190 resultados para Pluralismo estruturado


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OBJETIVO: promover e observar, de forma participativa, uma atividade científica acompanhada de uma renovação didático-metodológica que desenvolvesse a atitude científica e, ao mesmo tempo, proporcionasse o estudo sobre a atualização dos conhecimentos pedagógicos dos médicos que atuam como docentes em faculdades de medicina. MÉTODOS: alunos do Programa de Pós-Graduação em Cirurgia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, de duas turmas consecutivas, realizaram uma pesquisa, na qual entrevistaram aleatoriamente 150 professores-médicos que atuam em faculdades de Medicina do Estado do Rio de Janeiro. O estudo foi estruturado em três etapas: definição do conteúdo investigativo; realização de entrevistas, mediante pesquisa de campo e discussão dos resultados. RESULTADOS: a maioria dos professores-médicos entrevistados (85%) afirma conhecer as tendências atuais da educação, mas, ao expressar o pensamento, deixam dúvidas sobre o real conhecimento do assunto. As aulas expositivas foram utilizadas por 90% dos entrevistados e os demais (10%) utilizaram outras estratégias de ensino para transmitir os conteúdos. Somente 52% dos médicos afirmaram já ter ouvido falar sobre a Resolução CNE/CES nº 04/2001. CONCLUSÃO: a atividade de ensino com pesquisa desafiou os estudantes como investigadores preparando-os para a pesquisa e construção de atitudes científicas necessárias na pós-graduação, auxiliando-os na solução do problema investigado. Os resultados destacam que as respostas obtidas na entrevista não foram precisas para caracterizar a dimensão real da atualização pedagógica dos professores médicos.

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Objetivo: avaliar, numa população brasileira, a possível associação entre história de violência sexual e algumas das queixas ginecológicas referidas com maior freqüência pelas mulheres. Métodos: análise secundária de dados de um estudo do tipo transversal retrospectivo em que foram entrevistadas, em seus domicílios, 1.838 mulheres com 15 a 49 anos de idade, residentes em Campinas e Sumaré, no Estado de São Paulo. Utilizou-se um questionário estruturado e pré-testado, que permitiu caracterizar a história de violência sexual das mulheres, a existência de disfunções sexuais e a presença de sintomas ginecológicos no ano anterior à entrevista. As diferenças estatísticas foram avaliadas com o teste chi². Resultados: pouco mais de um terço (38,1%) das mulheres não relatou história de violência sexual; 54,8% referiram que, alguma vez, tiveram relações sexuais contra sua vontade, sem terem sido forçadas a isto, embora 23% mencionaram algum tipo de constrangimento; 7,1% relataram já terem sido forçadas a manter relações. Verificou-se associação estatística entre história de violência sexual e a referência a queixas ginecológicas e a disfunções sexuais. Conclusões: evidenciou-se que até formas menos agressivas de imposição da vontade masculina na vida sexual do casal associaram-se a uma maior prevalência das queixas ginecológicas mais freqüentes. O ginecologista deve, portanto, ter em conta este fator etiológico, excepcionalmente considerado no presente momento.

