161 resultados para Pinto, Alvaro Vieira 1909
Resumo:
O fibroadenoma é a neoplasia benigna mais freqüente da mama feminina e é considerado tumor misto, constituído por quantidades variáveis de tecido conjuntivo e epitelial. A ciclosporina parece ter implicações no desenvolvimento de fibroadenomas mamários em pacientes transplantadas renais em idade reprodutiva. Descrevemos o caso no qual a paciente, em uso terapêutico de ciclosporina A, após transplante renal, apresentou vários nódulos mamários bilaterais na evolução. O exame físico e os achados de imagem sugeriram fibroadenoma, diagnóstico que foi confirmado após biópsias.
Resumo:
OBJETIVO:Avaliar a presença de calcificações arteriais em mamografias de mulheres menopausadas e a sua associação com fatores de risco para doenças cardiovasculares.MÉTODOS:Trata-se de um estudo de corte transversal e retrospectivo, em que foram analisados as mamografias e os prontuários médicos de 197 pacientes atendidas no período entre 2004 e 2005. As variáveis do estudo foram: calcificação arterial mamária, acidente vascular cerebral, síndrome coronariana aguda, idade, obesidade, diabetes mellitus, tabagismo e hipertensão arterial sistêmica. Para a análise estatística dos dados, utilizaram-se os testes de Mann-Whitney, χ2 e Cochran-Armitage, sendo também avaliadas as razões de prevalência entre as variáveis descritas e calcificação arterial mamária. Os dados foram analisados com o software SAS, versão 9.1.RESULTADOS:Dos 197 exames e prontuários analisados, observou-se a prevalência de 36,6% para calcificações arteriais nas mamografias. Entre os fatores de risco para doença cardiovascular avaliados, os mais frequentes foram: hipertensão (56,4%), obesidade (31,9%), tabagismo (15,2%) e diabetes (14,7%). A síndrome coronariana aguda e o acidente vascular cerebral tiveram prevalências de 5,6 e 2,0% respectivamente. Entre as mamografias de mulheres diabéticas, a maior ocorrência foi de calcificação arterial mamária com razão de prevalência de 2,1 (IC95%1,0-4,1) e valor p de 0,02. Por outro lado, nas mamografias de pacientes fumantes, foi menor a ocorrência de calcificação arterial mamária com razão de prevalência de 0,3 (IC95% 0,1-0,8). Hipertensão arterial sistêmica, obesidade, diabetes mellitus, acidente vascular cerebral e síndrome coronariana aguda não apresentaram associação significativa com calcificações mamárias.CONCLUSÃO:A ocorrência de calcificação arterial mamária foi associada ao diabetes mellitus e mostrou associação negativa com o tabagismo. A presença de calcificação revelou-se independente dos demais fatores de risco para doença cardiovascular analisados.
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OBJETIVO: Descrever a evolução temporal da prevalência de anemia em adolescentes grávidas atendidas em uma maternidade pública do município do Rio de Janeiro no período de 2004 a 2013. MÉTODOS: Trata-se de um estudo analítico transversal retrospectivo com 628 gestantes/puérperas adolescentes, distribuídas em 3 grupos distintos: Grupo A (2004 a 2006), Grupo B (2007 a 2010) e Grupo C (2013). Informações relativas às características antropométricas, clínicas, sociodemográficas, obstétricas e da assistência pré-natal das adolescentes foram obtidas dos prontuários das gestantes. A concentração de hemoglobina (Hb) <11 g/dL foi considerada como anemia. A análise dos dados foi realizada por meio dos testes do χ2, t de Student e ANOVA, e o post hoc adotado foi o Tukey. RESULTADOS: A prevalência de anemia gestacional ao longo dos anos foi de 43% (GA=138), 36% (GB=80) e 47,1% (GC=40), e no período de 2004 a 2013 foi de 41,1% (n=258). A ocorrência de gestantes anêmicas aumentou com a evolução da gravidez; contudo, no 3º trimestre foi observada uma redução da prevalência de anemia no GB (29,3%) em relação ao GA (38,7%; p=0,04). Os fatores associados à anemia foram número de consultas de pré-natal e da assistência nutricional pré-natal, local de moradia, estado nutricional nos períodos pré-gestacional e gestacional. CONCLUSÃO: Os resultados sugerem que a prevalência de anemia em adolescentes grávidas atendidas na referida maternidade foi alta. Não foi verificada redução da anemia ao longo do período estudado, e na gênese da anemia nessa população outros fatores estão associados, além da própria deficiência de ferro.
