220 resultados para Pavos silvestres
Resumo:
Isolados de Crinipellis perniciosa, obtidos a partir de cacaueiro (Theobromae cacao), cupuaçuzeiro (T. grandiflorum) e solanáceas silvestres foram testados quanto à capacidade de produzirem enzimas extracelulares que degradam celulose, amido, lipídios e lignina. A produção de todas as enzimas foi determinada em meios sólidos e representada por uma estimativa, baseada na intensidade de cor, ou pela avaliação do diâmetro dos halos formado nos meios. Foi detectada variabilidade entre os isolados na capacidade de produzir enzimas celulolíticas, amilases, lipases, polifenol-oxidases, peroxidases e esterases. Quanto às enzimas proteolíticas, todos os isolados apresentaram alto nível de atividade, não sendo observada diferença no comportamento entre eles. Por outro lado, nenhum dos isolados produziu pectinase, urease e fosfatase-ácida. Os papéis das enzimas líticas produzidas pelos isolados de C. perniciosa na patogênese e na produção de basidiomas são discutidos
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O grau de ameaça e a importância ecológica dos mamíferos terrestres de médio e grande porte evidenciam a necessidade da busca de informações em inventários e diagnósticos ambientais. Objetivo deste estudo foi inventariar e avaliar a freqüência de ocorrência e riqueza de espécies de mamíferos de médio e grande porte na Estação de Pesquisa, Treinamento e Educação Ambiental (EPTEA) Mata do Paraíso, em Viçosa - MG. A área de estudo foi aleatoriamente percorrida, em busca de evidências indiretas e diretas de mamíferos. Também foram utilizadas armadilhas Tomahawk e fotográficas para o registro e identificação das espécies. Para registrar a freqüência de ocorrência, estabeleceu-se 20 parcelas de 2 x 2 m ao longo de um transecto, as quais foram vistoriadas 29 vezes entre abril de 2005 e abril de 2006. A partir dos dados de freqüência de ocorrência, estimou-se a riqueza de espécies, pelo procedimento Jackknife 1, utilizando o Programa EstimateS. Foram registradas 23 espécies de mamíferos, das quais três estão ameaçadas de extinção: Chrysocyon brachyurus (Illiger, 1815), Leopardus pardalis (Linnaeus, 1758) e Leopardus tigrinus (Schreber, 1775). As espécies silvestres com maior freqüência de registro foram Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766), L. tigrinus e L. pardalis. Foi estimada a riqueza de 15 (intervalo de confiança = 0,95) espécies de mamíferos terrestres silvestres para a EPTEA Mata do Paraíso. O presente trabalho mostra que apesar de pequena, a área de estudo desempenha um importante papel na conservação da mastofauna da região de Viçosa - MG.
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O Cerrado, segundo maior bioma brasileiro, foi considerado um dos 25 hotspots do planeta, por apresentar alto grau de endemismo e ser uma das regiões biologicamente mais ricas e ameaçadas em termos mundiais. Mas muitas áreas desse bioma ainda carecem de conhecimentos elementares sobre seu potencial biológico, evidenciando-se a necessidade de gerar informações através de inventários e diagnósticos ambientais. Nesses termos, este estudo objetivou inventariar as espécies de mamíferos de médio e grande portes na Reserva Indígena "Parabubure", Município de Campinápolis, leste do Estado de Mato Grosso. Para tanto, no período compreendido entre 12 de agosto e 27 de setembro de 2005, a porção leste da reserva, com cerca de 25.000 ha, foi aleatoriamente percorrida em busca de evidências de mamíferos de médio e grande portes. A amostragem incluiu métodos diretos (sinais acústicos e visualizações) e indiretos (pegadas, fezes e tocas) para o registro das espécies. Foram obtidos registros de 30 espécies de mamíferos silvestres, 28 de médio e grande portes e duas de pequeno porte, sendo sete listadas como ameaçadas de extinção em nível nacional. Por fim, embora enfrente queimadas periódicas, aparentemente a principal fonte de ameaça à mastofauna na Reserva Indígena "Parabubure" é a caça, tanto a realizada pelos índios Xavantes, sem um plano de sustentabilidade baseado na capacidade de suporte de cada espécie, quanto a praticada por outros agentes.
