742 resultados para 227
Resumo:
Relacionamentos interorganizacionais colaborativos representam potenciais fontes de vantagem competitiva, especialmente no contexto de gerenciamento de processos críticos em cadeias de suprimentos. A colaboraç227;o entre empresas pode ser fundamental à minimizaç227;o do risco de comportamentos oportunistas entre parceiros e influenciar o melhor aproveitamento de recursos complementares entre os agentes econômicos. O objetivo deste artigo é descrever a natureza da relaç227;o entre a colaboraç227;o na cadeia de suprimentos e o desempenho competitivo, avaliando o efeito dos sistemas e das tecnologias de informaç227;o como moderadores da relaç227;o entre colaboraç227;o e desempenho. Utilizando a modelagem de equações estruturais para analisar dados referentes a uma amostra de 368 empresas brasileiras, verificou-se o impacto positivo da colaboraç227;o no desempenho competitivo das empresas e a atuaç227;o dos sistemas e das tecnologias de informaç227;o como moderadores dessa relaç227;o.
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Este artigo tem como objetivo analisar o efeito das cláusulas que vinculam o voto dos conselheiros ao acordo de acionistas no valor da firma. A partir de uma base de dados de 181 empresas listadas nos segmentos especiais da BM&FBovespa entre os anos de 2008 e 2012, estudamos o efeito da inclus227;o de cláusulas genéricas e específicas de vínculo de voto no valor das empresas. Verificamos um efeito negativo do acordo de acionistas no valor da firma, que se acentua na presença de cláusulas genéricas e se ameniza na presença de cláusulas específicas de vínculo de voto ao acordo de acionistas. Esses resultados s227;o consistentes mesmo controlando pela endogeneidade da decis227;o pelo acordo de acionistas. Assim, os resultados apontam para um "efeito entrincheiramento" dos acionistas de controle no uso dos acordos de acionistas como mecanismo de compartilhamento de controle e voto. Este artigo contribui para a literatura em governança e finanças corporativas ao revelar práticas que enfraquecem a atuaç227;o de um dos principais pilares de governança, o conselho de administraç227;o.
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A pesquisa investiga as novas bases para a formulaç227;o das políticas de segurança pública brasileira a partir da análise dos avanços recentes na área, enfocando o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Desde o processo de redemocratizaç227;o brasileira, os problemas sociais se exacerbaram, como os altos índices de criminalidade e violência em decorrência de um histórico processo de exclus227;o e desigualdade social das camadas mais baixas da populaç227;o. A pesquisa busca explicitar as trajetórias da implementaç227;o de um novo paradigma no que tange à segurança pública. Assim, toma-se como modelo o processo de descentralizaç227;o, que faz dos municípios atores-chave da gest227;o em segurança pública, atuando em cooperaç227;o com os outros entes federativos, como estados e Uni227;o. Os resultados da pesquisa evidenciam o surgimento de um novo modelo de gest227;o da segurança pública no Brasil no período analisado, baseado no conceito, internacionalmente aceito, de segurança cidad227;.
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Este artigo objetiva avaliar como sistemas de informaç227;o criados pelo governo federal brasileiro s227;o utilizados para coordenar políticas sociais descentralizadas em três áreas - saúde, educaç227;o e assistência social - em que políticas públicas federais s227;o implantadas em parceria com governos estaduais e municipais. Como parte deste estudo, foram realizadas 35 entrevistas semiestruturadas realizadas entre o final de 2012 e início de 2013 com gestores dos três programas estudados e nos três níveis de governo. Além disso, como informaç227;o complementar, coletamos 432 questionários que foram respondidos por usuários dos mesmos sistemas. Como referencial teórico para análise, utilizamos um modelo multinível construído a partir da combinaç227;o de três teorias - social construtivismo, contextualismo e estruturacionismo - e que vem sendo utilizado em vários estudos relacionados com o uso de sistemas de informaç227;o com finalidade social. O estudo conclui que sistemas desenvolvidos considerando a participaç227;o dos diferentes níveis de governo tendem a ter melhor aceitaç227;o por parte dos usuários e assim produzir melhores efeitos nos resultados das políticas aos quais est227;o associados. Os sistemas desenvolvidos de forma menos participativa tendem a focar exclusivamente a necessidade de controle pelo governo federal, subaproveitando seu potencial como instrumento de gest227;o e produzindo menor efeito de controle social da política pública a que está associado. Consequentemente, estes sistemas menos participativos têm menor relevância para a coordenaç227;o federativa.
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O crescimento da demanda por serviços em setores de infraestrutura, associado à falta de investimentos públicos, induziu políticas de promoç227;o da participaç227;o privada. No setor portuário isso se deu no início da década de 1990, quando o crescimento do comércio internacional decorrente do aumento da globalizaç227;o evidenciou a ineficiência generalizada desse setor. Este artigo tem por objetivo discutir a participaç227;o privada no setor portuário a partir da análise de formas de organizaç227;o e evoluç227;o do setor em diferentes países, analisando os possíveis modelos de competiç227;o associados a diferentes estruturas de propriedade em áreas do porto. O artigo inova em relaç227;o à literatura ao especificar a propriedade privada de áreas de uso restrito localizadas dentro do porto. O artigo apresenta, ainda, a evoluç227;o e a organizaç227;o atual do setor portuário brasileiro. Ao longo da discuss227;o, exemplos de portos s227;o apresentados para ilustrar os conceitos apresentados.
