404 resultados para INCREMENTO DE PRODUCCION


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FUNDAMENTO: Os efeitos de longo prazo das drogas desenvolvidas para o controle da hipertensão arterial pulmonar (HAP) são pouco conhecidos, já que os estudos multicêntricos em geral têm duração de 12 a 16 semanas. OBJETIVO: Avaliar a evolução de dois anos, em pacientes com HAP submetidos à monoterapia com sildenafila (inibidor da fosfodiesterase-5), com respeito à capacidade funcional. MÉTODOS: Vinte e quatro pacientes (idade entre 8 e 54 anos) com HAP idiopática (HAPI, n = 9) ou associada a cardiopatias congênitas (HAP-CCg, n = 15) foram tratados com sildenafila por dois anos, com doses diárias que variaram de 60 a 225 mg (três tomadas), por via oral. A capacidade física foi avaliada pela distância caminhada no teste de 6 minutos (DC6M) e pelo grau de dispneia ao final da caminhada (escala de Borg), sendo também registrada a saturação periférica de oxigênio (SpO(2)6M, oximetria de pulso). RESULTADOS: Nos 18 pacientes que completaram dois anos de seguimento, houve incremento progressivo e sustentado na DC6M, tanto no grupo HAPI (de 239 ± 160 m para 471 ± 66 m, p = 0,0076) como no grupo HAP-CCg (de 361 ± 144 m para 445 ± 96m, p = 0,0031), com melhora da dispneia ao final da caminhada (p < 0,05 em ambos). Não houve decréscimo na SpO(2)6M nos grupos considerados; em particular, pacientes com HAP-CCg evoluíram de 77 ± 20% para 79 ± 16% (p = 0,5248). Houve 5 óbitos (três no grupo HAPI) e uma perda de seguimento no período. CONCLUSÃO: Em dois anos de seguimento, a sildenafila mostrou-se útil no controle da condição funcional de pacientes com HAP, com melhora significante nas duas etiologias consideradas.

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FUNDAMENTO: O polimorfismo AGT*M235T tem sido associado a elevados níveis séricos de angiotensinogênio (AGT), hipertensão arterial sistêmica e disfunção cardíaca (DC). OBJETIVO: Testar a hipótese de haver associação entre polimorfismo AGT*M235T e o risco de desenvolver disfunção cardíaca (insuficiência cardíaca ou disfunção sistólica ventricular esquerda assintomática) pós-síndrome coronariana aguda (SCA), durante o período de internação hospitalar. MÉTODOS: Foram estudados 363 pacientes (idade média 62 ± 12 anos), sendo 233 (64%) homens e 130 (36%) mulheres, todos da mesma coorte, internados por SCA. Compararam-se dados clínicos e genéticos dos 117 (32,2%) que evoluíram com disfunção cardíaca (grupo caso) com os dos 246 (67,8%), que não desenvolveram tal condição (grupo controle). O polimorfismo AGT*M235T foi determinado por análise de sequenciamento e estava em equilíbrio de Hardy-Weinberg. RESULTADOS: Houve diferença significativa na distribuição dos genótipos nas mulheres, com predomínio do genótipo *235MM no grupo controle (p = 0,001) e do alelo *235T no grupo caso. Em ambos os sexos, nos modelos de regressão logística, o diagnóstico de infarto de parede anterior na admissão foi fator de incremento no risco de DC, enquanto angina instável na admissão, ausência do alelo *235T, glicemia < 100 mg/dl, uso de betabloqueador, creatinina sérica < 1,5 mg/dl, faixa de frequência cardíaca > 60 e < 90 bpm e tabagismo atual foram fatores de redução do risco de DC. CONCLUSÃO: Este estudo sugere que a ausência do alelo *235T do AGT contribui para a redução do risco de disfunção cardíaca pós-síndrome coronariana aguda.

