262 resultados para Histologia, Teixits(biologia)
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi estudar a fenologia, biologia reprodutiva e visitantes florais de Sideroxylon obtusifolium em área de caatinga. O estudo foi realizado de outubro de 2003 a setembro de 2005, em populações naturais de S. obtusifolium, na Reserva Legal do Projeto Salitre, em Juazeiro, BA. Os dados fenológicos indicaram que as fenofases vegetativas (brotação e senescência foliar) ocorreram ao longo do ano, enquanto a floração e frutificação foram registradas na estação seca e das chuvas, respectivamente. As flores são hermafroditas, de coloração creme, exalam odor, secretam pequena quantidade de néctar (< 1 µl) e apresentam antese diurna e dicogamia protogínica. Entre os visitantes florais, foram registradas abelhas, vespas, moscas e borboletas. Apis mellifera e os dípteros morfoespécie 1 e 2 foram considerados polinizadores dessa sapotácea. Quanto ao sistema de reprodução, S. obtusifolium é autógama facultativa, produzindo frutos por autopolinização (6,6%) e por polinização cruzada (33%). Diferenças no registro fenológico, na biologia floral e nos agentes polinizadores foram encontradas, em comparação com outros ambientes, indicando que as variáveis climáticas podem ser um dos diversos fatores que influenciam essa relação.
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OBJETIVO: Pesquisar a presença de fibras de músculo liso (FML) nos sacos peritoneais das hérnias indiretas, diretas, recidivadas e encarceradas e estudar a influência do sexo, cor e idade dos pacientes, bem como a região do saco herniário, largura, comprimento e espessura da biópsia coletada. MÉTODO: Foram obtidos 252 sacos herniários no período de fevereiro de 1999 a dezembro de 2000 e encaminhados para o estudo histopatológico através da coloração por hematoxilina-eosina e tricrômico de Gomori. A idade variou entre um mês a 87 anos com média de 42,3 anos e desvio-padrão de 22,5 anos. RESULTADOS: Foi utilizado o teste do Qui-quadrado e observada FML em 76,5% dos pacientes com hérnia indireta, 55,9% direta, 46,4% encarcerada e 68,7% recidivada. No estudo global foram encontradas FML em 67,9% dos espécimes com maior incidência na porção proximal do saco herniário (53,2%) e em pacientes melanodérmicos (75%). As FML estiveram presentes em maior freqüência no lado direito (67,7%) e no sexo feminino (73,3%). Do total de 252 amostras de sacos herniários examinados, foi encontrada FML em 171 biópsias, e esse achado foi menos freqüente nas hérnias diretas e encarceradas quando comparadas com as indiretas e recidivadas. CONCLUSÕES: Como hipótese, a presença de FML na parede do saco herniário pode representar um reforço tecidual no sentido de dificultar o crescimento do saco peritoneal, comportando-se como fator de resistência elástica e dinâmica à expansão da hérnia. Por outro lado, pode também significar uma formação aberrante ou a persistência de uma estrutura que deveria regredir ou mesmo desaparecer durante o desenvolvimento normal.
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This overview examines some selected genetic mechanisms of cancer development. Strong evidence has been accumulated suggesting that alteration in either the struture or activity of proto-oncogene contributes to the development and for the maintenance of the malignant phenotype. Many factors are known to interfere with both normal and pathological controls of growth and differentiation of thyroid cells. Among them, some are oncogenes, like those encoding g-proteins (ras, gsp, TSH-R), encoding thyrosino kinases receptors (RET, trk, c-met, c-erb, BRAF) and encoding nuclear proteins (c-myc, e-fós). Others are anti-oncogenes (p53, p15, RB), by loss of the growth suppression ativity of the suppressive gene. Cancer cell invasion and metastasis are the major causes of morbidity and mortality in cancer patients. Many genes are involved in the mechanism of invasion and metastasis of thyroid tumors, like Nis, b-catenina, E-caderina, galectina-3, GLUT, telomerase, VEGT, nm-23. All these oncogenes, antioncogenes and tumor invasion and metastasis-related genes are analysed. Several clinical and prognostic factors have been proposed to identify patients at risk for the development of metastasis and death. The role of molecular genetics in this issue is discussed. However, other studies are needed to validate molecular alterations as an independent prognostic factor in thyroid cancer.