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OBJETIVO: avaliar a aceitabilidade, a adesão e a experiência com o uso de condom feminino (CF) entre mulheres infectadas pelo HIV. MÉTODO: estudo descritivo prospectivo com 76 mulheres infectadas pelo HIV atendidas no CAISM/UNICAMP e no Centro Corsini de Campinas. Após entrevista de triagem e concordando em participar, as voluntárias receberam calendário para registro das relações sexuais e uso de condom masculino (CM). Após 30 dias, compareceram à visita de treinamento com colocação do CF em modelo pélvico, trazendo o diário do ciclo anterior, considerado controle. Aplicou-se questionário estruturado após 30, 60 e 90 dias, recolhendo-se sempre o diário de registro das relações sexuais e uso de CF ou CM. Usaram-se os testes de c², exato de Fisher, McNemar e Friedman para amostras emparelhadas na análise estatística. RESULTADOS: predominaram as mulheres jovens, de baixa escolaridade, que moravam com o parceiro. Observou-se taxa de continuidade de uso de 52%, ao longo de 90 dias. O uso de CF, em metade das relações sexuais em cada período de estudo, permaneceu estável nos 90 dias. Houve significativa diminuição da proporção média das relações sexuais desprotegidas (de 14% para 6%), sem uso de CM ou CF, aos 90 dias. As dificuldades iniciais no manuseio do CF foram superadas com o tempo. Os casais sorodiscordantes tiveram maior proporção de relações protegidas que os casais soroconcordantes, porém a diferença não foi significativa. As mulheres que relataram uso prévio consistente de CM apresentaram número significantemente maior de relações protegidas com CF. CONCLUSÕES: a oferta do CF foi capaz de reduzir as relações sexuais desprotegidas entre mulheres infectadas pelo HIV, que se mostraram motivadas e receptivas a este método.

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OBJETIVO: avaliar conhecimento, opinião e conduta de ginecologistas e obstetras sobre o aborto induzido. MÉTODO: questionário estruturado e pré-testado foi enviado a ginecologistas e obstetras associados a FEBRASGO. Solicitou-se preenchê-lo sem identificar-se e retorná-lo em envelope pré-selado que o acompanhava, para assegurar anonimato. Perguntou-se sobre conhecimento da legalidade do aborto no Brasil, opinião sobre a mesma e conduta em situações de solicitação de aborto. RESULTADOS: para 90% o aborto é legal nos casos de gravidez por estupro e risco de vida para a gestante, e para 31,8% quando existe malformação congênita grave. Opinaram que o aborto deveria ser permitido quando há risco de vida da gestante (79,3%), malformação fetal (77,0%) e quando a gravidez for resultado de estupro (76,6%), e 9,9% opinaram que deveria permitir-se em qualquer circunstância. Dois terços acreditavam que se precisa de alvará judicial para realizar aborto previsto em lei, e 27,4% sabiam que se requer solicitação da mulher. Diante da gravidez indesejada, 77,6% das mulheres ginecologistas/obstetras e 79,9% das parceiras dos ginecologistas/obstetras que a experimentaram referiram que foi feito um aborto; 40% ajudariam uma paciente e 48,5% a uma familiar na mesma situação. CONCLUSÃO: falta conhecimento da situação legal do aborto entre os ginecologistas e obstetras, apesar de grande maioria ter atitudes e condutas favoráveis.

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OBJETIVO: analisar a associação da via de partos consecutivos de 714 gestantes adolescentes, que pariram na Maternidade do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, no período de janeiro a dezembro de 2001. PACIENTES E MÉTODOS: em estudo prospectivo, analítico, transversal, tipo incidência, foi analisada a sucessão das vias de parto da primeira até a quarta gestação de 714 parturientes adolescentes, com idade variando entre 13 e 19 anos (média 17,2±1,5 anos). Identificando-se, no livro da sala de parto, a cada dia, as adolescentes que pariram, após ter obtido o consentimento livre e esclarecido, cada uma respondeu a um questionário estruturado, com 65 perguntas diretas e respostas fechadas, pré-codificadas, entre as quais estavam vias de parto e o número de gestações. RESULTADOS: observou-se que 527 (73,8%) adolescentes tiveram uma única parturição, 149 (20,9%) duas parturições, 35 (4,9%) três partos e 3 (0,4%) quatro partos. Dentre os 273 partos cesáreos, 207 (75,8%) ocorreram em primíparas, 65 (23,8%) em paucíparas e 1 (0,4%) em multípara. Houve associação estatisticamente significante entre via de parto da primeira e da segunda parturições; em 83 (55,7%) gestantes adolescentes quanto à via transvaginal e em 41 (27,5%), para a via cesárea. Coincidiram também as vias de parto de segunda e terceira parturições, em 23 (65,7%) gestantes adolescentes no parto transvaginal e em outras 10 (28,6%) na cesárea. CONCLUSÃO: identificou-se tendência da coincidência das vias de parto em gestações sucessivas em parturientes adolescentes, até a terceira parturição

