230 resultados para Doenças cardiovasculares Teses
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FUNDAMENTO: A aterosclerose uma doena inflamatria crnica de origem multifatorial que ocorre em resposta agresso endotelial. O fungo Monascus ruber apresenta atividade hipocolesterolmica e polifenis presentes no resduo de caf apresentam atividade antioxidante, podendo auxiliar na preveno de doenças cardiovasculares. O resduo de caf possui quantidade significativa de acares fermentescveis, constituindo-se em substrato apropriado para o cultivo de fungos. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito dos resduos de caf seco e fermentado por Monascus ruber no metabolismo lipdico de camundongos knockout Apo E. MTODOS: O ensaio biolgico foi realizado com 30 camundongos knockout para o gene Apo E, divididos em cinco grupos e submetidos a diferentes tratamentos. Foi realizada a prospeco fitoqumica e quantificao de compostos fenlicos dos resduos fermentado e sem fermentar. O soro dos animais foi analisado utilizando kits enzimticos e o tecido artico incluso em parafina e corado com H/E para realizao da anlise histopatolgica. RESULTADOS: O resduo de caf sem fermentar 2%, em relao ao grupo controle, diminuiu em 42% o nvel srico de triacilgliceris e em aproximadamente 41% a frao VLDL-c. Os grupos dos animais alimentados com 10% de resduo no fermentado e 2% de resduo fermentado diminuram a rea de leso 10,5% e 15,4%, respectivamente, quando comparados ao controle. O resduo fermentado apresentou um teor de compostos fenlicos superior ao resduo no fermentado. CONCLUSO: O presente estudo mostra que a fermentao do resduo de caf apresenta potencial efeito benfico sobre as doenças cardiovasculares, especialmente a aterosclerose.
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FUNDAMENTO: O envelhecimento fisiolgico leva a uma disfuno autonmica cardaca que est associada ao surgimento e ao agravamento de doenças cardiovasculares e a um maior risco de morte. Atualmente, o exerccio fsico apontado como uma estratgia cardioprotetora, sendo necessrios mais estudos do seu benefcio na funo autonmica cardaca. OBJETIVO: Avaliar o controle autonmico da frequncia cardaca em voluntrios jovens e de meia-idade com diferentes nveis de aptido aerbica. MTODOS: Participaram do estudo 68 voluntrios, estratificados quanto idade e ao nvel de aptido aerbica. Com base na aptido aerbica avaliada pelo teste de esforo submximo, os sujeitos foram separados em dois grupos, aptido boa e aptido deficiente. A avaliao do controle autonmico cardaco se deu a partir de medidas da variabilidade da frequncia cardaca em repouso e a recuperao da frequncia cardaca ps-esforo. Para comparao das variveis investigadas, utilizou-se a anlise de varincia bifatorial. RESULTADOS: A variabilidade da frequncia cardaca significativamente menor nos voluntrios de meia-idade do que nos jovens, independentemente do nvel de aptido aerbica (p < 0,01). Melhores nveis de aptido aerbica nos voluntrios de meia-idade esto associados reentrada vagal ps-esforo mais precoce - taxa de declnio da FC aps 1min30s: 39,6% aptido aerbica boa vs. 28,4% deficiente (p < 0,01). CONCLUSO: Melhores nveis de aptido aerbica atuam beneficamente no controle autonmico da frequncia cardaca ps-esforo, preservando a velocidade de reentrada vagal em voluntrios de meia-idade. No entanto, no atenua a reduo da variabilidade da frequncia cardaca decorrente do processo natural de envelhecimento.