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Este artigo analisa o papel do orçamento público como instrumento da aç227;o governamental para viabilizar a formulaç227;o de políticas públicas de infraestrutura. As alterações promovidas na gest227;o orçamentária para a execuç227;o do Programa de Aceleraç227;o do Crescimento (PAC) s227;o o objeto empírico da pesquisa. Adota-se a perspectiva teórica do orçamento como uma instituiç227;o técnica e política. A narrativa analítica é o recurso metodológico aplicado para dar consistência factual à análise do episódio, por incorporar a história na contextualizaç227;o político-institucional dos eventos da formulaç227;o do Programa. A pesquisa usou dados documentais e bibliográficos. Conclui-se que a amplitude das alterações no instrumento teve a intensidade compatível com a disposiç227;o de os governos promoverem as medidas politicamente aceitáveis pelas doutrinas hegemônicas nos mandatos presidenciais.
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A promulgaç227;o da Lei no 9.478, de 1997, proporcionou um maior ingresso de royalties provenientes da exploraç227;o de petróleo e gás natural em alguns municípios brasileiros. Por ser uma receita transitória, é relevante investigar a aplicaç227;o desses recursos, da perspectiva das finanças públicas. Este artigo tem como objetivo analisar os efeitos da aplicaç227;o dos royalties petrolíferos sobre os investimentos públicos nos municípios brasileiros, no período de 1999 a 2011. A estratégia metodológica envolveu o uso do modelo econométrico de painel, a partir da utilizaç227;o das variáveis receitas orçamentárias, royalties e despesas de capital dos respectivos municípios, obtidas a partir de fontes secundárias. Os resultados mostram que os municípios mais dependentes dos royalties elevaram as despesas de capital com o aumento dos royalties, tanto pela ótica per capita como pela proporç227;o fiscal.
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Este artigo analisa a aç227;o coletiva promovida pelo Colegiado de Desenvolvimento Territorial (Codeter) da Serra Catarinense, buscando verificar se essa aç227;o colaborou para mobilizar um processo de coproduç227;o do bem público no planejamento e gest227;o do desenvolvimento rural no território. Foi empregada uma estratégia de investigaç227;o de estudo de caso que combinou a utilizaç227;o de diversas técnicas qualitativas de coleta de dados, análise e interpretaç227;o dos resultados. Diferentes paradigmas que tratam da aç227;o coletiva foram considerados, no intuito de examinar a aç227;o concertada promovida no Codeter e suas características principais. Com base no conceito de coproduç227;o e suas variáveis, verificamos que essa aç227;o coletiva engendrou um novo tipo de aç227;o pública, ampliando a participaç227;o e a colaboraç227;o entre os atores sociais na coconstruç227;o de soluções para os problemas públicos do território.
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O artigo é um estudo sobre políticas públicas voltadas à coleta seletiva operacionalizada por cooperativas de catadores de materiais recicláveis no município do Rio de Janeiro, identificando suas perspectivas e limites. Contextualizamos a Política Nacional de Resíduos Sólidos e a problematizaç227;o que envolve as cooperativas de catadores. Situamos as regras gerais e indicações normativas das leis e decretos, planos e programas criados. Destacamos dados sobre a coleta seletiva no município do Rio de Janeiro. Por fim, apresentamos os resultados preliminares da pesquisa de campo realizada junto aos gestores de cooperativas. Apontamos, enfim, que as políticas públicas de coleta seletiva trazem instrumentos que n227;o s227;o percebidos em sua totalidade pelos atores envolvidos, o que implica a sua n227;o pactuaç227;o e, por consequência, a n227;o utilizaç227;o plena das vantagens induzidas pela política.
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O crescimento sustentável dos municípios brasileiros deixou de ser um aspecto desejável para se constituir em um requisito para o país, visto o surto de desenvolvimento que o Brasil vem atravessando nos últimos anos. N227;o obstante, a responsabilidade sobre a fiscalizaç227;o e regulaç227;o ambiental do crescimento e da produç227;o tem se concentrado cada vez mais nos atores locais. Nesse contexto, o Imposto sobre Circulaç227;o de Mercadorias e Serviços (ICMS) Socioambiental se destaca como um dos principais mecanismos de regulaç227;o e ordenamento dos processos produtivos em nível local. Este trabalho analisa os aspectos jurídico-institucionais dessa iniciativa, assim como traça um quadro comparativo entre as distintas legislações estaduais. Também é feita uma análise de seu trajeto histórico e de sua evoluç227;o jurídica. Buscou-se, particularmente, traçar um panorama nacional de como as diferentes concepções de sustentabilidade foram operacionalizadas pelas legislações estaduais, gerando diferentes estruturas de incentivos institucionais.