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OBJETIVO: identificar fatores indicadores da sintomatologia climatérica. PACIENTES E MÉTODOS: estudo transversal de 254 mulheres pós-menopáusicas com idade entre 45 e 60 anos atendidas em Ambulatório de Climatério entre junho e outubro de 2002. Foram excluídas mulheres histerectomizadas ou sob terapia hormonal. As atitudes sobre a menopausa foram avaliadas por meio de instrumento construído a partir da adaptação de um questionário, constituindo-se de 11 questões referentes a atitudes positivas (vantagens) e 11 referentes a atitudes negativas (desvantagens) sobre a menopausa. Para a coleta de dados sociodemográficos e relacionados a variáveis reprodutivas e às condições de saúde da população estudada, utilizou-se questionário estruturado e previamente testado. A sintomatologia climatérica foi avaliada pelo índice de Kupperman e as atitudes sobre a menopausa por meio de instrumento específico. Os dados foram analisados pelo teste t de Student, análise de variância (ANOVA) e regressão linear múltipla. RESULTADOS: de modo geral, a sintomatologia climatérica foi leve em 28%, moderada em 42,3% e intensa em 30,7% dos casos. Os sintomas mais prevalentes foram a irritabilidade (87,1%), as artralgias/mialgias (77,5%) e a melancolia/tristeza (73,2%), ao passo que os mais intensos foram as ondas de calor, a irritabilidade e a insônia. Sintomas vasomotores foram referidos por 60,2% das entrevistadas. Mostraram-se indicadores da sintomatologia climatérica a cor, a atividade física regular e as atitudes com respeito a menopausa. A cor branca (p=0,02), a atividade física regular (p=0,04) e uma percepção positiva sobre a menopausa (p=0,01) associaram-se a sintomas climatéricos menos intensos. Em contrapartida, a percepção da menopausa como evento desvantajoso (atitude negativa) associou-se a pior sintomatologia climatérica (p<0,01). CONCLUSÕES: no presente estudo, a sintomatologia climatérica foi influenciada por fatores psicossociais e pela atividade física, além do estado de hipoestrogenismo característico desse período.

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OBJETIVO: identificar disfunções sexuais em pacientes com câncer de colo uterino submetidas à radioterapia exclusiva pela técnica de braquiterapia de alta taxa de dose. MÉTODOS: foi realizado um estudo descritivo do tipo corte transversal no período de janeiro a junho de 2004. O estudo envolveu 71 pacientes selecionadas de acordo o perfil estabelecido e que vinham sendo seguidas no ambulatório de pélvis do Hospital do Câncer de Pernambuco. Os dados foram coletados a partir de um questionário estruturado, complementado por um exame ginecológico visando investigar queixas de disfunção sexual após a radioterapia. Foi utilizado o programa estatístico Epi-Info 6.04 para processamento e análise dos dados. A análise descritiva foi feita pela média, mediana, valores máximo e mínimo. Para análise bivariada foram realizados os testes de homogeneidade marginal e McNemar, considerando um nível de significância de 5%. RESULTADOS: das complicações ginecológicas identificadas, destacam-se fibrose, estenose e atrofia vaginais (98,6, 76,1 e 71,8% dos casos, respectivamente). As disfunções sexuais identificadas foram: frigidez e falta de lubrificação, de excitação e de orgasmo, que ocorreram em 76,1% dos casos, falta de libido em 40,8% e vaginismo em 5,6% dos casos. CONCLUSÕES: as disfunções sexuais são freqüentes em pacientes com câncer do colo uterino avançado tratadas com radioterapia exclusiva utilizando o protocolo de braquiterapia de alta taxa de dose. Atenção específica deve ser dada à anamnese sexual e ao exame ginecológico durante o acompanhamento destas pacientes.