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FUNDAMENTO: O estresse crnico est associado remodelao cardaca; entretanto, os mecanismos permanecem a ser descobertos. OBJETIVO: A proposta deste estudo foi testar a hiptese de que o estresse crnico promove disfuno cardaca associada a depresso da atividade do canal-L para Ca2+. M MTODOS: Ratos Wistar machos com 30 dias de idade (70 - 100 g) foram distribudos dentro de dois grupos: controle (C) e estresse crnico (St). O estresse consistiu na imobilizao durante 15 semanas, cinco vezes por semana, 1 h por dia. A funo cardaca foi avaliada pela performance do ventrculo esquerdo por meio do ecocardiograma e pelo msculo papilar ventricular isolado. A funo do msculo papilar foi avaliada em condio basal e com manobras inotrpicas, como: ps-pausa e elevao na concentrao extracelular de Ca2+, na presena ou ausncia de um bloqueador especfico de canal-L para Ca2+. RESULTADOS: O estresse ficou caracterizado por hipertrofia das glndulas adrenais, aumento nos nveis de corticosterona circulante e por hipertenso arterial. Ainda, o estresse crnico gerou hipertrofia ventricular esquerda. O estresse crnico foi capaz de melhorar a resposta no msculo papilar para manobras inotrpicas positivas. A melhora de funo no esteve associada com o canal-L para Ca2+. CONCLUSO: O estresse produziu hipertrofia cardaca; entretanto, nos estudos de msculo papilar isolado, as manobras inotrpicas positivas potencializaram a funo cardaca em ratos estressados, sem o envolvimento do canal-L para Ca2+. Assim os mecanismos responsveis permanecem incertos para alteraes no influxo de Ca2+.
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FUNDAMENTO: As doenças cardiovasculares representam uma das principais causas de morbimortalidade no mundo. No Brasil, constituem a principal causa de bitos. OBJETIVO: Identificar fatores de risco cardiovasculares em pais/cuidadores de crianas cardiopatas, mediante avaliao do estado nutricional, condies de sade e estilo de vida. MTODOS: Estudo transversal, com 150 pais ou cuidadores de crianas cardiopatas que frequentavam um ambulatrio de cardiologia peditrica. Dados de identificao, estilo de vida e condies de sade foram coletados por meio de questionrio estruturado. Para anlise dos hbitos alimentares utilizou-se questionrio de frequncia alimentar, e para avaliao do estado nutricional foram realizadas aferies de peso, estatura e circunferncia da cintura e clculo e classificao do ndice de Massa Corporal (IMC). RESULTADOS: Foram avaliados 155 pais de crianas cardiopatas, predominantemente do sexo feminino, 91,6%; a mdia de idade foi 35,0 10,6 anos. Os fatores de risco observados em maior prevalncia foram sedentarismo (85,2%), obesidade (28%) e hipertenso (22,6%). Em relao aos hbitos alimentares foi identificada elevada frequncia de consumo de carne vermelha, margarina, azeite, acar e baixo consumo de peixes. A comparao entre os gneros apresentou diferena significativa em relao obesidade, detectada pelo IMC, e hipertenso, e ambas foram mais presentes entre mulheres. A medida da circunferncia da cintura tambm evidenciou maior risco cardiovascular nas mulheres. CONCLUSO: Foram identificados fatores de risco para doenças cardiovasculares nos pais/cuidadores avaliados, como excesso de peso, sedentarismo e hipertenso, alm de hbitos alimentares inadequados como elevada frequncia de consumo de gorduras saturadas e colesterol e baixa frequncia de consumo de gorduras insaturadas.