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FUNDAMENTO: A hipertensão arterial, o excesso de peso e o sedentarismo são importantes fatores de risco para doenças cardiovasculares e estão fortemente associados. OBJETIVO: Avaliar o estado nutricional, o nível de atividade física e os níveis de pressão arterial de estudantes da Universidade Federal do Piauí, em Teresina. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra de 605 estudantes (46,1% do sexo masculino e 53,9% do feminino), com média de idade de 21,7 ± 3,7 anos. O estado nutricional global foi classificado pelo índice de massa corporal (IMC) e a adiposidade central pela circunferência da cintura (CC). O nível de atividade física foi avaliado utilizando-se o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) na versão curta. A pressão arterial aumentada foi definida como uma pressão sistólica > 140 mmHg e/ou diastólica > 90 mmHg. RESULTADOS: A prevalência de pressão arterial aumentada foi de 9,7%, sendo maior em homens. Excesso de peso (IMC > 25 kg/m²) foi encontrado em 18,2% dos estudantes, sendo as proporções de sobrepeso e obesidade de 15,2% e 3%, respectivamente. Obesidade abdominal foi encontrada em 2,4% dos estudantes, independentemente do gênero, e o sedentarismo em 52%. A pressão arterial média aumentou com o incremento do IMC e da CC. Não houve associação entre os níveis de atividade física e pressão arterial. CONCLUSÃO: Houve associação entre aumento do peso corporal e da circunferência da cintura com maiores níveis de pressão arterial entre os pesquisados. É necessário estabelecer instrumentos de avaliação precoce do risco cardiovascular e promover orientação preventiva para esses jovens.

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FUNDAMENTO: A importância do manejo adequado e do controle da hipertensão arterial (HA). OBJETIVO: Estimar a prevalência do controle da hipertensão arterial e da inércia terapêutica em adultos atendidos nas unidades básicas da saúde (UBS) do município de Joinville e dos fatores associados. MÉTODOS: Estudo transversal, com amostragem por conglomerados, mediante pesquisa em prontuários, em que foram avaliados 415 portadores de HA. Foram avaliados a pressão arterial (PA), os incrementos terapêuticos, os fatores de risco e as comorbidades associadas. RESULTADOS: Houve predomínio do sexo feminino e de consultas de enfermagem. A idade variou entre 28 e 90 anos (média de 61,5 anos). Observou-se redução das médias da PA (155,8 ± 20,8/95,7 ±10,6 mmHg para 140,3 ± 22/84,1 ± 12,4 mmHg) entre o primeiro e o último registro e a PA final normal em 36,6% dos pacientes, semelhante para homens e mulheres. Nos últimos 12 meses, a PA esteve elevada em 1.295 ocasiões, ocorrendo incremento terapêutico em apenas 156 (12,0%). Foram usados 1,85 fármacos por paciente, predominando diuréticos e IECA. Encontrou-se elevada prevalência de obesidade (40%), diabete (41%), LDL elevado (46%) e de hipertrofia ventricular esquerda (25,5%). CONCLUSÃO: A elevada inércia clínica, o baixo controle da HA e a elevada presença de comorbidades sugerem a necessidade de programas de educação permanente para os profissionais da saúde e de outras medidas para melhorar o controle da doença nas UBS.

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FUNDAMENTO: A insuficiência cardíaca (IC) tem grande importância como preditor de morbimortalidade em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA). OBJETIVO: Avaliar os preditores de morbimortalidade na SCA em longo prazo. MÉTODOS: Foi um estudo de coorte de 403 pacientes consecutivos com queixas de dor torácica. Descreveram-se dados demográficos, clínicos, laboratoriais e terapêuticos, sendo avaliados durante a internação e até oito anos após alta, em relação à presença ou ausência de eventos cardiovasculares e óbitos. RESULTADOS: Foram 403 pacientes com queixas de dor torácica, em que 65,8% apresentavam diagnóstico de SCA sem supra de ST, 27,8% SCA com supra de ST e 6,5% sem SCA. Destes, foram avaliados os 377 pacientes com SCA, em que 37,9% eram do sexo feminino, e a média de idade foi de 62,2 ± 11,6 anos. A presença de IC antes ou durante a hospitalização influenciou a mortalidade. Dos fatores prognósticos, a creatinina inicial merece destaque, sendo o ponto de corte de 1,4 mg/dl (acurácia = 62,1%; HR = 3,27; p < 0,001). Notamos pior prognóstico para cada acréscimo de dez anos de idade (HR = 1,37; p < 0,001) e para cada incremento de 10 bpm na frequência cardíaca (HR = 1,22 p < 0,001). Quanto às terapias utilizadas antes e após 2002, houve aumento de uso de betabloqueadores, inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECAs), estatinas e antiplaquetários, tendo impacto na mortalidade. CONCLUSÃO: Presença de IC admissional, creatinina, idade e FC foram preditores independentes de mortalidade. Observou-se que pacientes com IC atendidos antes de 2002 apresentaram pior sobrevida em relação aos atendidos após 2002 e que a mudança na terapia foi a responsável por isso.