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As borrelioses são enfermidades infecciosas determinadas por espiroquetas do gênero Borrelia, agentes transmissíveis, principalmente, por carrapatos aos animais e/ou ao homem. Nesta revisão são apresentadas e discutidas as enfermidades determinadas por borrélias, bem como as características gerais das espiroquetas, os aspectos relacionados a transmissão por artrópodes, as enfermidades nos animais domésticos e silvestres, quanto aos aspectos biológicos e patológicos, a doença de Lyme como principal zoonose do grupo, a associação de borrélia com outros agentes hematozoários e os métodos diagnósticos e a epidemiologia comparativa entre dados obtidos no Brasil com os de outros países. Estas borrelioses possuem características patológicas, clínicas e epidemiológicas variadas de acordo à região fisiográfica, devido à existência de distintas espécies, genoespécies e cepas; estes aspectos variam ainda em função dos artrópodes vetores, da interação vetor-patógeno e dos ecossistemas distintos.
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Borreliose de Lyme é uma zoonose cosmopolita causada pelo espiroquetídeo Borrelia burgdorferi e tem como vetores carrapatos ixodídeos. Esta espiroqueta acomete diversas espécies de animais domésticos e silvestres, sendo o cão um importante reservatório no ambiente domiciliar. O quadro clínico da doença envolve as articulações, além de causar alterações em vários sistemas do organismo. Foram analisados 143 soros de cães provenientes dos municípios de Seropédica, Itaguaí e do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, quanto à ocorrência de anticorpos contra B. burgdorferi latu sensu, através de teste de ELISA indireto. Foram encontrados 48,25% de animais soropositivos, sendo 41,9% em Seropédica, 4,9% em Itaguaí e 1,4% no Rio de Janeiro. Os títulos variaram de 1:400 a 1:6400. Cães com menos de um ano apresentaram menor índice de títulos positivos, sendo a diferença significativa. Entre machos e fêmeas, não houve diferença significativa entre os títulos positivos. O resultado encontrado deve servir como alerta para ocorrência de Borrelia sp nas regiões estudadas, considerando a importância da borreliose de Lyme como zoonose emergente.
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O cateto (Tayassu tajacu) pertence à familia Tayassui-dae e é caracterizado por "colar" de pêlos brancos ao redor do pescoço que se estende bilateralmente cranialmente aos ombros. Pode ser encontrado do sudoeste dos Estados Unidos da América até a Argentina. Na literatura verificou-se a falta de dados a respeito da anatomia funcional do cateto especialmente trabalhos que envolvem a anatomia do plexo braquial. Visando elucidar o comportamento do plexo braquial do cateto e com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento da anatomia comparada, realizou-se esta pesquisa. Utilizou-se 30 animais de idades diferentes (13 fêmeas e 17 machos) provenientes do Centro de Multiplicação de Animais Silvestres, Universidade Federal Rural do Semi-árido, Mossoró, Rio Grande do Norte. Após o abate, realizou-se a dissecação bilateral dos plexos braquiais e registraram-se os resultados através de desenhos esquemáticos e as disposições agrupadas em tabelas para subseqüente análise estatística e obtidas as freqüências percentuais. Observou-se que o plexo braquial de catetos é resultado das comunicações estabelecidas, principalmente, entre os ramos ventrais dos três últimos nervos espinhais cervicais (C6, C7 e C8) e dos dois primeiros nervos espinhais torácicos (T1 e T2), tendo uma contribuição do quarto e quinto nervos cervicais em 16,67% e 50,00% dos casos, respectivamente. Em 40,00% das dissecações a formação do plexo, mais freqüente, foi do tipo C6, C7, C8, T1 e T2. Os principais nervos derivados do plexo braquial dos catetos e suas respectivas origens foram: nervo supraescapular (C6 e C7), nervo subscapular (C5, C6 e C7 ou C6 e C7), nervo axilar (C6 e C7), nervo músculocutâneo (C7 e C8), nervo mediano (C7, C8, T1 e T2), nervo ulnar (C8, T1 e T2), nervo radial (C8, T1 e T2), nervos peitorais craniais (C7) e caudais (C7 e C8), nervo toracodorsal (C6, C7 e C8), nervo torácico longo (C7 e C8) e nervo torácico lateral (C8, T1 e T2).