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FUNDAMENTO: O uso macio da Terapia Antirretroviral (TARV) na populao com vrus da imunodeficincia adquirida (HIV) coincidiu com um aumento das doenças cardiovasculares, causa importante de morbimortalidade nesse grupo. OBJETIVO: Determinar a frequncia de aterosclerose carotdea e avaliar a associao entre os nveis dos biomarcadores e o espessamento da camada mdio-intimal carotdea em indivduos HIV positivos, atendidos em servios de referncia para HIV em Pernambuco. MTODOS: Corte transversal com 122 pacientes HIV positivos. Considerou-se aterosclerose carotdea subclnica o aumento da espessura da camada mdia intimal da cartida comum > 0,8 milmetros ou placas no ultrassom de cartidas. Os biomarcadores inflamatrios analisados foram IL6, IL1-β, TNF-α, PCR-ultrassensvel, sVCAM-1 e sICAM-1. RESULTADOS: Dos 122 pacientes analisados, a maioria era de homens (60,7%), com > 40 anos (57,4%), em uso de TARV (81,1%). A prevalncia de aterosclerose foi de 42,6% (52 casos). Pacientes com idade acima de 40 anos e Framingham intermedirio ou alto apresentaram maior chance de desenvolver aterosclerose na anlise univariada. Idade acima de 40 anos (OR = 6,57 IC 2,66 -16,2; p = 0,000), sexo masculino (OR = 2,76 IC 1,12-6,79; p = 0,027) e a condio de sndrome metablica (OR = 2,27 IC 0,94-5,50; p = 0,070) mostraram-se associados aterosclerose na anlise multivariada. Nveis elevados de citocinas inflamatrias e molculas de adeso no mostraram associao com a presena de aterosclerose. CONCLUSO: No houve associao entre os biomarcadores inflamatrios, molculas de adeso e presena de aterosclerose carotdea. Entretanto, evidenciou-se em homens, pessoas com mais de 40 anos, portadores de escore de Framingham intermedirio/alto ou sndrome metablica maior chance de aterosclerose subclnica.
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FUNDAMENTO: A menopausa pode levar a alteraes na sade feminina, com mudanas no estado oxidativo de mulheres ps-menopausadas, para as quais so limitadas as informaes relativas influncia da hormonioterapia (HT) sobre as atividades das enzimas antioxidantes. OBJETIVO: Avaliar a influncia da HT sobre a atividade da catalase, concentraes de lipdeos e lipoprotenas, protena de transferncia de colesteril ster, substncias reativas ao cido tiobarbitrico, nitratos, protena C-reativa ultrassensvel e espessura da cartida em mulheres ps-menopausadas. MTODOS: Foram alocadas 94 mulheres para um de quatro grupos com ou sem HT. O ltimo grupo foi subdividido em mulheres sendo tratadas com estrgeno e outras com estrgeno mais progestgeno. Foram realizadas medidas de parmetros bioqumicos plasmticos e da espessura da ntima-mdia da cartida. RESULTADOS: A HT antagonizou a reduo na atividade da catalase aps a menopausa, mas no teve efeito sobre os nveis da protena de transferncia de colesteril ster, substncias reativas ao cido tiobarbitrico, perxido lipdico, nitrato e protena C reativa ultrassensvel, nem sobre a espessura da ntima-mdia da cartida. A anlise multivariada mostrou que a HT baseada em estrgeno atenuou a relao entre os fatores de risco cardiovasculares e a espessura da ntima-mdia da cartida comum. CONCLUSO: Este estudo mostra que a HT em mulheres ps-menopausadas produz efeitos antioxidantes e antiaterosclerticos benficos por melhorar as concentraes sricas de lipdios e lipoprotenas, aumentar a atividade da catalase srica e atenuar a associao entre os fatores de risco cardiovasculares e a aterosclerose precoce.
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FUNDAMENTO: A angina pectoris estvel uma condio grave com poucos estudos epidemiolgicos no Brasil. OBJETIVO: Validar a verso curta do questionrio Rose de angina em portugus do Brasil para seu uso em pesquisas e estudos longitudinais. MTODOS: Foi recrutado um total de 116 pacientes consecutivos de uma clnica ambulatorial sem histrico de infarto do miocrdio e/ou revascularizao coronariana para a aplicao de trs questes do questionrio Rose, abordando dor no peito aps esforo. Utilizamos como padro-ouro o teste em esteira ergomtrica com o protocolo Ellestad. RESULTADOS: A verso curta do questionrio Rose de angina dos 116 indivduos submetidos ao teste de esforo em esteira ergomtrica mostrou 89,7% de acurcia, 25% de sensibilidade, 92% de especificidade, 10% de valor preditivo positivo, 97,2% de valor preditivo negativo e 3,1 de razo de probabilidade positiva e 0,82 de razo de probabilidade negativa. CONCLUSO: A verso em portugus com os trs itens do questionrio Rose de angina adequada para objetivos epidemiolgicos.