Resumo:
A utilização de artérias coronárias de caprinos em pesquisas experimentais com objetivos de futuras aplicações em coronárias humanas motivou o interesse em verificar semelhanças ou diferenças morfológicas das artérias coronárias de caprinos com os citados na literatura para humanos. Foram utilizados 31 corações de caprinos SRD pesando de 76,5-107,7g fixados em formalina a 10%. As artérias coronárias e seus ramos eram dissecados até as ramificações visíveis sob o pericárdio. A artéria coronária esquerda presente em todos os corações era única. Seu comprimento situou-se entre 8 mm e 17mm, terminava formando os ramos: interventricular paraconal e circunflexo (90,3%) ou interventricular paraconal, circunflexo e angular (9,7%). O ramo interventricular paraconal, presente em todos os corações era único. Seu comprimento variou de 80 a 140mm, emitia média de 12 ramos. O ventrículo direito recebia 49,5% dos ramos e o ventrículo esquerdo, 50,5%, dos ramos. Essa artéria podia terminar antes de atingir o ápice do coração (22,5%), no próprio ápice (22,5%) ou então passava pelo ápice e terminava no sulco interventricular subsinuoso (55%). O ramo circunflexo era único, comprimento variou de 61 a 106mm, emitia média de 8,2 ramos. O ventrículo esquerdo recebia 53,4% dos ramos e o átrio esquerdo, 46,6%. Em todos os casos essa artéria chegava e ultrapassava a Crux cordis. A artéria coronária direita, presente em todos os corações, era única. Seu comprimento variou de 35 a 86mm, emitia a média de 8,6 ramos. O ventrículo direito recebia 56,1%, dos ramos e o átrio direito 43,9%. Em geral era a própria artéria que se comportava como ramo marginal direito. A artéria coronária direita não atingia a Crux cordis em 93,5%. O ramo interventricular subsinuoso da artéria circunflexa podia ser: a) ramo longo ocupando a maior parte do sulco; b) ramo curto ocupando apenas a parte superior do sulco; c) dois ramos ocupando o sulco. O comprimento variou de 5 a 51mm, emitia a média de 4,5 ramos sendo 63,2% para o ventrículo direito e 36,8% para o ventrículo esquerdo. Essa artéria podia terminar antes de atingir o ápice (67,7%) ou no próprio ápice (32,3%). Um de seus ramos ultrapassava a Crux cordis em 72% das peças.
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O objetivo desse trabalho foi contribuir com o estudo anatômico, morfométrico, ultraestrutural e propriedades físicas dos dentes permanentes do primata Sapajus apella. Para tal, foram utilizados 10 animais adultos e machos. Os dentes foram avaliados quanto ao seu comprimento e quanto à anatomia radicular externa e interna considerando número de raízes e canais, forma e direção radicular e forma do canal, assim como análise da densidade e diâmetro tubular do canal radicular, composição e microdureza dentinária. A anatomia radicular desse primata apresentou especificidades, como o número de raízes do segundo pré-molar superior e a presença do terceiro pré-molar. Quanto à densidade e o diâmetro dos túbulos dentinários, observou-se uma diminuição do número e diâmetro de túbulos ao longo do canal radicular, havendo diferença estatisticamente significante ao se comparar o terço apical com as regiões cervical e média, padrão de densidade e tamanho semelhantes a dentes humanos. Semelhanças também foram encontradas com dentes humanos quando comparados os valores de microdureza e proporção de elementos químicos encontrados na dentina radicular.
