251 resultados para Dados ambientais


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Baseado em uma grande amostragem de morcegos realizada na Mata Atlântica, Estado do Rio de Janeiro, sudeste do Brasil, nós analisamos a biologia reprodutiva de Platyrrhinus lineatus (E. Geoffroy, 1810). Os morcegos foram capturados com redes de neblina entre 1989 e 2005, em 27 das 41 diferentes localidades amostradas. O começo da época reprodutiva foi estimado 30 dias antes da data da captura da primeira fêmea grávida. Para determinação do término da época reprodutiva empregamos a data da captura da última fêmea lactante mais 40 dias. O total de 688 morcegos adultos foi analisado, sendo 58,3% representados por fêmeas. O maior número de capturas foi observado nos meses de fevereiro, janeiro e agosto. Machos com testículos escrotados foram observados em todos os meses. Fêmeas inativas sexualmente foram observadas com predominância em março e de maio a agosto. Fêmeas com fetos palpáveis foram observadas em todos os meses, exceto em abril, junho e julho com pico em agosto-outubro e janeiro-fevereiro. Fêmeas lactantes foram capturadas de novembro a junho, com pico em novembro e fevereiro. Fêmeas simultaneamente grávidas e lactantes foram capturadas em todos os meses exceto em junho, com pico em abril. O tamanho da época reprodutiva variou a cada ano, compreendendo de 8 a 12 meses, com média de 10,6 meses.

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Pachyurus schomburgkii Günther, 1860 e P. paucirastrus Aguilera, 1983 ocorrem na bacia Tocantins-Araguaia, sendo a segunda endêmica da bacia. Ambas foram encontradas na região do alto Tocantins, onde este foi represado pela usina hidrelétrica Serra da Mesa, tendo sido capturadas somente em dois de 14 pontos amostrados, sendo ambos (FU e PG) a jusante da barragem. Os peixes foram amostrados bimestralmente com redes de espera padronizadas entre dezembro de 1995 e dezembro de 2002. São apresentados dados de distribuição, dieta, condição fisiológica e estado reprodutivo das duas espécies, focando possíveis modificações em decorrência da instalação da barragem. A maioria dos indivíduos capturados eram adultos e o número de reprodutivos diminuiu após o represamento. As duas espécies foram classificadas como invertívoras bentônicas, alimentando-se principalmente de formas imaturas de insetos. A amplitude de nicho foi significativamente maior para P. paucirastrus, e maior na fase anterior ao represamento, para ambas as espécies. A sobreposição interespecífica da dieta foi alta, porém, a partilha de recursos foi maior no ponto imediatamente abaixo da represa (FU) do que naquele mais distante (PG). Os valores obtidos para o fator de condição indicaram que P. schomburgkii deve ter utilizado mais efetivamente os recursos disponíveis após as mudanças ambientais do que P. paucirastrus. Dessa forma, problemas relativos à alimentação podem ter contribuído para o desaparecimento dessa espécie durante a fase de operação da usina. Pachyurus schomburgkii parece ter se ajustado melhor às mudanças e mostrou-se mais persistente na área após o represamento, porém restrita ao ponto mais distal da barragem, tendo sido capturada de forma esporádica até desaparecer, aproximadamente quatro anos após a formação do reservatório. Considerando a série de usinas hidrelétricas projetadas para o rio Tocantins, recomendam-se estudos intensivos sobre P. paucirastrus em outras partes da bacia, de forma que seja avaliado seu real estado de conservação.

