230 resultados para Doenças cardiovasculares Teses
Resumo:
FUNDAMENTO: A adiponectina considerada importante fator na patognese das doenças cardiovasculares e metablicas, por suas propriedades antiaterognicas e antiinflamatrias. Poucos estudos, entretanto, sugerem a existncia de relao direta entre os nveis de adiponectina e os nveis de condicionamento cardiorrespiratrio e atividade fsica. OBJETIVO: Verificar a influncia do estado nutricional e do condicionamento cardiorrespiratrio nos nveis plasmticos de adiponectina em homens adultos. MTODOS: Foram avaliados 250 sujeitos, homens, todos militares da ativa do Exrcito Brasileiro (42,6 4,8 anos). Foram mensurados os nveis plasmticos de adiponectina, massa corporal, estatura, circunferncia da cintura (CC), percentual de gordura por pesagem hidrosttica e VO2max por ergoespirometria. Um questionrio foi utilizado para obter as caractersticas do treinamento fsico realizado pelos sujeitos. RESULTADOS: Na amostra, 121 (48%) sujeitos apresentaram sobrepeso e 36 (14%) eram obesos. Ainda, 66 sujeitos (27%) apresentaram percentual de gordura maior que 25% e 26.7% apresentaram CC > 94 cm. Sujeitos com sobrepeso e obesidade apresentaram valores significativamente menores de adiponectina em relao aqueles com estado nutricional normal. Sujeitos no mais alto tercil de VO2max apresentaram nveis de adiponectina mais altos que os demais. Os nveis de adiponectina estiveram positivamente correlacionados com o tempo total de treinamento fsico semanal e com o VO2max e inversamente correlacionados com os valores de massa corporal, IMC e CC. A correlao dos nveis de adiponectina e do VO2max no permaneceu significante aps controlada pelo IMC e CC. CONCLUSO: Sujeitos com melhor condicionamento cardiorrespiratrio e com estado nutricional normal parecem apresentar nveis mais saudveis de adiponectina.
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FUNDAMENTO: At o momento, nenhum registro brasileiro foi desenhado para documentar a prtica clnica em relao ao atendimento de pacientes de alto risco cardiovascular em uma representativa e ampla amostra de centros investigadores, incluindo hospitais pblicos e privados em mbito nacional. Sendo assim, este estudo permitir identificar os hiatos na incorporao de intervenes com benefcio comprovado em nosso meio. OBJETIVO: Elaborar um registro dedicado aferio da prtica clnica brasileira no que se refere ao atendimento do paciente cardiovascular classificado como de alto risco. MTODOS: Estudo observacional do tipo registro, prospectivo, visando documentar a prtica clnica atual aplicada a nvel ambulatorial para pacientes de alto risco cardiovascular, classificados quando da presena de uma das variveis: evidncia de doena arterial coronariana, doena cerebrovascular, vascular perifrica, em diabticos ou no diabticos; ou na presena de pelo menos trs dos seguintes fatores de risco cardiovascular: hipertenso arterial sistmica, tabagismo ativo, dislipidemia, idade superior a 70 anos, nefropatia crnica, histria familiar de doena arterial coronariana e ou doena carotdea assintomtica. Os pacientes sero coletados em 43 centros de todas as regies brasileiras, incluindo hospitais pblicos e privados, assim como em unidades bsicas de atendimento a sade, e revisados clinicamente at um ano aps a incluso. RESULTADOS: Os resultados sero apresentados um ano aps o incio da coleta (setembro de 2011), e consolidados, aps a reunio da populao e dos objetivos almejados posteriormente. CONCLUSO: A anlise deste registro multicntrico permitir projetar uma perspectiva horizontal do tratamento dos pacientes acometidos da doena cardiovascular no Brasil.
