417 resultados para Neyman Pearson
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Fundamento: Há poucos dados sobre a definição de parâmetros simples e robustos para predizer artefato de imagem em tomografia computadorizada (TC) cardíaca. Objetivos: Avaliar o valor da simples medida da espessura do tecido subcutâneo (espessura pele-esterno) como preditor de artefato de imagem em TC cardíaca. Métodos: O estudo avaliou 86 pacientes submetidos a angiotomografia computadorizada cardíaca (ATCC) com sincronização prospectiva com ECG e avaliação de escore de cálcio coronário com 120 kV e 150 mA. A qualidade da imagem foi medida objetivamente pelo artefato de imagem na aorta em ATCC, sendo 'artefato baixo' definido como aquele < 30 UH. Os diâmetros torácicos anteroposterior e laterolateral, o artefato de imagem na aorta e a espessura pele-esterno foram medidos como preditores de artefato em ATCC. A associação de preditores e artefato de imagem foi avaliada usando-se correlação de Pearson. Resultados: A dose média de radiação foi 3,5 ± 1,5 mSv. O artefato de imagem médio na ATCC foi de 36,3 ± 8,5 UH, sendo o artefato de imagem médiona fase sem contraste do exame de 17,7 ± 4,4 UH. Todos os preditores foram independentemente associados com artefato em ATCC. Os melhores preditores foram espessura pele-esterno, com correlação de 0,70 (p < 0,001), e artefato de imagem na fases em contraste,com correlação de 0,73 (p < 0,001). Ao avaliar a habilidade de predizer artefato de imagem baixo, as áreas sob a curva ROC para o artefato de imagem na fases em contraste e para a espessura pele-esterno foram 0,837e 0,864, respectivamente. Conclusão: Tanto espessura pele-esterno quanto artefato de escore de cálcio são preditores simples e precisos de artefato de imagem em ATCC. Tais parâmetros podem ser incorporados aos protocolos de TC padrão para ajustar adequadamente a exposição à radiação.
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Fundamento: A hipertrofia cardíaca constitui um dos componentes do remodelamento cardíaco e ocorre em resposta a aumento da atividade ou da sobrecarga funcional do coração. Objetivo: Avaliar a resposta hipertrófica da associação do hormônio tireoidiano e do exercício físico no coração de ratos. Método: Foram utilizados 37 ratos da linhagem Wistar, machos, adultos, distribuídos aleatoriamente em quatro grupos: controle, hormônio (HT), exercício (E), hormônio tireoidiano e exercício (H + E). O grupo hormônio recebeu diariamente levotiroxina sódica por gavagem, na dose de 20 μg de hormônio tireoidiano/100 g de peso corporal; o grupo exercício realizou natação cinco vezes por semana, com peso adicional correspondente a 20% do peso corporal, durante seis semanas; no grupo H + E foram aplicados simultaneamente os tratamentos dos grupos HT e E. A estatísica utilizada foi a análise de variância complementada, quando necessário, pelo teste de Tukey e o teste de correlação de Pearson. Resultados: O T4 foi mais elevado nos grupos HT e H + E. O peso total do coração foi maior nos grupos que receberam hormônio tireoidiano, e o peso ventricular esquerdo foi maior no grupo HT. O diâmetro transversal dos cardiomiócitos aumentou nos grupos HT, E e H + E. A porcentagem de colágeno foi maior nos grupos E e H + E. A análise da correlação entre as variáveis apresentou distintas respostas. Conclusão: A associação do hormônio tireoidiano com exercício físico de elevada intensidade produziu hipertrofia cardíaca e gerou um padrão hipertrófico não correlacionado diretamente ao grau de fibrose.
