definida como ndice de Massa Corporal > percentil 85, aliado a valores de pregas cutneas > percentil 90, em ambos os casos adotando-se como referncia o padro "National Center for Health Statistics" segundo idade e sexo. A exposio ao aleitamento materno considerou a freqncia e durao da amamentao. Potenciais variveis de confundimento - sexo, idade, peso ao nascer, padro alimentar e de atividade fsica das crianas e idade, ndice de massa corporal, escolaridade e padro de atividade fsica das mes - foram controladas por meio de regresso logstica mltipla. RESULTADOS: A prevalncia de obesidade na populao estudada foi de 26%. Aps o controle das potenciais variveis de confundimento, o risco de obesidade em crianas que nunca receberam aleitamento materno foi duas vezes superior (OR=2,06; IC 95%: 1,02; 4,16) ao risco das demais crianas. No se encontrou efeito dose-resposta na associao entre durao do aleitamento e obesidade na idade escolar. CONCLUSES: Crianas e adolescentes que nunca receberam aleitamento materno tm maior ocorrncia de obesidade na idade escolar. A ausncia de efeito dose-resposta na relao entre durao da amamentao e obesidade na idade escolar e os achados ainda controversos sobre essa associao indicam a necessidade de mais estudos sobre o tema, em particular estudos longitudinais.
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O artigo teve por objetivo analisar as metodologias publicadas e empregadas no clculo da mortalidade atribuvel ao fumo. Foram pesquisadas as bases de dados eletrnicas MEDLINE, LILACS entre 1990 e 2006. Foram encontrados 186 estudos que apresentaram a mensurao de mortalidade a partir do clculo da frao atribuvel ao fumo. Desses, foram selecionados 41 artigos. Os estudos realizados nos Estados Unidos e Canad apresentaram metodologia uniformizada e taxas de mortalidade entre 18%-23%; 25%-29% no sexo masculino e 14%-17% no feminino. As variaes metodolgicas podem justificar as diferenas da mortalidade entre os estudos e nas estimativas para as principais doenas tabaco-relacionadas.
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OBJETIVO: Analisar a associao do sobrepeso e da obesidade com o aleitamento materno e a alimentao complementar em pr-escolares. MTODOS: Estudo transversal envolvendo 566 crianas matriculadas em escolas particulares no municpio de So Paulo, SP, 2004-2005. A varivel dependente foi sobrepeso e obesidade. Para a classificao do estado nutricional das crianas foram utilizadas as curvas de percentis do ndice de Massa Corporal para idade, classificando como sobrepeso valores e"P85 e <P95, e como obesidade valores e"P95. As variveis explanatrias analisadas foram: caractersticas sociodemogrficas da criana e sua famlia peso ao nascer; estado nutricional dos pais; aleitamento materno; alimentao complementar e alimentao atual. A anlise de associao das variveis explanatrias com o desfecho foi feita por meio de regresso logstica simples e regresso logstica mltipla com modelo hierarquizado. RESULTADOS: A prevalncia de sobrepeso e obesidade da populao estudada foi de 34,4%. Foram fatores de proteo contra sobrepeso e obesidade o aleitamento materno exclusivo por seis meses ou mais (IC 95% [0,38;0,86]; OR=0,57; p=0,02) e o aleitamento materno por mais de 24 meses (IC 95% [0,05;0,37]; OR=0,13; p=0,00). CONCLUSES: Os resultados sugerem que o aleitamento materno pode proteger as crianas contra o sobrepeso e a obesidade, agregando mais uma vantagem ao leite materno.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de excesso de peso e obesidade e fatores associados. MTODOS: Foram analisados dados referentes a indivduos com idade >18 anos entrevistados pelo sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), realizado nas capitais brasileiras e Distrito Federal em 2006. Para 49.395 indivduos, o ndice de massa corporal (IMC) foi utilizado para identificar excesso de peso (IMC 25-30 kg/m) e obesidade (IMC >30 kg/m). Prevalncia e razes de prevalncia foram apresentadas segundo variveis sociodemogrficas, escolaridade e condio de sade/comorbidades e auto-avaliao da sade, estratificadas por sexo. Utilizou-se regresso de Poisson para anlises brutas e ajustadas por idade. RESULTADOS: A prevalncia de excesso de peso foi de 47% para os homens e 39% para as mulheres, e de obesidade, 11% para ambos os sexos. Observou-se associao direta entre excesso de peso e escolaridade entre homens, e associao inversa entre mulheres. Obesidade foi mais freqente entre os homens que viviam com companheira e no esteve associada com escolaridade ou cor da pele. As prevalncias de excesso de peso e obesidade foram mais altas entre mulheres negras e que viviam com companheiro. A presena de diabetes, hipertenso arterial sistmica e dislipidemias, bem como considerar sua sade como regular ou ruim, tambm foram referidas pelos entrevistados com excesso de peso ou obesidade. CONCLUSES: Enquanto cerca de um de cada dois entrevistados foram classificados com excesso de peso, obesidade foi referida por um de cada dez entrevistados. Variveis socioeconmicas e demogrficas, bem como morbidades referidas, foram associadas com excesso de peso e obesidade. Esses resultados foram similares queles encontrados em outros estudos brasileiros.
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So apresentados aspectos epidemiolgicos e do controle da febre amarela no Brasil, considerando os ciclos de transmisso silvestre e urbano. Sem registros de transmisso no Brasil desde 1942, houve casos de febre amarela urbana em 2008 no Paraguai, depois de mais de 50 anos sem essa ocorrncia nas Amricas. A reduo do nmero dos casos silvestres e a manuteno da eliminao dos casos urbanos so os dois principais objetivos do controle da febre amarela no Brasil. Embora haja consenso quanto s medidas que devem ser tomadas nas reas endmicas para a forma silvestre, isso no ocorre em relao s reas infestadas pelo Aedes aegypti. So discutidos argumentos favorveis e contrrios expanso da rea de vacinao. H necessidade de estudos ambientais e entomolgicos para o reconhecimento de reas receptivas para transmisso silvestre, mesmo que estejam silentes h muitos anos.