292 resultados para Doença renal crônica em crianças


Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Na atualidade, o mundo está enfrentando uma epidemia de doença renal crônica (DRC). Bases de dados contendo informações sobre os pacientes no estágio terminal da doença renal (DRCt), especialmente nos Estados Unidos, foram as fontes das primeiras informações a respeito deste assunto. O Brasil possui a terceira maior população em diálise no mundo, e atualmente existem cerca de 680 centros de diálise, distribuídos por todas as unidades da federação, atendendo uma população estimada em quase 90.000 pacientes. O envolvimento cutâneo na insuficiência renal crônica é caracterizado por uma diversidade de manifestações, as quais podem ser relacionadas a três processos: à doença renal primária; ao estado urêmico ou a medidas terapêuticas empregadas no seu manuseio. As alterações dermatológicas nessas duas classes de pacientes, dialisados e transplantados, já foram motivo de diversos estudos. Nos últimos anos, entretanto, grandes progressos foram alcançados nestas duas modalidades terapêuticas, os quais podem ter modificado tanto o tipo de alteração dermatológica associada a estas duas condições, quanto a sua intensidade ou frequência. Este artigo tem como objetivo oferecer uma atualização sobre o tema dermatoses em hemodialisados e transplantados.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

INTRODUÇÃO: A presença de hemácias dismórficas na urina é um forte indicativo da origem glomerular do sangramento, sendo uma ferramenta importante no diagnóstico de glomerulonefrites. Os cilindros hemáticos geralmente acompanham as hemácias dismórficas, sendo também fortes indicadores de hematúria glomerular, embora não sejam encontrados com frequência no exame parcial de urina. OBJETIVO: Comparar duas técnicas de concentração de amostras em uma série de exames de urina com hematúria dismórfica. MATERIAL E MÉTODOS: Foram selecionadas 249 amostras com hematúria dismórfica a partir de 4.277 amostras de urina de rotina. As amostras foram processadas utilizando-se duas técnicas: a convencional e a de concentração. O percentual de identificação dos cilindros hemáticos foi comparado de acordo com a metodologia utilizada. RESULTADOS: A presença de cilindros hemáticos pela técnica de concentração foi estatisticamente maior (52,6%) em comparação com a positividade pela metodologia convencional (8,4%) (p < 0,001). DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: Sugere-se que a técnica convencional não concentrou suficientemente a amostra de urina e os cilindros hemáticos ficaram no sobrenadante, sendo descartados. A utilização da técnica de concentração aumentou a sensibilidade técnica para a pesquisa dos cilindros hemáticos. Portanto, a técnica de concentração, associada à presença de hemácias dismórficas, mostrou-se útil para aumentar a concordância dos dois parâmetros laboratoriais para a detecção da hematúria de origem glomerular como auxílio diagnóstico das glomerulopatias, importante causa de doença renal crônica.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A disfunção renal é um fator de risco para doença cardiovascular (DCV). Estudos experimentais controlados que possam analisar o impacto da disfunção renal no sistema cardiovascular, isolando esses fatores relacionados à uremia dos fatores de risco tradicionais, que são altamente prevalentes na população com doença renal crônica (DRC), ainda são escassos. OBJETIVO: Analisar o impacto cardiovascular em ratos com disfunção renal, analisando biomarcadores de risco cardiovascular e a histologia das artérias subepicárdicas desses animais. MÉTODOS: Estudo experimental envolvendo trinta ratos machos Wistar, divididos em dois grupos. Um grupo foi submetido à ablação renal e o outro grupo SHAM (grupo controle) à manipulação do pedículo renal. Ambos os grupos foram acompanhados por oito semanas, período em que foram feitas dosagens de ureia, fósforo e do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α). Lâminas obtidas de cortes do miocárdio foram confeccionadas para análise das características das arteríolas subepicárdicas. RESULTADOS: O grupo DRC apresentou níveis elevados de uréia e fósforo em relação ao grupo SHAM. Já os níveis de TNF-α, em todas as análises, foram indetectáveis nos animais do grupo SHAM, em contraste com o grupo DRC, onde se observaram elevados níveis de TNF-α (p < 0,05). A espessura da camada média dos vasos subepicárdicos do grupo DRC foi significativamente maior do que em relação ao grupo SHAM (p = 0,011). CONCLUSÃO: A indução de disfunção renal determinou alterações em biomarcadores de risco cardiovascular e um aumento na espessura dos vasos subepicárdicos estudados em comparação aos animais com função renal normal.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