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O macaco-prego, Cebus apella, é muito difundido no norte e sul da Amazônia Legal Brasileira e no Cerrado. Estes animais encontram-se rotineiramente submetidos à caça predatória, aumentando assim a necessidade de preservação desta espécie silvestre. Realizou-se um estudo ultra-sonográfico de 10 macacos-prego como forma de descrever a anatomia ultra-sonográfica normal de sua cavidade abdominal. A vesícula urinária apresentou parede com espessura média 0,2cm e em posição anatômica cuja topografia permitiu contato com as paredes do corpo do útero e cólon descendente. À varredura abdominal caudal foi visualizada a aorta, veia cava caudal e veia ilíaca direita. O fígado foi visto em varredura sagital e transversal, possibilitando a observação da vesícula biliar e vasos hepáticos. A varredura renal demonstrou com precisão a pelve, seio renal e relação cortico-medular. O comprimento médio de ambos os rins foi de 6,24±0,31cm, não existindo diferença estatística entre o rim direito e esquerdo (Teste t de Student e ANOVA). O volume renal foi 2,37±0,18cm³. Os coeficientes de Correlação de Pearson entre os comprimentos renais direito e esquerdo e entre volumes renais direito e esquerdo foram dispostos como r = 0,74 e 0,51. As espessuras médias para a região cortical e medular foram 0,75±0,11cm e 0,39±0,06cm, respectivamente. O coeficiente de correlação para a relação cortico-medular entre os rins direito e esquerdo foi de r = 0,19. O exame ultrasonográfico mostrou-se como uma técnica eficiente, nãoinvasiva, rápida e reprodutível, que provê dados importantes aos profissionais da área de clínica e cirurgia de animais silvestres.
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O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de rebanhos positivos (focos) e identificar os fatores de risco que possam estar associados com a infecção pelo herpesvírus bovino 1 (BoHV-1) em rebanhos bovinos com atividade reprodutiva, na região Oeste do Estado do Paraná. O delineamento estatístico, amostras de soro e informações referentes às propriedades foram as empregadas para o estudo da brucelose bovina no Estado do Paraná dentro do contexto do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose. Foram avaliadas 1930 fêmeas com idade igual ou superior a 24 meses, provenientes de 295 rebanhos não vacinados contra o BoHV-1. Para o diagnóstico sorológico da infecção pelo BoHV-1, foi utilizado um ensaio imunoenzimático (ELISA) indireto. Em cada propriedade foi aplicado um questionário epidemiológico, afim de obter informações epidemiológicas e práticas de manejo empregadas. Dos 295 rebanhos analisados, 190 foram considerados positivos para o BoHV-1, com a prevalência de rebanhos de 64,41% (I.C.95% = 58,65-69,87%). As variáveis consideradas fatores de risco para a infecção pelo BoHV-1 na análise de regressão logística multivariada foram: i) número (>23) fêmeas com idade >24 meses (OR=2,22; IC: 1,09-4,51); ii) compra de reprodutores (OR=2,68; IC: 1,48-4,82); iii) uso de pastagens comuns (OR=5,93; IC: 1,31-26,82); iv) histórico de abortamento nos últimos 12 meses (OR=2,37; IC: 1,09-5,16); v) presença de animais silvestres (OR=8,86; IC: 1,11-70,73). Estes resultados indicam que a infecção pelo BoHV-1 está amplamente distribuída na região estudada e que fatores relacionados às características das propriedades e ao manejo estão associados à infecção.
