403 resultados para Semeadura direta
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi quantificar o carbono da biomassa microbina de solo, cultivado com soja em diferentes sistemas de manejo. Os sistemas de manejo foram semeadura direta, uma gradagem, subsolagem e duas gradagens, realizadas num Latossolo Vermelho-Amarelo argiloso. As amostras de solo foram coletadas em cinco profundidades (0-5, 5-10, 10-20, 20-30 e 30-40 cm) e em quatro épocas (antes do preparo do solo, 30 dias após a germinação, floração e após a colheita da soja). Foram coletadas, também, amostras de solo na mesma profundidade e na mesma época, em uma área de vegetação nativa (Cerrado sensu strictu), adjacente ao experimento. A subsolagem apresentou os maiores valores de carbono aos 30 dias após a germinação (865,7 mg kg-1 de solo). Este valor foi reduzido para 80,3 mg kg-1 de solo na floração. Os valores de carbono na semeadura direta mantiveram-se mais estáveis, principalmente na camada de 0-20 cm. As camadas de 0-5 e 5-10 cm apresentaram diferença na maioria das épocas estudadas e das demais camadas. A subsolagem mostrou o menor valor do carbono orgânico do solo, após a colheita da soja. Não houve correlação entre a relação carbono da biomassa microbiana/carbono orgânico e os nutrientes do solo na subsolagem
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O objetivo deste trabalho foi quantificar o nitrogênio da biomassa microbiana do solo (NBMS), em diferentes manejos: semeadura direta (SD), uma gradagem (GR), subsolagem e duas gradagens (SG), comparado com solo sob cerrado nativo, em um Latossolo Vermelho-Amarelo argiloso, no Distrito Federal. Avaliaram-se os solos em cinco profundidades, 0-5, 5-10, 10-20, 20-30 e 30-40 cm; e em quatro épocas: antes do preparo do solo, 30 dias após a germinação (30 DAG), floração e após colheita da soja. O nitrogênio da biomassa microbiana em solo não perturbado, apresentou maiores valores em todas as épocas estudadas comparadas com os solos em diferentes manejos. Houve diferença significativa nas camadas 0-5, 5-10 e 10-20 cm, exceto aos 30 dias após a germinação. A razão porcentual no Cerrado Nmic:Ntotal foi 2,5 vezes maior que a GR, três vezes maior que a SD e cinco vezes maior que a SG. A distribuição do Ntotal foi decrescente no solo de Cerrado e nos manejos ao longo do perfil. Os teores de Ntotal reduziram-se de acordo com a profundidade em todas as épocas avaliadas. Houve correlação positiva entre os nutrientes e o nitrogênio microbiano nos diferentes manejos e solo de cerrado sob vegetação nativa.
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A cultura do milho é sensível ao déficit hídrico, e esta é uma causa freqüente de redução na produção de grãos. O objetivo deste trabalho foi verificar a ocorrência de ajuste osmótico em milho, cultivado em dois sistemas de manejo do solo, com diferentes disponibilidades hídricas. Os tratamentos consistiram do cultivo do milho em semeadura direta (SD) e convencional (SC), com irrigação de forma a manter a umidade do solo próxima à capacidade de campo, e sem irrigação. O ajuste osmótico foi obtido pela diferença do potencial osmótico hidratado entre as plantas irrigadas e sem irrigação. Os maiores valores de potencial mínimo de água na folha ocorreram em plantas cultivadas sob SD, em razão do maior potencial matricial da água no solo nesse sistema. O potencial de pressão e o osmótico hidratado diminuíram em conseqüência do déficit hídrico, o que determinou a ocorrência de ajuste osmótico em ambos os sistemas, que foi mais intenso em manejo convencional. Portanto, o potencial mínimo de água na folha demonstra ser um indicador adequado da condição hídrica das plantas de milho. A cultura apresenta tolerância ao déficit hídrico por meio do mecanismo de ajuste osmótico.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a lixiviação de potássio (K), no solo, e sua presença nas formas trocável e não trocável, em conseqüência da aplicação de chuva simulada e adubação potássica sobre palha de milheto, na superfície do solo. Vasos com terra e palha de milheto na superfície (quantidade equivalente a 8 t ha-1) receberam ou não adubação potássica, na dose de 150 kg ha-1 de K2O, na forma de KCl, aplicados sobre a palha. Na seqüência, foram aplicadas lâminas de água de 0 a 50 mm. O solo foi analisado em diversas profundidades, quanto aos teores de K trocável e não trocável. A palha do milheto revelou-se fonte importante de K, que é lixiviado até 4 cm de profundidade por chuvas superiores a 30 mm. A lixiviação de K, em profundidade no solo, é proporcional à chuva aplicada; entretanto, uma chuva de 50 mm não carreia o nutriente para profundidades superiores a 8 cm. A passagem de K trocável para não trocável é rápida, conforme atestado pelo conteúdo de K não trocável na camada de solo abaixo de 4 cm.