Association between Angiotensin-Converting Enzyme Inhibitors and Troponin in Acute Coronary Syndrome
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Background:Cardiovascular disease is the leading cause of mortality in the western world and its treatment should be optimized to decrease severe adverse events.Objective:To determine the effect of previous use of angiotensin-converting enzyme inhibitors on cardiac troponin I measurement in patients with acute coronary syndrome without ST-segment elevation and evaluate clinical outcomes at 180 days.Methods:Prospective, observational study, carried out in a tertiary center, in patients with acute coronary syndrome without ST-segment elevation. Clinical, electrocardiographic and laboratory variables were analyzed, with emphasis on previous use of angiotensin-converting enzyme inhibitors and cardiac troponin I. The Pearson chi-square tests (Pereira) or Fisher's exact test (Armitage) were used, as well as the non-parametric Mann-Whitney's test. Variables with significance levels of <10% were submitted to multiple logistic regression model.Results:A total of 457 patients with a mean age of 62.1 years, of whom 63.7% were males, were included. Risk factors such as hypertension (85.3%) and dyslipidemia (75.9%) were the most prevalent, with 35% of diabetics. In the evaluation of events at 180 days, there were 28 deaths (6.2%). The statistical analysis showed that the variables that interfered with troponin elevation (> 0.5 ng / mL) were high blood glucose at admission (p = 0.0034) and ST-segment depression ≥ 0.5 mm in one or more leads (p = 0.0016). The use of angiotensin-converting inhibitors prior to hospitalization was associated with troponin ≤ 0.5 ng / mL (p = 0.0482). The C-statistics for this model was 0.77.Conclusion:This study showed a correlation between prior use of angiotensin-converting enzyme inhibitors and reduction in the myocardial necrosis marker troponin I in patients admitted for acute coronary syndrome without ST-segment elevation. However, there are no data available yet to state that this reduction could lead to fewer severe clinical events such as death and re-infarction at 180 days.
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Background:Isolated congenital atrioventricular block (CAVB) is a rare condition with multiple clinical outcomes. Ventricular remodeling can occur in approximately 10% of the patients after pacemaker (PM) implantation.Objectives:To assess the functional capacity of children and young adults with isolated CAVB and chronic pacing of the right ventricle (RV) and evaluate its correlation with predictors of ventricular remodeling.Methods:This cross-sectional study used a cohort of patients with isolated CAVB and RV pacing for over a year. The subjects underwent clinical and echocardiographic evaluation. Functional capacity was assessed using the six-minute walk test. Chi-square test, Fisher's exact test, and Pearson correlation coefficient were used, considering a significance level of 5%.Results:A total of 61 individuals were evaluated between March 2010 and December 2013, of which 67.2% were women, aged between 7 and 41 years, who were using PMs for 13.5 ± 6.3 years. The percentage of ventricular pacing was 97.9 ± 4.1%, and the duration of the paced QRS complex was 153.7 ± 19.1 ms. Majority of the subjects (95.1%) were asymptomatic and did not use any medication. The mean distance walked was 546.9 ± 76.2 meters and was strongly correlated with the predicted distance (r = 0.907, p = 0.001) but not with risk factors for ventricular remodeling. (Arq Bras Cardiol. 2014; [online].ahead print, PP.0-0)Conclusions:The functional capacity of isolated CAVB patients with chronic RV pacing was satisfactory but did not correlate with risk factors for ventricular remodeling.
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Background:Cardiovascular diseases affect people worldwide. Individuals with Down Syndrome (DS) have an up to sixteen-time greater risk of mortality from cardiovascular diseases.Objective:To evaluate the effects of aerobic and resistance exercises on blood pressure and hemodynamic variables of young individuals with DS.Methods:A total of 29 young individuals with DS participated in the study. They were divided into two groups: aerobic training (AT) (n = 14), and resistance training (TR) (n = 15). Their mean age was 15.7 ± 2.82 years. The training program lasted 12 weeks, and had a frequency of three times a week for AT and twice a week for RT. AT was performed in treadmill/ bicycle ergometer, at an intensity between 50%-70% of the HR reserve. RT comprised nine exercises with three sets of 12 repetition-maximum. Systolic blood pressure (SBP), diastolic blood pressure (DBP), mean blood pressure (MBP) and hemodynamic variables were assessed beat-to-beat using the Finometer device before/after the training program. Descriptive analysis, the Shapiro-Wilk test to check the normality of data, and the two-way ANOVA for repeated measures were used to compare pre- and post-training variables. The Pearson’s correlation coefficient was calculated to correlate hemodynamic variables. The SPSS version 18.0 was used with the significance level set at p < 0.05.Results:After twelve weeks of aerobic and/or resistance training, significant reductions in variables SBP, DBP and MBP were observed.Conclusion:This study suggests a chronic hypotensive effect of moderate aerobic and resistance exercises on young individuals with DS.