INTRODUÇÃO: Dados nacionais sobre diálise crônica são essenciais para o planejamento do tratamento de tal enfermidade. OBJETIVO: Apresentar dados do Censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) sobre os pacientes com doença renal crônica que estavam em diálise de manutenção em 1 de julho de 2010. MÉTODOS: Levantamento dos dados de unidades de diálise de todo o país. A coleta de dados foi feita utilizando questionário preenchido online pelas unidades de diálise do Brasil cadastradas na SBN. RESULTADOS: Das unidades consultadas, 340 (53,3%) responderam ao Censo. A partir dessas respostas foram feitas estimativas nacionais para a população em diálise. Em julho de 2010, o número estimado de pacientes em diálise foi de 92.091. As estimativas nacionais das taxas de prevalência e de incidência de insuficiência renal crônica em tratamento dialítico foram de 483 e 100 pacientes por milhão da população, respectivamente. O número estimado de pacientes que iniciaram tratamento em 2010 foi 18.972. A taxa anual de mortalidade bruta foi de 17,9%. Dos pacientes prevalentes, 30,7% tinham idade igual ou superior a 65 anos; 90,6% estavam em hemodiálise e 9,4% em diálise peritoneal; 35.639 (38,7%) estavam em fila de espera para transplante; 28% eram diabéticos; 34,5% tinham fósforo sérico > 5,5 mg/dL e 38,5%, hemoglobina < 11 g/dL. O cateter venoso era usado como acesso vascular em 13,6% dos pacientes em hemodiálise. CONCLUSÕES: A prevalência de pacientes em diálise tem apresentado aumento progressivo. Os dados dos indicadores da qualidade diálise de manutenção melhoraram em relação a 2009 e destacam a importância do censo anual para o planejamento da assistência dialítica.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

INTRODUÇÃO: O hiperparatireoidismo secundário (HPS) é uma complicação comum e grave no curso da doença renal crônica (DRC), com impacto direto sobre a morbidade e mortalidade desses pacientes. Apesar dos avanços no tratamento clínico do HPS a falência terapêutica ocorre em parcela significativa dos pacientes. Nesses casos, a paratireoidectomia (PTx) é indicada. OBJETIVO: Este trabalho visa abordar a situação atual no Brasil de pacientes com HPS em hemodiálise com indicação de PTx. MÉTODOS: Estudo observacional, descritivo, com dados obtidos de questionário enviado a 660 centros de diálise (CD). RESULTADOS: Os resultados estão expressos em valores absolutos, médias e desvio padrão; 226 (34%) CD responderam ao questionário, representando 32.264 pacientes em hemodiálise (HD). A prevalência de pacientes com paratormônio (PTH) > 1.000pg/mL foi de 3.463 (10,7%). Em 49 (21,7%) CD não é possível encaminhar os pacientes para PTx. Cerca de 40% dos serviços que realizam PTx são ligados a centros universitários. Em 74 (33%) CD o tempo de espera para que um paciente seja operado é superior a 6 meses. Foram contabilizados 68 serviços que realizam PTx. Os principais problemas relacionados para a realização de PTx foram: dificuldades com a realização dos exames pré-operatórios, escassez de cirurgiões de cabeça e pescoço, e longa fila de espera. CONCLUSÕES: a prevalência de HPS grave é elevada em nosso meio. Uma parcela significativa de pacientes não tem acesso ao tratamento cirúrgico. Uma melhor organização das políticas de saúde pública, além de um maior entrosamento entre nefrologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço, em torno dessa questão, são necessários para a mudança dessa realidade.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

