223 resultados para combustão úmida


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As doenças pós-colheita representam um sério obstáculo à citricultura, uma vez que comprometem a qualidade e quantidade dos frutos colhidos. Este trabalho objetivou caracterizar as injúrias pós-colheita de frutos de laranja 'Pêra', 'Lima' e 'Natal' e de tangor 'Murcott', destinados ao mercado interno, após diferentes etapas do beneficiamento em "packinghouse". Foram coletados cem frutos na chegada ao "packinghouse", na banca de embalagem e no palete, após embalamento em caixas de madeira. Os frutos foram individualizados e submetidos à câmara úmida por 24 horas, permanecendo por mais 20 dias a 25ºC e 85% de umidade relativa. A incidência de podridões foi avaliada visualmente após a retirada da câmara úmida e a cada três dias. Os patógenos fúngicos encontrados tiveram a patogenicidade confirmada através da inoculação em frutos sadios. Não houve diferença significativa na incidência de doenças pós-colheita nas diferentes fases do processamento nas variedades Lima e Natal. Na variedade Pêra e no tangor 'Murcott', a incidência de doenças foi menor nas amostras coletadas na chegada ao "packinghouse". O bolor verde (Penicillium digitatum) foi a principal doença encontrada nos diferentes frutos cítricos. Outras doenças importantes foram a antracnose (Colletotrichum gloeosporioides), as podridões pedunculares (Lasiodiplodia theobromae e Phomopsis citri) e a podridão azeda (Geotrichum candidum).

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Quambalaria eucalypti foi recentemente relatado como agente etiológico da mancha foliar e do anelamento da haste de Eucalyptus spp., no Brasil. Em vista do pouco conhecimento disponível sobre este patossistema, procurou-se, neste trabalho, avaliar o crescimento micelial e a esporulação do fungo em diferentes meios de cultura, determinar "in vitro" a temperatura ótima para o crescimento micelial, esporulação e a germinação de conídios, avaliar a influência do regime de luz sobre a germinação de conídios e determinar a influência do binômio temperatura - tempo de câmara úmida sobre a severidade da doença. As temperaturas de 25, 13 e 37 ºC foram respectivamente, ótima, mínima e máxima, para o crescimento. A temperatura ótima para esporulação foi de 25 ºC. A interação entre meios de cultura e isolados foi significativa, sendo que os meios de batata-dextrose-ágar (BDA), V8-ágar (V8) e caldo de vegetais-ágar foram os mais favoráveis ao crescimento micelial, seguidos de caseína hidrolizada ágar e ágar água. Todavia, para a esporulação, a interação entre meios de cultura e isolados não foi significativa e o meio de BDA foi o mais favorável à esporulação do patógeno. A temperatura e o regime de luz não afetaram significativamente a germinação de conídios, com uma taxa média de 85 % de germinação. A interação entre temperatura e tempo de permanência em câmara úmida não foi significativa para severidade da doença. O modelo quadrático foi o que melhor representou a severidade em função da temperatura, com ponto ótimo estimado igual a 27 ºC. O modelo exponencial foi o que melhor representou a severidade em função do tempo de câmara úmida.