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Abstract Background: Carotid intima-media thickness (CIMT) has been shown to be increased in children and adolescents with traditional cardiovascular risk factors such as obesity, hypertension, and chronic kidney disease, compared with those of healthy children. Objective: To assess the influence of sex, age and body mass index (BMI) on the CIMT in healthy children and adolescents aged 1 to 15 years. Methods: A total of 280 healthy children and adolescents (males, n=175; mean age, 7.49±3.57 years; mean BMI, 17.94±4.1 kg/m2) were screened for CIMT assessment. They were divided into 3 groups according to age: GI, 1 to 5 years [n=93 (33.2%); males, 57; mean BMI, 16±3 kg/m2]; GII, 6 to 10 years [n=127 (45.4%); males, 78; mean BMI, 17.9±3.7 kg/m2], and GIII, 11 to 15 years [n=60 (21.4%); males, 40; mean BMI, 20.9±4.5 kg/m2]. Results: There was no significant difference in CIMT values between male and female children and adolescents (0.43±0.06 mm vs. 0.42±0.05 mm, respectively; p=0.243). CIMT correlated with BMI neither in the total population nor in the 3 age groups according to Pearson correlation coefficient. Subjects aged 11 to 15 years had the highest CIMT values (GI vs. GII, p=0.615; GI vs. GIII, p=0.02; GII vs. GIII, p=0.004). Conclusions: CIMT is constant in healthy children younger than 10 years, regardless of sex or BMI. CIMT increases after the age of 10 years.
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Abstract Background: Excessive weight is a cardiovascular risk factor since it generates a chronic inflammatory process that aggravates the endothelial function. Objective: To evaluate the endothelial function in individuals with excess weight and mild dyslipidemia using brachial artery flow-mediated dilation (BAFMD), and the association of endothelial function with anthropometric and biochemical variables. Methods: Cross-sectional study that included 74 individuals and evaluated anthropometric variables (body mass index [BMI], waist-hip ratio [WHR], waist circumference [AC], and percentage of body fat [PBF]), biochemical (blood glucose, insulinemia, ultrasensitive C-reactive protein, fibrinogen, total cholesterol, HDL-cholesterol, triglycerides, and LDL-cholesterol) and endothelial function (BAFMD, evaluated by ultrasound). The statistical analysis was performed with SPSS, version 16.0. To study the association between the variables, we used chi-square, Student's t and Mann-Whitney tests, and Pearson's correlation. Logistic regression analyzed the independent influence of the factors. Values of p < 0.05 were considered significant. Results: The participants had a mean age of 50.8 years, and 57% were female. BMI, WC, WHR, and PBF showed no significant association with BAFMD. The male gender (p = 0.02) and higher serum levels of fibrinogen (p = 0.02) were significantly and independently associated with a BAFMD below 8%. Conclusions: In individuals with excess weight and mild untreated dyslipidemia, male gender and higher levels of fibrinogen were independently associated with worse BAFMD.