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Este trabalho teve como objetivos caracterizar e comparar a estrutura e a dinâmica populacional de Microphrys bicornutus Latreille, 1825 no fital Halimeda opuntia (Halimedaceae) coletado nas formações recifais de Picãozinho (submetida à visitação turística) e São Gonçalo (área controle), na costa de João Pessoa (Nordeste do Brasil), sob influência de fatores ambientais e do número de visitantes. Nas duas áreas de estudo as populações analisadas estiveram compostas por fêmeas e machos maduros e imaturos com significativa predominância de machos e de animais imaturos, freqüência de tamanho e períodos reprodutivos similares. O tamanho máximo dos exemplares, a freqüência de distribuição de tamanho e a razão sexual diferiram dos resultados obtidos para a espécie em outras latitudes e habitats. Dados de razão sexual evidenciam que independentemente do estágio de maturação, os machos apresentam predominância significativa (RS>1,0), e que a proporção de fêmeas diminui com o amadurecimento sexual. Sem sofrer influência da biomassa da alga, e da salinidade e temperatura da água, variações populacionais significativas foram associadas ao aumento de juvenis durante períodos chuvosos. A baixa densidade populacional e a maior desproporção da relação macho: fêmea em subárea de Picãozinho com maior fluxo de pessoas sugerem que estas variações podem ter sido induzidas pelo pisoteio das algas.

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O tamanho do corpo dos organismos representa um parâmetro importante, podendo gerar consequências na sua ecologia, atividades reprodutivas, evolução e desenvolvimento. Relação alométrica é o estudo do tamanho (ou do crescimento) de uma parte do corpo relacionado com o tamanho (ou crescimento) total do corpo do organismo. Este estudo analisou a relação alométrica entre as fêmeas de Podocnemis unifilis (Troschel, 1848) e seus ovos e filhotes e entre as características dos ninhos e a ninhada em uma área de várzea do baixo rio Amazonas, estado do Pará, Brasil. As ninhadas de P. unifilis foram monitoradas no Tabuleiro da Água Preta durante o período reprodutivo de 2009. As fêmeas encontradas desovando foram medidas e seus respectivos ninhos marcados com estacas numeradas e as características físicas mensuradas. Os ovos e filhotes destes ninhos foram retirados e contados, e tiveram seus dados biométricos tomados. Os parâmetros das fêmeas analisados (comprimento retilíneo da carapaça e massa) correlacionaram-se fortemente às variáveis dos ovos (variável x) e filhotes (variável y), exceto com o comprimento do ovo e com a massa do filhote. Estudos futuros direcionados para melhor compreensão de como as características ambientais influenciam nas ninhadas podem ser aplicados, sendo úteis no manejo da espécie.

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O presente trabalho teve como objetivo comparar os ciclos de vida entre amostras de populações de Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) coletadas em dez municípios localizados no semiárido paraibano. Os ciclos de vida foram estudados a uma temperatura de 26 ± 2ºC, umidade relativa de 60 ± 10% e fotofase de 12 horas. Diariamente foram avaliados os períodos de desenvolvimentos e as viabilidades das fases de ovo, larva e pupa, bem como a razão sexual, longevidade, tamanho e fecundidade dos adultos. Foi realizada uma análise de agrupamento, utilizando-se uma matriz de distância euclidiana através do método da média não-ponderada. As durações e viabilidades para as fases de ovo, larva e pupa apresentaram respectivamente, uma variação média de 3,7 a 4,7 dias e 82,8% a 97,7%, 9,1 a 10,8 dias e 91,2% a 99,2% e de 2,1 a 2,5 dias e 93,5% a 98,4%. O comprimento alar foi de 5,13 a 5,34 mm para as fêmeas e de 4,18 a 4,25 mm para os machos. A menor fecundidade (153,6 ovos/fêmea) ocorreu na população de A. aegypti oriunda de Pedra Lavrada, enquanto que a maior fecundidade (310,6 ovos/fêmea) foi constatada para A. aegypti de Campina Grande. A análise de agrupamento com base na similaridade dos dados biológicos revelou a formação de dois grandes grupos distintos, onde as populações de A. aegypti de Serra Branca e Cuité apresentam maior similaridade entre si. As diferenças de ciclos biológicos verificadas entre as populações de A. aegypti demonstra a capacidade dessa espécie de sofrer variações na sua biologia e se adaptar às diferentes condições ambientais, favorecendo a permanência deste inseto nessas áreas com aumento do risco de transmissão do vírus da dengue.

