281 resultados para Dignidade humana
Resumo:
Realizou-se o estudo da soroprevalncia da leptospirose em bovinos e humanos especificamente em propriedades familiares na regio de fronteira agrcola da rodovia Transamaznica, na Amaznia Oriental. A prevalncia da leptospirose bovina foi 97% [90,9 - 99,5%] de propriedades com pelo menos um animal positivo na soroaglutinao microscpica para o diagnstico da leptospirose. Em 61,2% dos rebanhos o sorotipo hardjo foi apontado como o mais provvel, em 9% deles o sorotipo bratislava e em 4,5% o shermani. A prevalncia sorolgica da leptospirose humana foi 32,8% [23,4 - 43,5%] de ncleos familiares com pelo menos um indivduo positivo na soroaglutinao microscpica para o diagnstico da leptospirose. Em 9% dos ncleos familiares o sorotipo bratislava foi apontado como o mais provvel, em 6% deles o sorotipo hardjo e em 4,5% o grippotyphosa. Foi discutido o impacto desses achados sobre a produo animal e sade pblica na regio e feitas sugestes para minorar o problema.
Resumo:
Uma anlise retrospectiva da leptospirose humana no municpio de Belo Horizonte em 1995 foi realizada usando recursos de geoprocessamento.Trinta casos suspeitos e 19 casos confirmados foram localizados na rea. A predominncia de casos confirmados foi registrada nas regies norte, nordeste e oeste (68,4 13%). Nas reas de favelas e bolses de pobreza foram identificados os principais focos da doena, 73,7 12% dos casos confirmados e 26,7 12% dos casos suspeitos. Na periferia, onde ocorreu um aumento populacional, localizaram-se 95 6% dos casos confirmados, sendo o local com maior carncia de infra-estrutura bsica. Na distribuio espacial dos principais cursos d'gua do municpio, observou-se que 50 14% dos casos suspeitos e 42 14% dos casos confirmados estavam localizados nas reas com maior concentrao de redes fluviais. Casos suspeitos (83,3 10%) e confirmados (79 11%) ocorreram em partes altimtricas mais baixas da cidade (750 a 1.000m) e 78 12% dos indivduos tiveram contato com gua e / ou animais contaminados.
Resumo:
Com o objetivo de estudar a soroprevalncia de vrus linfotrpico de clulas T humanas I/II (HTLV-I/II), vrus da imunodeficincia humana, sfilis e toxoplasmose, em gestantes atendidas em unidade bsicas de sade do municpio de Botucatu - So Paulo - Brasil, bem como os fatores de risco para a infeco pelo HTLV -I/II, foram realizados inqurito sorolgico e avaliao dos resultados de exames solicitados na rotina do prnatal. Em 913 gestantes, a soroprevalncia de HTLV- I e de HTLV- II foi de 0,1%. Sfilis, toxoplasmose e infeco pelo HIV foram encontradas. Nenhum dos fatores de risco pesquisados mostrou-se seguro para identificar gestantes com infeco pelo HTLV- I/II. A comparao da proporo de gestantes infectadas e de doadores de sangue da regio sudeste do Brasil com testes reagentes para HTLV- I/II no mostrou diferena estatstica.
Resumo:
Relata-se caso de dirofilarase pulmonar humana em paciente com 45 anos de idade, proveniente do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. A radiografia torcica evidenciou ndulo pulmonar solitrio localizado no lbulo inferior esquerdo, mimetizando neoplasia. Dirofilarase pulmonar humana deveria ser investigada em ndulos pulmonares no malignos e de etiologia no conclusiva.
Resumo:
Em paciente de 60 anos, sexo masculino, com diagnstico radiogrfico de massa tumoral no pulmo direito - depois reconhecida, por meio de bipsia transbrnquica, como de natureza maligna -, no se descobriu qualquer evidncia tomogrfica de metstases a distncia. Resolveu-se ento, para fins de estadiamento da neoplasia, obter material de linfonodos mediastinais. O exame microscpico desse material no demonstrou invaso neoplsica, mas revelou a presena de granulomas em avanado estdio de fibrose, contendo raras estruturas redondas, vazias, de parede espessa e, quase sempre, colapsada, que foram reconhecidas como adiacondios de Emmonsia crescens. Havia ainda, nos cortes histolgicos, grande quantidade de pigmento antractico.