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1) Chamamos um desvio relativo simples o quociente de um desvio, isto é, de uma diferença entre uma variável e sua média ou outro valor ideal, e o seu erro standard. D= v-v/ δ ou D = v-v2/δ Num desvio composto nós reunimos vários desvios de acordo com a equação: D = + Σ (v - 2)²: o o = o1/ o o Todo desvio relativo é caracterizado por dois graus de liberdade (número de variáveis livres) que indicam de quantas observações foi calculado o numerador (grau de liberdade nf1 ou simplesmente n2) e o denominador (grau de liberdade nf2 ou simplesmente n2). 2) Explicamos em detalhe que a chamada distribuição normal ou de OAUSS é apenas um caso especial que nós encontramos quando o erro standard do dividendo do desvio relativo é calculado de um número bem grande de observações ou determinado por uma fórmula teórica. Para provar este ponto foi demonstrado que a distribuição de GAUSS pode ser derivada da distribuição binomial quando o expoente desta torna-se igual a infinito (Fig.1). 3) Assim torna-se evidente que um estudo detalhado da variação do erro standard é necessário. Mostramos rapidamente que, depois de tentativas preliminares de LEXIS e HELMERT, a solução foi achada pelos estatísticos da escola londrina: KARL PEARSON, o autor anônimo conhecido pelo nome de STUDENT e finalmente R. A. FISHER. 4) Devemos hoje distinguir quatro tipos diferentes de dis- tribuições de acaso dos desvios relativos, em dependência de combinação dos graus de liberdade n1 e n2. Distribuição de: fisher 1 < nf1 < infinito 1 < nf2 < infinito ( formula 9-1) Pearson 1 < nf1 < infinito nf 2= infinito ( formula 3-2) Student nf2 = 1 1 < nf2= infinito ( formula 3-3) Gauss nf1 = 1 nf2= infinito ( formula 3-4) As formas das curvas (Fig. 2) e as fórmulas matemáticas dos quatro tipos de distribuição são amplamente discutidas, bem como os valores das suas constantes e de ordenadas especiais. 5) As distribuições de GAUSS e de STUDENT (Figs. 2 e 5) que correspondem a variação de desvios simples são sempre simétricas e atingem o seu máximo para a abcissa D = O, sendo o valor da ordenada correspondente igual ao valor da constante da distribuição, k1 e k2 respectivamente. 6) As distribuições de PEARSON e FISHER (Fig. 2) correspondentes à variação de desvios compostos, são descontínuas para o valor D = O, existindo sempre duas curvas isoladas, uma à direita e outra à esquerda do valor zero da abcissa. As curvas são assimétricas (Figs. 6 a 9), tornando-se mais e mais simétricas para os valores elevados dos graus de liberdade. 7) A natureza dos limites de probabilidade é discutida. Explicámos porque usam-se em geral os limites bilaterais para as distribuições de STUDENT e GAUSS e os limites unilaterais superiores para as distribuições de PEARSON e FISHER (Figs. 3 e 4). Para o cálculo dos limites deve-se então lembrar que o desvio simples, D = (v - v) : o tem o sinal positivo ou negativo, de modo que é em geral necessário determinar os limites bilaterais em ambos os lados da curva (GAUSS e STUDENT). Os desvios relativos compostos da forma D = O1 : o2 não têm sinal determinado, devendo desprezar-se os sinais. Em geral consideramos apenas o caso o1 ser maior do que o2 e os limites se determinam apenas na extremidade da curva que corresponde a valores maiores do que 1. (Limites unilaterais superiores das distribuições de PEARSON e FISHER). Quando a natureza dos dados indica a possibilidade de aparecerem tanto valores de o(maiores como menores do que o2,devemos usar os limites bilaterais, correspondendo os limites unilaterais de 5%, 1% e 0,1% de probabilidade, correspondendo a limites bilaterais de 10%, 2% e 0,2%. 8) As relações matemáticas das fórmulas das quatro distribuições são amplamente discutidas, como também a sua transformação de uma para outra quando fazemos as necessárias alterações nos graus de liberdade. Estas transformações provam matematicamente que todas as quatro distribuições de acaso formam um conjunto. Foi demonstrado matematicamente que a fórmula das distribuições de FISHER representa o caso geral de variação de acaso de um desvio relativo, se nós extendermos a sua definição desde nfl = 1 até infinito e desde nf2 = 1 até infinito. 