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Dados de contagem de juvenis de siri-azul (Callinectes sapidus Rathbun, 1896) coletados em dois estuários do Rio Grande do Sul são objeto do presente estudo. Por se encontrarem zero-inflacionados, esses dados motivaram a formulação de modelos hierárquicos, que quantificam o efeito das covariáveis categóricas mês e local sobre a probabilidade de ocorrência e densidade dessas populações, levando em conta a detecção imperfeita. Foram também desenvolvidos modelos não-hierárquicos para comparação. Uma abordagem Bayesiana foi adotada para a estimação dos parâmetros dos modelos por simulação Monte Carlo com Cadeias de Markov (MCMC). A comparação entre modelos foi feita com o Critério de Informação da Deviância (DIC). Os modelos hierárquicos apresentaram ajustes melhores que os modelos convencionais, mitigaram o problema do excesso de zeros e permitiram analisar simultaneamente as probabilidades de ocorrência e a densidade de juvenis de siri-azul. No estuário da Lagoa dos Patos, a probabilidade de ocorrência de juvenis na Classe 2 aumenta com a distância da desembocadura, enquanto em Tramandaí os pontos intermediários apresentam as maiores probabilidades. Em ambos os estuários a ocorrência é mais provável nos meses de verão e de inverno. A densidade de juvenis da Classe 2 apresenta marcada variação em relação aos meses do ano sendo, em geral, maior no estuário de Tramandaí.

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Fatores ambientais podem atuar como reguladores da expansão das populações de Aedes aegypti (Linnaeus, 1762). Este trabalho objetivou avaliar a influência da temperatura, umidade relativa do ar, e precipitação pluviométrica na flutuação populacional de Ae. aegypti. A pesquisa foi conduzida em Boqueirão, Campina Grande e Remígio, Estado da Paraíba, compreendendo um período de 12 meses, utilizando-se o método de coleta por armadilha de oviposição e de pesquisa larvária. A flutuação populacional de ovos e de outras formas imaturas, bem como os índices de infestação para ovos e larvas foi correlacionada com os dados climáticos utilizando-se a análise de correlação de Pearson. Os testes do qui-quadrado e de Tukey foram utilizados para comparar a infestação entre as áreas de estudo e a eficiência entre os métodos de pesquisas com armadilha de oviposição e de coletas de larvas. Não foram encontradas correlações entre as variáveis climáticas e a flutuação populacional de Ae. aegypti, nem com os índices para armadilha de oviposição (IAO) e de Breteau (IB). O IAO foi considerado alto, com média de 54,9; 59,53 e 59,51%, enquanto que o IB foi muito baixo com média de 1,55, 1,69 e 3,64, para os municípios de Boqueirão, Campina Grande e Remígio, respectivamente. A análise do qui-quadrado para o número de imóveis positivos foi altamente significativa, podendo-se inferir que o método de coleta por armadilha de oviposição foi mais eficiente que a pesquisa larvária na detecção da infestação pelo Ae. aegypti. Os resultados indicam que os fatores avaliados não podem ser considerados isolados na análise ecológica da distribuição desta espécie, já que não foram estabelecidas correlações entre a presença do vetor e fatores climático, como temperatura, umidade relativa do ar e precipitação pluviométrica. Assim na análise ecológica da distribuição do Ae. aegypti deve ser considerados os múltiplos fatores condicionantes e determinantes da sua infestação.