INTRODUÇÃO: A qualidade da diálise oferecida aos pacientes em diálise pode ser mensurada pelo Kt/V, o qual pode ser calculado de diversas maneiras. OBJETIVO: Comparar os resultados de Kt/V obtidos por meio das fórmulas de Lowrie (L) e de Daugirdas (D) com os resultados mensurados pelo monitor de clearence on-line - Online Clearence Monitor (OCM). MÉTODO: Estudo observacional transversal com 59 pacientes em hemodiálise (HD). Os dados foram coletados na mesma sessão de diálise: (ureia pré-diálise e pós-diálise) e o resultado de Kt/V foi obtido pelo OCM da máquina Fresenius 4008S (Fresenius Medical Care AG, Bad Homburg, Alemanha). RESULTADO: Foram analisadas 95 sessões, em que prevaleceu o sexo masculino, 56% (33), com idade média de 57 + 14 anos. A hipertensão arterial com 42% (25), diabetes com 12% (7) e glomerulonefrite com 8% (5) foram as causas mais frequentes da doença renal crônica (DRC). O Kt/V médio obtido pela fórmula de L, de D e pelo OCM foi de 1,31; 1,41 e 1,32, respectivamente. A comparação entre as fórmulas de L e D mostra que há diferença estatística p = 0,008 com a correlação de Pearson de 0,950. Entre D e OCM a diferença também é significativa: p = 0,011 e r = 0,346, provavelmente devido a perda convectiva, avaliada pela equação de D e não observadas por OCM e L. A comparação entre L e OCM não foi significativa p = 0,999 e r = 0,577. CONCLUSÃO: Os dados sugerem que o OCM pode ser utilizado como um norteador para ajuste da dose de diálise em tempo real.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

INTRODUÇÃO: O hiperparatireoidismo secundário (HPT2) é uma complicação comum e precoce em pacientes com doença renal crônica (DRC). Estudos têm sugerido que os altos níveis de paratormônio (PTH) podem exercer efeitos deletérios no estado nutricional de pacientes com DRC. Assim, o objetivo deste estudo foi comparar o estado nutricional de pacientes com DRC em diálise peritoneal contínua (DPC) com e sem HPT2. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é comparar o estado nutricional de pacientes com DRC em diálise peritoneal contínua (DPC) com e sem HPTS. MÉTODOS: Foram avaliados 74 pacientes, entre adultos e idosos, divididos em dois grupos, de acordo com os níveis de PTH. No grupo 1 (n = 18) os níveis de PTH eram maiores do que 300 pg/mL e, no grupo 2, menores ou iguais a 300 pg/mL. O estado nutricional dos pacientes foi avaliado através da antropometria, exames bioquímicos e avaliação subjetiva global (ASG). O consumo alimentar foi avaliado através do registro alimentar de 3 dias. Foram coletados também dados clínicos, como cálcio e fósforo séricos, e a presença de inflamação foi avaliada através da dosagem de proteína C reativa ultrassensível (PCR US). RESULTADOS: A média de idade da população estudada foi de 54,97 ± 17,06 anos, com predominância de pacientes adultos (58,1%) e do sexo feminino (56,8%). O tempo de DPC expresso em mediana foi de 17 meses (7,75-33). Através da ASG, demonstrou-se prevalência de 36,5% de desnutridos na população. Na análise de diferença entre os grupos, em relação à antropometria, indicadores bioquímicos e ASG, bem como ingestão alimentar, não foram evidenciadas diferenças entre os grupos estudados. CONCLUSÃO: Não houve diferenças no estado nutricional e na ingestão alimentar entre os pacientes com e sem HPT2.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