Resumo:
Espiroquetas transmitidas por carrapatos são microrganismos de ampla distribuição geográfica e acometem animais silvestres, domésticos e seres humanos. Procedeu-se a análise sorológica de 300 soros de eqüinos onde 58 animais eram do município Ananideua, 61 eram de Belém, 131 de Castanhal e 50 eram do município de Santa Izabel do Pará para Borrelia burgdorferi através do teste ELISA indireto. Não foram observadas diferenças significativas (P < 0,05) entre os municípios, nem quanto à raça, sexo e função dos animais. Um total de 80 (26,7%) animais foram positivos para B. burgdorferi com os títulos de 1:800, 72 (90%) eqüinos; 1:1.600, 6 (7,5%) eqüinos; e 1:3.200, 2 (2,5%) eqüinos. Os resultados observados foram similares aos descritos nos EUA, onde foram relatadas freqüências de soropositivos variando entre 7 e 75% em eqüinos assintomáticos. A presença de anticorpos homólogos contra B. burgdorferi em eqüinos na mesorregião metropolitana de Belém é indicativo da ampla distribuição do agente e da possibilidade de ocorrerem casos humanos deste agente na região.
Resumo:
Atualmente os animais silvestres têm despertado o interesse particular na criação domestica. Na medicina de animais selvagens, os exames ultra-sonográficos podem ser considerados como ferramenta para diagnosticar e prevenir doenças. Deste modo, realizou-se um estudo em 20 jibóias (Boa constrictor), a fim de caracterizar a morfologia e aparência ultra-sonográfica das estruturas presentes da cavidade celomática desses animais. Ultra-sonograficamente, o fígado apresentou-se variando de hipoecóica a levemente hiperecogênica, com margens ecogênicas e ecotextura homogênea em toda sua extensão. Os rins mostraram formato elipsóide, com cápsula fina, regular e hiperecóica. Os folículos ovarianos apresentaram formato ovóide, margens finas, regulares e discretamente hiperecóicas. As estruturas do sistema reprodutor do macho não foram evidenciadas com precisão, devido a sua ecogenicidade similar em relação às estruturas adjacentes e pela presença do "corpo gorduroso" localizado nessa região. A ultra-sonografia da cavidade celomática em jibóias demonstrou ser uma técnica rápida e de fácil acesso, permitindo identificar a morfologia, sintopia e aparência ultra-sonográfica de estruturas como o fígado, rins e de folículos vitelogênicos nas fêmeas.
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O trabalho teve por objetivo avaliar por meio de estudos goniométricos os membros pélvicos de pacas criadas em cativeiro. Foram utilizadas oito pacas (Cuniculus paca), sendo três fêmeas e cinco machos, com peso entre 6,0 kg e 8,2 kg, nos quais foi aferido o movimento de extensão e flexão das articulações coxofemoral, joelho e tarsocrural utilizando-se um goniômetro de plástico. Foram realizadas duas aferições para cada membro pelo mesmo avaliador, com intervalo de uma semana entre cada aferição, com os animais sob anestesia dissociativa. Não houve diferença estatística nas aferições dos ângulos entres os momentos. As variações entre as medidas de flexão e extensão, efetuadas em cada momento pelo mesmo avaliador, foi entre 1º e 5º para cada membro. Os valores goniométricos médios foram: flexão de 43,96º±7,62 e extensão de 118,31º±9,79 para a articulação coxofemoral; flexão de 54,25º±10,24 e extensão 131,53º±7,89 para o joelho; flexão de 45,94º±7,16 e extensão de 145,03º±5,06 para a articulação tarsocrural. Sendo assim, observou-se que a amplitude de movimento das pacas é maior na articulação tarsocrural, seguida respectivamente do joelho e da articulação coxofemoral.