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OBJETIVO: avaliar o conhecimento e a opinião de ginecologistas e obstetras acerca do aborto induzido, comparando resultados de dois inquéritos, realizados em 2003 e 2005. MÉTODOS: questionário estruturado e pré-testado enviado a todos associados à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Solicitou-se preenchê-lo sem identificar-se e retorná-lo em envelope pré-selado que o acompanhava, com o objetivo de assegurar o anonimato. Perguntou-se sobre conhecimento da legislação referente ao aborto no Brasil e opinião sobre a mesma. RESULTADOS: nos dois inquéritos, a porcentagem de médicos que sabiam quais as circunstâncias em que o aborto não é punido esteve acima de 80%. Porém, houve redução significativa na porcentagem daqueles que conheciam a legalidade do aborto por risco de vida. Aumentou em mais de um terço a proporção de respondentes que sabiam que o aborto por malformação congênita grave não está dentro dos permissivos legais atuais. Cresceu consistentemente a porcentagem de médicos favoráveis à permissão do aborto em várias circunstâncias, e diminuiu a proporção dos que consideravam que não deveria ser permitido em nenhuma circunstância. Diminuiu a porcentagem dos que opinaram que os permissivos legais não deveriam ser modificados, e aumentou a proporção dos que entendiam que se deveria deixar de considerar o aborto crime em qualquer circunstância. CONCLUSÕES: de modo geral, tem havido maior reflexão sobre o problema do aborto provocado no período transcorrido entre os dois inquéritos. Porém, continua se evidenciando a necessidade de informar corretamente os gineco-obstetras brasileiros sobre as leis e normas que regulamentam a prática do aborto legal no país, visando assegurar que as mulheres que necessitam tenham, de fato, acesso a esse direito.

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OBJETIVO: analisar os fatores associados ao futuro reprodutivo de mulheres submetidas previamente à laqueadura tubária (LT), que desejavam nova gestação, atendidas em serviço público. MÉTODOS: realizou-se estudo prospectivo, no qual foram incluídos 98 pacientes, submetidas previamente a LT, que procuraram o serviço de reprodução humana no período de janeiro de 1996 a janeiro de 2004 desejando nova gestação. Utilizou-se, como instrumento de pesquisa, o seguimento dessas mulheres desde a primeira consulta, na qual solicitaram a reversão do procedimento, até a aplicação do questionário estruturado no final do período do estudo, abordando aspectos sociodemográficos das pacientes nos momentos da solicitação da laqueadura e da reversão do procedimento. RESULTADOS: a média da idade na época da ligadura era de 25 anos, sendo que 55,1% tinham menos de 25 anos, 46,9% tinham três ou mais filhos, e dez tinham apenas um filho. As causas mais comuns para a indicação da LT foram: desejo de contracepção (48%), problemas financeiros (25,5%), e problemas conjugais (15,3%). As principais razões para tentativa de nova gravidez foram: novo matrimônio/novo parceiro (80,6%), ter um novo filho com o mesmo parceiro (8,2%), e morte de um filho (6,1%). O tempo de arrependimento informado pela maioria das mulheres foi entre dois e quatro anos, e a procura pela reversão, no intervalo de seis a dez anos. Para 83,6% da amostra, faltou informação a respeito da laqueadura e dificuldades da reversão. Em 20 pacientes foi realizada recanalização tubária e, das dez mulheres que ficaram grávidas, seis tiveram filhos a termo. Para oito pacientes foi indicada fertilização in vitro, e, destas, quatro mulheres ficaram grávidas e duas conceberam recém-nascidos a termo. CONCLUSÕES: LT em mulheres jovens, vulneráveis e não informadas a respeito do caráter definitivo do método pode aumentar a demanda em serviços de reprodução assistida e comprometer o futuro reprodutivo, uma vez que apenas uma minoria dessas pacientes alcançam os objetivos.