INTRODUÇÃO: O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes e das dificuldades dos pacientes encaminhados, pelas unidades básicas de saúde (UBS) ou outros hospitais, ao ambulatório de triagem da disciplina de Nefrologia do Hospital São Paulo (UNIFESP) para avaliação e tratamento de doenças renais. MÉTODOS: No período de fevereiro a setembro de 2009, foram avaliados 341 pacientes encaminhados das UBS da cidade de São Paulo e de outras localidades do País. RESULTADOS: Desses pacientes, 26% (86/341) necessitaram de novos exames para definição do diagnóstico por encaminhamentos duvidosos, incompletos, ou devido ao período de espera para a realização dos exames e o atendimento, que variou de uma semana até três anos. Parte deles não trouxe nenhum tipo de exame para essa avaliação, 12% (45/341) retornaram para acompanhamento na própria unidade local, 13% (46/341) foram encaminhados para local de tratamento mais próximo de sua residência, 47% (164/341) para nosso ambulatório de subespecialidades: 24% (82/341) uremia, 8% (27/341) rins policísticos, 7% (23/341) hipertensão, 4% (16/341) litíase renal e 4% (16/341) nefrites. CONCLUSÃO: Nossos resultados sugerem investimentos em infraestrutura na capacitação dos funcionários das UBS e do HSP, reorganização das centrais de referências para melhor gerenciamento e encaminhamentos dos pacientes, humanização no atendimento e capacitação dos profissionais de saúde para o atendimento ambulatorial nas UBS, particularmente naqueles com diabetes mellitus e hipertensão arterial, que podem levar ao desenvolvimento da doença renal crônica (DRC).

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

INTRODUÇÃO: Pacientes com doença renal crônica (DRC) apresentam menor tolerância ao exercício e baixa capacidade funcional, o que os torna, via de regra, sedentários. Outra alteração importante encontrada na DRC é a disfunção cognitiva. O sedentarismo tem sido associado à disfunção cognitiva na população geral, porém, poucos estudos avaliaram essa associação na DRC. OBJETIVOS: Verificar associação entre o nível de atividade física e a função cognitiva de pacientes com DRC que realizam hemodiálise (HD). MÉTODOS: Foram avaliados 102 pacientes que realizam HD. Os participantes responderam o Questionário Internacional de Atividade Física, que avalia o nível de atividade física e o Mini Exame do Estado Mental, utilizado para o rastreamento cognitivo. Os pacientes foram divididos em três grupos conforme a classificação do nível de atividade física (GI: ativos/GII: irregularmente ativos/GIII: sedentários). Foi aplicada análise de regressão logística adotando-se como variável desfecho a presença de disfunção cognitiva e preservando como variáveis independentes aquelas com probabilidade estatística de diferença entre os grupos inferior a 0,1. Foi considerado estatisticamente significante o valor de p inferior a 0,05. RESULTADOS: Os grupos foram semelhantes quanto à idade, tempo de HD, escolaridade e tabagismo. Apresentaram diferença estatisticamente significante quanto à raça, índice de massa corporal, presença de diabetes mellitus, doença de base e grau de déficit cognitivo. Quanto aos dados laboratoriais, os grupos diferiram quanto à creatinina, glicemia, hemoglobina e hematócrito. Houve associação entre o nível de atividade física e função cognitiva, mesmo ajustando-se para as variáveis de confusão. CONCLUSÃO: O maior nível de atividade física associou-se a melhor função cognitiva em renais crônicos em HD, independentemente das variáveis de confusão avaliadas.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

INTRODUÇÃO: Pacientes com doença renal crônica (DRC) quando submetidos ao exercício resistido (ER) apresentam substancial melhorias de muitas funções, em especial os relacionados ao sistema cardiovascular, respiratório, muscular e na qualidade de vida (QV). Não existem avaliações do impacto de exercício simples e factíveis em pacientes com DRC associada ao Diabetes Mellitus (DM) durante o período intradialítico. OBJETIVO: Estudar o papel do exercício resistido no tratamento e na qualidade de vida em pacientes submetidos à hemodiálise crônica (HD). Assim, submetemos pacientes com DRC e DM ao ER durante a hemodiálise. MÉTODOS: Quinze pacientes em cada grupo: 1: DM com DRC submetidos ao ER; 2: DM com DRC sedentários; 3: DRC e ER e, 4: DRC sedentários. Avaliações durante oito semanas, com ER três vezes na semana. Avaliação laboratorial, teste de força muscular (FM) e QV (SF-36). RESULTADOS: O ER induziu melhoria na glicemia e na FM com discretas, mas significantes alterações na uréia e, K (p < 0,0001). Foi de impacto a melhoria na avaliação dos parâmetros de QV (p < 0,001) com o ER, como a Capacidade Funcional, o Aspecto Físico, redução das Dores (de uma maneira geral), Saúde Geral, Vitalidade, a Função Social, Estado Emocional e na Saúde Mental. Conclusão: O programa de ER (simples e factível) no período intradialítico alterou parâmetros clínicos, na FM e uma significante melhoria na avaliação da QV. O impacto na QV foi importante para o paciente, inclusive envolvendo melhoria em nível familiar e de relacionamento social quando submetidos ao ER.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