9) Existe apenas uma distribuição de GAUSS; podemos calcular uma curva para cada combinação imaginável de graus de liberdade para as outras três distribuições. Porém, é matematicamente evidente que nos aproximamos a distribuições limitantes quando os valores dos graus de liberdade se aproximam ao valor infinito. Partindo de fórmulas com área unidade e usando o erro standard como unidade da abcissa, chegamos às seguintes transformações: a) A distribuição de STUDENT (Fig. 5) passa a distribuição de GAUSS quando o grau de liberdade n2 se aproxima ao valor infinito. Como aproximação ao infinito, suficiente na prática, podemos aceitar valores maiores do que n2 = 30. b) A distribuição de PEARSON (Fig. 6) passa para uma de GAUSS com média zero e erro standard unidade quando nl é igual a 1. Quando de outro lado, nl torna-se muito grande, a distribuição de PEARSON podia ser substituída por uma distribuição modificada de GAUSS, com média igual ale unidade da abcissa igual a 1 : V2 n 1 . Para fins práticos, valores de nl maiores do que 30 são em geral uma aproximação suficiente ao infinito. c) Os limites da distribuição de FISHER são um pouco mais difíceis para definir. I) Em primeiro lugar foram estudadas as distribuições com n1 = n2 = n e verificamos (Figs. 7 e 8) que aproximamo-nos a uma distribuição, transformada de GAUSS com média 1 e erro standard l : Vn, quando o valor cresce até o infinito. Como aproximação satisfatória podemos considerar nl = n2 = 100, ou já nl =r n2 - 50 (Fig. 8) II) Quando n1 e n2 diferem (Fig. 9) podemos distinguir dois casos: Se n1 é pequeno e n2 maior do que 100 podemos substituir a distribuição de FISHER pela distribuição correspondente de PEARSON. (Fig. 9, parte superior). Se porém n1é maior do que 50 e n2 maior do que 100, ou vice-versa, atingimos uma distribuição modificada de GAUSS com média 1 e erro standard 1: 2n1 n3 n1 + n2 10) As definições matemáticas e os limites de probabilidade para as diferentes distribuições de acaso são dadas em geral na literatura em formas bem diversas, usando-se diferentes sistemas de abcissas. Com referência às distribuições de FISHER, foi usado por este autor, inicialmente, o logarítmo natural do desvio relativo, como abcissa. SNEDECOR (1937) emprega o quadrado dos desvios relativos e BRIEGER (1937) o desvio relativo próprio. As distribuições de PEARSON são empregadas para o X2 teste de PEARSON e FISHER, usando como abcissa os valores de x² = D². n1 Foi exposto o meu ponto de vista, que estas desigualdades trazem desvantagens na aplicação dos testes, pois atribui-se um peso diferente aos números analisados em cada teste, que são somas de desvios quadrados no X2 teste, somas des desvios quadrados divididos pelo grau de liberdade ou varianças no F-teste de SNEDECOR, desvios simples no t-teste de STUDENT, etc.. Uma tábua dos limites de probabilidade de desvios relativos foi publicada por mim (BRIEGER 1937) e uma tábua mais extensa será publicada em breve, contendo os limites unilaterais e bilaterais, tanto para as distribuições de STUDENT como de FISHER. 11) Num capítulo final são discutidas várias complicações que podem surgir na análise. Entre elas quero apenas citar alguns problemas. a) Quando comparamos o desvio de um valor e sua média, deveríamos corretamente empregar também os erros de ambos estes valores: D = u- u o2 +²5 Mas não podemos aqui imediatamente aplicar os limites de qualquer das distribuições do acaso discutidas acima. Em geral a variação de v, medida por o , segue uma distribuição de STUDENT e a variação da média V segue uma distribuição de GAUSS. O problema a ser solucionado é, como reunir os limites destas distribuições num só teste. A solução prática do caso é de considerar a média como uma constante, e aplicar diretamente os limites de probabilidade das dstribuições de STUDENT com o grau de liberdade do erro o. Mas este é apenas uma solução prática. O problema mesmo é, em parte, solucionado pelo teste de BEHRENDS. b) Um outro problema se apresenta no curso dos métodos chamados "analysis of variance" ou decomposição do erro. Supomos que nós queremos comparar uma média parcial va com a média geral v . Mas podemos calcular o erro desta média parcial, por dois processos, ou partindo do erro individual aa ou do erro "dentro" oD que é, como explicado acima, uma média balançada de todos os m erros individuais. O emprego deste último garante um teste mais satisfatório e severo, pois êle é baseado sempre num grau de liberdade bastante elevado. Teremos que aplicar dois testes em seguida: Em primeiro lugar devemos decidir se o erro ou difere do êrro dentro: D = δa/δ0 n1 = np/n2 m. n p Se este teste for significante, uma substituição de oa pelo oD não será admissível. Mas mesmo quando o resultado for insignificante, ainda não temos certeza sobre a identidade dos dois erros, pois pode ser que a diferença entre eles é pequena e os graus de liberdade não são suficientes para permitir o reconhecimento desta diferença como significante. Podemos então substituirmos oa por oD de modo que n2 = m : np: D = V a - v / δa Np n = 1 n2 = np passa para D = v = - v/ δ Np n = 1 n2 = m.n p as como podemos incluir neste último teste uma apreciação das nossas dúvidas sobre o teste anterior oa: oD ? A melhor solução prática me parece fazer uso da determinação de oD, que é provavelmente mais exata do que oa, mas usar os graus de liberdade do teste simples: np = 1 / n2 = np para deixar margem para as nossas dúvidas sobre a igualdade de oa a oD. Estes dois exemplos devem ser suficientes para demonstrar que apesar dos grandes progressos que nós podíamos registrar na teoria da variação do acaso, ainda existem problemas importantes a serem solucionados.