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FUNDAMENTO: O Veterans Specific Activity Questionnaire (VSAQ) tem sido utilizado para a individualizao de testes ergomtricos (TE) e para avaliar indiretamente a aptido cardiorrespiratria (ACR) em estudos epidemiolgicos. Apesar disso, ainda no h verso em portugus validada. OBJETIVO: Verificar a validade de critrio da verso em portugus do VSAQ e examinar a equivalncia de mensurao dessa verso em 95 indivduos, sendo 8 mulheres (69 7 anos), com indicao para a realizao de TE. MTODOS: Os indivduos realizaram teste cardiopulmonar de exerccio progressivo mximo em ciclo-ergmetro. A correlao do escore do VSAQ com o MET Mximo Medido e Estimado foi comparada com os resultados de outros estudos. O Nomograma VSAQ foi calculado e seus resultados comparados com os valores reais da ACR por regresso linear. Limites de concordncia e as diferenas mdias (vieses) foram avaliados segundo a metodologia proposta por Bland e Altman. RESULTADOS: Os escores obtidos atravs do VSAQ correlacionaram-se de forma significativa com o MET mximo medido (r = 0,64) e estimado (r = 0,67), resultados equivalentes queles obtidos com verses originais. O nomograma VSAQ obteve resultados com R mltiplo de 0,78 (para MET medido) e 0,80 (para MET estimado). O nomograma, entretanto, parece subestimar os valores de indivduos com ACR acima de 6 MET. CONCLUSO: A verso do VSAQ confirmou-se vlida e equivalente verso original, especialmente para avaliao de indivduos cardiopatas e de idade avanada.
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A apneia obstrutiva do sono (AOS) uma condio clnica comum na populao em geral, principalmente entre os pacientes portadores de doenças cardiovasculares. Mais do que um fenmeno local de obstruo das vias areas superiores, a AOS traz repercusses sistmicas que podem incluir a hipxia intermitente, a reduo abrupta da presso intratorcica e a ocorrncia de microdespertares com fragmentao do sono. Nas ltimas dcadas, inmeras evidncias apontam de forma consistente a AOS como um importante fator envolvido na ocorrncia de doenças cardiovasculares. Particularmente, a relao entre a AOS e a hipertenso arterial sistmica (HAS) a que encontra um maior conjunto de evidncias. Atualmente, encontram-se dados que consideram a AOS uma importante causa secundria de HAS. Mais do que isso, a AOS est independentemente associada a um pior controle pressrico, alterao do descenso noturno da presso arterial e presena de leses de rgos-alvo, tais como a hipertrofia do ventrculo esquerdo e a microalbuminria. Estudos randomizados sugerem que o tratamento da AOS, especialmente com a presso positiva contnua de vias areas superiores (CPAP), considerado o tratamento padro para a AOS, promove reduo significante da presso arterial nas 24 horas, efeito esse mais significante no subgrupo de pacientes com HAS no controlada e nos pacientes com HAS resistente. A despeito de todas essas evidncias, a AOS ainda continua sendo subdiagnosticada. O objetivo desta reviso discutir os recentes avanos nos mecanismos fisiopatolgicos, na apresentao clnica e no tratamento da AOS, e o benefcio sobre a presso arterial.
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FUNDAMENTO: A sndrome metablica representa um conjunto de fatores de risco, associados a doenças cardiovasculares e a diabete melito tipo 2. O tratamento inclui mudanas no estilo de vida, dieta, atividade fsica e medicamentos. A adeso do paciente crucial ao tratamento da doena. Objetivo: Avaliar dois modelos de interveno dietoterpica e a relao com a adeso ao tratamento e o impacto na melhora clnica de pacientes com sndrome metablica. MTODOS: Ensaio clnico randomizado, com durao de quatro meses. Os pacientes foram randomizados em grupos interveno e controle. Todos seguiram dieta especfica por quatro meses. O grupo Interveno recebeu pacote de interveno, com dieta individualizada, manual de orientao, aconselhamento via telefone e material educativo. Foram realizadas anamnese nutricional, avaliao antropomtrica, avaliao diettica, orientao diettica individualizada e exames bioqumicos. RESULTADOS: Os pacientes que chegaram mais motivados foram aqueles que tiverem maior reduo nos valores do ndice de massa corporal (p < 0,001), que reduziu de 31,7 kg/m (DP 3,9) para 30,9 kg/m (DP 3,8), na circunferncia abdominal a reduo foi de 108,1 cm (DP 9,8) para 105,9 cm (DP 9,5). As associaes estatisticamente significativas se deram nas correlaes entre ndice de massa corporal, glicemia e triglicerdeos, reduo do consumo de leite integral (p = 0,002), aumento no consumo de cereais integrais (p = 0,008) e de leite desnatado (p = 0,010), e entre o aumento no consumo de vegetais e a reduo dos triglicerdeos. CONCLUSO: Ambos os grupos mostraram melhora significativa nos parmetros clnicos, que foi significativamente associada a motivao prvia. Os pacientes que chegaram mais motivados foram aqueles que responderam melhor ao tratamento.
