239 resultados para Enfermeiros - Educação
Resumo:
Pensar a formação de enfermeiros pressupõe articular essa questão às expressões de referenciais teóricos, na perspectiva de uma vertente pedagógica que passe pelo construtivismo e por competências. O objetivo foi caracterizar, numa visão longitudinal, a constituição das competências assistenciais nos cursos de graduação em Enfermagem contidas nos Planos de Ensino. O estudo teve um caráter exploratório-descritivo, com abordagem qualitativa. Foi realizada uma análise documental dos 9 planos de ensino das disciplinas assistenciais da graduação. Os aspectos ético-legais foram garantidos, sendo os dados coletados após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Os dados evidenciaram uma organização curricular centrada em disciplinas, mantendo lógicas internas aparentemente refratárias às organizações somativas. Daí emergem sinalizações de uma aprendizagem com vínculos pouco substantivos entre os conhecimentos prévios e a potencialização do julgamento crítico e do raciocínio clínico. Como proposta, o estudo trouxe reconsiderações para o processo de ensino-aprendizagem e a influência da concepção construtivista na proposição das competências clínicas.
Resumo:
A incontinência urinária (IU) é vista como um problema que afeta mulheres mais velhas e multíparas. Pouca atenção tem sido dada para identificá-la em grupos mais jovens ou nulíparas. Este estudo verificou a prevalência da IU e as características da perda urinária entre mulheres jovens e nulíparas, estudantes de Educação Física. Os dados foram coletados através de um questionário. Dentre 95 estudantes, 61,1% responderam ao questionário. A idade média foi 21,4 anos e 20,7% afirmaram já ter apresentado perda involuntária de urina. Em 75% dos casos a perda de urina ocorreu durante as atividades esportivas. As estudantes que tiveram perda urinária quantificaram, em média, o problema com a nota 2,3 (variando de 0 a 6), sendo 0 nenhum problema e 10, problema grave. Conclui-se que a perda urinária durante o exercício, embora seja relativamente freqüente, não é considerada um problema relevante para as estudantes de Educação Física.
Resumo:
Os enfermeiros atuam na interface do processo de adoecimento da população e das doenças relacionadas ao trabalho. Ali se evidenciam doenças crônicas, que interferem no processo de trabalho. O estudo teve como objetivos identificar nos enfermeiros as medidas de prevenção de agravos à saúde na presença de doença crônica, analisar a relação entre o conhecimento e suas atitudes frente a elas e verificar a relação dos fatores de risco com o seu processo de trabalho. Trata-se de uma pesquisa quantitativa e descritiva, realizada com 23 enfermeiros portadores de doenças crônicas, representando 76,7% dos 30 enfermeiros com diagnóstico de enfermidade crônica em uma Instituição Hospitalar Federal, sendo 22 do sexo feminino. Verificou-se que os enfermeiros aderem ao tratamento proposto para sua doença, possuem estratégias efetivas para enfrentar o adoecimento com mudança no estilo de vida, e relatam fatores de seu ambiente de trabalho que contribuem para o seu agravamento.
Resumo:
O uso da tecnologia de informática é uma realidade em todas as áreas do conhecimento humano, nos dias atuais. A incorporação tecnológica se faz nos serviços e no ensino, nos diferentes processos de trabalho do enfermeiro. Este estudo teve como objetivo avaliar um site desenvolvido sobre o tema Escala de Pessoal de Enfermagem, relevante na gestão de recursos humanos em saúde. A metodologia envolveu pesquisa quantitativa com docentes da área de administração em enfermagem, e alunos das oito Universidades Públicas do estado de São Paulo que formam enfermeiros. Entre os principais resultados, apontamos que 85% dos avaliadores consideraram o site excelente ou satisfatório. Além disso, foram analisados os comentários enviados por e-mail e as autoras fazem uma auto-avaliação. O site foi considerado de utilidade tanto para a prática profissional (81,7% entre excelente e satisfatório) como para o ensino (84,6% entre excelente e satisfatório).
Resumo:
A presença de estresse tem sido verificada em diferentes profissionais e também entre enfermeiros de UTI, pelo fato de ser grande sua proximidade com os pacientes em sofrimento e com risco de morte. Esse fato se agrava devido à necessidade de cuidados diretos e intensivos. Este estudo, seguindo uma metodologia quantitativa, objetivou caracterizar os enfermeiros que desenvolvem suas atividades em UTI e verificar a presença de estresse entre eles. Para isso, vinte e um enfermeiros de UTIs de cinco hospitais do interior do estado de São Paulo responderam a um roteiro de perguntas direcionadas a sua caracterização e ao Inventário do Estresse em Enfermeiros. Os resultados mostraram que 57,1% dos enfermeiros estudados consideraram a UTI um local estressante e 23,8% deles apresentaram um escore elevado, indicando a presença de estresse. Tal fato demonstra que o estresse, mesmo sendo discutido desde longa data, ainda acomete esses profissionais, e as instituições ainda não oferecem atenção especial aos enfermeiros no sentido de promover sua saúde integral.