Resumo:
OBJETIVO: Estudar a relação dos vasos sanguíneos e as fibras de músculo liso presentes no saco herniário. MÉTODOS: Foram realizadas 250 operações para correção de hérnia inguinal em crianças e adultos de dois meses a 75 anos, no período de julho de 2002 a fevereiro de 2003. Foram isolados 192 sacos herniários em 184 procedimentos e somente oito pacientes foram tratados com hérnia inguinal bilateral. Foram excluídos os pacientes que não apresentavam saco herniário durante as operações, e nas mulheres por não haver material. Destes 184 casos, foram escolhidos, aleatoriamente, 90 pacientes para realização desta análise distribuídos em três grupos: 30 adultos masculinos, 30 crianças do gênero feminino e 30 crianças do gênero masculino. RESULTADOS: Os vasos sanguíneos estavam presentes em todos os campos estudados com uma média de 11 vasos por campo. As fibras de músculo liso estavam presentes em alguns casos e tanto na distância horizontal quanto na vertical com a arteríola escolhida, não apresentavam nenhuma relação. CONCLUSÃO: As fibras de músculo liso são próprias do saco herniário e não relacionadas com as dos vasos sanguíneos.
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Objetivo: avaliar alguns aspectos epidemiológicos, do diagnóstico e do prognóstico em mulheres com tumores epiteliais ovarianos borderline e francamente invasores. Métodos: foram revisados os prontuários de 198 pacientes tratadas no CAISM/UNICAMP de 1986 a 1996. Para análise estatística foram utilizados os testes chi², exato de Fisher, t de Student e curvas de sobrevida pelo método de Kaplan-Meyer comparadas pelo teste log-rank. O seguimento médio das pacientes foi de 50 meses (de 11 a 168). Dos 198 casos, 24 eram tumores borderline (12%) e 174 (88%) carcinomas francamente invasores. Resultados: a média de idade das pacientes com tumores borderline foi significativamente menor que a das mulheres com carcinoma francamente invasor: 43 ± 14,8 anos vs 52 ± 12,6 anos (p<0,002). Os tipos histológicos mais freqüentes foram serosos (81 casos - 41%) e mucinosos (46 casos - 23%). As mulheres com tumores borderline tiveram sua doença diagnosticada em estádios mais precoces (p<0,0001). A biópsia de congelação, realizada em 77 pacientes, mostrou uma boa concordância com a biópsia de parafina nos casos de carcinoma francamente invasor. Entretanto, nos tumores borderline a taxa de erro foi alta (13%), sendo que a maioria das falhas diagnósticas da congelação ocorreu entre os tumores mucosos. Em relação ao prognóstico, a taxa de sobrevida foi significativamente maior nas pacientes com tumores borderline (p<0,001). Conclusões: as pacientes com tumores epiteliais ovarianos borderline foram mais jovens que aquelas com tumores francamente invasores, apresentaram a doença em estádios iniciais e tiveram melhor prognóstico quando comparadas àquelas com carcinoma francamente invasor.