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The transferrin gene locus (Tf) was investigated in five populations of the Amazon turtle (Podocnemis expansa) sampled from five geographical areas in the Amazon region. This locus was polymorphic, showing three genotypes (Tfª Tfª, Tfª Tf b and Tf b Tf b), presumably encoded by two co-dominant alleles, Tfª and Tf b. All populations showed good genetic balance according to Hardy-Weinberg expectations, and may sustain the hypothesis of a single stock in the area investigated. The data are consistent with free flow of genes among the population samples examined.
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(-)-∆9-Tetrahydrocannabinol (∆9-THC), a psychoactive component of marijuana, has been reported to induce oxidative damage in vivo and in vitro. In this study, we administered ∆9-THC to healthy C57BL/6J mice aged 15 weeks in order to determine its effect on hepatic redox state. Mice were divided into 3 groups: ∆9-THC (N = 10), treated with 10 mg/kg body weight ∆9-THC daily; VCtrl (N = 10), treated with vehicle [1:1:18, cremophor EL® (polyoxyl 35 castor oil)/ethanol/saline]; Ctrl (N = 10), treated with saline. Animals were injected ip twice a day with 5 mg/kg body weight for 10 days. Lipid peroxidation, protein carbonylation and DNA oxidation were used as biomarkers of oxidative stress. The endogenous antioxidant defenses analyzed were glutathione (GSH) levels as well as enzyme activities of superoxide dismutase, catalase, glutathione S-transferase, glutathione reductase, and glutathione peroxidase (GPx) in liver homogenates. The levels of mRNA of the cannabinoid receptors CB1 and CB2 were also monitored. Treatment with ∆9-THC did not produce significant changes in oxidative stress markers or in mRNA levels of CB1 and CB2 receptors in the liver of mice, but attenuated the increase in the selenium-dependent GPx activity (Δ9-THC: 8%; VCtrl: 23% increase) and the GSH/oxidized GSH ratio (Δ9-THC: 61%; VCtrl: 96% increase), caused by treatment with the vehicle. Δ9-THC administration did not show any harmful effects on lipid peroxidation, protein carboxylation or DNA oxidation in the healthy liver of mice but attenuated unexpected effects produced by the vehicle containing ethanol/cremophor EL®.
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Our objective was to determine lipid peroxidation and nuclear factor-κB (NF-κB) activation in skeletal muscle and the plasma cytokine profile following maximum progressive swimming. Adult male Swiss mice (N = 15) adapted to the aquatic environment were randomly divided into three groups: immediately after exercise (EX1), 3 h after exercise (EX2) and control. Animals from the exercising groups swam until exhaustion, with an initial workload of 2% of body mass attached to the tail. Control mice did not perform any exercise but were kept immersed in water for 20 min. Maximum swimming led to reactive oxygen species (ROS) generation in skeletal muscle, as indicated by increased thiobarbituric acid reactive species (TBARS) levels (4062.67 ±1487.10 vs 19,072.48 ± 8738.16 nmol malondialdehyde (MDA)/mg protein, control vs EX1). Exercise also promoted NF-κB activation in soleus muscle. Cytokine secretion following exercise was marked by increased plasma interleukin-6 (IL-6) levels 3 h post-exercise (P < 0.05). Interleukin-10 (IL-10) levels were reduced following exercise and remained reduced 3 h post-exercise (P < 0.05). Plasma levels of other cytokines investigated, monocyte chemotactic protein-1 (MCP-1), tumor necrosis factor-alpha (TNF-α), interferon-gamma (IFN-γ) and interleukin-12 (IL-12), were not altered by exercise. The present findings showed that maximum swimming, as well as other exercise models, led to lipid peroxidation and NF-κB activation in skeletal muscle and increased plasma IL-6 levels. The plasma cytokine response was also marked by reduced IL-10 levels. These results were attributed to exercise type and intensity.