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Fstulas de artrias coronrias so raras, sendo diagnosticadas mais frequentemente pelo ecocardiograma ou pela cineangiocoronariografia, entretanto, a angiotomografia computadorizada (angio-TC) das coronrias ganha espao. Essa patologia apresenta incidncia baixssima, sendo as fstulas originadas da coronria direita mais frequentes. Fstulas coronarianas para cmaras cardacas direitas so mais incidentes, sendo raras para o ventrculo esquerdo (VE). O tratamento pode ser cirrgico ou percutneo. Este relato descreve caso de fstula coronariana para VE diagnosticada pela angio-TC das coronrias em homem de 46 anos, hipertenso, assintomtico com teste ergomtrico positivo para isquemia. Angio-TC de coronrias descartou doena obstrutiva, porm revelou fstula coronariana conectando-se com cavidade ventricular esquerda.
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FUNDAMENTO: No passado, os exerccios isomtricos foram proscritos para cardiopatas. Contudo, evidncias recentes sugerem que um protocolo de treinamento isomtrico de preenso manual (PTIM) - quatro sries de dois minutos a 30% da fora mxima - provoca efeitos favorveis sobre a modulao autonmica e reduz os nveis de presso arterial sistlica (PAS) e diastlica (PAD) de repouso. OBJETIVO: Visando obter subsdios para uma ampla aplicabilidade clnica, quantificamos as principais respostas hemodinmicas durante uma sesso de PTIM em pacientes de um programa de exerccio supervisionado. MTODOS: Quarenta e um pacientes (36 homens) realizaram o PTIM com medidas da frequncia cardaca (FC) e da PA antes, durante cada uma das duas sries feitas com o brao esquerdo e um minuto aps a finalizao. As medidas foram colhidas mediante um sinal de eletrocardiograma em um tensimetro oscilomtrico digital Tango+, previamente validado para condies de exerccio fsico. RESULTADOS: PTIM foi adequadamente realizado e sem a ocorrncia de reaes clnicas adversas. Observou-se um pequeno aumento dos nveis de PAS e de PAD, respectivamente, 16 e 7 mm Hg (p < 0,05) e um incremento ainda menor da FC - 3 bpm - (p < 0,05), quando compararam-se os dados obtidos aos 80 segundos da ltima srie com os de pr-exerccio. Um minuto ps-esforo, os valores de FC, de PAS e PAD j haviam praticamente retornado aos nveis iniciais. CONCLUSO: PTIM foi bem tolerado por pacientes em programas de exerccio, gerando uma repercusso hemodinmica transiente e modesta, sem induzir a rpida inativao vagal cardaca caracterstica dos exerccios dinmicos e curtos.
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FUNDAMENTO: As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte na populao, e a sndrome metablica (SM) uma condio clnica significativamente associada ao aumento da morbimortalidade. OBJETIVO: Descrever o padro de combinao dos fatores de risco relacionados ao diagnstico de SM em militares da Marinha do Brasil e identificar eventuais variveis associadas presena da referida sndrome nessa populao. MTODOS: Estudo transversal envolvendo 1.383 homens (18-62 anos) lotados nas organizaes militares da Grande Natal-RN. O critrio utilizado para diagnstico de SM foi o proposto pela International Diabetes Association. A razo entre a prevalncia observada e a esperada e os respectivos intervalos de confiana foram utilizados para identificar as combinaes de fatores de risco que excediam o esperado para a populao. A anlise de regresso logstica foi utilizada para identificar variveis associadas SM. RESULTADOS: A prevalncia de SM foi de 17,6%. Aproximadamente um tero dos militares apresentou dois ou mais fatores de risco para SM. Todas as combinaes especficas dos fatores de risco para SM que excederam a prevalncia esperada apresentaram a obesidade abdominal como um de seus componentes. Nas anlises ajustadas, idade, tabagismo e nvel de atividade fsica mantiveram-se associados SM. CONCLUSO: Nossos achados reforam a constante presena da obesidade abdominal no fentipo da SM. Alm disso, nossos dados tambm suportam a ideia de que idade, tabagismo e baixo nvel de atividade fsica so variveis independentes para a ocorrncia de SM.