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Objetivo: avaliar a associação entre a presença da incisura diastólica nas artérias uterinas maternas e as alterações histopatológicas dos vasos útero-placentários. Métodos: estudo transversal incluindo 144 pacientes com gestação única interrompida por via abdominal entre a 27ª e a 41ª semana. Destas, 84 gestações estavam associadas à pré-eclâmpsia e 60 não apresentaram intercorrências clínicas. Neste grupo realizou-se dopplerfluxometria de ambas as artérias uterinas e biópsia do leito placentário. Resultados: das 144 pacientes, 88 (61%) tiveram o fragmento da biópsia considerado representativo do leito placentário. A incisura diastólica estava presente em 40 (70%) dos casos de alterações fisiológicas inadequadas e ausente em 28 (90%) dos casos de alterações fisiológicas presentes (p=0,05). A dopplerfluxometria apresentou sensibilidade de 70%, especificidade de 90% e valores preditivos positivo e negativo de 44 e 97%, respectivamente. A associação entre a presença de incisura diastólica bilateral das artérias uterinas e arteriopatia decidual também foi significativa (dos 25 casos de arteriopatia decidual a incisura estava presente em 24, p=0,05). A sensibilidade da dopplerfluxometria foi de 96%, especificidade de 70% e valores preditivos positivo e negativo de 26 e 99%, respectivamente, ao passo que para a arteriolosclerose a dopplerfluxometria apresentou sensibilidade de 80%, especificidade de 55% e valores preditivos positivo e negativo de 17 e 96%, respectivamente. Conclusões: a incisura diastólica nas artérias uterinas maternas é indicador seguro de vasculopatia no leito placentário. A adequada invasão trofoblástica do leito placentário, revelada por histologia típica de alterações fisiológicas, resulta na ausência de incisura diastólica bilateral das artérias uterinas maternas.
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OBJETIVO: analisar alterações macroscópicas e histológicas que ocorrem com o uso da sinvastatina em endometriose experimental em ratas. MÉTODOS: quarenta ratas da linhagem Wistar foram submetidas à técnica de autotransplante uterino em mesentério. Após três semanas, 24 ratas desenvolveram endometriose experimental grau III e foram divididas em dois grupos: Sinvastatina (dado 20 mg/kg/dia via oral) e Controle (dado cloreto de sódio a 0,9% na quantidade de 1 mL/100 g de peso corpóreo via oral), que receberam gavagem durante 14 dias seguido de morte. Os volumes dos implantes foram calculados [4pi (comprimento/2) x (largura/2) x (altura/2)/3] nas intervenções cirúrgicas e após a morte dos animais. Os autotransplantes foram retirados, corados com a hematoxilina-eosina e analisados à microscopia de luz. Foram usados o teste de Mann-Whitney para amostras independentes e o teste de Wilcoxon para amostras relacionadas. Para avaliação histológica, foi usado o teste exato de Fisher, adotando-se nível de significância de 5%. RESULTADOS: a diferença entre os volumes médios iniciais dos autotransplantes nos dois grupos foi insignificante (p=1,00), e, entre os volumes médios finais, significante (p=0,04). Houve aumento significativo (p=0,01) entre os volumes médios iniciais e finais do Grupo Controle e redução insignificante no Grupo Sinvastatina (p=0,95). Histologicamente (p=0,64), o Grupo Sinvastatina (n=9) mostrou a parede epitelial moderadamente preservada em sete casos (77,80%) e dois casos com camada epitelial bem preservada (22,2%), e o Grupo Controle (n=12) com sete casos (58,30%) moderadamente preservados e cinco casos (41,70%) bem preservados. CONCLUSÕES: a sinvastatina impediu o crescimento dos focos de endometriose experimental. São promissores os estudos com uso da sinvastatina por período mais prolongado.
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Dados histológicos e morfométricos foram obtidos de útero de cadelas nulíparas (n=6), multíparas (n=6) e de cadelas tratadas com contraceptivo (n=6). Para esse fim foram usadas seis amostras de cornos uterinos, em corte médio, para cada grupo. As mensurações das espessuras da parede uterina, endométrio total, miométrio total, miométrio interno, miométrio externo, estrato vascular e diâmetro das glândulas endometriais normais não foram estatisticamente significantes entre as cadelas multíparas e tratadas, com exceção para a altura do epitélio de glândulas normais. As mensurações das espessuras da parede uterina, endométrio total, miométrio total, miométrio interno, diâmetro das glândulas normais e altura do epitélio glandular foram significantes, comparando cadelas nulíparas com as multíparas e/ou tratadas, com exceção para as espessuras do miométrio externo e estrato vascular. Diante dos resultados obtidos, pode-se concluir que os dados numéricos confirmam que (1) o uso de anticoncepcionais e sucessivas gestações afetam a estrutura uterina em seu total; (2) o miométrio externo e estrato vascular foram as regiões que menos sofreram alterações comparando-se os 3 grupos; (3) as variações morfológicas ocorreram com a mesma intensidade no endométrio e miométrio totais para as cadelas tratadas e multíparas, e (4) a presença de glândulas endometriais dilatadas foi o diferencial encontrado nas cadelas tratadas, pois as mesmas estavam ausentes nas multíparas e nulíparas.