Resumo:
Este estudo tem como objetivos desenvolver a versão reduzida de um instrumento para avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) de enfermeiros hospitalares e analisar a sua confiabilidade e validade. O estudo foi desenvolvido com uma amostra probabilística de 348 enfermeiros selecionados em quatro hospitais da cidade de São Paulo. Os métodos clinimétrico e psicométrico foram utilizados no processo de redução de itens, obtendo-se um instrumento com 31 itens e quatro domínios: Valorização e reconhecimento institucional; Condições de trabalho, segurança e remuneração; Identidade e imagem profissional e Integração com a equipe. Na análise da consistência interna, obtiveram-se coeficientes alfa de Cronbach de 0,94 para o total de itens e de 0,77 a 0,92 para os domínios. Estes resultados e os obtidos nas análises de validade convergente, de critério e discriminante sugerem que o instrumento reduzido é adequado para a mensuração da QVT de enfermeiros em hospitais.
Resumo:
Estudo exploratório-descrito cujos objetivos foram identificar, caracterizar e analisar as atividades educativas desenvolvidas com profissionais de saúde, à luz das concepções de integralidade, trabalho em equipe e educação permanente. A coleta de dados ocorreu em três hospitais do Município de São Paulo, através de entrevista dirigida a informantes-chave, representantes de todas as categorias profissionais. As entrevistas foram gravadas e transcritas, as informações sistematizadas em categorias operacionais e armazenadas em banco de dados. Os resultados mostram que predominaram atividades educativas voltadas às ações de recuperação da saúde, com participação de profissionais de áreas específicas, revelando um distanciamento da concepção de integralidade e de trabalho em equipe. Concluiu-se que as ações de educação dos profissionais de saúde reiteram o modelo clínico de assistência individual, com fragmentação das ações. Recomenda-se que elas sejam repensadas como estratégia integradora de saberes, capazes de promover a integralidade na atenção hospitalar.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi analisar o Serviço de Educação Continuada (SEC) de um hospital de ensino, sob a ótica da equipe de enfermagem, nas dimensões avaliativas de estrutura, de processo e de resultado. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, realizado em hospital universitário privado. Para a coleta de dados utilizou-se um instrumento composto por uma escala de Likert. O tratamento dos dados foi realizado por meio da estatística descritiva e pelo emprego do teste Alpha de Cronbach. Na análise dos resultados, observou-se que nas três dimensões avaliativas (estrutura, processo e resultado) a equipe de enfermagem teve percepção favorável quanto às atividades desenvolvidas por este serviço. Entretanto, na comparação, a que obteve maior escores de favorabilidade foi a de estrutura, média de 42,56 (dp±4,97) e o menor a de processo, média 40,44 (dp±5,11).
Resumo:
Este estudo tomou como objeto a articulação teoria-prática da disciplina Fundamentos e Práticas da Enfermagem em Saúde Coletiva, do curso de graduação em enfermagem da EEUSP, e como objetivos: identificar a apreensão dos conceitos da disciplina e verificar sua aplicação nas práticas de enfermagem entre esses estudantes de graduação. Utilizou questionário com questões fechadas e abertas para apreensão empírica do objeto, através de análise de conteúdo. Os resultados indicam que a dimensão teórica apenas em parte possibilitou sínteses capazes de fomentar práticas sociais coerentes com o arcabouço teórico-conceitual da Saúde Coletiva. Para superar essa dificuldade faz-se necessário explicitar as diferentes abordagens teórico-metodológicas que fundamentam as práticas e que o educador direcione o educando para elaboração de sínteses, com a finalidade de formar enfermeiros comprometidos com a interpretação da saúde-doença como processo social e da saúde como direito social e, portanto, com a transformação das práticas reiterativas do modelo hegemônico.
Resumo:
Este estudo objetivou identificar as implicações funcionais e cirúrgicas relativas a pacientes adultos com fraturas, caracterizar o perfil sociodemográfico da amostra do estudo, avaliar a independência funcional das vítimas de fraturas e discutir as implicações relacionadas aos procedimentos cirúrgicos envolvidos no tratamento a esses pacientes. A pesquisa foi realizada entre novembro de 2006 e abril de 2007 com 74 pacientes internados em um hospital de São Paulo. Foram predominantes indivíduos do sexo masculino (91,9%), média de idade de 31,8 anos, brancos (51,3%), vítimas de acidentes de trabalho (51,4%). As fraturas de membros inferiores representaram 73,0% dos casos e membros superiores 13,5%. Os acidentes automobilísticos foram responsáveis por 58,1% das internações. Quanto à Medida de Independência Funcional (MIF), houve aumento nas médias dos valores no decorrer da avaliação. Por outro lado, há diminuição desses valores em casos de acidentes automobilísticos e atropelamentos e naqueles em que os membros inferiores são atingidos.