INTRODUÇÃO: O significado clínico das variantes histológicas da glomeruloesclerose segmentar e focal primária (GESF) ainda é pouco claro. Com o objetivo de determinar a frequência das variantes da GESF e sua evolução clínica em uma população hispânica, analisamos nossos casos desta glomerulopatia. MÉTODOS: Neste estudo retrospectivo, biópsias renais com diagnóstico de GESF (de 1998 a 2009) foram analisadas e classificadas acordo com os critérios da classificação de Columbia. Os dados clínico-evolutivos foram analisados e comparados entre as variantes. RESULTADOS: Do total de 291 casos, 224 (77,0%) corresponderam a variante sem especificação (NOS), 40 casos (13,7%) a forma com lesão no polo urinário (TIP), 14 casos (4,8%) a lesão perihiliar (PH), 10 casos (3,4%) ao tipo colapsante (COLL) e três casos (1,0%) a variante celular (CEL). A idade média de apresentação foi de 26 anos (intervalo de 1 a 79), sendo 74 pacientes (25,4%) com idade inferior a 15 anos. Hipertensão arterial e disfunção renal foram os achados mais frequentes nos casos de PH e COLL. A variante PH apresentou-se, frequentemente, com proteinúria não nefrótica. Notou-se menos lesões histológicas de cronicidade em casos TIP. Houve remissão clínica em 57% dos pacientes com TIP, 23,5% dos pacientes com NOS, 22,2% dos pacientes com COLL e em nenhum paciente com PH (p < 0,01). Doença renal crônica (DRC) foi menos frequente no grupo TIP comparativamente as outras variantes (p = 0,03). Não houve diferença estatística na evolução para estágio final da doença renal entre as variantes. CONCLUSÕES: A aparência histológica não parece ser um bom marcador clínico de prognóstico na GESF. A forma COLL é uma doença com muitas diferenças para as outras variantes e pior prognóstico. A variante PH ocorre principalmente de adultos, com evolução frequente para DRC. A lesão do tipo TIP parece ser menos agressiva que as outras variantes, embora sua evolução não seja benigna.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: Pacientes com doença renal crônica (DRC) apresentam um quadro de anorexia que pode estar relacionado com o processo inflamatório crônico, característico desta população. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar se há associação entre inflamação e o hormônio orexígeno, acyl-grelina, em pacientes com DRC em hemodiálise (HD). MÉTODOS: Foram estudados 36 pacientes (61,1% homens; 46,7 ± 14,9 anos; IMC 22,9 ± 3,9 kg/m²) em programa regular de HD (65,0 ± 46,8 meses em HD). Os níveis plasmáticos de acyl-grelina e dos marcadores inflamatórios (TNF-α, IL-6 e PCR) foram medidos com o uso do método imunoenzimático (ELISA, Enzyme Linked Immunosorbent Assay). Dados antropométricos foram coletados para avaliação do estado nutricional e a ingestão alimentar foi analisada por meio de recordatório alimentar de 24h de 2 dias. RESULTADOS: Os pacientes apresentaram elevados níveis de IL-6 (83 ± 10 pg/mL), TNF-α (21,06 pg/mL [20,6-40,0]) e PCR (2,7 pg/mL [1,7-3,4]) quando comparados a valores normais. Os níveis plasmáticos de acyl-grelina (18,0 pg/mL [1,3-77,7 pg/mL]) foram baixos comparados com valores de indivíduos saudáveis. Porém, pacientes com elevado IMC (> 25 kg/m²) apresentaram menores concentrações plasmáticas de acyl-grelina (13,6 [1,3-30,5] pg/mL) em relação aos pacientes com IMC < 25 kg/m² (21,7 [7,4-77,7] pg/mL (p < 0,05). Houve correlação negativa entre o IMC e acyl-grelina (r = -0,38; p = 0,02), porém, não houve correlação significativa entre acyl-grelina e os marcadores inflamatórios. CONCLUSÃO: Apesar dos pacientes em HD apresentarem baixas concentrações de acyl-grelina e uma provável resistência a este hormônio, não houve associação entre inflamação e acyl-grelina.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Com o aumento da expectativa de vida, com a melhora do arsenal terapêutico, conhecimento e controle das doenças crônicas degenerativas, a população mundial tem atingido faixas etárias elevadas. Por ser a idade avançada fator de risco para a doença renal crônica (DRC), juntamente com o bônus da maior sobrevida, vive-se hoje o ônus da maior e progressiva incidência de pacientes idosos em terapia renal substitutiva (TRS). A diálise nos pacientes idosos, que há três décadas era considerada fora de questão, hoje em dia é rotina para o nefrologista, que enfrenta o desafio de prestar atendimento a pacientes idosos com DRC em estágio 5 com indicação dialítica. Atualmente, o grupo de pacientes idosos incidentes em diálise é o que mais cresce. Apesar de não se haver chegado a um consenso, parece ser indiscutível que o importante é viver com qualidade de vida. Neste artigo, buscamos discutir a diálise no paciente idoso.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