Resumo:
A criação de jacaré-do-Pantanal tem se consolidado no estado de Mato Grosso como atividade alternativa e legal para as propriedades rurais na área de ocorrência natural da espécie, coibindo a caça predatória e colaborando na preservação da espécie. A racionalização do processo produtivo na criação de jacaré é uma ação relativamente nova, que permite obter pele de melhor qualidade e de utilização integral, diferentemente daquelas oriundas de animais da natureza. Considerando a importância dos intestinos como sede dos principais eventos relacionados à obtenção de nutrientes para o metabolismo corpóreo, este trabalho teve por objetivo caracterizar qualitativa e quantitativamente a mucosa dos intestinos delgado e grosso de jacaré-do-Pantanal jovens. Para a caracterização ao microscópio óptico da estrutura da parede intestinal e da histometria da mucosa foram coletadas amostras intestinais de 16 animais, sendo três deles também destinados ao estudo histoquímico. As amostras foram obtidas de cinco regiões, sendo quatro do intestino delgado e uma do intestino grosso. Elas foram fixadas em solução de Bouin, processadas de acordo com técnicas preconizadas para inclusão em parafina. Cortes histológicos semi-seriados (quatro micrômetros) foram obtidos e o material foi desparafinizado, hidratado e corado pela hematoxilina-eosina para a descrição geral e estudo histométrico, que consistiu da mensuração da freqüência das vilosidades intestinais; dos comprimentos do epitélio e da lâmina própria da mucosa e da espessura da mucosa. Na análise estatística foi empregada a análise de variância e Teste de Tukey. Para o estudo histoquímico foram utilizadas a reação ao ácido periódico de Schiff, alcian blue pH 1,0 contrastado com hematoxilina e alcian blue pH 2,5 conjugado ao ácido periódico de Schiff. Para a descrição das estruturas histológicas foi empregada a terminologia disponível na Nomina Histologia. A estrutura da parede do intestino delgado e grosso do jacaré-do-Pantanal era constituída pelas túnicas mucosa, muscular e serosa. A mucosa era formada por epitélio de revestimento do tipo cilíndrico simples constituído por epiteliócitos colunares e por exocrinócitos caliciformes; lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo e muscular da mucosa única. A túnica muscular era constituída por dois estrados, o circular e o longitudinal, sendo o estrato circular o mais desenvolvido. A serosa era típica. As especializações da mucosa observadas no intestino delgado e grosso, respectivamente, foram vilosidades e pregas intestinais, e ao longo das regiões dos intestinos, apresentaram diminuição de sua complexidade. O estudo histométrico da mucosa demonstrou diferença estatisticamente significante entre o intestino delgado e grosso. Embora a estrutura da parede intestinal de C. yacare seja semelhante à de outros crocodilianos, a da tartaruga verde e avestruz, ainda se faz necessário estudos sobre a histofisiologia para que o manejo nutricional da espécie em cativeiro seja incrementado.