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FUNDAMENTO: A hipertensão arterial está relacionada ao incremento da gordura corporal, a qual pode ser avaliada por meio de indicadores antropométricos. OBJETIVO: Determinar o poder preditivo de indicadores antropométricos e estabelecer seus pontos de corte como discriminadores de pressão arterial elevada. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com uma amostra de 660 adolescentes de 14 a 19 anos sendo 51,9% moças. Foram considerados os seguintes indicadores antropométricos: índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura, razão cintura/estatura e índice de conicidade. A pressão arterial elevada foi caracterizada por valores acima do percentil 90 para pressão arterial sistólica e/ou pressão arterial diastólica. Para identificação dos preditores de pressão arterial elevada, foi adotada a análise das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC), com intervalo de confiança de 95%. Posteriormente, identificaram-se os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades. RESULTADOS: As áreas sob as curvas ROC com os intervalos de confiança foram: rapazes - circunferência de cintura = 0,80 (0,72-0,89); IMC = 0,79 (0,68-0,89); razão cintura/estatura = 0,77 (0,66-0,88); índice de conicidade = 0,69 (0,56-0,81) e para as moças - circunferência de cintura = 0,96 (0,92-1,00); IMC = 0,95 (0,87-1,00); razão cintura/estatura = 0,93 (0,85-1,00); índice de conicidade = 0,74 (0,50-0,98). Os diversos pontos de corte dos indicadores antropométricos com melhores poderes preditivos e suas respectivas sensibilidades e especificidades foram identificados. CONCLUSÃO: Apesar de a razão cintura/estatura e de o IMC terem apresentado boas áreas sob a curva ROC, sugere-se a utilização da circunferência de cintura para a predição da pressão arterial elevada.

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FUNDAMENTO: Devido à hemiparesia, a avaliação da aptidão cardiorrespiratória de indivíduos após acidente vascular encefálico (AVE), por meio de testes ergométricos com protocolos convencionais, tem se tornado um desafio. OBJETIVO: Realizar teste cardiopulmonar (TCP) em hemiparéticos para uma avaliação pré-participação visando uma criteriosa prescrição de exercício aeróbico. MÉTODOS: Participaram do estudo 8 indivíduos com hemiparesia crônica, que foram submetidos a TCP realizado com protocolo individualizado em rampa, desenvolvido a partir da informação da velocidade de marcha dos indivíduos previamente avaliados em teste de pista. Foi considerada a proposta de inclinação variando entre 0 e 10,0%, velocidade inicial correspondente a 70,0% do ritmo de caminhada confortável e velocidade máxima 40,0% superior à velocidade máxima no teste de pista, na expectativa de que o TCP, com este incremento gradativo e constante da intensidade, durasse entre 6 e 8 minutos. RESULTADOS: Em 100,0% dos avaliados, o motivo para a interrupção do teste foi fadiga periférica. O VO2 de pico alcançado foi de 20,6 ± 5,7 ml/kg.min. O Limiar I foi identificado em todos os exames, situando-se em 82,64 ± 4,78% da FC de pico e 73,31 ± 4,97% do VO2 de pico. O quociente respiratório (R) do grupo foi de 0,96 ± 0,09, e três dos 8 indivíduos (37,5%) atingiram R superior a 1,00, sendo o Limiar II identificado nestes sujeitos. Foram encontradas relações positivas entre variáveis do TCP e escores de equilíbrio, desempenho no teste de caminhada de 6 minutos e velocidade de marcha no solo. CONCLUSÃO: O teste mostrou ser útil para prescrição de atividade física nesses indivíduos.