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho agronômico do feijão-vagem, cv. Alessa, cultivado sobre cobertura viva perene de grama-batatais (Paspalum notatum Flüggé) e de amendoim forrageiro (Arachis pintoi Krapov & Gregory), e em solo convencionalmente preparado, como controle. Diferentes doses de cama de aviário (0, 7, 14 e 28 t ha-1) foram fornecidas, parceladamente, em um Planossolo, em Seropédica, RJ, de agosto a outubro de 2002. O delineamento adotado foi o de blocos ao acaso, dispostos em parcelas subdivididas, com quatro repetições, utilizando-se modelo quadrático para análise dos resultados. A produtividade de vagens foi semelhante nos três sistemas de cultivo sem efeito competitivo das espécies de cobertura viva, sobre as quais foi realizada a semeadura direta da cultura, com enxada. A produtividade máxima estimada pelo modelo de regressão foi 20,3 t ha-1 de vagens. Esse valor foi obtido com a dose de 26 t ha-1 de cama de aviário, aplicada de forma parcelada. A semeadura direta de feijão-vagem sobre cobertura viva perene de grama-batatais e de amendoim forrageiro é viável, com resultados preliminares positivos.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de sistemas de preparo e cultivo do solo sobre a diversidade de animais da fauna edáfica, por meio de técnicas de análise multivariada. Na análise canônica discriminante, os preparos conservacionistas com sucessão de culturas foram separados em relação aos tratamentos com rotação de culturas. Os grupos Acarina, Hymenoptera, Isopoda e Collembola, e o índice de Shannon (H) foram os atributos que mais contribuíram para separar os tratamentos. A análise de correspondência mostrou forte associação dos grupos Acarina e Hymenoptera com o tratamento semeadura direta com sucessão de culturas, e do grupo Collembola com o preparo convencional.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de sistemas de cultivo, do preparo do solo e dos níveis de adubação sobre o banco de sementes, em solos de áreas submetidas a: três sistemas de cultivo - lavoura contínua (L), lavoura-pastagem-lavoura (LPL) e pastagem-lavoura-pastagem (PLP); dois sistemas de preparo do solo - convencional (C) e semeadura direta (D); dois níveis de adubação - manutenção (1) e corretiva gradual (2); e uma área de pastagem contínua, com preparo convencional e adubação corretiva gradual. No sistema de cultivo lavoura-pastagem, a densidade de sementes, excluindo-se as áreas de cultivo de LPLC1 e de LPLC2, foi menor do que nas lavouras contínuas e maior do que na pastagem contínua. Nas áreas de lavoura, o banco de sementes foi menor em áreas com semeadura direta do que com preparo convencional do solo, mas nas áreas de PLP, com adubação corretiva gradual, não houve diferença entre os sistemas de preparo do solo. A adubação causou redução na densidade de sementes apenas nas áreas de cultivo de LPLC e PLPC. A adoção de sistemas de cultivo lavoura-pastagem com semeadura direta pode auxiliar no manejo de plantas daninhas em áreas de lavoura de grãos.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar os atributos físicos de um Latossolo Vermelho distrófico argiloso e a produtividade de milho em sistemas de manejo que incluem plantas de cobertura cultivadas em pré-safra (setembro a novembro). Foram utilizadas, durante quatro anos, as seguintes plantas de cobertura: crotalária (Crotalaria juncea); milheto (Pennisetum americanum sin. tiphoydes); lab-lab (Dolichus lablab) em sistema de semeadura direta; e pousio cultivado em sistema de preparo convencional, antecedendo o cultivo de milho. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com parcelas subdivididas e quatro repetições. Amostras de solo indeformadas foram coletadas para determinações físicas e avaliou-se a produtividade de milho em área de 22,5 m². As plantas de cobertura no sistema de semeadura direta promoveram maior estabilidade de agregados e maior densidade do solo na camada superficial, sem alteração do conteúdo de água disponível às plantas. A utilização de lab-lab, em pré-safra, promoveu a menor produtividade de milho. A utilização de plantas de cobertura em pré-safra no sistema de semeadura direta de milho é viável no Estado de São Paulo.
