184 resultados para Comunidade disciplinar
Resumo:
Fundada em 1994 em Campinas, a "Toca de Assis" se destacava como grupo católico que atraía jovens para uma vida de pobreza radical, consagrada à adoração do Santíssimo Sacramento e ao cuidado com a população de rua. Em 2009, o líder-fundador, Pe. Roberto Lettieri, é afastado e uma crise se instala com a saída da maioria dos membros. Realizado em 2010-11 numa casa masculina, esse estudo analisa os discursos dos membros remanescentes buscando identificar os sentidos atribuídos à referida crise. Valorizando a Igreja Católica, os entrevistados confiam nas decisões de sua hierarquia e acionam os conceitos de "maturidade", "humildade", "Providência Divina" e "purificação" para dar coerência às mudanças identificando nelas continuidade a proposta inicial do próprio fundador.
Resumo:
Este artigo analisa as representações de moças da comunidade religiosa Toca de Assis sobre a sociedade contemporânea, bem como os papéis de gênero e as motivações para a adesão religiosa a uma experiência radical de cuidado da população de rua. Os dados empíricos contribuem para discutir a dinâmica não linear do processo de construção da identidade religiosa e das escolhas religiosas juvenis nos tempos atuais. A Toca de Assis apresenta interessantes nuances do que pode ser compreendido como um paradoxo em sua atuação, isto é, a recuperação de valores presentes no franciscanismo do medievo – como o cuidado dos pobres – e a inovação tanto nas relações de gênero quanto nas formas de expansão da mensagem religiosa. Resultado de uma pesquisa mais ampla, este texto está embasado principalmente em entrevistas realizadas com moças integrantes da Toca de Assis entre os anos de 2009 a 2011.
Resumo:
Este artigo objetiva uma reflexão sobre o conceito marxista de ideologia, ao mesmo tempo em que busca entender a transposição do nível da consciência para o nível da corporalidade física, feita por Michel Foucault, como forma de instituição do poder disciplinar sobre os indivíduos, como meio de dominação muito mais eficaz do que a própria consciência.
Resumo:
O presente artigo pretender estudar a recepção da filosofia de Max Stirner por Albert Camus em L'Homme révolté, nomeadamente a partir da articulação entre dois conceitos centrais nos pensamentos de ambos os autores: revolta e revolução. Num momento conclusivo, e com base na leitura comparativa entretanto desenvolvida, é proposta uma aferição da validade das objecções feitas pelo ensaísta franco-argelino à filosofia stirneriana, em particular no que à questão da comunidade e unicidade diz respeito.