Resumo:
O objetivo desta pesquisa foi estudar a prevalncia de infeco pelo virus da hepatite B em 406 portadores do virus da imunodeficincia humana, maiores de dezoito anos de idade, atendidos na rede pblica de sade da cidade de Belm, Par, assim como analisar possveis fatores de risco para a infeco. A prevalncia global de infeco pelo virus da hepatite B foi de 51% (IC: 46,1 - 55,8), com 7,9% (IC: 5,3 - 10,5) para o HBsAg, 45,1% (IC: 40,3 - 49,9) para o anti-HBc e 32,3% (IC: 27,5 - 36,8) para o anti-HBs. Aps ajuste por regresso logstica, os marcadores sorolgicos de infeco pelo vrus da hepatite B apresentaram associao com as seguintes variveis: idade, situao conjugal e preferncia sexual. A prevalncia dos marcadores do vrus B nos heterossexuais foi 28,7% e 68,8% nos homossexuais/bissexuais (IC: 3,50 - 9,08; OR: 5,63; p=0,000). Quanto situao conjugal, a categoria com companheiro fixo/casado apresentou freqncia de 31%, e foi de 58,7% a observada no grupo sem companheiro fixo (IC: 1,29 - 3,63; OR: 2,16; p=0,003). A anlise multivariada no mostrou associao do vrus B com o uso de drogas ilcitas injetveis.
Resumo:
A leptospirose canina conhecida como enfermidade de Stuttgard desde 1898, sendo os ces, depois dos roedores, considerados como a segunda principal fonte de infeco para o homem. O isolamento de um sorovar patognico da urina de um co, laboratorial e clinicamente identificado como tendo leptospirose, e sua utilizao para testar amostras de soro de casos de leptospirose humana e canina, evidenciou a sua importncia no ecossistema da regio sul do Brasil. Os resultados do teste de soroaglutinao microscpica indicaram que 100% das amostras de soro humano de 12 pacientes do banco de soro de 2001 do Centro de Controle de Zoonoses, que haviam reagido com ttulos que variaram de 25 a 3.200 para o sorovar canicola, e 72% das amostras de 105 soros caninos do mesmo banco de soro, tambm reagiram contra o novo isolado. O ttulo mdio e mediana dos soros humanos testados com a bateria de antgenos recomendada pela OMS, foi respectivamente 630 e 100, ao passo que os testados com o isolado foi de 1.823 e 400. Nos soros caninos, os ttulos foram respectivamente de 347 e 100 para a bateria e de 1.088 e 200 para o isolado.
Resumo:
A Amaznia conhecida pela elevada prevalncia de infeco pelo vrus da hepatite B, contribui tambm com mais de 90% dos casos de malria do pas. proposto que a ocorrncia de co-infeces seja importante e que na associao ocorram alteraes na histria natural dessas enfermidades. O estudo avalia 545 pacientes com malria, em Coari, AM: 333 (61,1%) pelo Plasmodium vivax, 193 (35,4%) pelo Plasmodium falciparum e 19 (3,5%) com infeco mista. A prevalncia do AgHBs foi 4,2% e a do anti-HBc total 49,7%. Os pacientes sororreativos para o VHB, no apresentaram diferenas clnicas dos outros pacientes com malria, nem associao a sinais clssicos de comprometimento heptico. Apesar de no ter sido detectada associao estatisticamente significativa, os indivduos AgHBs reativos apresentaram baixas parasitemias e ndices de reatividade de anticorpos mais elevados, sugerindo a possibilidade da resposta imune em um indivduo co-infectado ser diferenciada e favorecer variaes em relao parasitemia e produo de anticorpos.
Resumo:
A ocorrncia de dirofilariose pulmonar humana relaciona-se com a prevalncia de infeco por Dirofilaria immitis na populao canina. Vrias espcies de mosquitos so vetores desse nematide. Analisaram-se amostras de sangue canino coletados nas vilas Pingo d'gua e Unio, municpio de Salvaterra (Ilha do Maraj, PA), em junho, 2004 (n=34) e abril, 2005 (N=90). Os diagnsticos parasitolgico e imunolgico (ELISA - kit SNAP 3DX™, Biobrasil) foram comparados (chi2, alfa=0,05) no exame de 34 amostras. A prevalncia na populao (N=90) foi avaliada pelo ELISA. O ELISA revelou mais positivos (25/34; 73,5%) que a gota espessa (23/34, 67,6%) e o Knott (21/34, 61,8%), mas a diferena no foi significativa (p>0,05). A freqncia de infeco por D. immitis na faixa de 0 a 2 anos foi 58%, enquanto em ces mais velhos foi 100%. A prevalncia da dirofilariose canina em Pingo d'gua e Vila Unio foi alta (53,5%), indicando risco de transmisso do parasito s pessoas nessa rea.