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FUNDAMENTO: No passado, os exercícios isométricos foram proscritos para cardiopatas. Contudo, evidências recentes sugerem que um protocolo de treinamento isométrico de preensão manual (PTIM) - quatro séries de dois minutos a 30% da força máxima - provoca efeitos favoráveis sobre a modulação autonômica e reduz os níveis de pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) de repouso. OBJETIVO: Visando obter subsídios para uma ampla aplicabilidade clínica, quantificamos as principais respostas hemodinâmicas durante uma sessão de PTIM em pacientes de um programa de exercício supervisionado. MÉTODOS: Quarenta e um pacientes (36 homens) realizaram o PTIM com medidas da frequência cardíaca (FC) e da PA antes, durante cada uma das duas séries feitas com o braço esquerdo e um minuto após a finalização. As medidas foram colhidas mediante um sinal de eletrocardiograma em um tensiômetro oscilométrico digital Tango+, previamente validado para condições de exercício físico. RESULTADOS: PTIM foi adequadamente realizado e sem a ocorrência de reações clínicas adversas. Observou-se um pequeno aumento dos níveis de PAS e de PAD, respectivamente, 16 e 7 mm Hg (p < 0,05) e um incremento ainda menor da FC - 3 bpm - (p < 0,05), quando compararam-se os dados obtidos aos 80 segundos da última série com os de pré-exercício. Um minuto pós-esforço, os valores de FC, de PAS e PAD já haviam praticamente retornado aos níveis iniciais. CONCLUSÃO: PTIM foi bem tolerado por pacientes em programas de exercício, gerando uma repercussão hemodinâmica transiente e modesta, sem induzir a rápida inativação vagal cardíaca característica dos exercícios dinâmicos e curtos.

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FUNDAMENTO: O diagnóstico de Embolia Pulmonar (EP) ainda requer longos períodos de trabalho e inúmeros testes. OBJETIVO: Nosso objetivo é avaliar os desfechos clínicos após uma investigação negativa usando um protocolo combinado de angio TC de tórax e venografia por TC (CTA/CTV) como único teste de diagnóstico em pacientes não selecionados com suspeita de EP. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo que incluiu pacientes consecutivos com suspeita de EP que foram investigados com um protocolo combinado de CTA/CTV. Os pacientes que apresentaram inicialmente uma investigação negativa e não receberam anticoagulantes foram acompanhados por seis meses para ocorrência de eventos tromboembólicos venosos recorrentes. RESULTADOS: De 425 pacientes com suspeita de EP, 62 (14,6%) tiveram diagnóstico de tromboembolismo venoso no CTA/CTV inicial. A média de idades foi de 56 ± 19 anos, e 61% da população se enquadravam na categoria de baixa probabilidade clínica. A trombose venosa profunda isolada representou 21% de todos os eventos tromboembólicos venosos, e quando se considerou toda a população, a CTV foi associada a um incremento no rendimento diagnóstico de 3,1%. Nosso grupo era composto de 320 pacientes com CTA/CTV inicialmente negativo e que não receberam anticoagulantes. Após seis meses de acompanhamento, apenas três pacientes apresentaram recorrência de eventos tromboembólicos (0,9%, IC 95% -0,1% - 2,0%) e nenhum foi fatal. Não houve mortes relacionadas com a EP. CONCLUSÕES: Nosso estudo sugere que uma estratégia de diagnóstico que utiliza CTA/CTV como único teste de diagnóstico pode descartar EP com segurança, em população com risco baixo a moderado, e está associada a resultados favoráveis, com um valor preditivo negativo de 99,1%. (Arq Bras Cardiol. 2012; [online].ahead print, PP.0-0)

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FUNDAMENTO: Um programa de coaching em pesquisa tem foco em desenvolvimento de habilidades e raciocínio científico. Para os profissionais da saúde, pode ser útil para o incremento no número e na qualidade de projetos e artigos. OBJETIVO: Avaliar os resultados iniciais e a metodologia de implantação do Research and Innovation Coaching Program do grupo Research on Research da Duke University na Sociedade Brasileira de Cardiologia. MÉTODOS: O programa trabalha em duas bases: o treinamento e o coaching. O treinamento é realizado online e aborda conteúdos sobre ideia de pesquisa, busca na literatura, escrita científica e estatística. Após o treinamento, o coaching favorece o estabelecimento de colaboração entre pesquisadores e centros mediante uma rede de contatos. O presente estudo descreve a implementação e os resultados iniciais dos anos 2011-2012. RESULTADOS: Em 2011, 24 centros receberam o treinamento, que consistiu em reuniões online, estudo e prática dos conteúdos abordados. Em janeiro de 2012, foi implementado um novo formato que teve como objetivo atingir mais pesquisadores. Em seis meses foram alocados 52 pesquisadores. No total, 20 artigos foram publicados e mais 49 artigos foram redigidos e aguardam submissão e/ou publicação. De forma adicional, foram elaboradas cinco propostas de financiamento de pesquisa. CONCLUSÃO: O número de artigos e as propostas de financiamento atingiram os objetivos inicialmente propostos. Contudo, os principais resultados desse tipo de iniciativa devem ser medidos em longo prazo, pois a consolidação da produção nacional de pesquisa de alta qualidade é um círculo virtuoso que se autoalimenta e expande com o tempo.