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Este estudo teve como objetivo verificar alterações na taxocenose de peixes devido à instalação da Pequena Central Hidrelétrica Salto Forqueta no curso do rio Forqueta. A área de estudo localiza-se na bacia hidrográfica do rio Taquari, entre os municípios de Putinga (margem esquerda do rio) e São José do Herval (margem direita do rio). O estudo abrangeu quatro etapas: Etapa I - dez/2000 a fev/2002 (anterior ao represamento), Etapa II - dez/2002 a jan/2004 (primeiro ano subseqüente ao represamento), Etapa III - maio/2004 a abr/2005 (segundo ano após o represamento) e Etapa IV - maio/2005 a jul/2006 (terceiro ano após o represamento). As amostragens foram realizadas com redes de espera de malhas diversas. Foram registradas 28 espécies na Etapa I, 21 espécies na Etapa II, 19 espécies na Etapa III e 18 espécies na Etapa IV, sendo que as maiores taxas de abundância nas quatro etapas de monitoramento variaram entre as espécies Astyanax spp., Hemiancistrus punctulatus Cardoso & Malabarba, 1999, Steindachnerina biornata (Pearson, 1924), Oligosarcus jenynsii (Günther, 1864) e Geophagus brasiliensis (Quoy & Gaimard, 1824). Verificaram-se diversas alterações na ictiocenose local, porém, as alterações não se mostraram estatisticamente significativas.
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Este estudo explora a maturação de gametas e biometria de Phragmatopoma caudata Krøyer in Mörch, 1863 para endossar uma metodologia e oferecer uma técnica adequada para estudos que objetivam avaliar a ecologia populacional. A análise de correlação de Pearson confirmou a relação positiva (r = 0,90, P <0,0001) entre o comprimento do corpo e o comprimento da coroa opercular. Indivíduos com opercular crown < 0,9 mm podem ser considerados como juvenil devido à ausência de gametas. Portanto, utilizando-se o método aprovado para separar as classes de tamanho, a população dos recifes de P. caudata no Parque Estadual Xixová-Japuí (PEJX) na Baía de Santos, Estado de São Paulo, foi examinada durante dois anos, com o objetivo de analisar a densidade populacional e o padrão sazonal da classe juvenil. Em período de elevadas taxas de juvenis, a densidade populacional atingiu 128.115 ind./m², porém, a média foi 65.090±22.033 ind./m². As análises estatísticas (Kruskal-Wallis H = 18,475, p < 0,01) revelaram existir variação significativa na composição juvenil entre as estações chuvosa e seca. Apesar da presença de juvenis em meses de seca, as estações chuvosas contemplaram 92,1% dos juvenis amostrados. O padrão de juvenis observado pode estar relacionado com fatores biológicos (e.g. gametogênese e ciclo de vida) e abióticos (e.g. suprimento alimentar e correntes marinhas). Estes resultados destacam a necessidade de programas de monitoramento de longo prazo que integrem elementos ecológicos e abióticos, a fim de obter uma compreensão mais completa da ecologia desse poliqueta e ajudar a gerenciar a biodiversidade marinha do PEJX.