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FUNDAMENTO: A hipertenso autorreferida um dado de interesse para sade pblica e acessvel em estudos epidemiolgicos, cuja validade deve ser verificada para o adequado emprego dessa informao. OBJETIVO: Verificar a validade da hipertenso autorreferida e os fatores associados em adultos e idosos na cidade de So Paulo, Brasil. MTODOS: Foram selecionados participantes do estudo transversal de base populacional Inqurito de Sade no Municpio de So Paulo (ISA-Capital 2008) com 20 anos ou mais, de ambos os sexos, que tiveram sua presso arterial aferida (n = 535). A hipertenso foi definida como Presso arterial > 140/90 mmHg e/ou uso de medicamentos para hipertenso. Foram calculados sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e coeficiente Kappa. A regresso de Poisson foi utilizada para identificar os fatores associados sensibilidade da hipertenso autorreferida. RESULTADOS: A sensibilidade da hipertenso autorreferida foi 71,1% (IC95%: 64,8-76,9), especificidade 80,5% (IC95%: 75,6-84,8), valor preditivo positivo 73,7% (IC95%: 67,4-79,3), e valor preditivo negativo 78,5% (IC95%: 73,5-82,9). Houve concordncia moderada entre hipertenso autorreferida e diagnstico de hipertenso pela presso arterial aferida (kappa = 0,52; IC95%: 0,45-0,59). ndice de massa corporal e escolaridade associaram-se independentemente sensibilidade (ndice de massa corporal > 25 kg/m: RP = 1,42; IC95%: 1,15-1,76; escolaridade > 9 anos: RP=0,71; IC95%: 0,54-0,94). CONCLUSO: A hipertenso autorreferida mostrou-se vlida em adultos e idosos no municpio de So Paulo, sendo um indicador apropriado para vigilncia da prevalncia da hipertenso, na ausncia da presso arterial medida. Sobrepeso associou-se positivamente validade da hipertenso autorreferida. Outros estudos so necessrios para elucidar a relao inversa entre a validade da hipertenso autorreferida e a escolaridade.
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FUNDAMENTO: Doenças do aparelho circulatrio so a primeira causa de morte no Brasil. OBJETIVO: Correlacionar taxas de mortalidade por doenças do aparelho circulatrio nos Estados de Rio de Janeiro, So Paulo, Rio Grande do Sul, e em suas capitais, entre 1980 e 2008, com indicadores socioeconmicos coletados a partir de 1949. MTODOS: Populaes e bitos obtidos no Datasus/MS. Calcularam-se taxas de mortalidade por doenças isqumicas do corao, doenças cerebrovasculares, causas mal definidas, doenças do aparelho circulatrio (DApCirc) e todas as causas, ajustadas pelo mtodo direto e compensadas por causas mal definidas. Dados de mortalidade infantil foram obtidos nas secretarias estaduais e municipais de sade e no IBGE. Dados de PIB e escolaridade foram obtidos no Ipea. As taxas de mortalidade e os indicadores socioeconmicos foram correlacionados pela estimao de coeficientes lineares de Pearson, para determinar a defasagem anual otimizada. Foram estimados os coeficientes de inclinao da regresso entre a dependente doena e a independente indicador socioeconmico. RESULTADOS: Houve reduo da mortalidade nos trs Estados, essa ocorreu especialmente por queda de mortalidade por doenças cardiovasculares, em especial das doenças cerebrovasculares. A queda da mortalidade por doenças do aparelho circulatrio foi precedida por reduo da mortalidade infantil, elevao do produto interno bruto per capita e aumento na escolaridade, com forte correlao entre indicadores e taxas de mortalidade. CONCLUSO: A variao evolutiva dos trs indicadores demonstrou correlao quase mxima com a reduo da mortalidade por DApCirc. Essas relaes sinalizam a importncia na melhoria das condies de vida da populao para reduzir a mortalidade cardiovascular.