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O exame necroscópico é especialmente útil no diagnóstico de enfermidades em animais silvestres. Em muitas ocasiões, as manifestações clínicas não são características como em animais domésticos, sendo frequente a ocorrência de óbitos em animais assintomáticos. Este trabalho objetivou realizar um estudo retrospectivo sobre as doenças de cutias diagnosticadas pelo Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, através do exame anatomopatológico no período de 2006 a 2009. Em 32 cutias submetidas à necropsia, as percentagens das enfermidades diagnosticadas foram: morte perinatal pelo complexo inanição/hipotermia (21,6%), urolitíase obstrutiva (6,24%), distocia (6,24%), obstrução do ceco por areia - sablose (6,24%), intussuscepção (3,20%), fecaloma (3,20%) e obstrução do esôfago (3,20%). Dezesseis (16) animais permaneceram sem diagnóstico, dos quais nove (28,48%) apresentavam avançado estado autolítico e em sete (21,60%) não foram observadas lesões macro e microscópicas compatíveis com nenhuma enfermidade. Este artigo apresenta relatos de doenças ainda não descritas em cutias e seus resultados poderão produzir literatura sobre os aspectos patológicos destas enfermidades nessa espécie.
Resumo:
A presença de Brucella spp. entre animais silvestres pode influenciar a taxa de reprodução destes hospedeiros, além de atuarem como fonte de infecção natural para os animais domésticos e humanos. O objetivo deste estudo foi identificar a presença de Brucella spp. em 44 amostras de sangue de veado campeiro (Ozotoceros bezoarticus) do Pantanal do Sul-Mato-Grossense, utilizando a técnica de PCR. Observou-se que 20,4% (9/44) das amostras foram positivas. A sequência consenso de nucleotídeo obtida no sequenciamento do isolado de veado campeiro apresentou 514 pb e 95% de identidade com virB5 de B. abortus (best hits acesso nr AF226278, e-value 0.0), já na análise filogenética a amostra de Brucella isolada de veado campeiro apresentou-se muito próximo de B. suis. A alta porcentagem de amostras positivas sugere que a brucelose pode ser um problema entre os veados campeiros na área estudada e que estes animais podem representar riscos para outros animais domésticos e silvestres.
Resumo:
A diversidade biológica é representada por todas as unidades da natureza e sua conservação diz respeito à sobrevivência da própria espécie humana. Uma das ameaças à sua conservação são as doenças infecciosas que afetam a fauna, dentre as quais se podee incluir a salmonelose como uma das mais importantes, especialmente para a avifauna. Aves de topo de cadeia alimentar como os Ciconiiformes podem ser potenciais reservatórios e disseminadores da Salmonella spp. para outras espécies silvestres e também para populações humanas e animais domésticos, podendo causar prejuízos à saúde pública e ao meio ambiente. Objetivou-se descrever a infecção ou doença por Salmonella sp., o seu agente etiológico e sua ocorrência em Ciconiiformes, bem como demonstrar a importância destas aves na cadeia epidemiológica silvestre desta zoonose, verificando os riscos para a saúde pública e para a conservação da diversidade biológica.
Resumo:
Os cracídeos são aves silvestres que habitam as matas tropicais da América. Foram coletadas, no ano de 2007, amostras cloacais de 51 aves de dez espécies diferentes de cracídeos mantidos em cativeiros no Estado do Rio Grande do Sul. A partir dos swabs, colhidos assepticamente, foi realizado o isolamento e a caracterização bacteriana e o teste de susceptibilidade antimicrobiana dos isolados. Foram identificadas 93 cepas de bactérias. As bactérias mais frequentemente isoladas foram Escherichia coli, Staphylococcus spp. e Streptococcus spp. Todas as amostras foram negativas para o isolamento de Salmonella spp. O resultado do teste de sensibilidade mostrou que dentre as 93 cepas isoladas, todas foram sensíveis apenas ao imipinem. Adicionalmente, os menores percentuais de resistência foram observados frente ao cloranfenicol e ciprofloxacina. Os gêneros e espécies bacterianas com maior percentual de resistência a diferentes antibióticos testados foram Escherichia coli, Serratia marcescens, Staphylococcus aureus e Streptococcus spp. Com os resultados obtidos no presente trabalho, concluí-se, que a população de cracídeos estudada apresenta sua microbiota cloacal composta por vários gêneros e espécies bacterianas e que a multirresistencia pode ser um problema no futuro, uma vez que algumas cepas isoladas mostraram percentuais elevados de resistência a diferente antimicrobianos.