402 resultados para Brasil. [Lei de proteção de cultivares (1997)]
Resumo:
OBJETIVO: Analisar a freqncia de hipertenso arterial sistmica auto-referida e fatores associados. MTODOS: Estudo baseado em dados do sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), coletados em 2006 nas capitais brasileiras e Distrito Federal. Estimou-se a freqncia de hipertenso arterial sistmica entre 54.369 adultos, estratificada por sexo, regio geogrfica, variveis sociodemogrficas e comportamentais e morbidades auto-referidas. Foram calculadas os odds ratios brutos de hipertenso e ajustados para variveis do estudo. RESULTADOS: A freqncia de hipertenso auto-referida foi de 21,6%, maior entre mulheres (24,4% versus 18,4%), menor nas regies Norte e Centro-Oeste e maior na Sudeste. A freqncia de hipertenso aumentou com a idade, diminuiu com a escolaridade, foi maior entre negros e vivos e menor entre solteiros. A chance de hipertenso, ajustada para variveis de confuso, foi maior para os indivduos com excesso de peso, diabetes, dislipidemia e de eventos cardiovasculares. CONCLUSES: Cerca de um quinto da populao referiu ser portadora de hipertenso arterial sistmica. As altas freqncias de fatores de risco modificveis indicam os segmentos populacionais alvos de interveno, visando preveno e controle da hipertenso.
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OBJETIVO: Estimar a prevalncia de osteoporose auto-referida (com diagnstico mdico prvio) e de fatores de risco e proteo associados. MTODOS: Estudo transversal baseado em dados do sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL). Foram entrevistados 54.369 indivduos com idade >18 anos residentes em domiclios servidos por pelo menos uma linha telefnica fixa nas capitais brasileiras e Distrito Federal em 2006. Estimativas de osteoporose segundo fatores socioeconmicos, comportamentais e ndice de massa corporal foram estratificadas por sexo. Foram calculados riscos de ocorrncia de osteoporose para cada varivel individualmente, e em modelo multivariado, considerando-se odds ratio como proxy da razo de prevalncia. RESULTADOS: A prevalncia de osteoporose referida foi de 4,4%, predominantemente entre mulheres (7,0%), com idade >45 anos, estado civil no solteiro e ex-fumante. Entre homens, ter mais de 65 anos, ser casado ou vivo e sedentrio associaram-se positivamente ao desfecho. CONCLUSES: Dentre os fatores associados osteoporose, destacam-se aspectos modificveis relacionados com a preveno da doena, como a atividade fsica e tabagismo.
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OBJETIVO: Inquritos populacionais constituem ferramenta fundamental para monitorar a cobertura de mamografia e os fatores associados sua realizao. Em inquritos baseados na populao residente em domiclios com telefone as estimativas tendem a ser superestimadas. O estudo teve por objetivo estimar a cobertura de mamografia com base em pesquisas de base populacional. MTODOS: A partir das coberturas por mamografia em mulheres de 50 a 69 anos, com e sem telefone fixo, observadas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (PNAD) 2003, calcularam-se as razes entre elas e o respectivo coeficiente de variao. A razo de cobertura foi multiplicada pela cobertura estimada pelo sistema de Vigilncia de Fatores de Risco e Proteo para Doenas Crnicas por Inqurito Telefnico (VIGITEL), permitindo estimar a cobertura entre mulheres sem telefone em 2007. Essas estimativas foram aplicadas populao de mulheres, com e sem telefone, obtidas a partir da PNAD 2006, obtendo-se assim as estimativas finais para as capitais. RESULTADOS: Em 2007, para o conjunto das capitais, estimou-se a cobertura de mamografia em aproximadamente 70%, variando de 41,2% em Porto Velho (RO) a 82,2% em Florianpolis (SC). Em 17 municpios a cobertura foi maior que 60%; em oito, de 50%-60%; e em dois, a cobertura foi inferior a 50%. Em termos absolutos, a diferena entre as coberturas do VIGITEL e as estimadas foi de 6,5% para o conjunto dos municpios, variando de 3,4% em So Paulo (SP) a 24,2% em Joo Pessoa (PB). CONCLUSES: As diferenas nas magnitudes das estimativas da cobertura de mamografia por inquritos populacionais so em grande parte reflexo dos desenhos dos estudos. No caso especfico da mamografia, seria mais apropriado estimar sua cobertura combinando dados do VIGITEL com aqueles de outros inquritos, que incluam informaes sobre mulheres com e sem telefone fixo, especialmente em municpios de baixa cobertura de telefonia fixa.