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Fatores ambientais podem atuar como reguladores da expansão das populações de Aedes aegypti (Linnaeus, 1762). Este trabalho objetivou avaliar a influência da temperatura, umidade relativa do ar, e precipitação pluviométrica na flutuação populacional de Ae. aegypti. A pesquisa foi conduzida em Boqueirão, Campina Grande e Remígio, Estado da Paraíba, compreendendo um período de 12 meses, utilizando-se o método de coleta por armadilha de oviposição e de pesquisa larvária. A flutuação populacional de ovos e de outras formas imaturas, bem como os índices de infestação para ovos e larvas foi correlacionada com os dados climáticos utilizando-se a análise de correlação de Pearson. Os testes do qui-quadrado e de Tukey foram utilizados para comparar a infestação entre as áreas de estudo e a eficiência entre os métodos de pesquisas com armadilha de oviposição e de coletas de larvas. Não foram encontradas correlações entre as variáveis climáticas e a flutuação populacional de Ae. aegypti, nem com os índices para armadilha de oviposição (IAO) e de Breteau (IB). O IAO foi considerado alto, com média de 54,9; 59,53 e 59,51%, enquanto que o IB foi muito baixo com média de 1,55, 1,69 e 3,64, para os municípios de Boqueirão, Campina Grande e Remígio, respectivamente. A análise do qui-quadrado para o número de imóveis positivos foi altamente significativa, podendo-se inferir que o método de coleta por armadilha de oviposição foi mais eficiente que a pesquisa larvária na detecção da infestação pelo Ae. aegypti. Os resultados indicam que os fatores avaliados não podem ser considerados isolados na análise ecológica da distribuição desta espécie, já que não foram estabelecidas correlações entre a presença do vetor e fatores climático, como temperatura, umidade relativa do ar e precipitação pluviométrica. Assim na análise ecológica da distribuição do Ae. aegypti deve ser considerados os múltiplos fatores condicionantes e determinantes da sua infestação.
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American visceral leishmaniasis (AVL) is an important disease among children of northeast Brazil. In order to characterize antibody responses during AVL, sera of hospitalized patients were analyzed by ELISA and Western blot using a Leishmania chagasi antigen preparation. The ELISA was positive (asorbance [greater than or equals to] 0.196) at a serum dilution of 1:1024 in all patients at presentation, and fell to ward control levels over the following year. Only one of 72 control subjects tested positive, and that donor had a sibling with AVL. Immunoblots of the patients' sera recognized multiple bands, the most frequent of which were at approximately 116 kDa, 70 kDa, and 26 kDa. Less frenquently observed were bands at approximately 93 kDa, 74 kDa, 62 kDa, 46 kDa and 32 kDa. The ELISA responses and patterns of banding were distinctive for AVL, and could be used to differentiate patients with AVL from those with Chagas' disease of cutaneous leishmaniasis. Sera from six AVL patients followed for up to six weeks after treatment identified no new bands. Sodium dodecyl sulphate-polyacrylamide gel electrophoresis (SDS-PAGE) of surface iodinated parasite proteins showed one major band and four minor bands, whereas SDS-PAGE of biotinylated prarasite proteins revealed a banding pattern similar to those of patient sera. AVL appears to produce characteristic immunoblot patterns which can be used along with a sensitive screening ELISA to diagnose AVL.
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From March 1985 to February 1987 montly cast net and beach seine sambles were collected at the Marapendi lagoon, Rio de Janeiro, Brazil, to describe its ichthyofauna and analyze associations between species and their distribution in areas with different salinity regimes. A stratified random sampling design was used and the lagoon diveided in four areas (1-4) according to salinity gradient. The "Bravais-Pearson" correlation index was utilized to analyze the similarity between species and between areas and also group them according to the UPGMA method. According to the results eight species groups were established. The majority of the species were wuryhaline, having a marine origin and were distributed in areas 1, 2 and 3 (high salinity areas). The formation of smaller groups with species of fresh water origin, which occurred in areas 2, 3 and 4 is also discussed.
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Discriminant analysis was used to identify eggs of Capillaria spp. at specific level found in organic remains from an archaeological site in Patagonia, Argentina, dated of 6,540 ± 110 years before present. In order to distinguish eggshell morphology 149 eggs were measured and grouped into four arbitrary subsets. The analysis used on egg width and length discriminated them into different morphotypes (Wilks' lambda = 0.381, p < 0.05). The correlation analysis suggests that width was the most important variable to discriminate among the Capillaria spp. egg morphotypes (Pearson coefficient = 0.950, p < 0.05). The study of eggshell patterns, the relative frequency in the sample, and the morphometric data allowed us to correlate the four morphotypes with Capillaria species.