Resumo:
Relata-se a primeira ocorrncia do vetor da leishmaniose visceral, Lutzomyia longipalpis, na rea urbana de Uberlndia, estado de Minas Gerais e o primeiro caso de leishmaniose visceral humana autctone no municpio, notificado ao Centro de Controle de Zoonoses, por meio da Vigilncia Epidemiolgica da Secretaria Municipal de Sade. Discute-se a importncia deste encontro na transmisso da doena nessa rea.
Resumo:
Este trabalho objetiva a anlise prospectiva das caractersticas clnicas e epidemiolgicas que levam os pacientes adultos com HIV/AIDS a procurarem atendimento clnico de urgncia em Pronto Atendimento do Hospital das Clnicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Noventa e nove pacientes perfizeram 118 internaes. A idade foi em mdia 39,4 anos. A relao homem e mulher foi de 1,35:1. O tempo desde o diagnstico at a admisso situou-se de forma mais freqente entre 0-5 anos em 40,4% dos casos. A teraputica anti-retroviral era usada regularmente em 56,8% das admisses. A contagem de linfcitos T CD4+ foi inferior a 200 clulas/mm em 45,7% dos pacientes. As queixas mais freqentes foram aumento da temperatura corprea, diarria, tosse e dispnia. O aparelho respiratrio foi o mais acometido. As doenas oportunistas mais freqentes foram pneumocistose, pneumonia comunitria, sndrome diarrica, e candidiase oral. A demanda de internaes de pacientes com HIV representou 2,8% das admisses, com tempo mdio de permanncia hospitalar de 4,6 dias. Os pacientes possuam, em sua maioria, contagem de linfcitos TCD4+ baixa, quase metade no usava a terapia anti-retroviral altamente eficaz. Houve tendncia feminizao. As doenas relacionadas AIDS continuam sendo as mais freqentes no nosso meio.
Resumo:
Foram estudados os fatores envolvidos na oferta de sorologia para detectar a infeco pelo vrus de imunodeficincia humana, no atendimento de adultos no ambulatrio do Hospital Universitrio de Braslia, por meio de aplicao de questionrios especficos a 53 mdicos e 347 usurios. Os resultados revelaram que 96,8% dos usurios identificaram como fator de risco para adquirir a infeco as relaes sexuais desprotegidas e 13,6% desconheciam a possibilidade de transmisso vertical. Em relao exposio dos usurios aos fatores de risco, 88,2% praticaram relaes sexuais desprotegidas, 22,2% tiveram diagnstico de outras doenas de transmisso sexual e 22,2% tinham recebido transfuses sangneas. Os fatores de risco mais questionados pelos mdicos foram a prtica de relaes sexuais desprotegidas e o diagnstico prvio de hepatite B ou C (35,9% para ambos). Dezoito por cento dos usurios receberam oferta de testes no Hospital Universitrio de Braslia; 15,8% foram testados e 7,4% dos indivduos testados no tiveram acesso ao resultado. Noventa e um por cento dos mdicos referiram sentir-se confortveis ao oferecer testes e apenas 30,4% oferecem-nos rotineiramente. O estudo confirma a perda de oportunidades de testagem sorolgica para detectar a infeco no Hospital Universitrio de Braslia e refora a necessidade de implementar medidas para corrigir o problema.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi definir a prevalncia dos vrus linfotrpico de clulas T humana tipo 1 e 2 em pacientes positivos para o vrus da imunodeficincia humana tipo 1 no Estado de So Paulo, Brasil. Avaliamos 319 indivduos atendidos em clnicas de Ribeiro Preto e Capital. Os pacientes foram entrevistados e testados sorologicamente. Foram seqenciadas as regies tax e long terminal repeat para diferenciao e determinao do subtipo. A soroprevalncia geral foi de 7,5% (24/319) e esteve associada somente com uso de drogas injetveis e ao vrus da hepatite tipo C (p<0, 001). O genoma viral foi detectado em 13 das 24 amostras, sendo 12 caracterizadas como HTLV-2 subtipo 2c e uma como 1a. Nossos dados mostraram que o uso de drogas injetveis um importante fator de risco para a transmisso de HTLV-2 em populaes infectadas pelo vrus da imunodeficincia humana tipo 1.