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OBJETIVO: Estimar a soroprevalncia de anticorpos por vrus herpes simples (HSV-1 e HSV-2) e analisar fatores associados no Brasil. MTODOS: Estudo transversal realizado entre 1996 e 1997 em 1.090 indivduos com idade entre um e 40 anos da populao geral, em quatro diferentes regies geogrficas no Brasil. Foram analisadas amostras sangneas para deteco de anticorpos para HSV-1 e HSV-2 com teste tipo-especfico Elisa. Foram descritas freqncias e propores, comparadas entre grupos utilizando o teste de Fisher bilateral exato. Foi realizada anlise de regresso logstica para avaliar influncia das variveis sociodemogrficas e histrico de DST, sobre a soroprevalncia de HSV-1 e/ou HSV-2. RESULTADOS: As soroprevalncias de anticorpos para HSV-1 e HSV-2, ajustadas por idade, foram 67,2% e 11,3% respectivamente, sem diferena quanto ao sexo e maiores na Regio Norte. As soroprevalncias aumentaram com a idade, e para HSV-2 o maior aumento ocorreu na adolescncia e entre adultos jovens. Indivduos soropositivos para HSV-1 apresentaram maior risco de serem positivos para HSV-2 (15,7%) quando comparados com os negativos para HSV-1 (4,7%). Na anlise multivariada, o histrico de DST aumentou significativamente (OR=3,2) a probabilidade de soropositividade para HSV-2. CONCLUSES: As soroprevalncias para HSV-1 e para HSV-2 variam com a idade e entre as regies do Brasil. Histria pregressa de DST importante fator de risco para aquisio de infeco por HSV-2.
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OBJETIVO: Analisar a mortalidade feminina por agresso segundo indicadores sociodemogrficos e de sade. MTODOS: Estudo ecolgico sobre a mortalidade feminina por agresso ocorrida no Brasil de 2003 a 2007. Os dados de 19.459 bitos foram obtidos do Sistema de Informaes sobre Mortalidade. Os coeficientes padronizados de mortalidade feminina por agresso foram relacionados (teste de correlao de Pearson) com 28 indicadores socioeconmicos, demogrficos e de sade. Foi realizada regresso linear mltipla com variveis que apresentaram p < 0,20 e excludas as variveis que apresentaram multicolinearidade. RESULTADOS: O coeficiente padronizado de mortalidade foi de 4,1 bitos/100.000 mulheres no perodo. Aps o ajuste, trs variveis permaneceram significativas e associadas mortalidade feminina por agresso: taxa de natalidade (p = 0,072), percentual de evanglicos (p = 0,019) e coeficiente de mortalidade por agresso no sexo masculino (p < 0,001). O modelo possui uma capacidade de predio do desfecho de 69% (r² = 0,699). Esprito Santo, Pernambuco, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rondnia, Alagoas, Mato Grosso do Sul, Roraima e Amap apresentaram os maiores coeficientes no perodo. CONCLUSES: A mortalidade feminina por agresso no Brasil foi elevada e no homognea entre as regies. Entre as variveis associadas ao evento, destaca-se a mortalidade masculina por agresso, indicando a importncia da reduo da violncia estrutural como proteo das mulheres contra a violncia.
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OBJETIVO: Analisar a evoluo de estimativas do gasto federal com o Programa de Sade Mental desde a promulgao da lei nacional de sade mental. MTODOS: O gasto federal total do Programa de Sade Mental e seus componentes de gastos hospitalares e extra-hospitalares foi estimado a partir de 21 categorias de gastos de 2001 a 2009. Os valores dos gastos foram atualizados para valores em reais de 2009 por meio da aplicao do ndice de Preos ao Consumidor Amplo. Foi calculado o valor per capita/ano do gasto federal em sade mental. RESULTADOS: Observou-se o crescimento real de 51,3% do gasto em sade mental no perodo. A desagregao do gasto revelou aumento expressivo do valor extra-hospitalar (404,2%) e decrscimo do hospitalar (-39,5%). O gasto per capita teve crescimento real menor, embora expressivo (36,2%). A srie histrica do gasto per capita desagregado mostrou que em 2006, pela primeira vez, o gasto extra-hospitalar foi maior que o hospitalar. O valor per capita extra-hospitalar teve o crescimento real de 354,0%; o valor per capita hospitalar decresceu 45,5%. CONCLUSES: Houve crescimento real dos recursos federais investidos em sade mental entre 2001 e 2009 e investimento expressivo nas aes extra-hospitalares. Houve inverso no direcionamento dos recursos, a partir de 2006, na direo dos servios comunitrios. O componente do financiamento teve papel crucial como indutor da mudana de modelo de ateno em sade mental. O desafio para os prximos anos sustentar e aumentar os recursos para a sade mental num contexto de desfinanciamento do Sistema nico de Sade.