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FUNDAMENTO: o tabagismo apresenta importante papel sobre as doenças cardiovasculares, entretanto permanecem pouco compreendidos os motivos pelos quais alguns seres humanos as desenvolvem e outros no. OBJETIVO: nosso objetivo foi analisar o perfil redox do corao de diferentes linhagens de camundongos aps exposio fumaa de cigarro. MTODOS: camundongos machos suos (n = 10), C3H (n = 10), BALB/c (n = 10) e C57BL/6 (n = 10) foram expostos fumaa de cigarro (12 cigarros/dia), enquanto os respectivos controles (n = 10) ao ar ambiente por 60 dias. Aps sacrifcio, o corao foi retirado para anlises bioqumicas. RESULTADOS: embora o contedo de malondialdedo no tenha aumentado em nenhum grupo, a atividade da catalase diminuiu no grupo suo (p < 0,05), BALB/c (p < 0,05) quando comparados aos respectivos grupos-controle, enquanto a mieloperoxidase diminuiu no grupo C3H (p < 0,05) e C57BL/6 (p < 0,001) quando comparados aos respectivos grupos controle. O contedo de glutationa reduzida diminuiu nos grupos suo, C3H, C57BL/6 (p < 0,05) e no grupo BALB/c (p < 0,001) quando comparados com os respectivos controles. Observamos aumento do contedo da glutationa oxidada no grupo Suo (p < 0,05) e diminuio nos grupos C3H (p < 0,05) e BALB/c (p < 0,001) quando comparados aos respectivos grupos-controle. A razo glutationa reduzida/ glutationa oxidada apresentou reduo nos grupos suo e C57BL/6 (p < 0.05) quando comparados aos grupos controle. CONCLUSO: o background gentico nos camundongos pode influenciar na resposta antioxidante aps a exposio fumaa de cigarro e parece ser um fator determinante para o desequilbrio redox no suo e C57BL/6. Compreender as respostas antioxidantes e do background gentico C3H e BALB/c podem fornecer importantes informaes quanto resistncia cardaca a fumaa de cigarro.
Prescrio de terapias baseadas em evidncias para pacientes de alto risco cardiovascular: estudo REACT
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FUNDAMENTO: Dados de atendimento ambulatorial ao paciente de alto risco cardiovascular no Brasil so insuficientes. OBJETIVO: Descrever o perfil e documentar a prtica clnica do atendimento ambulatorial de pacientes de alto risco cardiovascular no Brasil, no que diz respeito prescrio de terapias baseadas em evidncias. MTODOS: Registro prospectivo que documentou a prtica clnica ambulatorial de indivduos de alto risco cardiovascular, que foi definido como a presena de um dos seguintes fatores: doena arterial coronariana, cerebrovascular e vascular perifrica; diabetes; ou aqueles com pelo menos trs dos seguintes fatores: hipertenso arterial, tabagismo, dislipidemia, maiores 70 anos, histrico familiar de doena arterial coronariana, nefropatia crnica ou doena carotdea assintomtica. Foram avaliadas caractersticas basais e a taxa de prescrio das intervenes medicamentosas e no medicamentosas. RESULTADOS: Foram includos 2.364 pacientes consecutivos, sendo 52,2% do gnero masculino, idade mdia de 66,0 anos ( 10,1). Dentre os pacientes includos, 78,3% utilizavam antiplaquetrios, 77,0% estatinas e, dos pacientes com histria de infarto do miocrdio, 58,0% receberam betabloqueadores. O uso concomitante destas trs classes foi de 34%. No atingiram as metas preconizadas pelas diretrizes 50,9% dos hipertensos, 67% dos diabticos e 25,7% dos dislipidmicos. Os principais preditores de prescrio de terapias com benefcio comprovado foram centro com cardiologista e histrico de doena arterial coronariana. CONCLUSO: Este registro nacional e representativo identificou hiatos importantes na incorporao de terapias com benefcio comprovado, oferecendo um panorama real dos pacientes de alto risco cardiovascular.