Resumo:
O gato doméstico (Felis catus) foi nomeado por Carolus Linnaeus em seu livro Systema Naturae, em 1798. A família Felidea apresenta muita semelhança morfológica com os felinos selvagens. O estudo da embriologia do gato doméstico é de grande valia, uma vez que, é considerado um importante modelo animal quando comparado aos gatos selvagem em extinção, especialmente relacionado às pesquisas sobre biologia reprodutiva. Este trabalho objetivou análisar e comparar as fases embrionárias de quatro embriões e um feto de felinos domésticos. Nos embriões com idade gestacional estimada em 17 dias (0,5cm CR) podemos observar pela análise macroscópica a presença de dilatação rostral correspondente ao prosencéfalo, o local placóide do cristalino, a flexura cervical, os quatro arcos faríngeos com os sulcos que o dividem, a proeminência cardíaca, o indício do brotamento do membro pélvico, além da presença de somitos. Na região caudal do embrião, visualizamos a curvatura cranio-caudal, permitindo ao mesmo uma posição em formato de "C". Nos embriões com idade gestacional estimada em 22 dias (1,2cm CR), na análise macroscópica foi visualizado o prosencéfalo, vesícula óptica com pigmentação da retina, vesícula ótica, quarto ventrículo, fígado, membros torácicos e pélvicos com discreta distinção dos dígitos e vascularização superficial. Nos embriões com idade gestacional estimada em 25 dias (1,5cm CR) notamos a presença do prosencéfalo e mesencéfalo, a curvatura cervical pronunciada, vesícula óptica com forte pigmentação da retina, vesícula ótica, membros pélvicos e torácicos bem desenvolvidos, com distinção dos dígitos e fígado bem pronunciado. Os fetos com idade gestacional estimada em 52 dias (10cm CR) possuem estruturas internas e externas facilmente identificadas em animais adultos. Com relação às estruturas ósseas notamos que as mesmas não apresentam nenhuma epífise óssea formada, sendo visíveis somente as diáfises ósseas. Na análise microscópica, o embrião de idade gestacional de 19 dias (0,9cm CR) revelou a presença do rostro, cavidade oral com lábio superior e inferior, cavidade nasal, olho e a abertura do 4º ventrículo encefálico, esôfago, coração com átrio e ventrículo, pulmão, fígado, crista mesonéfrica, gônada primitiva, estômago, broto do membro torácico, coluna vertebral e a medula espinhal em formação. Esse trabalho é de grande importância para o estudo da morfologia externa e interna de gatos domésticos, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento ósseo e articular, considerando as alterações que podem ou não ser promovidas pelo uso de terapias medicamentosas ou celulares durante o desenvolvimento embrionário e fetal.
Resumo:
O pacu, Piaractus mesopotamicus, é um teleósteo da Família Characidae, intensivamente cultivado no Brasil devido sua rusticidade, crescimento rápido e fácil adaptação. O conhecimento morfológico dos sistemas corpóreos, incluído órgãos linfóide, se faz necessário, para uma melhor produção no cultivo de peixes, fornecendo subsídios na manutenção dos estoques. O objetivo deste estudo foi descrever morfologicamente o rim e rim cefálico de Piaractus mesopotamicus, analisando os perfis celulares de cada órgão com o uso de microscopia de luz e microscopia eletrônica de transmissão. O resultado da análise macroscópica mostrou que a localização do rim e rim cefálico são as mesmas encontradas na maioria dos teleósteos. O rim apresentou uma forma em "H", onde a região média se expandia sobre a bexiga natatória. O rim cefálico se apresentou como uma dilatação na região cranial do rim, mostrando-se bem visível. Na microscopia eletrônica de transmissão também foram observadas similaridades ultraestruturais com outros teleósteos. Observando nossos resultados concluímos que histologicamente e ultraestruturalmente, os órgãos linfóides rim e rim cefálico de Piaractus mesopotamicus são similares aos de outros teleósteos.