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O manjericão (Ocimum basilicum L.) é uma hortaliça da família Lamiaceae, utilizada na culinária ou como matéria prima para a indústria de fármacos e óleos essenciais. Amostras de plantas de manjericão apresentando sintomas de murcha, seca de hastes e podridão de colo foram coletadas na área rural de Brazlândia (DF) durante a estação chuvosa de 2005. Outras duas amostras foram coletadas em plantas cultivadas em campo aberto e casas de vegetação na região de Ponte Alta (DF). Isolados de um fungo, identificado como Fusarium oxysporum, foram obtidos em todas as amostras. Testes de patogenicidade foram conduzidos com mudas das cultivares O. basilicum 'Dark Opal' e 'Italian Large Leaf', e de acessos das espécies O. americanum L. (manjericão de folha miúda), O. campechianum Mill. (alfavaca), Origanum manjorana L. (manjerona), Origanum vulgare L. (orégano), Mentha arvensis L. (menta), Coleus blumei Benth. (tapete), Leonorus sibiricus L. (rubim) e Leonotis nepetaefolia (L.) W.T. Aiton (cordão-de-frade). Todos os isolados fúngicos mostraram-se altamente virulentos sobre as duas cultivares de manjericão. Em O. campechianum e O. americanum os isolados causaram apenas suave escurecimento vascular e leve redução de crescimento, sendo avirulentos sobre acessos das espécies O. manjorana, O. vulgare, M. arvensis, C. blumei, L. sibiricus e L. nepetaefolia. Este conjunto de dados indicou que o agente causal da doença é o fungo F. oxysporum f. sp. basilici, constituindo-se no primeiro registro formal deste patógeno no Brasil. Os lotes de sementes utilizados nas áreas de ocorrência da doença foram submetidos a um teste de sanidade visando verificar a presença do patógeno. O fungo F. oxysporum f. sp. basilici foi detectado em quatro dos seis lotes e os isolados obtidos das sementes contaminadas mostraram similar sintomatologia e um idêntico perfil de virulência aos verificados em campo e casa de vegetação, sugerindo que as sementes representam o mais provável veículo de introdução e potencial disseminação deste patógeno no Brasil.

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A murcha de fusário, causada por Fusarium oxysporum f. sp. cubense, vem sendo diagnosticada em áreas produtoras de helicônias, uma das plantas ornamentais mais apreciadas da floricultura tropical. Neste trabalho, os objetivos foram verificar a ocorrência da doença em propriedades produtoras de helicônias, avaliar a eficiência de métodos de inoculação do patógeno e caracterizar, quanto à agressividade, os isolados obtidos. Foram visitadas 28 propriedades em Pernambuco, Alagoas e Sergipe, nas quais foram coletados materiais vegetais com sintomas característicos da doença, para a obtenção dos isolados. Os métodos de inoculação testados foram o de injeção com 10 mL da suspensão fúngica no colo das plantas suscetíveis, Heliconia psittacorum x H. spathocircinata cv. Alan Carle; deposição de 20 mL da suspensão no solo pela técnica de "meia lua" e "dipping" (30 e 60 minutos). A avaliação da agressividade dos isolados foi realizada pela inoculação de discos da colônia do fungo, crescidos em meios de cultura, em colmos destacados da planta, que ficaram em condição de câmara úmida por cinco dias. Das propriedades visitadas 88% apresentavam a doença, de onde se obtiveram 31 isolados de F. oxysporum f. sp. cubense. Quanto à inoculação, o método de injeção foi o mais eficiente, reproduzindo os sintomas da doença aos 36 dias após a inoculação. Quanto à agressividade, dez isolados foram agrupados como os de maior agressividade, 13 apresentaram agressividade intermediária e oito isolados como os de menor agressividade.

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Diversos fatores podem interferir na qualidade do café, especialmente aqueles relacionados às etapas pós-colheita de processamento e secagem. Algumas espécies de fungos podem se associar a grãos de café durante a pós-colheita, podendo ocasionar alterações indesejáveis. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência dos processamentos via seca (natural), seco em terreiro de terra, e via úmida (despolpado), seco em terreiro de cimento, tradicionalmente empregados na região sudoeste da Bahia, na incidência de fungos em grãos de café beneficiados produzidos na safra 2007/2008. O experimento consistiu de 4 tratamentos: a) café natural de Barra do Choça; b) café natural de Encruzilhada; c) café despolpado de Barra do Choça e d) café despolpado de Encruzilhada; e 5 repetições. Foram coletadas 20 amostras de grãos de café oriundas de diferentes propriedades cafeeiras nestes municípios. Os resultados obtidos foram avaliados pelo teste de médias t de Bonferroni a 5% de probabilidade. Houve diferença estatística significativa entre os tratamentos analisados para a infestação fúngica. Os gêneros detectados foram: Aspergillus, Penicillium e Fusarium, sendo que o gênero Aspergillus foi o de maior incidência, no qual foram identificadas oito espécies: Aspergillus ochraceus, A. niger, A. flavus, A. foetidus, A. tubingensis, A. auricomus, A. sojae e A. oryzae. Foi detectada a maior incidência de fungos em grãos de café oriundos de processamento natural do que de processamento despolpado.