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FUNDAMENTO: Os achados e investigaes adicionais necessrios com base na triagem pr-participao com eletrocardiograma (ECG) entre os recrutas militares esto mal definidos na literatura. OBJETIVOS: Este estudo foi elaborado para avaliar a taxa de achados anormais na triagem pr-participao com ECG em adultos jovens e as avaliaes adicionais necessrias com base nestes resultados. MTODOS: Um estudo de coorte retrospectivo foi realizado no centro aero-mdico da Fora Area de Israel (IAF), para candidatos das unidades das academias de voo e de tropa s de elite. Os candidatos das unidades das Academias de voo e de elite passam por uma triagem pr-participao com ECG antes do alistamento nas Foras de Defesa de Israel (IDF). Desde 2010, todos os ECGs so realizados no centro aero-mdico da IAF. Todos os ECGs realizados desde janeiro de 2010 foram analisados por um de trs cardiologistas e todos aqueles nos quais resultados significativos foram identificados foram encaminhados para uma avaliao mais detalhada, a pedido do cardiologista. As causas de encaminhamento para avaliao posterior, as avaliaes realizadas e os resultados dessas avaliaes so notificados para a populao de estudo. RESULTADOS: 1.455 ECGs foram realizados nos anos 2010-2011. Desses, 1.388 (95,39%) foram interpretadas como normais. 67 indivduos foram encaminhados para uma avaliao mais detalhada com base nos achados do ECG. Os achados mais comuns levando a uma avaliao mais detalhada foram alteraes da onda T (16 casos, 23,88%), padro de pr-excitao (14, 20,89%) e critrios de voltagem para hipertrofia ventricular esquerda (11; 16,41%). Apenas 7 indivduos (10,44%) tinham resultados anormais que foram considerados clinicamente significativos no final da avaliao mdica. CONCLUSES: A taxa de achados significantes levando desqualificao para a atividade militar extremamente baixa e o encaminhamento para investigaes adicionais baseado nos achados do ECG de 12 derivaes deve ser criterioso.
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FUNDAMENTO: A prevalncia das doenças cardiovasculares (DCV) tem aumentado nos ltimos anos. A literatura revela que cerca de 35% dos eventos aterosclerticos ocorrem na ausncia dos fatores de risco clssicos, requerendo uma avaliao individual minuciosa para melhor caracterizar o risco. Os ndices lipdicos tetravalente (LTI) e pentavalente (LPI) constituem uma nova e eficiente forma de avaliao do perfil lipdico e do risco para DCV. OBJETIVO: O presente estudo avaliou o LTI e o LPI em estudantes de graduao, estabelecendo estes ndices em indivduos saudveis e correlacionando-os com o perfil lipdico tradicional. MTODOS: Participaram do estudo 110 estudantes, 48 (44%) do sexo masculino e 62 (56%) do sexo feminino, com mdia de idade de 20,9 1,7 anos. Apolipoprotena-AI, apolipoprotena B, colesterol total, lipoprotena (a), triglicrides, HDL e LDL foram analisados usando-se mtodos diagnsticos especficos. LTI e LPI foram calculados por meio das equaes LTI = [colesterol total x triglicrides x lipoprotena (a) / HDL] e LPI = [colesterol total x triglicrides x lipoprotena (a) x apolipoprotena B / apolipoprotena A-I], respectivamente. RESULTADOS: Os valores de LTI e de LPI foram significativamente maiores nas mulheres quando comparados aos dos homens. Para os outros parmetros, houve diferenas significativas entre os gneros apenas para colesterol total, HDL e apolipoprotena A-I. Houve correlaes positivas e significativas entre LDL e LTI e entre LDL e LPI. CONCLUSO: Os achados indicam que LTI e LPI estavam associados com LDL, um parmetro no utilizado para calcular os ndices lipdicos e amplamente usado na prtica clnica para investigao do risco cardiovascular.