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Este estudo propõe-se a compreender como o Estado tem contribuído para o desenvolvimento sustentável a partir de seu poder de compra, mais precisamente, ao se comparar práticas e regulamentações no estado de S227;o Paulo e os da regi227;o Sul. Quanto ao método de pesquisa, foi utilizada a pesquisa bibliográfica e documental, em editais e legislações dos estados supracitados, compreendendo os anos de 2011 a 2013. Verificou-se que os avanços se limitam a questões ambientais e à dimens227;o social. Avanços, embora tímidos, fortalecem modelos organizacionais n227;o centrados na maximizaç227;o do lucro, voltados à inclus227;o social, à justiça distributiva, ao equilíbrio ambiental e ao bem viver coletivo, prerrogativas dos empreendimentos de economia solidária, empresas sociais e cooperativas populares, que podem ser particularmente alavancadas.
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Indubitavelmente, a implementaç227;o de sistemas de gest227;o integrada é fator consolidado em empresas privadas; no entanto, em empresas públicas é relativamente recente e inovadora. Em 2009, o Ministério da Justiça (MJ) foi um dos pioneiros ao firmar parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) para a implantaç227;o de sistemas de gest227;o integrada. Com o decorrer dos processos de implementaç227;o surge a necessidade de identificar se o acordo surtiu os efeitos a que se destinou, bem como é pertinente a análise da implementaç227;o de um Enterprise Resource Planning (ERP) governamental em uma empresa pública, haja vista que existe uma tendência de que se repita em outras instituições governamentais. Assim, o principal objetivo deste artigo é identificar a percepç227;o dos usuários quanto ao processo de implementaç227;o de sistemas integrados de gest227;o vinculados ao Projeto Ciclo, no âmbito da Secretaria Executiva do MJ, destacando suas principais dificuldades e benefícios. A fim de atingir o objetivo da pesquisa foi realizada uma pesquisa quali-quantitativa, cujo procedimento técnico foi o estudo de caso. Verificou-se que os usuários do sistema reconhecem sua importância como apoio à tomada de decis227;o, que est227;o cientes do papel que desempenham no processo de implementaç227;o e que a tecnologia da informaç227;o (TI) é fundamental para se obter melhoria nos processos executados. Ademais, percebe-se os avanços que um ERP governamental pode proporcionar a empresas públicas, destacando-se o planejamento e a confiabilidade das informações.
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A representatividade dos municípios brasileiros como entes jurídico, econômico e social, na administraç227;o pública é relevante tanto para a alocaç227;o quanto para a aplicaç227;o de recursos. A prestaç227;o de contas é obrigatória para quem utiliza, arrecada, guarda ou administra dinheiro, bens e valores públicos. Esta pesquisa buscou, por meio de um estudo de caso único, identificar a influência das tecnologias de informaç227;o e comunicaç227;o na prestaç227;o de contas. Como resultado, foram encontradas as seguintes contribuições: envio das informações diretamente das prefeituras ao Tribunal de Contas através da internet; reduç227;o de erros e eliminaç227;o das redundâncias; processo mais célere; e, além das anteriores, permiss227;o de cruzamento e comparaç227;o de dados.
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O presente artigo pretende compreender a relaç227;o da judicializaç227;o com o modelo processual de política pública, também denominado de ciclo de políticas públicas, por meio de uma aproximaç227;o teórica entre esses dois campos de análise. Para isso, o trabalho inicia delimitando as discussões acerca do fenômeno da judicializaç227;o, prossegue fixando as bases teóricas acerca das políticas públicas, tomando como referência o modelo processual para, ao final, reformular o referido modelo, inserindo a judicializaç227;o no ciclo de políticas públicas. Como conclus227;o, percebeu-se que o fenômeno da judicializaç227;o pode, além de ser aproximado do modelo processual, influenciar o ciclo de políticas públicas, ressignificando o referido modelo, o que permitirá novos estudos dos dois campos de análise a partir do ciclo de políticas públicas judicializado.
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Este artigo investiga se a acessibilidade, analisada à luz dos direitos das pessoas com deficiência, é valorizada no desenvolvimento do governo eletrônico e se reflete na estrutura dos portais governamentais, contribuindo para a concretizaç227;o do direito de participaç227;o política deste grupo social. Para tanto, com apoio do método dedutivo e da técnica de observaç227;o direta, sistemática e n227;o participante, verificou-se a acessibilidade nos portais do Poder Executivo estadual de oito unidades da federaç227;o, contrastando-se a realidade destes sites com as determinações de cartilhas governamentais que preveem padrões mínimos sobre o tema. Concluiu-se que a acessibilidade nos sites pesquisados é mínima, dificultando assim o exercício de uma cidadania mais ativa por parte das pessoas com deficiência, uma vez que o acesso é a primeira condiç227;o de possibilidade para a participaç227;o.