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O objetivo deste estudo foi avaliar a duração dos efeitos da escarificação em Latossolo Vermelho argiloso, pelo estudo da relação entre solo e haste sulcadora de semeadora. Os tratamentos foram: solo sob semeadura direta há 13 anos; solo escarificado há quatro anos (2001); solo escarificado há dois anos (2003); e solo escarificado há seis meses (2005), todos com ou sem tráfego de máquinas agrícolas. Dados de esforço vertical, momento associado à haste sulcadora, área de solo efetivamente mobilizada, resistência específica operacional, macroporosidade, microporosidade, porosidade total e densidade do solo foram coletados, e o esforço de tração na haste sulcadora foi calculado. A demanda de esforços aumentou com o incremento no decurso do tempo de execução da escarificação, e o solo escarificado há seis meses apresentou a menor demanda. O solo escarificado há quatro anos apresentou comportamento similar ao solo sob semeadura direta, e ofereceu a menor área mobilizada e a maior resistência operacional. Nos parâmetros físicos, diferenças foram observadas apenas na camada 0-0,10 m, onde o solo recém escarificado apresentou a maior macroporosidade, e menor microporosidade e densidade do solo. Após quatro anos, não se evidenciou mais o efeito da escarificação na relação entre solo e haste sulcadora.
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre parâmetros de plantas de soja e feijão e a resistência do solo à penetração de Argissolo Vermelho distrófico arênico sob semeadura direta e convencional. Em experimento implantado em 1989 em semeadura direta, foram aplicadas diferentes passadas de máquina de 10 Mg e realizados diferentes preparos do solo em delineamento inteiramente casualizado. Foram quantificados o índice de velocidade de emergência, o índice de área foliar, a altura e a produtividade de grãos de soja e de feijão e a resistência do solo à penetração. O índice de área foliar, a altura e a produtividade do feijão são influenciados pela resistência do solo à penetração em 46, 51 e 59%, respectivamente, enquanto 55% da variação da altura da soja é explicada pela resistência à penetração. Indica-se um valor crítico de resistência à penetração de aproximadamente 1,7 e 1,9 MPa no que se refere ao crescimento e à produtividade de grãos de feijão e de soja, respectivamente.
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Este trabalho teve por objetivos quantificar a evaporação da água na superfície do solo, em plantio direto e em preparo convencional, e avaliar o uso de microlisímetros de pesagem para medir esse processo. As medições foram feitas em campo, nos verões de 2001/2002, 2002/2003 e 2004/2005, em experimentos irrigados e não irrigados. Utilizaram-se delineamentos inteiramente casualizados, com quatro repetições, cujos tratamentos consistiram de sistemas de manejo do solo â plantio direto e preparo convencional â, e a presença ou ausência de cultivo de milho. Mediu-se a evaporação diária durante períodos de secagem do solo, entre precipitações ou irrigações consecutivas. Em experimentos sem irrigação, a evaporação acumulada foi maior sob plantio direto, na maioria dos períodos de medição, independentemente da presença da lavoura de milho. Nos experimentos com irrigação, a evaporação não apresentou diferenças regulares entre sistemas de manejo de solo. Normalmente, no início dos períodos de medição, com dois a cinco dias de secagem do solo, a evaporação foi maior em solo sob preparo convencional, tendo-se tornado maior em plantio direto, no restante do período de secagem. O emprego de microlisímetros de pesagem é eficiente para medir a evaporação na superfície do solo.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da intensidade de tráfego e do sistema de manejo na demandade tração de umahaste sulcadora deadubo,e naspropriedadesfísicas de umArgissoloVermelho-Amarelo. Os tratamentos foram: semeadura direta com tráfego natural, semeadura direta com tráfego adicional de intensidade de 24,79 Mg km ha-1, semeadura direta com tráfego adicional de intensidade de 49,59 Mg km ha-1, cultivo mínimo e cultivo mínimo em solo compactado com tráfego de 24,67 Mg km ha-1. Foram coletados dados de: porosidade total; densidade do solo; resistência mecânica do solo à penetração; e de esforço horizontal, vertical e de tração da haste sulcadora de adubo da semeadora. A subsolagem do cultivo mínimo, utilizada como técnica isolada, não reduziu os efeitos da compactação ocasionados pela intensidade de tráfego de 24,67 Mg km ha-1. O tráfego afeta a estrutura do solo, sem alterar, porém, a demanda de tração. A mudança da intensidade de tráfego, de 24,79 para 49,59 Mg km ha-1, não ocasionou maiores alterações nas propriedades avaliadas.