Resumo:
Considerando as características próprias dos enfermeiros que exercem funções administrativas, delimitou-se como problema: qual é o perfil do enfermeiro administrador do cuidar em enfermagem? Tem-se como objetivo: delinear o perfil do enfermeiro administrador segundo suas características pessoais e profissionais. A pesquisa se realizou em 2007, no Rio de Janeiro, através do método descritivo, aplicando-se um questionário a 66 enfermeiros exercendo cargos de chefia. Constatou-se a predominância da faixa etária entre 44 e 48 anos, com união estável e um filho. A maioria (89,39%) tem dois vínculos públicos, tempo de formado de 21 a 25 anos (39,39%), preparo teórico para a liderança (80,30%), curso de pós-graduação lato sensu (36,36%) e stricto sensu (36,06%). Concluindo-se que os enfermeiros administradores possuem, predominantemente, especialização em áreas clínicas, e sendo a liderança indispensável ao processo do cuidar, sugere-se que em estudos futuros seu perfil seja correlacionado aos estilos gerenciais e dimensões da liderança.
Resumo:
Trata-se de estudo qualitativo, de natureza histórico-social, que teve como objetivos: conhecer e compreender as percepções de um grupo de enfermeiros, formados em diferentes décadas, acerca do preconceito e formas de enfrentamento, envolvendo a escolha da profissão, no período de formação universitária ou no exercício profissional. Utilizou-se a História Oral de Vida e a análise de conteúdo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da EEUSP. Desvelaram-se as seguintes categorias dos discursos dos sujeitos: manifestações de preconceito face à escolha profissional; preconceito percebido durante a graduação em enfermagem; as vivências profissionais acerca do preconceito. Em relação às formas de enfrentamento, os colaboradores disseram ser importante a divulgação do que é a enfermagem, bem como atuação com competência e o trabalho em equipe. Este estudo contribuiu para a compreensão das formas de enfrentamento das situações consideradas preconceituosas, possibilitando, assim, buscar estratégias de reconhecimento social e a valorização da profissão.
Resumo:
A finalidade deste estudo foi desenvolver reflexão crítica sobre a experiência de enfermeiros plantonistas. Os objetivos foram: apreender como os enfermeiros plantonistas descrevem e interpretam seus conhecimentos e experiências sobre esta realidade; e refletir sobre possíveis caminhos para a superação dos problemas identificados. Este estudo foi qualitativo, utilizando-se a técnica de grupo focal. O grupo foi formado por treze enfermeiros plantonistas. O referencial metodológico foi o do Discurso do Sujeito Coletivo. Foram identificadas importantes dificuldades para a construção do trabalho coletivo e solidário: incompreensões entre o pessoal de enfermagem; entre enfermagem e outros profissionais que atuam no hospital; falta ou inadequação de materiais para a prestação de assistência; e ausência de apoio, dentre outras. Verificou-se a pertinência da criação de espaços comunicativos e de reflexão, visando o fortalecimento do coletivo profissional e a redução das angústias no trabalho do enfermeiro plantonista.
Resumo:
Com o objetivo de analisar o exercício das competências dos enfermeiros para a atenção pré-natal por meio da identificação das atividades que desempenham e sua frequência, bem como dos possíveis obstáculos que encontram, realizou-se estudo quantitativo, descritivo-exploratório, em 59 Unidades Básicas de Saúde da Zona Leste da cidade de São Paulo, de outubro de 2006 a dezembro de 2007. A amostra foi constituída de 131 enfermeiros. Os resultados mostraram que os enfermeiros não exercem as competências essenciais para a atenção qualificada ao pré-natal, devido às barreiras pessoais e institucionais com que se defrontam em seu trabalho. Conclui-se pela necessidade das estruturas públicas de saúde municipais revisarem suas políticas de modo a garantir a implementação das diretrizes do SUS no que se refere à melhoria da atenção à saúde materno-infantil, e à destinação de recursos humanos e financeiros nessa direção.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi analisar a qualidade assistencial na Divisão de Enfermagem Materno-Infantil do Hospital Universitário da USP, fundamentado no modelo Donabediano. Os dados foram obtidos em agosto de 2006, empregando-se um questionário, respondido por 55 sujeitos. A análise dos dados ocorreu segundo índices percentuais e testes específicos. O Alpha de Cronbach do instrumento foi 0,71, demonstrando confiabilidade. Na dimensão de estrutura, 98,2% dos enfermeiros consideraram adequado o local do carro de emergência e 63,6% apontaram dificuldades em participar das atividades educacionais. Em processo, 96,4% concordaram que o SAE é um instrumento de melhoria da qualidade, e 72,7% apontaram dificuldades na comunicação com os profissionais de saúde. Para resultado, 72,7% indicaram que a prescrição de enfermagem atende às necessidades dos usuários. A dimensão de estrutura obteve o pior escore, média de 38,5. Acredita-se que este estudo subsidie ações de melhoria da qualidade nas três dimensões, sobretudo, na de estrutura.