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FUNDAMENTO: No h dados relativos epidemiologia da hiperuricemia em estudos brasileiros de base populacional. OBJETIVO: Investigar a distribuio de cido rico srico e sua relao com variveis demogrficas e cardiovasculares. MTODOS: Estudamos 1.346 indivduos. A hiperuricemia foi definida como > 6,8 e > 5,4 mg/dL para homens e mulheres, respectivamente. A sndrome metablica (SM) foi definida utilizando-se os critrios NCEP ATP III. RESULTADOS: A prevalncia de hiperuricemia foi de 13,2%. A associao de cido rico srico (AUS) com fatores de risco cardiovasculares foi especfica para o gnero: em mulheres, maiores nveis de AUS estiveram associados com IMC elevado, mesmo aps ajustes da presso arterial sistlica para idade (PAS). Em homens, a relao do AUS com o colesterol HDL esteve mediada pelo IMC, enquanto em mulheres, o AUS mostrou-se semelhante e dependente do IMC, independentemente dos nveis glicose e presena de hipertenso. Nos homens, os triglicerdeos, a circunferncia abdominal (CA) e a PAS explicaram 11%, 4% e 1% da variabilidade do AUS, respectivamente. Nas mulheres, a circunferncia abdominal e os triglicerdeos explicaram 9% e 1% da variabilidade de AUS, respectivamente. Em comparao com o primeiro quartil, homens e mulheres no quarto quartil apresentavam 3,29 e 4,18 vezes mais de aumento de risco de SM, respectivamente. As mulheres apresentaram uma prevalncia quase trs vezes maior de diabetes melito. Homens normotensos com MS apresentaram maiores nveis de AUS, independente do IMC. CONCLUSO: Nossos resultados parecem justificar a necessidade de uma avaliao baseada no gnero em relao associao do AUS com fatores de risco cardiovasculares, que se mostraram mais acentuados em mulheres. A SM esteve positivamente associada com AUS elevado, independentemente do gnero. A obesidade abdominal e a hipertrigliceridemia foram os principais fatores associados com a hiperuricemia mesmo em indivduos normotensos, o que pode adicionar maior risco para a hipertenso.
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FUNDAMENTO: A microalbuminria tem sido descrita como um fator de risco para doenças cardiovasculares e renais progressivas. Pouco se sabe sobre seu valor prognstico em pacientes (pts) com Insuficincia Cardaca (IC) estabelecida. OBJETIVO: Avaliar o papel da microalbuminria como um marcador de prognstico em pacientes com IC crnica recebendo medicao padro. MTODOS: De janeiro de 2008 at setembro de 2009, 92 pacientes com IC crnica foram prospectivamente includos. A idade mdia foi de 63,7 12,2 e 37 (40,7%) eram do sexo masculino. A mdia de frao de ejeo do ventrculo esquerdo (FEVE) foi de 52,5 17,5%. Pacientes em dilise foram excludos. A Concentrao de Albumina Urinria (CAU) foi determinada em primeira amostra de urina da manh. O tempo decorrido at o primeiro evento (internao por IC, consulta no departamento de emergncia por IC ou morte cardiovascular) foi definido como endpoint. O seguimento mdio foi de 11 6,1 meses. RESULTADOS: No momento da incluso no estudo, 38 (41,3%) pacientes tinham microalbuminria e nenhum paciente teve albuminria evidente. Pacientes com microalbuminria apresentaram menor frao de ejeo ventricular esquerda do que o restante dos indivduos (47,9 18,5 vs. 54,5 17,7%, p = 0,08). A CAU apresentou-se maior em pacientes com eventos (mediana 59,8 vs. 18 mg/L, p = 0,0005). Sobrevida livre de eventos foi menor nos pacientes com microalbuminria quando comparados com albuminria normal (p < 0,0001). As variveis independentes relacionadas a eventos cardacos foram CAU (taxa de risco p < 0,0001 = 1,02, 95% CI = 1,01-1,03 por 1-U aumento da CAU), e histrico de infarto do miocrdio (p = 0,025, IC = 3,11, 95% IC = 1,15-8,41). CONCLUSO: A microalbuminria um marcador prognstico independente em pacientes com IC crnica. Pacientes com microalbuminria tinham tendncia para FEVE inferior.