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OBJETIVO: avaliar as atitudes e conhecimento dos obstetras das maternidades públicas da cidade de Salvador (MPS) sobre as recomendações do Ministério da Saúde para a profilaxia da transmissão vertical do vírus humano da imunodeficiência (HIV) e terapia antiretroviral em gestantes. Avaliou-se também a influência das condições de trabalho, disponibilidade da testagem rápida e da terapia antiretroviral em relação à aplicação destas recomendações. MÉTODOS: realizou-se um estudo de corte transversal entre agosto e novembro de 2005, envolvendo 129/152 (85%) dos obstetras de todas as MPS. Utilizou-se como instrumento um questionário anônimo, estruturado e auto-explicativo, com questões sobre as características da população, condições de trabalho e disponibilidade de insumos, conhecimento e atitudes relacionadas ao aconselhamento e testagem para o HIV e condutas com as pacientes (uso da zidovudina (AZT), reconhecimento de fatores de risco, escolha e manejo da via de parto e cuidados no puerpério). RESULTADOS: dos obstetras, 69% referiram conhecer integralmente as recomendações do Ministério da Saúde; 90,7% concordaram com a solicitação compulsória da testagem rápida para o HIV; 63,6% escolheram a cesariana para via de parto; 38% contra-indicaram o parto por via vaginal; 37,5% recomendaram isolamento das pacientes soropositivas e 58,1% indicaram laqueadura tubária. A maioria (90%) dos sujeitos referiram a existência de fatores prejudiciais à aplicabilidade das recomendações, sendo que os mais apontados foram a realização inadequada e a indisponibilidade das informações do pré-natal na admissão. Embora a testagem rápida estivesse disponível, apenas um terço dos entrevistados afirmou que o resultado estava sempre disponível em tempo hábil. CONCLUSÕES: algumas atitudes relacionadas à assistência à gestante com HIV foram discordantes das recomendações do Ministério da Saúde. Na opinião dos entrevistados a inadequação do pré-natal e a indisponibilidade do resultado da testagem rápida influenciam negativamente na aplicação das recomendações para profilaxia da transmissão vertical do HIV.

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OBJETIVOS: a tentativa de aborto mal sucedida com o uso do misoprostol (Cytotec®) sem indicação médica tem sido associada a malformações congênitas. Este estudo teve por objetivo identificar, em recém-nascidos malformados e controles normais, a frequência de exposição ao misoprostol e o espectro de malformações associadas. MÉTODOS: estudo de caso-controle desenvolvido em 2005 nas quatro principais maternidades públicas de Fortaleza (CE). Através de busca ativa diária, foram identificados recém-nascidos com diagnóstico de malformação fetal (caso) e controles saudáveis de mesmo sexo nascidos em seguida na mesma maternidade (pareamento 1:1). A amostra foi de 252 parturientes entrevistadas por equipe treinada utilizando questionário estruturado com base no Estudo Colaborativo Latino-Americano de Malformações Congênitas (ECLAMC). Além de abordar questões sociodemográficas e histórico familiar de malformação, o questionário objetivou identificar exposições diversas durante a gestação, incluindo o misoprostol. A análise bivariada com teste do χ2 comparou os grupos quanto às características e fatores associados à malformação e foi calculada a Odds Ratio para verificar a razão de chances de o Grupo Caso apresentar malformação em relação ao Grupo Controle com relação à exposição ao misoprostol. RESULTADOS: não houve diferenças significativas entre os grupos caso e controle quanto à maioria dos fatores de riscos investigados para malformações. O relato de tentativa de aborto foi de 6,8%, havendo uma maior exposição ao misoprostol durante a gestação em neonatos malformados comparados a saudáveis, Odds Ratio (OR)=3,65 (IC95%=0,74-17,91). O espectro de malformações encontradas entre os recém-nascidos expostos ao misoprostol foi compatível com a literatura, como os decorrentes de defeitos do tubo neural e disrupção vascular. CONCLUSÕES: os achados deste estudo, apesar de não apresentarem significância estatística, sugerem que os fetos expostos ao misoprostol apresentam uma tendência a maior risco de defeitos congênitos comparados aos não-expostos. Outras investigações devem ser incentivadas para que se identifique melhor o dano causado pela utilização indevida do misoprostol, principalmente em países onde o controle de medicamentos é ineficaz.