Resumo:
Devido a importância ecológica dos Procyon cancrivorus, o objetivo deste trabalho foi caracterizar morfologicamente e ultra estruturalmente a glândula salivar mandibular desta espécie. Foram utilizadas 10 pares (direita e esquerda) de glândulas salivares mandibulares de cinco animais adultos. As glândulas salivares mandibulares foram dissecadas e mensuradas com paquímetro de precisão e posteriormente processadas por técnica rotineira de histologia e coradas por HE (hematoxilina e eosina) e Picrossírius. Fragmentos das glândulas foram processados para análise em microscopia eletrônica de varredura (MEV). As glândulas salivares mandibulares direitas e esquerdas de P. cancrivorus apresentaram-se lobuladas, formato ovalado, e posicionadas entre a fossa atlantis e o osso basihyoideum do crânio. Microscopicamente, estas glândulas estavam revestidas por uma cápsula de tecido conjuntivo denso não modelado, a qual adentra a glândula através de septos, dividindo-a em lóbulos. Nos septos de tecido conjuntivo estão presentes vasos sanguíneos e nervos, além de ductos interlobulares excretores. Dentro dos lóbulos das glândulas salivares mandibulares, são encontrados ductos do tipo estriado e intercalar, além de predomínio de ácinos do tipo mucoso. Os resultados permitem concluir que as glândulas salivares mandibulares dos Procyon cancrivorus, seguem o padrão estrutural descrito em outras espécies de mamíferos. No entanto os tipos de ácinos podem variar entre as espécies, sendo, portanto, necessários futuros estudos histoquímicos e de biologia celular para desvendar a importância dessa variação para a espécie aqui estudada, comparando com seu hábito alimentar.
Resumo:
Resumo: Este estudo teve como objetivo avaliar as possíveis alterações histopatológicas hepática de tilápias do Nilo alimentadas com dietas contendo silagem biológica de pescado com diferentes concentrações protéicas. Foram utilizados 180 juvenis alimentados com dietas contendo três níveis de proteína (20, 24 and 28% PB), e duas proporções de silagem biológica (¼ e ½) durante 75 dias. Os fragementos de fígado foram fixados em Bouin e inclusos em Histosec®. Posteriorente foram cortados em microtomo com espessura de 2 a 5μm. O método utilizado para coloração foi hematoxilina/eosina e PAS. Os cortes histológicos foram analisados em microscopio de luz. O desarranjo na morfologia do fígado dos peixes alimentados com silagem biológica foi influenciado pelos altos níveis protéicos, e pelo aumento ½ de proporções de proteínas de origem animal das dietas. Foi observado que a variação dos hepatócitos está diretamente ligada com o tipo da dieta fornecida para os peixes. Nos peixes alimentados com as dietas contendo 28% PB, o fígado apresentou desarranjo da estrutura cordonal dos hepatócitos, pontos de necrose e deslocamento do núcleo para periferia. Níveis elevados de silagem biológica de pescado provoca alterações deletérias no fígado. O nível de proteína adequado para manter o desenvolvimento associado à saúde do peixe é de 24%PB.
Resumo:
Resumo:A fumonisina B1 (FB1) é um metabólito secundário produzido principalmente por Fusarium verticilioides em diversos tipos de alimentos, principalmente o milho, o qual constitui a base para composição de rações para várias espécies de animais domésticos. A FB1é particularmente tóxica para suínos, cujas manifestações clínicas são evidentes em animais expostos a altas concentrações de FB1 na ração (em geral, acima de 30mg/kg). No entanto, são escassos os estudos sobre os efeitos da FB1em suínos alimentados com rações contendo baixas concentrações de fumonisinas, as quais são mais prováveis de serem encontradas em condições de campo. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos da exposição de leitões a baixos níveis de FB1 na ração, durante 28 dias, sobre o ganho de peso, consumo de ração, peso relativo de órgãos e aspectos histológicos do baço, fígado, pulmões, rins e coração. Vinte e quatro leitões foram distribuídos em 4 grupos experimentais e alimentados com rações contendo 0mg (controle), 3,0mg, 6,0mg ou 9,0mg FB1/kg de ração. As diferentes dietas não afetaram (P>0,05) o ganho de peso e nem o peso relativo dos órgãos analisados. Não foram constatadas lesões macroscópicas ou histopatológicas no baço, fígado, rins e coração. No entanto, foram observadas lesões histopatológicas nos pulmões de todos os suínos alimentados com rações contaminadas com fumonisinas, indicando que nenhum dos níveis de FB1 usados no experimento poderia ser considerado como seguro para suínos. São necessários novos estudos sobre os mecanismos de ação tóxica da FB1 em suínos, sobretudo em condições de exposição prolongada a baixos níveis de contaminação na ração.