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Entre as doenças cardiovasculares, a insuficincia cardaca (IC) apresenta elevada taxa de internao hospitalar, morbidade e mortalidade, consumindo grandes recursos financeiros do sistema de sade no Brasil e em outros pases. A correta determinao das presses de enchimento do ventrculo esquerdo, por avaliao invasiva ou no invasiva, fundamental para o adequado tratamento dos pacientes com IC crnica descompensada, considerando que a congesto o principal fator determinante dos sintomas e da hospitalizao. O exame fsico tem se mostrado inadequado para prever o padro hemodinmico. Vrios estudos sugerem que a concordncia em achados de exame fsico por diferentes mdicos pequena e que, por fim, as prprias alteraes fisiolgicas adaptativas na IC crnica mascaram importantes aspectos do exame fsico. Como a avaliao clnica falha em prever a hemodinmica e pelo fato de a utilizao do cateter de Swan-Ganz de rotina no ser recomendada para esse fim em pacientes com IC, mtodos de avaliao hemodinmica no invasivos, como o BNP, o ecocardiograma e a bioimpedncia cardiogrfica, vm sendo crescentemente utilizados. O presente trabalho tem por objetivo realizar, para o clnico, uma reviso da funo de cada uma dessas ferramentas, na definio da condio hemodinmica em que se encontram os pacientes com IC descompensada, visando a um tratamento mais racional e individualizado.
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FUNDAMENTO: O sobrepeso e a obesidade so um importante problema de sade pblica na sociedade pela sua associao com diversas doenças crnicas. OBJETIVO: O objetivo deste estudo determinar a prevalncia e a distribuio de sobrepeso e obesidade, usando diferentes medidas antropomtricas, e identificar o melhor indicador antropomtrico intimamente relacionado aos fatores de risco de Doenças Cardiovasculares (DCV) em populao iraniana urbana. MTODOS: O presente estudo transversal foi realizado com 991 homens e 1.188 mulheres de 15 a 64 anos. Foram medidos ndice de Massa Corporal (IMC), Circunferncia Abdominal (CA), Relao Cintura-Quadril (RCQ), Relao Cintura-Altura (RCA) e porcentagem de gordura corporal. Foi obtida amostra de sangue em jejum. Foram avaliados os fatores de risco cardiovascular, incluindo glicemia de jejum, triglicerdeos, colesterol total (col-T), colesterol de baixa densidade (LDL-colesterol) e colesterol da lipoprotena de alta densidade (HDL-colesterol). RESULTADOS: Em relao ao IMC, 49% dos homens e 53% das mulheres estavam acima do peso ou obesos, e 10,2% dos homens e 18,6% das mulheres encontravam-se obesos. Tanto nos homens quanto nas mulheres, a prevalncia de sobrepeso esteve maior entre aqueles com 40-49 anos de idade, e a prevalncia de obesidade esteve maior entre aqueles com 50 anos ou mais. Usando a anlise de regresso mltipla, IMC, RCA e RCQ explicaram o maior percentual de variao de triglicerdeos, razo entre col-T e HDL-colesterol e LDL-colesterol em homens, respectivamente, ao passo que RCQ explicou o maior percentual de variao de triglicerdeos e CA explicou o maior percentual de variao da razo entre col-T e HDL-colesterol e LDL-colesterol em mulheres. CONCLUSO: Nossos dados indicam que RCQ e RCA foram os indicadores antropomtricos que melhor previram fatores de risco cardiovascular em homens e RCQ e CA, em mulheres.
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FUNDAMENTO: O acmulo de gordura visceral considerado o principal fator de risco para doenças cardiovasculares e metablicas. OBJETIVO: Determinar a prevalncia de obesidade visceral e avaliar sua associao com fatores de risco cardiovasculares em mulheres jovens do Estado de Pernambuco. MTODOS: Estudo transversal, realizado com dados da "III Pesquisa Estadual de Sade e Nutrio", envolvendo mulheres entre 25 e 36 anos. Avaliaram-se as variveis: ndice de Massa Corporal (IMC), Circunferncia da Cintura (CC), Razo Cintura-Estatura (RCE), Volume de Gordura Visceral (VGV) estimado por equao preditiva, Presso Arterial Sistlica e Diastlica (PAS, PAD), Colesterol Total (CT), Triglicerdeo (TG), Glicemia de Jejum (GJ). RESULTADOS: Foram avaliadas 517 mulheres, com mediana de idade de 29 anos (27-32) e prevalncia de obesidade visceral de 30,6%. Valores de IMC, PAS, PAD e TG foram superiores no grupo com obesidade visceral: IMC = 28,0 kg/m (25,0 - 21,4) vs 23,9 kg/m (21,5 - 26,4); PAS = 120,0 mmHg (110,0 - 130,0) vs 112,0 mmHg (100,0 - 122,0); PAD = 74 mmHg (70 - 80) vs 70 mmHg (63 - 80); TG = 156,0 mg/dL (115,0 - 203,2) vs 131,0 mg/dL (104,0 - 161,0), respectivamente, p < 0,01. Idade, PAS, PAD, TG e CT apresentaram correlao positiva e significante com o VGV: r = 0,171; 0,224; 0,163; 0,278; 0,124; respectivamente, p < 0,005. CONCLUSO: Verificou-se uma elevada prevalncia de obesidade visceral, estando estatisticamente correlacionada a fatores de risco cardiovasculares.