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OBJETIVO: avaliar a associação entre a exposição dos genitores aos agrotóxicos e nascimentos com defeitos congênitos no Vale do São Francisco, bem como o perfil sociodemográfico e os defeitos encontrados. MÉTODOS: estudo tipo caso-controle, sendo que para cada caso (recém-nascido com defeito congênito), eram dois controles (recém-nascidos saudáveis) nascidos na cidade de Petrolina, no Vale do São Francisco, em 2009. A amostra constou de 42 casos e 84 controles. Os dados formam colhidos com uso de questionário estruturado, adaptado do Estudo Colaborativo Latino-Americano de Malformações Congênitas (ECLAMC), acrescido de questões relacionadas à exposição aos agrotóxicos, análise do prontuário e contato com a pediatra do hospital. Foi realizado o teste do χ2 com nível de significância de 5% para identificar as variáveis com maiores diferenças entre os grupos caso e controle. Em seguida, foi calculado o Odds Ratio (OR) amostral, bem como o OR obtido por análise de regressão logística e, finalmente, realizou-se uma análise de regressão logística multivariada. RESULTADOS: houve maior exposição aos agrotóxicos durante a gestação em neonatos com defeitos congênitos se comparados aos saudáveis. Maior risco foi observado quando pelo menos um dos genitores foi exposto aos agrotóxicos (OR ajustado = 1,3; IC95% = 0,4-3,9). As variáveis sociodemográficas associadas aos defeitos congênitos foram: baixa escolaridade, baixo peso, prematuridade, genitores jovens, doenças crônicas e fatores físicos. Foram encontrados com maior frequência os polimalformados e os defeitos dos sistemas musculoesquelético e nervoso. CONCLUSÃO: o presente estudo, a despeito de não apresentar significância, sugere associação entre a exposição aos agrotóxicos e a ocorrência de defeitos congênitos.

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OBJETIVO: Avaliar as ações do Programa "Um Beijo Pela Vida", desenvolvido em um município do Nordeste brasileiro visando ampliar a adesão ao rastreamento do câncer de mama em mulheres cadastradas pela Estratégia Saúde da Família. MÉTODOS: Utilizou-se abordagem quantitativa para avaliar a cobertura das ações de rastreamento nas mulheres com 40 anos de idade ou mais. Foi realizada busca ativa das mulheres por agentes comunitários de saúde das nove Equipes de Saúde da Família do município. Os percentuais das mulheres submetidas ao exame clínico das mamas e à mamografia; de exames na faixa etária recomendada pelo Programa; da classificação das lesões mamográficas, de acordo com o BI-RADS®; das mulheres que receberam encaminhamento para diagnóstico e tratamento e o número de casos de câncer de mama detectados foram colhidos por meio de um questionário estruturado, analisados pelo programa EPI-INFO TM e confrontados a padrões previamente fixados. RESULTADOS: Foram incluídas 3.608 mulheres, correspondendo a 68,4% da população-alvo inscrita na Estratégia Saúde da Família. As taxas de cobertura do exame clínico das mamas para mulheres de 40 a 49 anos e da mamografia para mulheres de 50 a 69 anos foram de 58,9 e 56,7%, respectivamente. As mulheres com lesões mamográficas altamente suspeitas foram submetidas à punção por agulha fina ou por agulha grossa (100%). Seis casos novos de câncer foram detectados. Foram cumpridos 80% dos padrões analisados. CONCLUSÕES: A avaliação das ações do Programa aponta para sua adequação, considerando-se o grau de cumprimento das exigências previamente definidas.