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Antes de nossas pesquisas, nas zonas emque trabalhamos, haviam sido asinalados cinco casos vivos de Leishmaniose Visceral Americana, três no Ceará e dois em Pernambuco. Alem desses, oito tinham sido evidenciados por viscerotomia na Baía, município de Jacobina. Já se tinha conhecimento tambem, de um caso de Doença de Chagas no Ceará. Na confecção do presente trabalho visitamos regiões dos Estados do Ceará, Pernambuco e Baía, onde realizamos rápidos inquéritos epidemiológicos sobre as duas protozooses. No Ceará, região do Cariri, encontramos dois novos casos de Leishmaniose Visceral Americana, cujo diagnóstico foi confirmado pelo exame de esfregaços de polpa esplênica, e cinco de Doença de Chagas, evidenciandos pelos xenodiagnóstico. Foram capturados Flebotomus longipalpis Lutz & Neiva, F. villelai Mangabeira., F. limai Fonseca e F. nordestinus Mangabeira, assim com Panstrongylus megistus (Burm.), 13.5% dos quais infectados. Examinamos animais domésticos (cães e gatos) e silvestres com resultado negativo. Em Pernambuco, município de Exú, fizemos um inquérito sobre os dois casos de Leishmaniose Visceral Americana anteriormente assinalados, não encontrando outros. foram capturados F. longipalpis Lutz & Neiva, alem de Panstrongylus magistus (Burm.) e Triatoma brasiliensis Neiva; nenhum deles estava infectado. Dos animais domésticos foram autopsiados três cães sendo encontrado um com leishmanias no fígado e no baço. O exame de 43 animais silvestres nada revelou. Na Baía, município de Jacobina, encontramos, na zona periférica da cidade, um caso de Leishmaniose visceral Americana e, em outras localidades do município, três outros casos, cujos diagnósticos foram confirmados pelo exame de esfregaços de polpa esplênica; encontramos, também dois casos de Doença de Chagas, evidenciados pelo xenodiagnóstico. Foram capturados F. evandroi Costa Lima, F. lenti Mangabeira e F. longipalpis Lutz & Neiva; Panstrongylus megistus (Burm.) (65.5% infectados) e um exemplar de Eutriatoma maculata (Erich.). Encontramos, tambem, em oco de pau, longe das habitações, um exemplar de P. megistus (Burm.) infectado. Examinamos quatro animais domésticos (cães e gatos), tendo sido encontrado um cão portador de S. cruzi.

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Examination of 267.107 liver specimens obtained in Brazil by viscerotomy during from 1937 to 1946 inclusive revealed 5,953 Schistosoma mansoni infe¬ctions. This represents 2.23% ± 0.019 of the total number of livers studied. Data on the incidence of the disease is tabulated by states and municipios. Infected livers were found in all of the states and territories except the Territory of Amapá. Schistosomiasis is widespread in Brazil with highest incidence in the states of the Northeast. The disease is quite common in Espírito Santo and Minas Gerais as well. A study of the age distribution of cases of intestinal schistosomiasis observed among liver specimens obtained in the year 1938 showed a low inci¬dence on young children with a peak of prevalence in the 10 to 19 year age group. The purpose of this contribution is to call attention of the health autho¬rities to the extent and gravity of the problem of intestinal schistosomiasis in Brazil.

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O Autor apresenta o resultado de um inquérito sôbre a distribuição geográfica de Triatomídeos em Minas Gerais e sua infecção pelo Schizotrypanum cruzi. O levantamento foi iniciado em 1946 com a colaboração dos destacamentos militares distribuídos por todos os municípios do Estado. Dos 388 municípios em que se divide o Estado de Minas, recebeu triatomas de 155 (39,94%) sendo que em 94 encontrou exemplares infectados pelo S. cruzi (60,64% dos municípios com triatomas). Dos 155 municípios recebeu o Autor um total de 21 159 triatomas sendo que 14 978 eram T. infestans (70,78%), 4 589 eram P. megistus (21,68%) e 1 547 eram T. sordida (7,31%). As outras espécies (P. geniculatus, P. diasi, T. arthurneivai, T. maculata e Ps. coreodes) constituíram sòmente 0,21% do material reunido. Foram examinados 8 422 T. infestans para a pesquiza do S. cruzi nas dejeções; 27,59% estavam infectados. O P. megistus (626 insetos examinados) e o T. sordida (57 insetos examinados) deram, respectivamente, 27,12 e 7,49% de positividade.