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FUNDAMENTO: As doenças cardiovasculares possuem alta incidncia e prevalncia no Brasil, porm a participao na Reabilitao Cardaca (RC) limitada e pouco investigada no pas. A Escala de Barreiras para Reabilitao Cardaca (CRBS) foi desenvolvida para avaliar as barreiras participao e aderncia RC. OBJETIVO: Traduzir, adaptar culturalmente e validar psicometricamente a CRBS para a lngua portuguesa do Brasil. MTODOS: Duas tradues iniciais independentes foram realizadas. Aps a traduo reversa, ambas verses foram revisadas por um comit. A verso gerada foi testada em 173 pacientes com doena arterial coronariana (48 mulheres, idade mdia = 63 anos). Desses, 139 (80,3%) participantes de RC. A consistncia interna foi avaliada pelo alfa de Cronbach, a confiabilidade teste-reteste pelo coeficiente de correlao intraclasse (ICC) e a validade de construto por anlise fatorial. Testes-T foram utilizados para avaliar a validade de critrio entre participantes e no participantes de RC. Os resultados da aplicao em funo das caractersticas dos pacientes (gnero, idade, estado de sade e grau de escolaridade) foram avaliados. RESULTADOS: A verso em portugus da CRBS apresentou alfa de Cronbach de 0,88, ICC de 0,68 e revelou cinco fatores, cuja maioria apresentou-se internamente consistente e todos definidos pelos itens. O escore mdio para pacientes em RC foi 1,29 (desvio padro = 0,27) e para pacientes do ambulatrio 2,36 (desvio padro = 0,50) (p < 0,001). A validade de critrio foi apoiada tambm por diferenas significativas nos escores totais por sexo, idade e nvel educacional. CONCLUSO: A verso em portugus da CRBS apresenta validade e confiabilidade adequadas, apoiando sua utilizao em estudos futuros.
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FUNDAMENTO: A capacidade aerbica fundamental para o desempenho fsico, e a baixa capacidade aerbica est relacionada ao desencadeamento de diversas doenças cardiovasculares. OBJETIVO: Comparar a contratilidade e a morfologia de cardiomicitos isolados de ratos com baixo desempenho e desempenho padro para o exerccio fsico. MTODOS: Ratos Wistar, com 10 semanas de idade, foram submetidos a um protocolo de corrida em esteira at a fadiga, e foram divididos em dois grupos: Baixo Desempenho (BD) e Desempenho Padro (DP). Em seguida, aps eutansia, o corao foi removido rapidamente e, por meio de dissociao enzimtica, os cardiomicitos do ventrculo esquerdo foram isolados. O comprimento celular e dos sarcmeros e a largura dos cardiomicitos foram medidos usando-se um sistema de deteco de bordas. Os cardiomicitos isolados foram estimulados eletricamente a 1 e 3 Hz e a contrao celular foi medida registrando-se a alterao do seu comprimento. RESULTADOS: O comprimento celular foi menor no grupo BD (157,2 1,3m; p < 0,05) em relao ao DP (161,4 1,3 m), sendo o mesmo resultado observado para o volume dos cardiomicitos (BD, 25,5 0,4 vs. DP, 26,8 0,4 pL; p < 0,05). Os tempos para o pico de contrao (BD, 116 1 vs. DP, 111 2ms) e para o relaxamento total (BD, 143 3 vs. DP, 232 3 ms) foram maiores no grupo BD. CONCLUSO: Conclui-se que os micitos do ventrculo esquerdo dos animais de baixo desempenho para o exerccio fsico apresentam menores dimenses que os dos animais de desempenho padro, alm de apresentarem perdas na capacidade contrtil.