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FUNDAMENTO: A Frequncia Cardaca (FC) alcanada ao final de um teste de exerccio (TE) denominada FC mxima e possui reconhecida relevncia clnica e epidemiolgica. Para sua medida correta necessrio que o TE seja verdadeiramente mximo. OBJETIVO: Avaliar a influncia do histrico de exerccio fsico intenso e/ou participao desportiva competitiva na juventude sobre a FC mxima (% da prevista pela idade) em um teste cardiopulmonar de exerccio (TCPE) clnico. MTODOS: Foram selecionados retrospectivamente 600 indivduos no atletas (65,8% homens) com idade de 46 13,7 anos, em preveno primria de doenças cardiovasculares, submetidos a um TCPE mximo. O perfil de exerccio fsico na infncia/adolescncia (PEFIA) foi classificado em escores crescentes de 0 a 4, com o valor 2 correspondendo aos nveis esperados para a faixa etria. RESULTADOS: Dentre os 20 indivduos com valores de FC mxima igual ou maior do que 200 bpm, nenhum deles tinha sido inativo ou pouco ativo na infncia/adolescncia. Houve uma associao significativa entre escores de PEFIA e a FC mxima (% da prevista pela idade) (p = 0,02), com um valor de 7 bpm mais alto para os escores de PEFIA 3-4 (32,9% da amostra) quando comparados com 0-2. CONCLUSO: Duas hipteses surgem para explicar esses resultados nos indivduos mais ativos na juventude: a) persistncia de adaptaes crnicas do treinamento sobre o cronotropismo cardaco ou b) maior capacidade e/ou motivao para alcanar um TCPE verdadeiramente mximo. Questionar sobre o perfil de exerccio fsico na infncia/adolescncia pode contribuir para a interpretao da FC mxima no TE.
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FUNDAMENTO: A doena de Chagas, causada pelo protozorio Trypanosoma cruzi, uma das mais importantes causas de insuficincia cardaca na Amrica Latina. A terapia celular vem sendo investigada como uma possvel opo teraputica para pacientes com doenças cardiovasculares. OBJETIVO: O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da terapia com clulas-tronco mesenquimais em um modelo experimental de cardiomiopatia chagsica crnica. MTODOS: Camundongos C57BL/6 foram infectados com 1000 tripomastigotas da cepa Colombiana de T. cruzi e, aps seis meses de infeco, foram tratados com clulas-tronco mesenquimais derivadas de tecido adiposo humano (CTTAs) ou com meio DMEM (controle). O grupo tratado recebeu duas injees intraperitoneais de CTTAs (1x106 clulas / dose), com um ms de intervalo entre as duas doses. Antes e aps 1 e 2 meses de tratamento, os animais chagsicos e controles normais foram submetidos eletrocardiograma e teste ergoespiromtrico. Todos os animais foram sacrificados sob anestesia aps 2 meses de tratamento, para anlise histopatolgica do corao. RESULTADOS: No foi observada melhora de arritmias e da funo cardiovascular no grupo tratado com CTTAs, porm seces de coraes de camundongos deste grupo apresentaram uma reduo significativa do nmero de clulas inflamatrias (p < 0,0001) e da rea de fibrose (p < 0,01) em comparao com animais chagsicos tratados com DMEM. CONCLUSO: Deste modo, conclui-se que a administrao de CTTAs por via intraperitoneal capaz de reduzir inflamao e fibrose no corao de camundongos cronicamente infectados por T. cruzi, porm no teve efeitos na funo cardaca dois meses aps o transplante.