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Sphaeropsis sapinea é um patógeno que causa seca de ponteiros e morte de árvores em plantios comerciais de coníferas do mundo. No Brasil, a literatura apresenta este fungo em mudas e toras de Araucaria angustifolia após a colheita, sem relatos de seca de ramos e de ponteiros. Este estudo teve como objetivo verificar a patogenicidade de S. sapinea em Araucaria angustifolia. O postulado de Koch foi realizado em 25 árvores com 2 anos de idade de A. angustifolia. Discos de micélio-ágar de um isolado agressivo obtido de Pinus taeda, retirado de culturas com 10 dias de idade, foram inoculados em ramos injuriados. Três ramos foram inoculados com o fungo, deixando-se um ramo como testemunha, por planta. Todas as plantas foram mantidas em casa de vegetação por 30 dias. Ramos com e sem sintomas foram colocados em câmara úmida, sob iluminação, para reisolar o patógeno. Oito árvores inoculadas apresentaram sintomas similares aos provocados pelo S. sapinea em pínus. O fungo foi reisolado de 68 % das árvores inoculadas. Confirmou-se a seca de ramos causado por S. sapinea em árvores jovens de araucária.

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A influência da temperatura (21, 24, 27 e 30 °C) e da duração do tempo de molhamento foliar (0, 12, 24, 48 e 72 horas) na penetração do agente causal da Sigatoka-negra (Mycosphaerella fijiensis) foi quantificada em ambiente controlado. A área abaixo da curva do progresso da doença (AACPD) e a incidência foram influenciadas pela temperatura e pela duração do tempo de molhamento foliar. Foram constatadas diferenças significativas (P=0,05) nos valores da AACPD para as diferentes temperaturas, bem como verificada a interação significativa (P=0,05) entre temperaturas e o molhamento foliar. Em todas as temperaturas foi possível a observação de sintomas, entretanto, a maior AACPD foi observada em folhas inoculadas que permaneceram na temperatura de 24 e 27°C, a partir de 48 horas de molhamento foliar. Nas temperaturas de 21ºC e 30°C a incidência de Sigatoka-negra foi menor. O período de molhamento foliar mínimo para o progresso da doença foi de 24 horas. Não foram observados sintomas de Sigatoka-negra em folhas inoculados com o molhamento foliar de 0 hora e 12 horas em todas as temperaturas. As folhas assintomáticas, após 5 dias em câmara úmida apresentavam sintomas característicos de Sigatoka-negra, demonstrando que os conídios inoculados nas folhas permaneceram viáveis por um período na ausência de água livre na folha.

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Existe uma demanda, na região semiárida produtora de uvas no Submédio São Francisco, por medidas sustentáveis de controle de doenças pós-colheita, uma vez que o modelo atual de revestimento de caixas com polietileno de alta densidade, associado ao metabissulfito de sódio, não tem se mostrado eficiente no controle dos fungos que ocorrem na região. O objetivo desse trabalho foi estudar um controle da podridão por Aspergillus em uvas 'Thompson Seedless' por meio da modificação da atmosfera, pelo envolvimento de caixas de uva em bolsões de poliamida. Comparou-se o bolsão de poliamida (PA) ao de polietileno alta densidade (PEAD), comumente usado na região, combinados ou não com o metabissulfito de sódio (SO2). Frutos provenientes de propriedade comercial, após serem selecionados e desinfestados foram feridos com alfinete entomológico e inoculados com uma suspensão de Aspergillus niger na concentração de 10(6) conídios.mL-¹ e submetidos à câmara úmida por 24 horas. Em seguida as caixas de uva foram colocadas em bolsões específicos de acordo com o tratamento e armazenadas em câmara fria à temperatura de 2 ºC e umidade relativa de 75%, durante 40 dias. A partir do 12º dia de armazenagem foram feitas avaliações semanais da incidência da doença e de variáveis físico-químicas: perda de massa, sólidos solúveis totais (SST), pH, acidez titulável (AT), ratio (SST/AT); peroxidase (POD) e medição das concentrações de CO2 e O2 até o 40º dia. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente ao acaso em parcelas subdivididas com cinco repetições. O revestimento de caixas de uva em bolsões de poliamida, mesmo sem o uso de metabissulfito de sódio, apresenta-se como uma alternativa viável na manutenção da qualidade pós-colheita de uva "Thompson Seddless", bem como na redução de podridão causada por A. Niger. A enzima peroxidase pode ter atuado no processo de manutenção de qualidade da fruta, contribuindo para uma redução dos níveis da doença em uvas.