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O artigo apresenta o processo de elaborao do questionrio utilizado no Estudo Longitudinal de Sade do Adulto (ELSA-Brasil). Iniciamos pelo relato sobre a "Seleo de Temas" abordados no questionrio, cujo contedo teria que abranger o conhecimento disponvel acerca da complexa rede de causalidade dos desfechos de interesse, assim como possibilitar a comparabilidade com estudos semelhantes. Contextualizamos a "traduo e a adaptao de instrumentos de medida", necessrias no caso de escalas de avaliao de vizinhanas, do instrumento para diagnstico de transtornos depressivos e de ansiedade, e do questionrio de frequncia alimentar. A seguir, comentamos os critrios que nortearam a "ordem dos blocos temticos" e finalmente a importncia prtica dos "pr-testes e estudos-piloto". As relaes entre o conjunto de informaes reunidas no ELSA podero constituir contribuio original sobre os fatores que causam ou agravam os desfechos de interesse no contexto brasileiro, assim como sobre seus fatores de proteo.
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Pesquisou-se infeco intestinal por enterovirus em 300 crianas, aparentemente normais, nascidas de parto hospitalar, com a mediana das idades de 2 dias, estudadas antes da alta hospitalar. Essas crianas foram divididas em trs grupos de igual nmero, sendo que o primeiro grupo foi examinado no perodo que precedeu o 1.º Dia Nacional de Vacinao Contra a Poliomielite, efetuado em 1980, o segundo logo aps a realizao dessa imunizao em massa e o terceiro posteriormente ao 2º Dia Nacional de Vacinao Contra a Poliomielite levado a efeito no mesmo ano. A pesquisa de enterovirus foi feita a partir de uma nica amostra de fezes, colhida de cada criana por meio de Swab retal. Obteve-se o isolamento de poliovrus em 13 (4,3%) dos 300 recm-nascidos estudados, sendo que 8 deles pertenciam ao primeiro grupo e os outros 5 ao segundo. Das crianas infectadas, 12 eliminavam poliovrus lei poliovrus 3. No foram isolados outros enterovirus. Discute-se a possibilidade da infeco por esses poliovrus ter ocorrido por transmisso transplacentria, via canal de parto ou ainda por infeco cruzada no prprio ambiente hospitalar.
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Casos de febre maculosa brasileira vm ocorrendo desde 1985 no municpio de Pedreira. Com o objetivo de avaliar a prevalncia da febre maculosa brasileira nessa rea endmica, foram coletadas amostras nicas de soro de 473 pessoas sadias, moradores e funcionrios de uma indstria de louas. As amostras obtidas foram testadas atravs da reao de imunofluorescncia indireta (IFA), para determinao do ttulo de anticorpos para ricketttsia do grupo da febre maculosa brasileira. Vinte e cinco (5,3%) foram considerados positivos (ttulo ³1:64) e trinta e um (6,5%) apresentaram ttulo igual a 1:32 ("borderline"). Os resultados evidenciam uma taxa de soropositividade semelhante a outras reas reconhecidamente endmicas do pas.
Resumo:
Aps caracterizao clnico-epidemiolgica da oncocercose na regio Yanommi, RR, Brasil, iniciada em 1993, a Fundao Nacional de Sade (FNS) implementou um projeto piloto de controle e tratamento nos plos de base de Tootobi e Balawa. Nestes, foram estudadas bipsias de pele de 426 pessoas. Nos ndulos de 86,7% de pacientes, foi encontrada Onchocerca volvulus. A prevalncia global encontrada na populao examinada foi 66,2%. O tratamento, com ivermectina, teve uma cobertura de 80,1% da populao total. Reaes adversas ao medicamento foram relatadas em 12,3% dos pacientes, sendo consideradas como leves e moderadas. Estes resultados so concordantes com os descritos na literatura mdica e sugerem a factibilidade da ampliao do referido Programa para toda a rea Yanommi, numa prxima fase.