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FUNDAMENTO: A doença cardiovascular continua a ser principal causa de morte nos países desenvolvidos e não é inteiramente prevista por fatores de risco clássicos. O aumento da rigidez arterial constitui um importante determinante de morbidade e mortalidade cardiovascular. OBJETIVO: Avaliar se a velocidade da onda de pulso prediz a ocorrência de acidente vascular cerebral (AVC) em pacientes hipertensos. MÉTODOS: Estudo de coorte, observacional, prospetivo, multicêntrico, incluindo 1.133 pacientes hipertensos (586 homens), com uma média de idade de 51,05 ± 12,64 anos. Todos os pacientes foram submetidos à avaliação da VOP pelo método Complior, a uma avaliação clínica pormenorizada e à medição da pressão arterial. RESULTADOS: A incidência cumulativa de risco de AVC nos hipertensos com VOP aumentada foi de 3,25% (IC: 1,97%-5,25%), em comparação com 0,78% (IC: 0,28% - 1,87%) nos hipertensos com VOP normal (risco relativo (RR) = 4,15; IC: 1,53 - 11,26). Numa análise multivariável, ajustando o modelo aos fatores de risco cardiovasculares clássicos, a VOP foi um preditor independente de AVC, com um hazard ratio (HR) = 1,40 (IC: 1,13 - 1,73, p < 0,002), indicando um incremento de 40% no risco de AVC por cada incremento de 1 m/seg na VOP. A adição da VOP a um modelo composto pelos fatores de risco cardiovascular convencionais melhorou significativamente a sua capacidade discriminativa para o risco de AVC (C de Harrel aumentou de 0,68 para 0,71 após inclusão da VOP; p <0,01). CONCLUSÃO: A distensibilidade arterial aferida pela VOP aórtica é um fator de risco independente de AVC em pacientes hipertensos, sendo recomendável a sua integração em programas de follow-up de situações em que o risco cardiovascular é manifesto.

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FUNDAMENTO: O tecido adiposo representa não somente uma fonte de energia estocável, mas principalmente um órgão endócrino que secreta várias citoquinas. A adiponectina, uma nova proteína semelhante ao colágeno, foi descoberta como uma citoquina específica do adipócito e um promissor marcador de risco cardiovascular. OBJETIVO: Avaliar a associação entre os níveis séricos da adiponectina e o risco para a ocorrência de eventos cardiovasculares, em pacientes com síndromes coronarianas agudas (SCA), e as correlações entre adiponectina e os biomarcadores metabólicos, inflamatórios e miocárdicos. MÉTODOS: Foram recrutados 114 pacientes com SCA, com seguimento médio de 1,13 ano para avaliação de desfechos clínicos. Modelos de regressão de risco proporcional de Cox com penalização de Firth foram construídos para determinar a associação independente entre adiponectina e o risco subsequente dos desfechos primário (composto de óbito cardiovascular/IAM não fatal/AVE não fatal) e coprimário (composto de óbito cardiovascular/ IAM não fatal/AVE não fatal/re-hospitalização requerendo revascularização). RESULTADOS: Houve correlações diretas e significantes entre adiponectina e idade, HDL-colesterol e BNP, e inversas e significantes entre adiponectina e circunferência abdominal, peso corporal, índice de massa corporal, índice HOMA, triglicerídeos e insulina. A adiponectina foi associada a maior risco para os desfechos primário e coprimário (HR ajustado 1,08 e 1,07/incremento de 1.000, respectivamente, p = 0,01 e p = 0,02). CONCLUSÃO: Em pacientes com SCA, a adiponectina sérica foi preditor de risco independente para eventos cardiovasculares. De modo adicional às correlações antropométricas e metabólicas, a adiponectina mostrou correlação significante com BNP.