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As doenças pós-colheita podem ser responsáveis por perdas tiabendazol (10 mg.L-1) e imazalil (1 mg.L-1). Frutos tratados com significativas ao citricultor. Este trabalho objetivou: a) caracterizar imazalil apresentaram a menor incidência (5,4%) de doenças pós-as doenças pós-colheita em laranjas 'Pêra' provenientes de cultivo colheita, enquanto que frutos provenientes de pomares orgânicos orgânico e convencional, com ou sem tratamento pós-colheita com apresentaram a maior incidência (25,2%). As principais doenças pósimazalil, comercializadas na CEAGESP; e b) detectar a presença de colheita foram o bolor verde em frutos produzidos em sistema isolados de Penicillium digitatum resistentes a fungicidas em frutos convencional e as podridões pedunculares de lasiodiplodia e de com bolor verde. Frutos permaneceram em câmara úmida por 24 phomopsis em frutos orgânicos. A frequência relativa de isolados de horas, e por mais 13 dias a 25 ºC e 85% de UR. A incidência de P. digitatum resistentes ao fungicida tiabendazol foi menor em frutos doenças foi avaliada visualmente a cada 2-3 dias. A presença de P. orgânicos, enquanto a frequência de isolados de P. digitatum resistentes digitatum resistente a fungicidas foi avaliada em função do crescimento ao imazalil e à mistura tiabendazol+imazalil foi maior em frutos que micelial em meio batata-dextrose-ágar acrescido dos fungicidas receberam tratamento pós-colheita com imazalil.

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A cultura do trigo é uma das opções mais importantes para cultivo na safra de inverno. Entre as doenças foliares a mancha-amarela da folha, a mancha marrom e a septoriose são citadas como as mais frequentes em trigo. Este trabalho teve como objetivo identificar e quantificar os fungos fitopatogênicos associados a sintomas de manchas foliares em cultivares de trigo, nas Regiões tritícolas de Valor de Cultivo e Uso (VCU). Foram analisadas 162 amostras coletadas nas safras 2008 a 2011, oriundas dos Estados do Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Discos foliares assépticos, 25 por amostra, foram distribuídos em gerbox, constituindo uma câmara úmida e incubados a temperatura de 25ºC e fotoperíodo de 12 horas. Após um período de incubação de oito dias, foi realizada a avaliação, identificando e quantificando a incidência dos fungos presentes nos discos foliares. Constatou-se a ocorrência de Bipolaris sorokiniana, Drechslera tritici-repentis, D. siccans e Stagonospora nodorum associados às lesões foliares em trigo. Verificou-se na safra 2008, a predominância de D. siccans com incidência de 0 a 75 % nas amostras avaliadas, sendo o primeiro relato desta espécie, em trigo, no Brasil. Na média das safras avaliadas B. sorokiniana apresentou incidência de 7,6 % e frequência de 53,1%, D. tritici-repentis apresentou incidência de 59,2 % e frequência de 90,6 %, D. siccans incidência de 11,0 % e freqüência de 48,1 % e S. nodorum com incidência e frequência de 1,55 % e de 2,2 %, respectivamente.