Resumo:
O desenvolvimento, licenciamento e comercializao recentes de uma vacina inativada contra a hepatite A (VIHA) tm possibilitado a obteno de imunizao ativa, segura e provavelmente duradoura contra essa doena. Estudos conduzidos em pases desenvolvidos demonstram sua utilidade clnica na preveno da hepatite A (HA) em viajantes susceptveis que se dirigem a reas de alta endemicidade, em crianas pr-escolares e trabalhadores de creches, alm de avaliar o uso ps-exposio e em em surtos epidmicos. Os autores enfocam aspectos epidemiolgicos atuais da hepatite A em diferentes regies visando, atravs do conhecimento da epidemiologia da doena, esclarecer a utilidade que a VIHA teria no controle dessa doena nos pases em desenvolvimento, especialmente no Brasil. Com base na sua eficcia, segurana e imunogenicidade, a VIHA se mostra de extremo valor a nvel de proteo individual. Porm, devido ao pouco tempo de uso clnico desta vacina, no encontramos disponveis recomendaes formais para o seu uso nos pases em desenvolvimento, especialmente a nvel de Sade Pblica. Dados epidemiolgicos atualizados sobre a HA nas diversas regies brasileiras so essenciais para o desenvolvimento de uma estratgia racional de imunizao.
Resumo:
Atravs das anlises efetuadas, em 96 amostras de hortalias cruas, coletadas em 5 restaurantes da cidade do Recife, que servem almoo no peso, no foram encontradas Yersinia enterocolitica nem outras enterobactrias patognicas. As anlises realizadas a partir dos "swabs" orais e retais, obtidos em 15 sunos aparentemente sadios do municpio de Bonito, no Estado de Pernambuco, tambm no evidenciaram a presena de Y. enterocolitica. Foram obtidas amostras para anlises em 22 roedores e um espcimen de marsupial, entre os quais tambm no foram encontrados nem Y. enterocolitica nem outros enteropatgenos.
Resumo:
Em localidades da zona rural de cinco municpios da regio noroeste do Paran adultos e ninfas de Triatoma sordida foram capturados em 21 (41,2%) de 51 unidades domiciliares pesquisadas. Foram capturados 154 exemplares de T. sordida e 2 Panstrongylus megistus. De 135 exemplares examinados 58 (43,0%) apresentavam o Trypanosoma tipo cruzi. Constatou-se tambm a infeco em 57,1% (4/7) dos gambs (Didelphis sp) examinados. O peridomiclio apresentou-se mais infestado que o intradomiclio, sendo a casa de madeira abandonada a construo mais freqente (34,7% do total investigado) e com maior taxa de infestao (53,9%). Os dados mostram um elevado ndice de infestao da zona rural por espcies secundrias de triatomneos com altas taxas de infeco por flagelados do tipo T. cruzi, em uma rea endmica para a doena de Chagas j em fase de vigilncia epidemiolgica.
Resumo:
Foram notificados Secretaria de Sade do Estado do Cear, no perodo de 1992 a 1995, 688 acidentes causados por serpentes peonhentas (mdia anual de 172 casos), com coeficiente de incidncia variando entre 0,9 e 5,8 por 100.000 habitantes. Dentre 473 casos em que houve referncia ao gnero da serpente 88,3% foram por Bothrops, 10,6% por Crotalus, 0,8% por Micrurus e 0,2% por Lachesis. Os meses de abril a setembro apresentaram maior incidncia. Houve predominncia de pacientes do sexo masculino (75,6%) e com idades entre 10 a 49 anos (72,3%). As regies anatmicas mais freqentemente picadas foram os membros inferiores (81,9%) e superiores (14,7%). O atendimento na unidade de sade que notificou o acidente ocorreu dentro de seis horas em 66,9% dos casos. A letalidade foi de 0,7%. Os acidentados foram sobretudo agricultores (62,7%), a maioria dos casos ocorreu no prprio local de trabalho. Os autores reforam que os acidentes ofdicos no Estado do Cear podem ser considerados acidentes de trabalho, acometem principalmente os trabalhadores rurais e constituem causa de bito.