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OBJETIVO: Avaliar a adesão terapêutica autorreferida durante a gestação em amostra de mulheres brasileiras. MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal com puérperas internadas no serviço de obstetrícia de um hospital universitário, entre agosto e novembro de 2010. Foram incluídas puérperas com 18 anos ou mais, idade gestacional superior a 22 semanas e peso do feto igual ou maior que 500 g. Foram excluídas puérperas em uso de sedativos e/ou outros medicamentos capazes de alterar o estado de consciência. Os dados foram coletados por meio de entrevista face a face, com uso de questionário estruturado contendo perguntas sobre características sociodemográficas, uso de medicamentos, número de gestações anteriores, métodos contraceptivos utilizados, atendimento pré-natal e adesão terapêutica. Para a determinação da adesão, foi utilizada a escala de adesão terapêutica de Morisky - MMAS-4 de quatro itens. Foram utilizados o Teste H de Kruskal-Wallis e o Teste de Χ2 de Pearson e exato de Fisher para análise estatística. RESULTADOS: A média de idade das gestantes foi de 22,5 anos (DP=6,5), das quais 53,8% iniciaram acompanhamento pré-natal no primeiro trimestre da gravidez. Das 130 pacientes entrevistadas, 96,9% fizeram uso de algum medicamento durante o período gestacional, com média de 2,8 medicamentos por paciente. As principais classes prescritas foram: antianêmicos (55,1%); analgésicos, anti-inflamatórios e antipiréticos (19,0%); e anti-infecciosos (7,2%). Fizeram uso de dois a quatro medicamentos 71,6% das pacientes. Apenas 19,2% das pacientes foram consideradas aderentes. As pacientes com menores taxas de adesão foram aquelas com maior escolaridade, renda própria, início do acompanhamento pré-natal no primeiro trimestre de gravidez e aborto prévio. CONCLUSÃO: Apesar de a maioria das gestantes fazer uso de medicamentos prescritos durante a gestação, a taxa de adesão ao tratamento foi baixa, indicando uma necessidade de investigações adicionais sobre o impacto da não adesão durante a gestação e suas causas.

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OBJETIVO: Avaliar hábitos de exposição solar e fotoproteção entre gestantes de um hospital público, orientação sobre fotoproteção durante o pré-natal, presença de melasma e seu impacto na qualidade de vida. MÉTODOS: Estudo transversal descritivo realizado em puérperas, com mais de 18 anos, participantes de um programa de assistência pré-natal da Região Sul do Brasil. A amostra foi não probabilística por conveniência. A coleta de dados ocorreu de julho a agosto de 2011, empregando-se entrevista direta, utilizando questionário estruturado para obter informações pessoais e dos hábitos de fotoproteção durante a gestação, avaliação cutânea e registro fotográfico de lesões mediante consentimento informado. A pele foi classificada em fototipos segundo Fitzpatrick e o melasma foi diagnosticado clinicamente. Entre as portadoras do melasma, foi aplicada a versão do MELASQoL-PB. A análise foi realizada com o programa Statistica®, versão 8.0, sendo o nível de significância p<0,05. RESULTADOS: Na amostra (109 puérperas) predominaram as mulheres brancas (60,6% fototipo III), jovens (média de idade 24,4 anos DP=6,1) e donas de casa (59,6%). A maioria (80%) permanecia exposta ao sol por 1-2 horas por dia entre às 10 e 15 horas, e, destas, 72% não aplicavam fotoprotetor alegando falta de hábito. Outros meios físicos de proteção solar eram utilizados por 15% destas pacientes. Informação durante o pré-natal sobre os riscos da exposição solar foi relatada por 34% das puérperas. Houve uma tendência a uma associação significativa entre a orientação no pré-natal e uso diário de protetor solar. Cerca de 20% das puérperas apresentavam melasma. A média do escore do MELASQol-PB (25) apontou impacto negativo na qualidade de vida dessas pacientes. CONCLUSÕES: Nestas puérperas, a exposição solar ocorreu em horários impróprios, sem orientação adequada e sem uma efetiva proteção solar. As portadoras de melasma queixavam da aparência da pele, frustração e constrangimento.