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A incidência da ferrugem ocorre em mudas no viveiro e em plantas jovens no campo, essa doença causada por Puccinia psidii é uma das mais severas do eucalipto. O presente trabalho teve como objetivo quantificar a resistência parcial das espécies de Eucalyptus propinqua, E. citriodora, E. grandis, E. urophylla, E. microcorys, E. urograndis (E. grandis x E. urophylla), E. robusta, E. saligna, E. dunnie, E. phaeotricha à ferrugem do eucalipto. Para isso foi conduzido experimento em casa de vegetação no Departamento de Entomologia e Fitopatologia da UFRRJ. Foram utilizadas 100 mudas de eucalipto com três meses de idade, obtidas a partir de sementes. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, com dez tratamentos e dez repetições, sendo uma planta por repetição. A inoculação foi realizada por meio da atomização de folhas com suspensão de uredósporos na concentração de 2x10(4) esporos/mL, obtidos a partir de pústulas frescas. Em seguida, as mudas foram incubadas em câmara úmida e escura por 48h. Foram avaliados os parâmetros de resistência: número médio de pústulas por folíolo, severidade, período latente médio e AACPD. Os dados obtidos foram transformados em e arcsen , e submetidos à análise de variância e à comparação de médias pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade, por meio do software SAEG. Foram encontradas diferenças significativas entre as espécies de eucalipto para os parâmetros estudados. Eucalyptus urograndis (E. grandis x E. urophylla) apresentou um menor número médio de pústulas por folíolo, menor severidade, maior período latente médio e valores menores da área abaixo da curva do progresso da doença, tendo dessa forma maior resistência parcial à ferrugem.

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A mancha-alvo, causada pelo fungo Corynespora cassiicola, é a principal doença da parte área do tomateiro na região Norte do Brasil. No Estado do Amazonas o patógeno em plantas de pepino, causa severos danos à produção tanto em cultivo protegido quanto em campo aberto. O objetivo deste trabalho foi avaliar a reação de dez genótipos de pepino a C. cassiicola. O experimento foi conduzido em casa de vegetação em delineamento inteiramente ao acaso com dez tratamentos e dez repetições. Foram avaliados a cultivar Aodai e os híbridos tipo japonês General Lee F1, Hokushim, Japonês Híbrido F1 (Soudai), Jóia, Marketmore 76 (verde comprido), Natsubayashi, Natsu Suzumi, Sprint 440 II e Tsuyataro. Os isolados do patógeno foram obtidos a partir de folhas de plantas de pepino naturalmente infectadas, e multiplicado em meio de cultura BDA. As plantas foram inoculadas nas duas primeiras folhas definitivas com suspensão de inóculo na concentração 104 conídios mL-1 e mantidas em câmara úmida por 48 horas. A severidade foi avaliada e calculada a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) para cada tratamento. Houve variação na reação dos genótipos ao patógeno e a cultivar Aodai apresentou menor AACPD considerada como resistente. Os híbridos Hokuchim, Soudai, Verde Comprido e Natsubayashi apresentaram menores valores de AACPD entre os híbridos avaliados em contraposição ao Tsuyataro o mais suscetível.