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Dye exclusion tests are used to determine the number of live and dead cells. These assays are based on the principle that intact plasma membranes in live cells exclude specific dyes, whereas dead cells do not. Although widely used, the trypan blue (TB) exclusion assay has limitations. The dye can be incorporated by live cells after a short exposure time, and personal reliability, related to the expertise of the analyst, can affect the results. We propose an alternative assay for evaluating cell viability that combines the TB exclusion test and the high sensitivity of the flow cytometry technique. Previous studies have demonstrated the ability of TB to emit fluorescence when complexed with proteins. According to our results, TB/bovine serum albumin and TB/cytoplasmic protein complexes emit fluorescence at 660 nm, which is detectable by flow cytometry using a 650-nm low-pass band filter. TB at 0.002% (w/v) was defined as the optimum concentration for distinguishing unstained living cells from fluorescent dead cells, and fluorescence emission was stable for 30 min after cell treatment. Although previous studies have shown that TB promotes green fluorescence quenching, TB at 0.002% did not interfere with green fluorescence in human live T-cells stained with anti-CD3/fluorescein isothiocyanate (FITC) monoclonal antibody. We observed a high correlation between the percentage of propidium iodide+CD3/FITC+ and TB+CD3/FITC+ cells, as well as similar double-stained cell profiles in flow cytometry dot-plot graphs. Taken together, the results indicate that a TB exclusion assay by flow cytometry can be employed as an alternative tool for quick and reliable cell viability analysis.
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Diferentes métodos químicos e um enzimático foram testados para extração das proteínas do fubá de milho. A avaliação do rendimento da extração protéica foi feita pela determinação do teor de proteína e de sólidos totais dos resíduos obtidos. Para a extração química das proteínas, uma solução alcalina, isoladamente ou em associação com etanol, foi empregada como solvente. O método alcalino-alcoólico seqüencial foi o mais eficiente, dentre os métodos químicos testados, tendo alcançado 88,2% de rendimento. Por outro lado, o método alcalino (75,5% de rendimento) apresenta a vantagem de não empregar etanol, reduzindo os custos do processo, pois se evita a etapa de remoção desse solvente. Para a extração enzimática, foi utilizada uma protease de Bacillus liccheniformis. As variáveis, tempo e temperatura, empregadas no método enzimático influenciaram no rendimento da extração protéica do fubá de milho. Os melhores resultados foram obtidos em 5, 15 e 24 h a 55 °C, que não apresentaram diferença significativa, sendo que a condição mais vantajosa do ponto de vista econômico foi a de 5 h a 55 °C com um rendimento de 83,8%.
Resumo:
O presente trabalho teve como objetivo extrair enzimaticamente as proteínas de uma farinha comercial de arroz. Visando aumentar o Rendimento de Extração Protéica (REP), os seguintes parâmetros foram avaliados: tipo de enzima (protease alcalina e neutra); temperatura (40, 50 e 60 °C); pH (9,5, 10,5 e 11,0); tratamento físico da amostra (sem tratamento, ultra-turrax a 16.000 rpm e ultra-som a 120 W, ambos por 5, 10 e 15 minutos); relação Enzima:Substrato (E:S) de 5:100 e 10:100; e concentração inicial de matéria-prima (1:3, 1:5 e 1:10 p/v). Os teores de proteínas da farinha de arroz e dos resíduos foram determinados para o cálculo do REP. Os resultados mostraram que a melhor condição de extração protéica, que levou ao maior REP, foi a que empregou a concentração inicial de matéria-prima a 1:10 (p/v), sem tratamento físico, com pH 10,5, com a protease alcalina na relação E:S de 10:100, a 50 °C, tendo atingido um REP de 63,4%.