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de tratamentos de superação da dormência de sementes sobre a taxa e o tempo de emergência de espécies arbóreas de Fabaceae, e sobre seu estabelecimento, quando reintroduzidas em pastagem, no Cerrado. Foram realizados experimentos em casa de vegetação e em campo (pastagem de Urochloa brizantha), com as espécies Mimosa caesalpiniifolia, Peltophorum dubium, Pterogyne nitens, Dimorphandra mollis, Copaifera langsdorffii e Hymenaea stigonocarpa, submetidas ou não aos seguintes tratamentos de superação de dormência: D. mollis e H. stigonocarpa, escarificação mecânica; C. langsdorffii e M. caesalpiniifolia, escarificação química com H2SO4; P. nitens, punção do tegumento; e P. dubium, imersão em água a 80ºC. O estabelecimento em campo foi monitorado por 21 meses. A superação de dormência promoveu, em casa de vegetação, maior emergência de quatro das seis espécies avaliadas, e, no campo, de cinco espécies. Além disso, reduziu o tempo de emergência das espécies e aumentou o recrutamento de M. caesalpiniifolia, P. nitens, D. mollis e H. stigonocarpa, aos 127 dias, e de H. stigonocarpa aos 659 dias. Os tratamentos de superação de dormência podem aumentar a eficiência da semeadura direta, em projetos de restauração de áreas degradadas no Cerrado, ao promover maior emergência das sementes e o estabelecimento das plantas.
Resumo:
A adequada combinação entre a escolha da densidade de plantas e do híbrido é um dos fatores que contribuem para o aumento da produtividade do milho. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do incremento na densidade de plantas sobre a incidência de podridões do colmo, de grãos ardidos e o rendimento de grãos de dois híbridos de milho contrastantes quanto a tolerância ao adensamento. O experimento foi conduzido em Lages, SC, nas safras agrícolas 2002/03 e 2003/04, em área de semeadura direta e monocultura, sob sucessão de cobertura morta constituída de aveia preta+ervilhaca. Estudou-se a combinação de dois fatores: híbrido e densidades, utilizando-se o delineamento experimental de blocos casualizados com parcela sub-dividida. Na parcela principal avaliaram os híbridos: Speed (simples, tolerante ao adensamento) e AG 303 (duplo, intolerante ao adensamento). Nas sub-parcelas testaram-se cinco densidades de plantas: 25, 50, 75, 100 e 125 mil plantas ha-1. O aumento da densidade de plantas, proporcionou incremento linear na incidência das podridões do colmo e grãos ardidos para os dois híbridos e duas safras avaliadas. O fungo Colletotrichum graminicola foi o mais detectado em colmos doentes, seguido do Fusarium graminearum, F. verticillioides e Stenocarpella sp. Nos grãos ardidos, os fungos predominantes foram F. verticillioides, F. graminearum e Penicillium spp. O híbrido AG 303 demonstrou menor resposta no rendimento do que o híbrido Speed com o aumento da população de plantas. Não foi observada associação direta entre o maior rendimento de grãos do híbrido simples em estandes adensados e a menor incidência de doenças de colmo e de grãos ardidos.
Resumo:
O ZLCV é um tospovírus encontrado com freqüência causando severos danos em cucurbitáceas. Nesse trabalho avaliaram-se os danos causados pelo ZLCV em abobrinha de moita 'Caserta', em campo na ESALQ/USP, Piracicaba-SP, onde esse vírus é freqüente. Plantas obtidas pela semeadura direta foram monitoradas periodicamente quanto à infecção pelo ZLCV por meio dos sintomas e por PTA-ELISA. Monitorou-se ainda a contaminação com Papaya ringspot virus - type W e Zucchini yellow mosaic virus, desconsiderando a produção dessas plantas. As plantas foram agrupadas em função da época de aparecimento dos sintomas do ZLCV, avaliando a produção de frutos comerciais (FC) e não comerciais (FNC) de cada grupo e comparando com a de plantas que permaneceram sem sintomas até o final do experimento. As plantas que apresentaram sintomas até os 23 dias após a emergência (DAE) não produziram qualquer tipo de frutos. FC foram colhidos de plantas que apresentaram sintomas a partir dos 42 DAE. Mesmo assim, houve redução de 78,5 % na produção de FC. Plantas que mostraram sintomas por ocasião da última colheita (55 DAE) apresentaram redução na produção de FC de 9,6 %. A infecção com o ZLCV até o início da frutificação inviabiliza a produção de FC de abobrinha de moita 'Caserta'.