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Ceratocystis sp. é um fungo que coloniza o xilema, agente causal de murcha e seca em diversas plantas lenhosas. O presente trabalho teve como objetivo acompanhar a colonização deste fungo na superfície de plantas de eucalipto (Eucalyptus sp.). Foram utilizados 5 isolados de Ceratocystis de diferentes hospedeiros (eucalipto, cacau, manga, teca e atemóia). Para isso, plantas de eucaliptos (clone 219) tiveram parte do seu sistema vascular exposto. Nesta região foi depositada uma suspensão contendo 106 esporos. Como testemunha, uma planta foi inoculada somente com água destilada autoclavada. Após a inoculação, estas plantas foram mantidas em câmara úmida a 25 oC no escuro. Parte da área inoculada foi coletada em intervalos de tempo pré-determinados (6, 12 e 24 horas), e fixadas em solução de "Karnovsky". As amostras foram preparadas e analisadas ao microscópio eletrônico de varredura. Todos os isolados foram capazes de germinar, penetrar e se desenvolver nos elementos de vasos de plantas de eucalipto no período de 6 horas. O isolado de cacau foi o que aparentemente teve o desenvolvimento mais lento dentro dos períodos estudados. Foi observada a germinação de ascósporos, clamidósporos e de conídios do tipo cilíndrico neste período. Doze horas após a inoculação ocorreu aumento da quantidade de micélio de todos os isolados testados. Nos casos dos isolados de manga e eucalipto foi possível observar a formação de novos clamidósporos. Vinte e quatro horas após a inoculação, com exceção do isolado de cacau, todos os outros isolados já apresentavam a formação de conidióforos cilíndricos. Este estudo comprova que isolados deste fungo, mesmo que provindos de outros hospedeiros, são capazes de se desenvolver no xilema do eucalipto.

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O objetivo deste trabalho foi a produção de adesivos para madeira a partir de creosoto desmetilado. Para isto, foram sintetizadas diferentes formulações de adesivos para madeira a partir de creosoto desmetilado e paraformaldeído, variando-se o pH inicial da formulação (12,00, 12,25, 12,50, 12,75, 13,00, 13,25 e 13,50) e a temperatura de síntese (60 e 70 °C), para possibilitar a verificação dos melhores pHs e da melhor temperatura para elaboração do adesivo. Foi verificado, por meio da avaliação do gel time, que a melhor temperatura de síntese foi 70 °C. Foram realizadas, então, análises por DSC (calorimetria diferencial exploratória), para obtenção dos parâmetros cinéticos e caracterização das formulações adesivas de creosoto desmetilado sintetizadas a 70 °C. Os adesivos foram utilizados para colagem, a quente (160 °C) e sob pressão (12 kgf/cm²), de lâminas de Araucaria angustifolia. Após a colagem, foram realizados os ensaios de resistência mecânica ao cisalhamento por tração, para condição seca e úmida. Verificou-se que a resistência da linha de cola e a porcentagem de falha na madeira para os adesivos de creosoto desmetilado sintetizados a 70 °C foram inferiores às do adesivo de fenol-formaldeído sintetizado em laboratório, que foi utilizado como padrão.

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Durante um ano a deposição de serapilheira, em uma área de 7.455 m² reflorestada com espécies arbóreas sobre um Argissolo Vermelho-Amarelo de textura média, foi quantificada. A área deste estudo pertence à propriedade rural denominada sítio Laranja Azeda, no bairro do Pinhal, município de Limeira-SP, localizada na depressão periférica do Estado (22º 33' 17" S e 47º 24' 17" W), a uma altitude de 567 m. O clima local é do tipo Cwa, de acordo com a classificação climática de Köppen, com verão quente e úmido e inverno seco e frio. A produção de serapilheira foi estimada mensalmente por meio de 21 coletores de 0,25 m², distribuídos aleatoriamente por toda área de estudo, colocados em cada uma das situações topográficas verificadas. A produção média de serapilheira na estação seca foi de 697 kg/ha e 407 kg/ha na estação úmida. Estes valores são intermediários quando comparados com os dos fragmentos de floresta estacional semidecidual do Estado de São Paulo e com os da Floresta da Tijuca (área reflorestada), que são áreas em estádios mais avançados de sucessão secundária, e superiores, quando comparados com os de outras áreas reflorestadas de São Paulo. Os resultados obtidos permitem concluir que: a) a produção de serapilheira teve uma forte variação sazonal, tendo ocorrido maior deposição nos meses mais secos; b) há distinção entre produção de serapilheira nas três situações topográficas verificadas; e c) a produção de serapilheira é um forte indicativo do grau de crescimento e equilíbrio ecológico da nova floresta.