INTODUÇÃO: A espessura do músculo adutor do polegar (EMAP) tem sido sugerida como um novo marcador de estado nutricional em diversas populações. OBJETIVO: Diante da escassez de dados sobre o uso desse marcador nos pacientes com doença renal crônica, o objetivo deste estudo foi avaliar a EMAP e sua associação com indicadores nutricionais em pacientes em hemodiálise. MÉTODOS: Foram avaliados 73 pacientes em hemodiálise (52,3 ± 17 anos, sem função renal residual). A EMAP foi aferida no braço sem o acesso vascular com o auxílio de um adipômetro. A composição corporal (bioimpedância elétrica), a força de preensão manual (dinamômetro), o estado nutricional (Avaliação Global Subjetiva) e os exames laboratoriais (creatinina, proteína total e albumina) também foram avaliados. RESULTADOS: Indivíduos com valores de EMAP acima da mediana eram em maior proporção negros/pardos, jovens e possuíam maior força de preensão manual. A EMAP correlacionou-se positivamente com a força de preensão manual, albumina sérica e massa celular (%), e negativamente com a idade. Na análise de regressão linear ajustada para sexo, idade e tempo em hemodiálise, a EMAP esteve independentemente associada com a força de preensão manual. CONCLUSÃO: A EMAP foi capaz de predizer a força de preensão manual nos pacientes em hemodiálise, o que sugere a EMAP como um marcador promissor de estado nutricional nessa população.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

INTRODUÇÃO: A presença de excesso de peso, especialmente obesidade visceral, contribui para o maior risco de complicações metabólicas e cardiovasculares em pacientes com doença renal crônica. OBJETIVO: Determinar a prevalência e os fatores associados à obesidade abdominal em pacientes em hemodiálise (HD). MÉTODOS: Estudo transversal com 344 pacientes maiores de 18 anos. A obesidade abdominal foi definida pela circunferência da cintura > 94 cm nos homens e > 80 cm nas mulheres. As variáveis independentes envolveram aspectos socioeconômicos, demográficos, hábitos de vida, tempo em HD, consumo alimentar e índice de massa corporal (IMC). A análise dos fatores associados foi realizada por regressão de Poisson múltipla, permanecendo no modelo final as variáveis com p < 0,05. RESULTADOS: A prevalência de obesidade abdominal foi de 44,77%, sendo mais prevalente nas mulheres (55,71%) que nos homens (37,25%), p = 0,001. O resultado final da análise multivariada identificou os fatores associados à obesidade abdominal em homens e mulheres: idade superior a 40 anos, ingestão proteica inferior a 1,2 g/kg/dia e IMC > 25 kg/m². Nos homens, a classe econômica D/E também permaneceu associada à obesidade abdominal, p < 0,05. CONCLUSÃO: Observou-se alta prevalência de obesidade abdominal em pacientes em hemodiálise. Idade superior a 40 anos, classes econômicas mais baixas, ingestão proteica inferior ao recomendado e excesso de peso foram associados à obesidade abdominal.