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Fundamento: O valor prognóstico incremental da dosagem plasmática de Proteína C-reativa (PCR) em relação ao Escore GRACE não está estabelecido em pacientes com síndromes coronarianas agudas sem supradesnivelamento do segmento ST (SCA). Objetivo: Testar a hipótese de que a medida de PCR na admissão incrementa o valor prognóstico do escore GRACE em pacientes com SCA. Métodos: Foram estudados 290 indivíduos, internados consecutivamente por SCA, os quais tiveram material plasmático colhido na admissão para dosagem de PCR por método de alta sensibilidade (nefelometria). Desfechos cardiovasculares durante hospitalização foram definidos pela combinação de óbito, infarto não fatal ou angina refratária não fatal. Resultados: A incidência de eventos cardiovasculares durante hospitalização foi 15% (18 óbitos, 11 infartos, 13 anginas), tendo a PCR apresentado estatística-C de 0,60 (95% IC = 0,51 - 0,70; p = 0,034) na predição desses desfechos. Após ajuste para o Escore GRACE, PCR elevada (definida pelo melhor ponto de corte) apresentou tendência a associação com eventos hospitalares (OR = 1,89; 95% IC = 0,92 - 3,88; p = 0,08). No entanto, a adição da variável PCR elevada no modelo GRACE não promoveu incremento significativo na estatística-C, a qual variou de 0,705 para 0,718 (p = 0,46). Da mesma forma, não houve reclassificação de risco significativa com a adição da PCR no modelo preditor (reclassificação líquida = 5,7%; p = 0,15). Conclusão Embora PCR possua associação com desfechos hospitalares, esse marcador inflamatório não incrementa o valor prognóstico do Escore GRACE.

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Fundamento: A dispersão do intervalo QT induzida por fármacos tem sido associada a arritmias ventriculares potencialmente fatais. Pouco se conhece sobre o uso de psicotrópicos, isolados ou em combinação com outros fármacos, na dispersão do QT. Objetivo: Avaliar o impacto do uso psicotrópicos na dispersão do intervalo QT em pacientes adultos. Métodos: Estudo de coorte observacional, envolvendo 161 pacientes hospitalizados em um departamento de emergência de hospital terciário, estratificados em usuários e não usuários de psicotrópicos. Dados demográficos, clínicos, laboratoriais e de fármacos em uso foram coletados à admissão, bem como o eletrocardiograma de 12 derivações, com a mensuração do intervalo e da dispersão do QT. Resultados: A dispersão do intervalo QT foi significativamente maior no grupo de usuário de psicotrópicos comparado ao grupo não usuário (69,25 ± 25,5 ms vs. 57,08 ± 23,4 ms; p = 0,002). O intervalo QT corrigido pela fórmula de Bazzett também se mostrou maior no grupo de usuário de psicotrópicos, com significância estatística (439,79 ± 31,14 ms vs. 427,71 ± 28,42 ms; p = 0,011). A análise por regressão linear mostrou associação positiva entre o número absoluto de psicotrópicos utilizados e a dispersão do intervalo QT, com r = 0,341 e p < 0,001. Conclusão: Na população amostral estudada, o uso de psicotrópicos se mostrou associado ao aumento da dispersão do intervalo QT, e esse incremento se acentuou em função do maior número de psicotrópicos utilizados.

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O presente trabalho, visou o estudo de mutantes resistentes à antibióticos na bactéria fitopatogênica Xanthomonas campestris (Pammel) Dowson. Foram obtidos mutantes resistentes à cinco antibióticos: penicilina, estreptomicina, aureomicina, cloranfenicol e éritromicina. O incremento de resistência em relação à linhagem original foi 4 vêzes para a penicilina, 8 para o cloranfenicol, 32 para a aureomicina e pelo menos 16 e 128 vêzes para a éritromicina e estreptomicina respectivamente. Em nenhum dos casos, verificou-se resistência cruzada ou sensibilidade colateral.